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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO LOCAL Ivani Schuster PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL: PORTO ALEGRE - RS Ijuí (RS) 2015 2 Ivani Schuster Trabalho teórico-prático apresentado como requisito para aprovação no Componente Curricular Planejamento Estratégico Local do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública da Unijuí, modalidade EAD Orientador: Prof. Ms. Ivanildo Scheuer Ijuí 2° Semestre de 2015 3 A humanidade integrada em uma Sociedade, é quando todo os indivíduos tem interesses iguais e tendem para um mesmo destino, que são as famílias, a igreja e a comunidade local, mas não existe apenas esta sociedade e sim a sociedade equidistante que são todos os humanos que fazem parte e vivem na organização social, que são os comerciantes e a as instituições etc. que fazem parte da comunidade em termos diferenciados pois, ajudam mas recebem em troca, pelo produto apresentado assim são feitas as sociedades. Ivani Schuster 4 AGRADECIMENTOS Meus agradecimentos são para as pessoas que fizeram e farão parte da minha vida. Aos Meus filhos CLAUDIO SCHUSTER LOPES JUNIOR e MELISSA SCHUSTER, que sempre me apoiaram, nas horas fáceis e difíceis da minha vida, e quando resolvi voltar a estudar deram o maior apoio e continuam até hoje e sempre que penso em desistir eles me dizem, quem chegou até aqui, não pode desistir agora. Agradecimento especial aos Professores e Tutores da Unijuí, que sempre me apoiaram, em horas de quase desistir, deixando bem claro que nada na vida é fácil, todos com o mesmo entusiasmo no ensinamento cada uma sua especialidade, mas nenhum foi menos importante para que chegasse até esta etapa. Muitas dificuldades, mas com bom resultado no aprendizado. Em especial ao Professor e Orientador IVANILDO SCHUER, que está sendo primordial em meus conhecimentos e minha vida, Acadêmica e Profissional. RESUMO O Plano Estratégico de Desenvolvimento do Município de Porto Alegre, situado no Rio Grande do Sul. Os argumentos elaborados, foram seguidos por um conjunto de etapas subsequentes com o diagnóstico Técnico, e localização de Porto Alegre localiza-se na porção nordeste do território do Rio Grande do Sul, e estende-se ao norte da Laguna dos Patos, ocupando 3,48% da superfície total do Estado. A Lei Complementar n° 14, de 08 de junho de 1973, definiu e regulamentou a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), na época composta por quatorze municípios, e hoje totalizando 31 municípios, como pode ser visto na Figura 4. , sendo estes: Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Estância Velha, Esteio, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, Porto Alegre, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Viamão, Eldorado do Sul, Glorinha, Nova Hartz, 5 Dois Irmãos, Ivoti, Parobé, Portão, Triunfo, Charqueadas, Nova Santa Rita, Arari cá, Montenegro, Taquara, São Jerônimo, Santo Antônio da Patrulha, Arroio dos Ratos e Capela de Santana. Palavras chave: planejamento estratégico de desenvolvimento Urbano, planejamento Municipal; planejamento participativo. RESUME The Strategic Development Plan of the Municipality of Porto Alegre located in Rio Grande do Sul. The elaborate arguments were followed by a series of subsequent steps with the diagnosis Technical and location of Porto Alegre is located in the northeastern portion of the Rio territory Grande do Sul, and extends north of the Patos Lagoon, occupying 3.48% of the total area of the state. Complementary Law No. 14 of June 8, 1973, defined and regulated the metropolitan area of Porto Alegre (MAPA), then composed of fourteen municipalities, and today a total of 31 municipalities, as can be seen in Figure 4, and these: Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Estância Velha, Esteio, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, Porto Alegre, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Viamão, Eldorado do Sul, Glorinha, Nova Hartz, Dois Irmãos, Ivoti, Parobé, Portão, Triunfo, Charqueadas, Nova Santa Rita, Arari cá, Montenegro, Taquara, São Jerônimo, Santo Antônio da Patrulha, Arroio dos Ratos e Capela de Santana. 6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Mapa de Localização de Porto Alegre.............................................. 12 Figura 2 - Inicio da emancipação de Porto Alegre............................................ 12 Figura 3 - Mercado Público de Porto Alegre na Emancipação e Inauguração: 13 Figura 4 - Mapa de Porto alegre por regiões.................................................... 14 Figura 5 - Planta de Porto Alegre em 1772....................................................... 15 Figura 6 – Processo de Gestão do Programa................................................... 16 Figura 7 - Macro objetivo 6............................................................................... 51 Figura 8 - Macro objetivo 8............................................................................... 51 Figura 9 - Macro objetivo 9............................................................................... 52 Figura 10 - Macro objetivo 1............................................................................. 52 Figura 11 - Macro objetivo 2............................................................................. 53 Figura 12 - Macro objetivo 3............................................................................. 53 Figura 13 - Macro objetivo 4............................................................................. 53 Figura 14 - Macro objetivo 5............................................................................. 54 Figura 15 - Macro objetivo 7............................................................................. 54 Figura 16 - Macro objetivo 10........................................................................... 55 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Dados Gerais 22 Tabela 2 - Áreas Protegidas 30 Tabela 3 - População 32 Tabela 4 - Estabelecimentos de saúde 33 Tabela 5 - Morbidade hospitalar 33 Tabela 6 - Docentes por nível 33 Tabela 7 - Números de escolas por nível 33 Tabela 8 - Matrículas por nível 33 Tabela 9 - Transportes 36 Tabela 10 - Consumo domiciliar médio por área do INPC e IPCA (Unidade de medida: kwh) 36 Tabela 11 - Setor de Comércio e Serviços 40 Tabela 12 - A Matriz Fofa Econômica 52 Tabela 13 - A Matriz Fofa Social e Cultural 53 Tabela 14 - A Matriz Fofa Infraestrutural 55 Tabela 15 - A Matriz Fofa Institucional 60 Tabela 16 - Macro objetivos 65 7 LISTA DE ABREVIATURAS Cacon – Centro de Alta Complexidade em Oncologia CadÚnico– Cadastro Único CEF – Caixa Econômica Federal Corede – Conselho Regional de Desenvolvimento FEE – Fundação de Economia e Estatística IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Idese – Índice de Desenvolvimento Sócio Econômico IDH – Índice de Desenvolvimento Humano PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PIB – Produto Interno Bruto Unijuí – Universidade Regional do noroeste do Estado do Rio Grande do Sul ETC.…. ETC.... ETC... ETC.... ETC... [A lista de abreviaturas e siglas deve conter todas as abreviaturas e siglas utilizadas ao longo do trabalho. No texto, quando se utiliza a primeira vez, deve-se colocar o nome por extenso e após, entre parênteses, a sigla ou abreviatura. A partir daí, ao longo do trabalho, não há necessidade de escrever por extenso, basta a sigla ou abreviatura] o, na página 27: Os princípios e valores do município foram elaborados em seminário coordenado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento (Comede), durante o período 8 Sumário INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 10 1. O PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO....................................................................... 15 1.1 OBJETIVOS DO PLANO.................................................................................................... 18 1.2 ABRANGÊNCIA DO PLANO.............................................................................................. 19 2. DIAGNOSTICO TÉCNICO.............................................................................................................22 2.1 – CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO................................................................................ 22 2.2 – DIMENSÃO HISTÓRICA................................................................................................. 25 2.3 – DIMENSÃO AMBIENTAL............................................................................................... 28 2.3.1– ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO MEIO AMBIENTE............................................ 30 2.3.2– ÁREAS PROTEGIDAS.............................................................................................. 30 2.3.2– PROBLEMAS AMBIENTAIS RELEVANTES................................................................ 30 2.4 – DIMENSÃO SOCIAL....................................................................................................... 