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TRIBUTÁRIO I 1º bim resumo para prova - NELSON UNICURITIBA

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DIREITO TRIBUTÁRIO I – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. NELSON SOUZA NETO 
 
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO “O direito tributário é o ramo que estuda a disciplina jurídica dos tributos”. “O direito tributário estuda a relação entre o Estado e seus Contribuintes”. Essa última definição é criticada pelo fato de que o Estado nem sempre é o pólo ativo da relação descrita. Os tributos para-fiscais são arrecadados por um outro particular (Pessoa Jurídica de Direito Privado- ex: OAB). Teoria Geral do Direito/ Estado 2 hipóteses para origem das sociedades: 
1. Coação irresistível (instinto natural) 
- O homem possui um instinto natural de viver e sociedade (instinto associativo), criar um sistema político apto e se aperfeiçoar para garantir sua sobrevivência. Apenas um ser vis ou um ser Divino teria vocação para viver sozinho. 
* Aristóteles (homem é um animal político) 
2. Acordo de vontades humanas (é a natureza do homem) 
- O processo de junção é reflexo da vontade humana, escolhendo viver em sociedade se firma um contrato de cooperação e sobrevivência. O que une os homens é a necessidade de proteção. 
Contratualistas: 
* Thomas Hobbes: ideia da perversão natural do homem. 
* Montesquieu : era opositor de Hobbes quanto a ideia da perversão natural do homem. Ele acredita que a lei natural dos homens é a da paz, e que quando eles se juntam cria-se o estado de guerra que decorre da extinção da igualdade entre os iguais pela criação da sociedade. 
* Locke: as pessoas fazem acordos para criarem comunidades para viverem com segurança e gozarem de maior proteção. 
* Jean-Jacques Rousseau: do contrato social, se assemelha a Hobbes mas não reconhece a maldade e egoísmo como características do homem fora da sociedade. Fundamenta a ideia de pacto social baseado