31 2.4.1– POPULAÇÃO......................................................................................................... 31 2.4.2– EQUIDADE............................................................................................................ 31 2.4.3– SAÚDE.................................................................................................................. 32 2.4.4– EDUCAÇÃO............................................................................................................. 33 2.5 – DIMENSÃO INFRAESTRUTURA ..................................................................................... 33 2.5.1– COMUNICAÇÕES................................................................................................... 33 2.5.2– TRANSPORTE........................................................................................................ 33 2.5.3– ENERGIA ELÉTRICA ............ .................................................................................. 34 2.6 – DIMENSÃO ECONÔMICA.............................................................................................. 34 2.6.1– SETOR AGROPECUÁRIO ........................................................................................ 34 2.6.2– SETOR INDUSTRIAL.............................................................................................. 35 2.6.3– SETOR DE COMÉRCIO E SERVIÇOS ........................................................................ 36 2.7 – DIMENSÃO INSTITUCIONAL ......................................................................................... 37 2.7.1– ESTRUTURA ORGANIZATIVA DO MUNICÍPIO ........................................................ 37 2. 7.2–AS INSTITUIÇÕES QUE ATUAM NO MUNICÍPIO.....................................................38 2.7.2.1– DENSIDADE INSTITUCIONAL....................................................................... 38 9 2.7.2.2– RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAL............................................................... 40 2.7.2.3– ABRANGÊNCIA TERRITORIAL DAS INSTITUIÇÕES........................................41 3. ANÁLISE SITUACIONAL.................................................................................................................. 41 3.1– DIMENSÃO ECONÔMICA.............................................................................................. 41 3.2– DIMENSÃO SOCIAL E CULTURAL................................................................................... 41 3.3– DIMENSÃO INFRAESTRUTURAL.................................................................................... 42 3.4– DIMENSÃO INSTITUCIONAL.......................................................................................... 42 4. REFERENCIAIS ESTRATÉGICOS ....................................................................................................... 42 4.1– VISÃO .......................................................................................................................... 42 4.2– VOCAÇÃO..................................................................................................................... 43 4.3– VALORES....................................................................................................................... 43 5. A MATRIZ FOFA: POTENCIALIDADES, DESAFIOS, RISCOS E LIMITAÇÕES ......................................... 44 5.1– DIMENSÃO ECONÔMICA............................................................................................... 47 5.2– DIMENSÃO SOCIAL E CULTURAL.................................................................................... 48 5.3– DIMENSÃO INFRAESTRUTURAL..................................................................................... 48 5.4– DIMENSÃO INSTITUCIONAL........................................................................................... 48 6. MACRO OBJETIVOS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES.................................................................. 49 6.1– DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO................................................................................. 51 6.2–DESENVOLVIMENTO SOCIAL E CULTURAL....................................................................... 52 6.3– GESTÃO PÚBLICA E INFRAESTRUTURA........................................................................... 53 7 DEFINIÇÃO DO MODELO DE GESTÃO DO PEDM............................................................................... 55 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................................... 57 REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 59 APÊNDICES 1– LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE....................................................... 60 ANEXOS..............................................................................................................................................70 10INTRODUÇÃO Conforme a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Município, o Plano Plurianual estabelece as metas da administração pública municipal direta e indireta para as despesas de capital e outras despesas correntes. O PPA É a ferramenta onde se viabiliza o planejamento estratégico da administração pública de médio e longo prazo. Est· estruturado no Município através de Programas Estratégicos estabelecidos no Modelo de Gesto implementado pela Prefeitura desde 2005 e que tem como objetivo a melhoria contínua da eficiência, qualidade e continuidade dos sérvios prestados aos 1.409.351 porto-alegrenses (CENSO IBGE, 2010). O PPA 2014 - 2017 que encaminhamos para apreciação do Legislativo Municipal cumpre, além das previsões legais da elaboração do peã, o papel de ser um registro histórico sobre um momento de grandes transformais pelo qual passa Porto Alegre. Com avanços no gesto, melhorias na forma de aplicar os recursos a partir de treze Programas Estratégicos e ampliação da transparência e da participação popular, a cidade se moderniza, construindo importantes obras para a qualidade de vida da população e o desenvolvimento econômico. Assim, julgamos importante considerar que estamos no limiar de um período inovador e enriquecedor em termos de gesto pública, uma vez que pela primeira vez temos oportunidade de associarmos o planejamento estratégico de governo e execução, isso significa que os compromissos assumidos pelo Município, seus programas vinculam-se diretamente com os recursos necessários a implementação de tais iniciativas, assegurando uma efetiva entrega a sociedade. 11 Figura 1 - Mapa de Localização de Porto Alegre Figura 2 - Inicio da emancipação de Porto Alegre 12 Figura 3 - Mercado Público de Porto Alegre na Emancipação e Inauguração: 03.10.1869 13 Figura 4 - Mapa de Porto alegre por regiões 14 Figura 5 - Planta de Porto Alegre em 1772 15 1. O PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO A fim de facilitar o processo de gerenciamento do programa e garantir o foco dos Grupos de Trabalho, foi definido o fluxo de etapas necessárias para a estruturação, diagnóstico, planejamento, execução e implementação do programa, conforme descrito abaixo: Figura 6 – Processo de Gestão do Programa Estruturação do Grupo de Trabalho Responsabilidades Identificar Secretarias envolvidas a partir do elenco de ações do Programa conforme apresentado no Portal de Gestão, de acordo com o PPA. Buscar todas as informações relativas ao Programa junto às Secretarias/Órgãos, Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico (SMGAE) e Portal de Gestão. Identificar no Portal de Gestão os representantes das Secretarias que participarão do GT. Agendar a 1ª reunião do GT para fins de capacitação da equipe com o Apoio da SMGAE e acordar procedimentos de trabalho relativos ao respectivo GT. Produto GT formatado e capacitado 16 Diagnóstico de Suficiência Responsabilidades Analisar se as ações são suficientes para a implantação do Programa. Propor, se necessário, melhorias e/ou novas ações. Produto Conjunto suficiente de ações. Planejamento da Implementação Responsabilidades Identificar a interdependência e/ou sombreamento de ações. Priorizar as ações. Submeter o novo elenco de ações à apreciação do Núcleo de Políticas para fins de validação. Mapear restrições. Elaborar o Plano de Ação com o respectivo cronograma físico financeiro. Ajustar indicadores e metas associados às ações Produto Ações priorizadas e validadas, cronograma físico-financeiro definido, indicadores de desempenho e metas definidos. Execução Responsabilidade Atuar como facilitador e indutor da execução das atividades nas Secretarias garantindo sinergia, foco e velocidade. Produto Ações executadas de forma coordenada e integrada Acompanhamento Responsabilidades Conferir o andamento das ações prioritárias. 17 Analisar os pontos críticos, promovendo e estimulando as soluções. Definir e/ou revisar o cronograma de ações, etapas, além de prazos e responsáveis, se necessário. Produtos Relatórios gerenciais Propostas de melhoria 1.1 Objetivos do Plano O objetivo do Plano Plurianual É a melhoria contínua da eficiência, e sua eficácia na qualidade e continuidade dos serviços prestados à população, de Porto Alegre, visando uma ação de médio e longo Prazo estabelecida através do Planejamento estratégico Local. O Plano Plurianual (PPA) 2014-2017. O Censo Escolar da Educação Básica é uma pesquisa declaratória realizada anualmente pelo MEC/INEP/DEEB em parceria com as Secretarias de Educação estaduais e municipais, que levanta informações estatístico- educacionais sobre a educação básica brasileira. O informante do Censo Escolar é o Diretor ou pessoa responsável indicada. Nesta pesquisa são coletados dados educacionais, tanto sobre a infraestrutura da escola, como sobre o pessoal docente, matrículas, jornada escolar, rendimento e movimento escolar, por nível, etapa e modalidade de ensino, dentre outros. Os dados censitários permitem acompanhar e avaliar o desenvolvimento dos sistemas de ensino em todo o País e são essenciais para a realização de análises e estudos comparados, subsidiando a formulação de políticas públicas para distribuição dos recursos. Um exemplo da sua aplicabilidade está no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb (Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007), quando é a base de dados oficial para o cálculo dos recursos a serem repassados aos estados e municípios. Os dados do Censo Escolar são a 18 principal referência para a gestão de programas federais, tais como: Programa Nacional do Livro Didático – PNLD, Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar – PNAT, Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, Programa de Informatização das Escolas – Proinfo, dentre outros. Além disso, os resultados obtidos no Censo Escolar sobre o rendimento (Aprovação e reprovação) e movimento (abandono) escolar dos alunos do ensino Fundamental e Médio, juntamente com outras avaliações do Inep (Saeb e Prova Brasil), são utilizados para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador que serve de referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação. População Alvo: escola, aluno e professor da Educação Básica, referentes à Educação Infantil (Creche e Pré-Escola), Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional de nível técnico, nas modalidades Regular, Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial, vinculados à rede pública (federal, estadual e municipal) e à rede privada. 1.2 Abrangência do Plano Abrangência Geográfica: Brasil, Grandes Regiões, Unidade da Federação, Município. Metodologia: Pesquisa censitária realizada via Internet pelo Sistema Educacenso (www.educacenso.inep.gov.br). Essa ferramenta, utilizadana coleta, organização, transmissão e disseminação dos dados, apresenta capacidade média para atender, 14 mil usuários simultâneos e 800 mil alunos matriculados por dia, chegando a quase 4 milhões de páginas exibidas. O Sistema Educacenso do Inep funciona em parceria com os Estados e o Distrito Federal, permitindo cadastrar, por meio da ferramenta Cadastro de Alunos e Docentes – CADMEC, informações das unidades básicas da informação educacional, vinculando-as à escola. Os dados coletados são transmitidos diretamente ao Inep. A coleta dos dados está dividida em duas etapas: 1ª etapa: aplicação dos questionários de 19 cadastro da escola, da turma, do aluno e do docente, e 2ª etapa: informações de movimento e rendimento escolar. Quanto às verificações para aferição da qualidade das informações fornecidas, ressaltam-se as seguintes: a) Pesquisa de Avaliação e Verificação das Informações Declaradas ao Censo Escolar – Nos anos de 2004 e 2005, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizou, a partir da seleção de uma amostra representativa de escolas públicas (estaduais e municipais), a aplicação de questionários similares aos do Censo Escolar, por pesquisadores externos. Essa verificação abrangeu todas as etapas e modalidades de ensino da educação básica, a saber: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos e educação especial. A análise ficou centrada no estudo das variações e distorções das informações prestadas ao censo e à pesquisa. Esses resultados contribuíram significativamente para a definição, por parte do Inep, de outras ações voltadas para a melhoria da qualidade dos dados do Censo Escolar, tanto por meio das críticas de consistências dos dados antes do fechamento do banco, como pela revisão do questionário, pela organização de rotinas para análise da qualidade das informações coletadas e pelo treinamento das equipes responsáveis pela realização da coleta dos dados nas Unidades da Federação. b) Controle de Qualidade dos Dados do Censo Escolar – É uma rotina de verificações via procedimentos estatísticos voltada para análise da qualidade das informações processadas. Ela envolve as equipes responsáveis pelo Censo nas Secretarias Estaduais de Educação. A implantação dessa sistemática, que teve início em 2006, implicou na adoção de procedimentos essenciais para a eficácia do processo, onde se destacam: (1) a reformulação do questionário do Censo Escolar, considerado muito extenso, com questões redundantes, pouco discriminantes, com baixa 20 frequência de respostas pelos usuários, e prescindindo de outras consideradas indispensáveis e (2) definição de rotinas para análise das informações voltadas para correção das possíveis inconsistências, com a participação dos gestores estaduais e municipais de educação. Deve-se ressaltar que o Inep vem fortalecendo a integração com as instâncias administrativas que participam da execução do Censo Escolar, por meio de encontros técnicos, assistência técnica às equipes estaduais e municipais envolvidas e, inclusive, pelo envio de recursos para modernização dos equipamentos, favorecendo o desenvolvimento do processo de coleta e controle da qualidade dos dados. A partir do Censo Escolar 2007, a coleta dos dados ocorre a partir dos seguintes procedimentos: pelo coletor – sistema de entrada de dados off-line, para as escolas que dispõem de computador, mas não dispõem de internet; pelo preenchimento on-line, no próprio sistema Educacenso, para as escolas que possuem acesso à internet; por migração de dados das Secretarias de Educação dos Estados e Municípios, e de escolas que possuem sistema próprio. Entre as grandes migrações, estão os dados dos Estados de SP, PR, BA e PE e dos municípios de Fortaleza, do Rio de Janeiro, de Belém e de Porto Alegre. Principais Variáveis: a) Escola: situação e local de funcionamento; Caracterização da infraestrutura (abastecimento de água, energia elétrica, etc.); Disponibilidade de equipamentos didático/pedagógicos; existência de dependências físicas; Fornecimento de alimentação escolar; oferta de atendimento educacional especializado; disponibilidade de materiais didáticos de atendimento à diversidade sociocultural. b) Turma: horário de funcionamento; tipo de atendimento; existência de atividade complementar; atendimento educacional especializado; tipo de disciplinas. c) Alunos idade; sexo; cor ou raça; uso de transporte escolar; necessidade educacional especial; rendimento escolar (aprovado/reprovado); 21 d) Docentes idade; sexo; cor ou raça; escolaridade; função que exerce na escola; turma que atua; disciplina que leciona; Documentação Operacional: Época da Coleta: A data de referência para as escolas informarem seus dados educacionais ao Censo Escolar constitui o Dia Nacional do Censo Escolar. Até o ano de 2006, a data de referência era a última quarta-feira do mês de março. A partir de 2007 essa data foi transferida para a última quarta-feira do mês de maio. Essa alteração foi efetivada porque no início do ano letivo muitos dados escolares ainda não estão consolidados, havendo matrículas duplicadas e frequentes, transferências de alunos de uma escola para outra. No final de maio, o sistema de ensino já está estabilizado e os dados verificados nessa data são considerados representativos e referenciais para o ano letivo. (Portaria nº 1.496, de 6 de dezembro de 1995 e Portaria nº 264, de 26 de março de 2007). Tempo Previsto entre o Início da Coleta e a Liberação dos Dados: Aproximadamente 1 ano. Nível de Divulgação: Os resultados do Censo Escolar são divulgados para o Brasil, Regiões, Unidades da Federação e Municípios. No caso da escola, do aluno e professor a informação descaracteriza os dados que identifiquem o informante. Tais informações são disponibilizadas mediante assinatura de termo de responsabilidade e autorização da Direção do Inep. 22 2. Diagnostico Técnico 2.1 – Caracterização do Município A região metropolitana de Porto Alegre localiza-se na porção nordeste do território do Rio Grande do Sul, e estende-se ao norte da Laguna dos Patos, ocupando 3,48% da superfície total do Estado. A Lei Complementar n° 14, de 08 de junho de 1973, definiu e regulamentou a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), na época composta por quatorze municípios, e hoje totalizando 31 municípios, como pode ser visto na Figura 4, sendo estes: Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Estância Velha, Esteio, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, Porto Alegre, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Viamão, Eldorado do Sul, Glorinha, Nova Hartz, Dois Irmãos, Ivoti, Parobé, Portão, Triunfo, Charqueadas, Nova Santa Rita, Arari cá, Montenegro, Taquara, São Jerônimo, Santo Antônio da Patrulha, Arroio dos Ratos e Capela de Santana. Resumidamente, a RMPA possui os seguintes dados gerais: Tabela 1 - Dados Gerais População estimada 2015 1.476,867 pessoas População 2010 1.409,351hab. Área: 496,682 km2 IDH médio: 0,807ONU/2000 PIB: R$ mil 33.882,78 reais Densidade demográfica hab./Km/km² 2837,53 Taxa de urbanização em 2000: 95,92% da população dos 31 municípios da RMPA vive em áreas urbanas (3.509. 384 hab.), correspondendo a 42,7%, da área total (IBGE, 2000). Área da unidade territorial 496,682 km² Estabelecimentos de Saúde SUS 201 estabelecimentos Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - 2010 (IDHM 2010) 0,805 23 Matrícula -Ensino fundamental - 2012 177.090 matrículas Matrícula - Ensino médio - 2012 48.214 matrículas Número de unidades locais 95.501 unidades Pessoal ocupado total 880.807 pessoas PIB per capita a preços correntes - 2012 33.882,78 reais População residente 1.409.35 pessoas População residente - Homens 653.787 pessoas População residente - Mulheres 755.564 pessoas População residente alfabetizada 1.277.572 pessoas População residente que frequentava creche ou escola 408.415 pessoas População residente, religião católica apostólica romana 897.416 pessoas População residente, religião espírita 96.701 pessoas População residente, religião evangélicas 164.815 pessoas Valor do rendimento nominal mediano Mensal per capita dos domicílios particulares Permanentes - Urbana 1.000,00 reais Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio - Urbana 4.879,95 reais Censo Escolar – Educação Básica Processo: Censo Escolar da Educação Básica Sigla: - Instituição Responsável: MEC/INEP/ Diretoria de Estatísticas Educacionais (DEED) Tema: Educação/Educação Básica Tipo do Processo: Censo Situação do Processo: Ativo Periodicidade: Anual Início:1931 Unidade (s) de Investigação: Escola, Aluno e Docente. Unidade (s) de Análise: Matrícula, Função Docente, Turma. Técnica de Investigação: Censitária 24 Histórico: Após a criação do Ministério da Educação e Saúde, em 1931, realizou- se a IV Conferência Nacional de Educação, que teve como um de seus produtos a assinatura de um Convênio Estatístico que adotaria normas para a padronização e aperfeiçoamento das estatísticas da Educação Brasileira. A cláusula inicial desse Convênio determinava, como objetivo, a coordenação de todos os trabalhos oficiais de estatística educacionais e conexas, de modo que fosse possível conhecer e divulgar, com rapidez e segurança, as condições gerais dos diversos níveis de ensino do Brasil e, em particular, de cada Estado, do Distrito Federal e do Território do Acre, em determinado ano. As primeiras estatísticas educacionais obtidas foram publicadas em 1939 com dados de 1932, em publicação denominada Ensino Brasil, que correspondeu ao embrião do que hoje denomina-se “Sinopse Estatística”. Em 1937, foi criado o Serviço de Estatística da Educação e Saúde pela Lei nº 378. Essa denominação foi alterada em 1956 pelo Decreto n° 38.661, para Serviço de Estatística da Educação e Cultura (Seec). Em 1980, o Seec foi transferido para Brasília ficando subordinado à Secretaria de Informática (Seinf/MEC). Em 1985 passou à subordinação da Secretária-Geral (SG/MEC) e, em 1987, passou para a Secretaria de Planejamento (Seplan/MEC). Essas alterações administrativas tinham o objetivo de intensificar a atenção às metas fixadas no regimento do Seec, decorrentes do Convênio de 1931, no sentido de uma aproximação com as Unidades da Federação, o que resultou na implantação de centros de estatísticas em todas as Secretarias de Educação no País. Tais centros estariam voltados especificamente para a operação, em plano local, de rotinas relacionadas à obtenção de dados educacionais. Com a reforma administrativa do Governo Collor, em 1991, o Seec transformou-se em uma Coordenação vinculada à Coordenação-Geral de Planejamento Setorial, uma unidade da Secretaria de Assuntos Administrativo do MEC. De 1991 a 1994, o órgão passou por um período crítico, com o risco de ter suas atividades suspensas, devido ao rebaixamento hierárquico que sofreu 25 na estrutura organizacional do MEC. Mesmo assim, procedeu-se, naquele ano, a descentralização na apuração dos dados coletados pelo Censo Escolar, com a criação, nas Secretarias Estaduais de Educação, de sistema informatizado específico para essa finalidade. Esse sistema, desenvolvido sob a plataforma Paradox e implantado em microcomputadores Intel-286SX, foi a experiência precursora do Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIEd). Em 1996 o Seec foi incorporado pela Secretaria de Avaliação e Informação Educacional (Sediae/MEC). Em 1997 a Sediae foi absorvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que passou a ser o órgão oficial, na esfera federal, encarregado pelos levantamentos estatísticos educacionais. Até o ano de 2006 a unidade básica da coleta de dados do Censo Escolar era a escola, e o levantamento das informações era feito por questionário padronizado, aplicado diretamente em todos os estabelecimentos de ensino públicos e privados. Este modelo correspondeu ao Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIEd). A partir de 2007 o Censo Escolar adota um novo modelo, o Sistema “Educacenso”, que estabelece como unidade de investigação, além da escola, o aluno e o professor. O Sistema Educacenso incorpora tecnologias, sustentadas pela utilização de “ferramentas web” na coleta, organização, transmissão e disseminação dos dados. (Portaria nº 316, de 4 de abril de 2007). 2.2 – Dimensão Histórica As terras que viriam a ser Porto Alegre foram ocupadas, em 1732, por sesmarias, as quais eram divididas em três estâncias que se estendiam, de norte a sul, desde o Rio Gravataí até o Arroio do Salso, tendo como limite ocidental o Lago Guaíba. No final de 1751 chegaram sessenta casais açorianos, que com seus filhos formavam um grupo de aproximadamente 300 pessoas, que desembarcaram no Porto do Dornelles em janeiro e foram se instalar no Morro Santana e adjacências. Como havia pouca água no local, eles se deslocaram para as margens da Lagoa do Viamão, estabelecendo chácaras próximas ao povoado e estâncias um pouco mais longe. Assim nascia Porto Alegre, de uma pequena colônia de imigrantes açorianos que se estabeleceram na Ponta de Pedra, dentro da Sesmaria de Santana, que era capitaneada por Jerônimo de 26 Ornellas Vasconcellos. A partir daí a localidade começou a ser chamada de Porto dos Casais. Neste período inicial, de ocupação territorial e formação do núcleo, verifica-se em Porto Alegre a formação de um núcleo com a “região” ocupada a leste, a oeste, ao sul e sudoeste, com uma economia incipiente que ressalta a qualidade do local de implantação do núcleo. Por causa do porto, com águas profundas e protegidas dos fortes ventos de sudoeste, o núcleo tomará a dianteira da capital sobrepondo-se pela função portuária que exerce. Entre 1772 e 1820, Porto Alegre passa a ser caracterizada pela crescente produção de trigo pelos açorianos na região do Jacuí. O trigo era escoado por Porto Alegre para ser exportado para outras regiões, criando condições de desenvolvimento portuário e desenvolvimento urbano. Em 1808, o Príncipe D. João elevou a localidade à categoria de Vila, e pela Carta de Lei, de 14 de novembro de 1822, o Imperador D. Pedro I passou a Vila Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre à categoria de cidade. Nesta época Porto Alegre era uma vila colonial, com cerca de 12 mil habitantes, e ainda existiam os muros da cidade, construídos para defesa contra as incursões espanholas. Em meados de 1845 chegam os primeiros imigrantes alemães e italianos, instalando restaurantes, pensões, pequenas manufaturas, olarias, alambiques e diversos estabelecimentos comerciais. A atividade portuária inicial, juntamente com a coleta da produção regional – iniciada com o trigo – recebe um forte impulso, estabelecendo, assim, além da coleta de produção já citada, a sua exportação, a importação dos bens requeridos pelas novas populações e a sua via econômica e social.Neste período em que a cidade passa de 12 mil para 52 mil habitantes, as modificações físicas são consideráveis, resultando na evolução da estrutura urbana e da infraestrutura regional. Com o fim da Guerra dos Farrapos, em 1845, a expansão realmente começa a ocorrer e com ela surge a apresentação de equipamentos mais vigorosos e sofisticados, correspondentes ao rápido desenvolvimento da cidade. O traçado urbano caracteriza-se por uma ocupação intensiva em toda a área da península central, ficando rarefeito à medida que se afasta do centro em direção aos caminhos. A cidade se expande ao longo de seus eixos de acesso. Basicamente, a cidade se desenvolve em um xadrez bastante uniforme na zona do 4° Distrito (Bairro Navegantes) apresentando um 27 grande vazio urbano entre o Centro e o Bairro Navegantes, decorrentes da topografia muito íngreme. De 1889 a 1940, durante as administrações republicanas, foram instalados na cidade a eletricidade, a iluminação pública, a rede de esgoto, o transporte elétrico, a água encanada, as primeiras faculdades, os hospitais, as ambulâncias, a telefonia, as indústrias, o rádio e os primeiros planos diretores. No final do século, Porto Alegre apresentava a distribuição de suas habitações em três setores bastante definidos: Centro, Cidade Baixa e Voluntários da Pátria, e também ao longo dos principais eixos de acesso que desembocavam na península, o que deixava grandes vazios intermediários. As indústrias localizavam-se principalmente no centro da cidade, tendo como principais as fábricas de chapéus, de móveis, de funilaria, de coches e de produtos alimentares, com maior destaque para as fábricas de cerveja Bopp, Saíssem e Reter e a atual Brahma. A cidade apresenta equipamentos comerciais de relativa complexidade, cabendo até uma classificação por setores: cultura e lazer, administrativos e militares, educação e saúde, comércio e indústria, infraestrutura e religiosos. A península começou a ser aterrada a partir do século passado, prosseguindo até os dias de hoje, de tal forma que a área atual é praticamente o dobro da inicial. Em 1858 é feito o primeiro projeto de urbanização, pelo engenheiro Frederico Heydtmann, que já esboça uma primeira perimetral. Em 1940 o projeto foi reformulado, trocando a Rua Coronel Genuíno por um quarteirão a seguir, na Rua Avaí. Na planta de 1896 já apareciam projetos como o da Rua das Flores, em área ganha do curso do rio, correspondente à Rua Júlio de Castilhos e à Rua Siqueira Campos. Nesta época já se encontra o gérmen do desenvolvimento da estrutura urbana de Porto Alegre, que no século 20 transformará a cidade e a levará a ampliar suas margens de maneira significativa. A partir de 1940 a cidade assume seu caráter de centro administrativo, comercial e financeiro do Estado. Os animais de carga, que dominavam o cenário urbano são substituídos pelos modernos automóveis. São os anos de ampliação das malhas viária da cidade, quando são abertas as grandes avenidas, como a Farrapos, a Borges de Medeiros e a Salgado Filho, enquanto outras são pavimentadas, como a Azenha e a João Pessoa. A partir de 1945 são elaborados os Planos de Governo, surgem os projetos energéticos nacionais e são criados os fundos de desenvolvimento urbano. 28 Nos anos de 1960 a 1970 outras grandes obras são feitas, entre as quais os viadutos da Borges de Medeiros (Figura 1.), da João Pessoa, o Oirice, o Tiradentes e o Ildo Meneghetti. Com a implantação do sistema rodoviário federal e do sistema rodoviário estadual ocorre o colapso da navegação fluvial e a estagnação das ferrovias. No fim do período ocorrem tentativas de recuperação e integração dos corredores de exportação. Na economia, a produção colonial inicialmente mantém o mercado consumidor, ocorrendo, posteriormente, a decadência da colônia velha devido à excessiva subdivisão das propriedades, ao baixo nível tecnológico e à baixa produtividade. Em decorrência disso, verifica-se a emigração dos elementos urbanos mais dinâmicos para centros urbanos e para fronteiras agrícolas. A polarização de Porto Alegre estende-se para todo o Estado. Mais tarde o setor primário adapta-se aos mercados externos e a agricultura é reativada, com a cultura da soja e do trigo. Com a implantação dos sistemas rodoviários antes citados, na região metropolitana e na cidade, ocorre uma expansão industrial e habitacional ao norte e a leste. Os fatores econômicos acentuam a função comercial da cidade e a produção industrial, fazendo com que a indústria tenha tendência a se estabelecer na região metropolitana, e o ritmo do crescimento industrial diminui. Hoje, em função da localização industrial (vias de acesso de longo curso), a zona norte/nordeste de Porto Alegre é a mais intensamente ocupada, caracterizada por uma população operária e comercial. A zona central permanece densamente habitada, e nota-se uma grande expansão para a zona sul por uma população de classe média e alta, ao longo da costa do rio. Através da Lei Complementar n° 14, de 08 de junho de 1973, foi definida e regulamentada a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e o Corede (Conselho Regional de Desenvolvimento Delta do Jacuí), sendo a cidade de Porto Alegre a capital do Estado do Rio Grande do Sul. 2.3 – Dimensão Ambiental O Código Florestal, instituído pela Lei nº 4771/65 disciplinas a proteção de florestas e formas de vegetação, definindo áreas de preservação permanente. Tem reflexos na política habitacional, pois que os projetos urbanos e a regularização fundiária devem levar em conta os parâmetros nele estabelecidos. 29 As APP’s – Áreas de Preservação Permanente – são aquelas descritas na lei, cobertas ou não por vegetação nativa, com função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e flora, a fim de proteger o solo e o bem-estar das populações humanas. Dentre outras, destacamos as florestas e demais formas de vegetação situadas ao longo dos rios ou qualquer curso d’água, em faixa marginal de, no mínimo 30 metros, nos topos de morro ou de encostas. O PDDUA contempla as disposições do Código Florestal. O art. 4º do Código Florestal dispõe que a supressão de vegetação em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social, devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto. No art. 1º do Código está identificado, no inciso IV, o que pode ser considerado interesse social, e, no inciso V, utilidade pública. No art. 4º, § 3º, fica estabelecido que o órgão ambiental competente poderá autorizar a supressão eventual e de baixo impacto ambiental, assim definida em regulamento, de vegetação em área de preservação permanente. Veja-se que nas três hipóteses a lei estabelece a possibilidade de intervenção ou de supressão de APP, deste modo, a Resolução nº 369 do CONAMA encontra previsão na lei e estabelece algumas exceções. A Resolução 369/2006 – CONAMA define os casos excepcionais em que o órgão ambiental competente pode autorizar a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente – APP, para a implantação de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou de interesse social, ou para a realização de ações consideradas eventuais e de baixo impacto ambiental: “A intervenção ou supressão de vegetação em APP para a regularização fundiária sustentável de área urbana poderá ser autorizada pelo órgão ambiental competente, em caso de ocupações de baixarenda predominantemente residencial em área urbana declarada como Zona Especial de Interesse Social pelo Município”. Esta área deverá possuir, no mínimo, três dos seguintes itens de infraestrutura urbana implantada: malha viária, captação de águas pluviais, esgotamento sanitário, coleta de resíduos sólidos, rede de 30 abastecimento de água, rede de distribuição de energia e, ainda, apresentar densidade demográfica superior a cinquenta habitantes por hectare. Nas faixas de Apps deverá ser apresentado pelo Poder Público Municipal um Plano de regularização Fundiária Sustentável, atendendo os requisitos técnicos enumerados na Resolução 369. Destaca-se, dentre outros, que devem ser respeitadas faixas mínimas de 15 metros para cursos d’água de até 50 metros de largura e faixa mínima de 50 metros para os demais. O órgão ambiental competente, em decisão motivada, excepcionalmente poderá reduzir as restrições referentes às margens aqui referidas. São contempladas as regularizações para áreas consolidadas até a data de 10 de julho de 2001, quando passou a vigorar a Lei nº 10.257 – Estatuto da Cidade. 2.3.1– Estrutura Organizacional do Meio Ambiente 2.3.2– Áreas Protegidas Tabela 2 - Áreas Protegidas Período Área total do município em quilômetros quadrados (km²) Número total, em quilômetros quadrados (km²), de área Destinada a conservação Valor da Fórmula 2012 496,68 49,22 9,91 2013 496,68 50,13 10,09 2014 496,68 50,13 10,09 2.3.2– Problemas Ambientais Relevantes O Risco Ambiental não compõe o Déficit nem a Inadequação Habitacional, pois pode participar de ambos, de acordo com a classificação do Risco. Segue abaixo a localização e classificação das áreas de acordo com o critério dado pela SMAM de Risco Ambiental, o qual pode vir a contribuir para a avaliação dos tipos e custos de intervenção em cada uma das Ocupações Irregulares. 31 Os dados sobre Risco Ambiental foram alimentados com base em informações de 2007, e retratam as situações onde existe possibilidade atual ou futura de ocorrer um evento natural ou provocado pelo homem, de natureza geológica (rochas) ou geotécnica, como deslizamentos, rolagem de rochas, desbarrancamentos e inundações. A avaliação é realizada e atualizada pelo Programa Áreas de Risco da SMAM. A classificação está dividida em cinco categorias, a saber: 1) Inexistente: local ou área não sujeito a ocorrência de inundações, deslizamentos e rolagem de rochas. 2) Menor risco: local ou área com possibilidades de deslizamentos, inundações e rolagem de blocos rochosos, restrito a uma pequena porção da área total. 3) Risco localizado: locais restritos dentro de uma área maior onde existe risco de deslizamentos, inundações e rolagem de blocos rochosos. 4) Risco parcial: locais ou áreas sujeitos a ocorrência de deslizamentos, inundações e rolagem de blocos rochosos, distribuídos e com abrangência em vários pontos ou locais de uma área maior. 5) Risco generalizado: área onde há predominância de risco de deslizamentos, inundações e rolagem de blocos rochosos que se dá na maior parte do terreno ou acima de 50% da área total. As ROPS que possuem os maiores números de ocupações irregulares com problemas de Risco Ambiental Generalizado e Parcial são as ROPS 1 (Humaitá), 3 (Leste), 7 (Parthenon), 10 (Cruzeiro), 11 (Cristal), e 9 (Glória), justamente as áreas localizadas em regiões frágeis ambientalmente, como é o caso da Ilhas (ROP 1), e proximidade com os morros (ROPS 3, 7 e 9); As Ocupações Irregulares que apresentam Risco Generalizado, e que possuem, portanto, grande potencial para reassentamento, contam com um total de 2.214 domicílios. Ressaltando-se que estes domicílios já foram contabilizados nos domicílios com necessidade de reassentamento. 32 2.4 – Dimensão Social 2.4.1– População Tabela 3 - População Ano INDICADOR EVOLUÇÃO NO PERÍODO 1991 1.263.403 ... 2000 1.360.590 Aumentou 7,14% 2010 1.409.351 Aumentou 3,46% 2.4.2– Equidade Equidade é um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem relação direta com os conceitos de igualdade e de justiça. No âmbito do sistema nacional de saúde, se evidencia, por exemplo, no atendimento aos indivíduos de acordo com suas necessidades, oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem requer menos cuidados. Busca-se, com este princípio, reconhecer as diferenças nas condições de vida e saúde e nas necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e deve atender a diversidade. Exemplos práticos de equidade ocorrem frequentemente nos hospitais, especialmente naqueles nos quais se implantou a classificação de risco, onde a prioridade no atendimento é definida por critérios combinados de ordem de chegada, urgência e gravidade. Por esse princípio, uma vítima de acidente grave passará na frente de quem necessita de um atendimento menos urgente, mesmo que esta pessoa tenha chegado mais cedo ao hospital. O princípio da equidade também norteia políticas de saúde, reconhecendo necessidades de grupos específicos e atuando para reduzir o impacto dos determinantes sociais da saúde aos quais estão submetidos. Neste sentido, no Brasil, existem programas de saúde em acordo com a pluralidade da população, contemplando as populações do campo e da floresta, negros, ciganos, pessoas em situação de rua, idosos, pessoas com deficiência, entre outros. 33 2.4.3– Saúde Tabela 4 - Estabelecimentos de saúde Variável Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Federais 9 44 950 Estaduais 4 16 1.318 Municipais 115 2.641 49.753 Privados 502 3.004 42.049 Tabela 5 - Morbidade hospitalar Variável Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Homens 2.539 19.089 242.238 Mulheres 2.416 16.851 205.787 2.4.4– Educação. Tabela 6 - Docentes por nível Variável Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Pré-escolar 3.376 143,94 2.812,32 Fundamental 8.629 872,59 15.412,47 Médio 1.727 309,70 5.388,60 Tabela 7 - Números de escolas por nível Variável Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Pré-escolar 756 55,81 1.077,91 Fundamental 369 64,00 1.447,05 Médio 144 14,55 271,64 Tabela 8 - Matrículas por nível Variável Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Pré-escolar 22.721 1.796,55 47.547,21 Fundamental 177.090 14.544,83 297.024,98 Médio 48.214 4.022,09 83.768,52 34 2.5 – Dimensão Infraestrutura 2.5.1– Comunicações Podemos citar os meios de comunicação de massa mais comuns: Televisão, Rádio, Revistas, Internet, Livros, Cinema. Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas, com conteúdo selecionados e desenvolvidos para seus determinados públicos. No entanto, as pessoas passam maior parte do tempo ocupando-se com esses meios de comunicação, pois estes de certa forma proporcionam o prazer humano referente ao seu lazer, entretenimento, aprendizado, ensino, entre outros e a partir desses disseminam as informações que consideram relevantes e que de certa forma despertam interesses no público, ouvinte, leitor, telespectador ou internauta. Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer informações úteis e importantes para a população, como para alienar, determinar um modo de pensar, induzindo certos comportamentos e aquisição de certos produtos, por exemplo. Cabe aos órgãos responsáveis fiscalizaremque tipo de informação está sendo veiculada por esses meios, como ao receptor das informações ser crítico, para selecionar e internalizar as informações que considerar úteis para si, denunciando os abusos aos órgãos competentes. O termo meio de comunicação refere-se ao instrumento ou à forma de conteúdo utilizados para a realização do processo comunicacional. Quando referido a comunicação de massa, pode ser considerado sinônimo de mídia. Entretanto, outros meios de comunicação, como o telefone, não são maciços e sim individuais ou interpessoais. Sonoro: telefone, rádio, Podcast. Escrita: jornais, diários e revistas. Audiovisual: televisão, cinema. Multimídia: diversos meios simultaneamente. 35 Hipermídia: NTICs, CD-ROM, TV digital e internet, que aplica a multimídia (diversos meios simultaneamente, como escrita e audiovisual) em conjunto com a hipertextualidade (caminhos não-lineares de leitura do texto. Comunicação de massa a disseminação de informações através de jornais, televisão, rádios, cinema e também pela Internet, os quais se reúnem em um sistema denominado mídia. A comunicação de massa tem a característica de chegar a uma grande quantidade de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único emissor. As sociedades receptoras geralmente são urbanas e complexas e passam por processos múltiplos e dinâmicos em que há um grande poder da mídia sobre seus habitantes. A comunicação humana pode ser classificada em dois aspectos distintos, sendo desenvolvida em vários campos de naturezas diferentes: a comunicação em pequena escala e a comunicação de massa. Nos dois casos, o ser humano começou a lidar com utensílios para auxiliar e tornar potente o processo de produzir, enviar e receber mensagens. A tecnologia se tornou aliada de tal comunicação humana, além de passar a participar da rotina da humanidade ao longo de seu desenvolvimento Podemos citar os meios de comunicação de massa mais comuns: Televisão, Rádio, Revistas, Internet, Livros, Cinema. Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas, com conteúdo selecionados e desenvolvidos para seus determinados públicos. No entanto, as pessoas passam maior parte do tempo ocupando-se com esses meios de comunicação, pois estes de certa forma proporcionam o prazer humano referente ao seu lazer, entretenimento, aprendizado, ensino, entre outros e a partir desses disseminam as informações que consideram relevantes e que de certa forma despertam interesses no público, ouvinte, leitor, telespectador ou internauta. Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer informações úteis e importantes para a população, como para alienar, determinar um modo de pensar, induzindo certos comportamentos e aquisição de certos produtos, por exemplo. Cabe aos órgãos responsáveis fiscalizarem que tipo de informação está sendo veiculada por esses meios, como ao receptor das informações ser crítico, para selecionar e internalizar as informações que considerar úteis para si, denunciando os abusos aos órgãos competentes. 36 2.5.2– Transporte Tabela 9 - Transportes Variável Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Automóveis 587.143 3.821.098 47.946.664 Caminhões 16.350 214.611 2.588.984 Caminhões-trator 2.463 53.599 578.765 Caminhonetes 41.463 435.643 6.245.837 Caminhonetas 46.757 205.544 2.732.871 Micro-ônibus 2.380 19.506 361.501 Motocicletas 87.216 992.150 19.242.916 Motonetas 9.325 171.633 3.599.581 Ônibus 5.166 38.269 574.125 Tratores 1.360 7.245 29.516 Utilitários 10.979 38.091 2.5.3– Energia Elétrica Tabela 10 - Consumo domiciliar médio por área do INPC e IPCA (Unidade de medida: kwh) Área INPC IPCA Rio de Janeiro 116 210 Porto Alegre 144 199 Belo Horizonte 160 212 Recife 109 151 São Paulo 211 249 Brasília 166 221 Belém 181 222 Fortaleza 104 143 37 Salvador 131 171 Curitiba 137 196 Goiânia 174 220 2.5.4 Qualidade de Vida As condições de vida melhoraram na Região Metropolitana de Porto Alegre entre os anos de 2000 e 2010, mas isso não evitou que os gaúchos perdessem posições, nesse período, em um ranking de 16 áreas metropolitanas do país calculado pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Os resultados fazem parte do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, lançado em Brasília nesta terça-feira em uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP). O IDHM é um índice que afere a qualidade de vida em municípios, bairros e outras áreas combinando indicadores de longevidade, educação e renda. Ele é expresso por um número que varia de zero a um. Quanto mais próximo de um, melhor. Em 2000, as 34 cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre ocupavam a quarta posição entre as 16 zonas analisadas, atrás de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, com um IDHM de 0, 685.O indicador subiu para 0,762, demonstrando uma melhoria nas condições para se viver. Porém, como outras regiões registraram avanços ainda mais expressivos, os gaúchos caíram para a nona posição no levantamento que toma por base as informações do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2.6 – Dimensão Econômica 2.6.1– Setor Agropecuário Agricultura O Rio Grande do Sul apresenta-se como um estado que se destaca pela sua produção agrícola e pecuária. O setor agropecuário apresentou, em 2004, 38 uma participação de 15,9% no produto interno bruto do estado. No entanto, sabe- se que esta participação é ainda maior se considerada a repercussão na cadeia produtiva que o setor movimenta. Principais cultivos: Soja, arroz, milho, trigo, tabaco, mandioca, amendoim, erva-mate, batata, maçã, uva, laranja e pêssego. Pecuária A maior concentração do rebanho gaúcho está no oeste e sul do estado, junto à presença dos campos ou integrado com a produção de arroz. As quatro regiões que apresentam maior rebanho, correspondendo a 57,3% do rebanho gaúcho são: Fronteira Oeste, Sul, Central (10,8%), e Campanha. Destacam-se os municípios de Santana do Livramento com 593.601 cabeças, Alegrete com 558.948, Dom Pedrito com 450.558 e São Gabriel com 414.414 cabeças. A pecuária gaúcha caracteriza-se por se desenvolver em sistemas extensivos de produção, tendo o campo nativo com base da alimentação dos animais. No estado, as principais criações são de bovinos, suínos, aves e ovinos 2.6.2– Setor Industrial Indústria Os dados da estrutura do PIB do estado mostram que a indústria responde cerca de um terço (1/3) da economia do Rio Grande do Sul, sendo a maior fatia desta participação responsabilidade da indústria de transformação, já que a indústria extrativa mineral possui uma participação pouco expressiva dentro da economia gaúcha. O estado apresenta uma indústria diversificada que se desenvolveu a partir das agroindústrias e de outros segmentos ligados ao setor primário. A matriz industrial estruturou-se sobre quatro complexos básicos: o agroindustrial, que inclui as indústrias de alimentos, bebidas e as que utilizam insumos agrícolas; o complexo coureiro-calçadista; o complexo químico; e o complexo metalomecânico. A indústria de transformação gaúcha alcançou a segunda posição no parque nacional. Setores: Produtos alimentícios, Química, Semicondutores, Biotecnologia, Equipamentos, Médicos, Petroquímica, Material de transporte,Metalurgia, Tabaco, Vestuário, Mobiliário, Papel, Madeira, Têxtil, Couro, Borracha e Calçados 39 Setor metalomecânico O Rio Grande do Sul possui um dos parques automotivos mais completos de toda a América Latina. O setor automotivo responde por 13% do PIB industrial gaúcho. O polo de autopeças da região de Caxias do Sul é o segundo mais importante do país, composto por mais de 2.200 empresas, geradoras de cerca de 40 mil postos de trabalho, com faturamento de 1.200.000.000 de dólares. Essa região, juntamente com a Grande Porto Alegre, produz ônibus, caminhões, implementos agrícolas, automóveis, motores e computadores de bordo para o mercado nacional e de exportação. O estado exporta partes mecânicas e elétricas, além de componentes de alta tecnologia, com qualidade desenvolvida por gaúchos. As maiores empresas da cadeia de automóveis e autopeças são tanto multinacionais quanto empresas gaúchas internacionalmente reconhecidas. Hoje, o Rio Grande do Sul produz cerca de 70% das colheitadeiras e mais de 50% dos ônibus e tratores brasileiros. Alta Tecnologia Nos anos recentes vem sido notável a implementação de indústrias de alta tecnologia, em especial a de semicondutores no Rio Grande do Sul, com destaque para o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada em Porto Alegre. Existem também diversas outras empresas do ramo - Desde incubadas até mesmo multinacionais - no Vale dos Sinos. Há também o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS onde existem diversas empresas multinacionais instaladas tais como Dell, HP, ThoughtWorks e outras. Há também presença de diversas empresas incubadas do ramo de eletrônica de precisão. É também previsto a criação de um Parque Tecnológico da UFRGS, onde é esperada grande atuação nos cenários da Fônica, Metrologia, Biotecnologia, Nanotecnologia e Tecnologia de Informação. 40 2.6.3– Setor de Comércio e Serviços Tabela 11 - Setor de Comércio e Serviços Variável Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Agropecuária 23.810 8.764.507 105.163.000 Indústria 5.315.472 37.475.448 539.315.998 Serviços 34.440.223 77.628.594 1.197.774.001 2.7 – Dimensão Institucional 2.7.1– Estrutura Organizativa do Município Em 1979, a Coordenação de Modernização Administrativa, após a realização de criterioso levantamento, lançou a publicação do "Governo Municipal - Legislação Organizacional do Executivo Municipal de Porto Alegre" que, pela primeira vez, consolidava os textos legais referentes à organização estrutural desta Prefeitura Municipal. A partir dos anos 80, diversas alterações ocorreram na estrutura das Repartições Municipais, em decorrência da necessidade de adaptar os órgãos do Executivo para atender às crescentes demandas da população por serviços públicos municipais. Como de costume e necessariamente acontece, no decorrer deste tempo, a estrutura organizacional da Prefeitura Municipal de Porto Alegre passou por contínuas adequações, adaptando-se a novas situações, como a ampliação destes serviços, seja por razões estratégicas ou por recursos tecnológicos disponíveis e adotados pela administração. Ao publicar a segunda edição do "Governo Municipal", em setembro de 1985, a Secretaria Municipal de Administração procurou contribuir para uma apresentação que explanasse um melhor conhecimento e entendimento da organização do Executivo Municipal de Porto Alegre. Como instrumento de apoio a essa organização administrativa e funcional, o Município baseou-se em variada legislação - suporte que abrange, entre outras, na área de pessoal, a Lei Complementar n° 10/74 (Estatuto dos Funcionários Públicos do Município) e as leis que dispõem sobre os Sistemas de Classificação de Cargos e Funções da Administração Centralizada e das Autarquias; nas áreas-fins destacam-se, por sua importância e abrangência, a Lei Complementar n° 43/79 (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano), a Lei 41 Complementar n° 12/75 (Código de Posturas), a Lei Complementar n° 07/73 (Código Tributário Municipal) e a Lei Complementar n° 65/81 (Lei do Impacto Ambiental). Ao elaborar esta terceira edição, revisada e atualizada do "Governo Municipal" em 2015, a Secretaria Municipal de Administração, em particular a Coordenadoria-Geral de Modernização Administrativa, fez um criterioso levantamento a partir de diversas alterações que ocorreram na estrutura das Repartições Municipais, além de criação de novas Secretarias ao longo deste período, gerando a necessidade de adaptar os órgãos do Executivo à atual conjuntura do município de Porto Alegre. Consequentemente, tornou-se imperioso atualizar o conteúdo da referida publicação, de modo a possibilitar uma clara visão de conjunto, o exame acurado e a análise crítica do complexo organizacional - Prefeitura Municipal de Porto Alegre - não só aos seus dirigentes e servidores, mas também a outras esferas de governo, estudiosos e interessados na matéria, de forma sistemática e atualizada, face a importância desta ferramenta de visualização de estrutura organizacional e legal da PMPA mas também a possibilidade de registro imprescindível do histórico de mudanças que ao longo do tempo e demandas requeridas, vão se constituindo as diferentes faces e mobilidade de sistemas e processos para o melhor atendimento e contemplando as expectativas da população. Ainda que abordando sinteticamente, é oportuno esclarecer que a organização administrativa do Executivo Municipal de Porto Alegre decorre das competências que lhe são atribuídas pela Lei Orgânica do Município e de leis específicas que dispõem sobre a criação, as finalidades, a estrutura e a organização das diversas Repartições Municipais, além de seus regimentos, de seus organogramas e de outras legislações importantes que envolvem os órgãos municipais. Cabe salientar que as cópias de tais legislações estão transcritas na forma como foram escritas e editadas na época de sua criação, com o intuito de preservar na íntegra o texto original da lei. 42 2.7.2–As instituições que atuam no município 2.7.2.1– Densidade Institucional Instituições sociais são conjuntos de valores, crenças, normas, status (posições) e papéis referentes a campos específicos de atividade e necessidade humanas. Elas estabelecem o modo socialmente aceito de satisfazer determinadas necessidades e realizar certas atividades. Podemos observar que existem vários tipos de instituições sociais: Família e parentesco, economia, religião e educação. Família: A família é a primeira instituição social duradoura na história humana. Ela refere-se à orientação e à regulamentação das relações de parentesco, da procriação, das relações sexuais e da transmissão dos componentes intermetais básicos da sociedade”. Ela é “um grupo de pessoas unidas diretamente por laços de parentesco, no qual os adultos assumem a responsabilidade de cuidar das crianças. Economia A economia é a instituição social que organiza a produção, a distribuição e a circulação de bens e serviços. As atividades econômicas são institucionalizadas à medida que são explicadas por crenças, legitimadas por valores e reguladas por normas. Assim, em todas as sociedades, para a produção, a circulação e a troca de bens escassos, existem crenças, valores, normas posições e papéis determinados. O conceito tem sido largamente utilizado em Sociologia, com contornos diferentes conforme as escolas sociológicas. A título de exemplo, diga-se que o funcionalismo tem visto as instituições como respostasàs necessidades dos indivíduos ou das sociedades, enquanto a fenomenologia salienta o modo como os indivíduos criam ou adaptam as instituições. 43 Religião Diz respeito às relações que os humanos estabelecem com o domínio meta empírica (o intangível, o sobrenatural) da realidade, ou seja, com o que está para além da possibilidade de observação. A religião é uma instituição social que estabelece concepções, princípios éticos, normas de modo geral, formas de interpretar a realidade. Educação A educação é uma instituição universal encontrada em qualquer tipo de sociedade humana, não entenda que educação é apenas escolar ou formal. Este nível de educação é apenas uma manifestação da educação enquanto instituição axial, nesses termos podemos verificar que em uma sociedade indígena a educação ocorre no processo de socialização do indivíduo a partir do aprendizado da cultura, do trabalhar, da religião, dos conhecimentos e práticas tradicionais, independente de escola. Política É a instituição social que visa o controle social formal, representação política da população. Política não é concebida aqui, simplesmente, como as formas do jogo do poder, mas sim as normas, as regras, as organizações e legislações que regram e fundamentam o controle social (organização e ordenamento da sociedade). Desse modo, a polícia é uma instituição política, o INSS é uma instituição política, um pajé em uma tribo exerce uma função de controle e regramento social que é política. É possível observar a presença de várias intuições sociais no meu município, por exemplo: Igreja, Família, Escola, Clube de mães, Sindicato dos Trabalhadores, Associação de Pais e mestres. 44 2.7.2.2– Relações Interinstitucional Dentre as instituições mencionadas, será feita uma abordagem da instituição religiosa quanto a sua influência exercida sobre o povo capinzalense. A instituição religiosa exerce muita influência sobre o povo capinzalense, que vai desde os feriados até os grandes eventos realizados: como festejos, etc. ao observarmos grandes feriados tais como: natal. Semana santa, dia de nossa senhora aparecida, finados, etc. verifica-se a grande influência que a instituição religiosa exerce sobre a sociedade. Todas as instituições religiosas do município exercem um poder de levar seus membros a agir com indiferença com membros de outras religiões, por exemplo, um cristão não ver com bons olhos alguém que faz parte de um grupo de umbanda. Outros fatores são justificados segundo a religião, tais como: casamento que na igreja católica deve ser realizado segundo as orientações religiosas. Os ritos funerais são oriundos dos ensinamentos religiosos. Outro fator importante é inclusão do ensino religioso nas escolas, embora o estado seja laico. Igreja: Ações que estimulam as pessoas a seguir um caminho que para elas, vão ao encontro de Deus. Família: é uma relação dos indivíduos que formam uma comunidade interna e se expandem conforme o crescimento demográfico. Escola: É a relação em conjunto entre as famílias e a escola que estão desenvolvendo o conhecimento de e concordância de valores. Clube de Mães: Desenvolve habilidades entre as comunidades e as famílias, entendendo que essa relação é uma continuidade dos conhecimentos internos e externos da sociedade. Sindicatos dos trabalhadores: é uma união que torna possível um desenvolvimento de categorias semelhantes. Associações de pais e mestres: É uma relação que envolve as escolas e as famílias dos estudantes de uma escola e sua comunidade. 45 3. Análise situacional 3.1– Dimensão Econômica Dimensão Econômica Propõe um planejamento participativo e de caráter permanente. Alicerçado em estratégias, de que uma cidade não se produz unicamente por normas e busca articular as dimensões econômica e social à dimensão territorial para a gestão do solo urbano. Com isto, avança como um indicador importante para o gerenciamento das políticas do Município. Também se propõe a tornar Porto Alegre viável economicamente e, sob certos aspectos, autossustentável. Para tal estabelece uma densidade adequada onde, ao invés de estimular a cidade a dispersar e espalhar-se, propõe maior concentração em áreas mais bem equipadas em termos de infraestrutura, mantendo uma ocupação rarefeita, mas ordenada, da parte do território que ainda não está consolidada como cidade. Além disto, as parcerias público/privado e os projetos especiais deverão ser impulsionadores de um trabalho conjunto de construção da cidade. 3.2– Dimensão Social e Cultural Dimensão Social e Cultural afeta a qualidade de vida dos cidadãos pelo costume, em consequência de seus direitos e suas obrigações sociais, com a inclusão e fortalecendo da Sociedade com a melhoria dos aspectos fortalecem a cidadania desenvolvendo a democracia, mudando as práticas e crenças da comunidade em geral, constituindo um impacto sobre a cultura que repercute toda gama sócio cultural, implicando na eficácia e eficiência, resultando em benefício dos demais grupos, aumentando o seu conhecimento intelecto, facilitando a compreensão das novas tecnologias adaptáveis com a transmutação do social para o cultural, emergindo para a globalização alcançando o objetivo comum da comunidade. 3.3– Dimensão Infraestrutural Dimensão Infraestrutural através do desenvolvimento precisa ser consolidado e absorvido pela administração pública, tornando a estrutura local um espaço de bem viver, na perspectiva de fortalecimento e efetiva implementação do Sistema de infraestrutura destinando os recursos para melhorias dos ambientes construído espaços adequados para que o 46 desenvolvimento chegue até os cidadãos, com a tecnologia e inovação, integrando valores históricos ao município. Qualquer mudança na estrutura do espaço do Município agrega valores econômico no patrimônio do Município. 3.4– Dimensão Institucional Na integração do município e seus diversos órgãos institucional, a mobilidade de relação que dá o suporte técnico é relativa a suas equipes trabalharem em continuo exercício para que na sociedade torna-se indispensável a melhoria do quantitativo e qualitativo dos resultados, amparados por Lei que é a mobilidade dos cidadãos integrando o grupo em diversas camadas. Onde o município articula suas ações para que o desempenho e suas atitudes sejam providas de recursos bem empregados em desenvolvimento em benefício do cidadão no seu espaço tratando-se da forma de atuação dos Governantes em relação ao social, econômico educação, habitação e segurança pública. Sendo um conjunto de normas e regras determinadas pelo município. 4. Os Referenciais estratégicos São a análise da situação atual das ações do município e o seu impacto nos objetivos estratégicos do eixo social e na visão da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, trabalhando com mais eficiência, eficácia e efetividade visando prestar um melhor aos cidadãos e aumentando o acesso e a qualidade dos serviços e as ações de promoção e proteção alinhada para a sua missão e contribuição nos objetivos estratégicos. Verificando se as ações foram bem definidas, estruturadas, com prazos realistas, viáveis técnica e financeiramente, com metas físicas e indicadores atingíveis, se os líderes estão motivados, se existe o envolvimento de todos, a fim de atingir as metas propostas e impactar nos objetivos estratégicos do eixo social do atual modelo de gestão. 4.1 - Visão Porto Alegre é uma cidade referência em desenvolvimento sustentável local, construindo tecnologias sociais
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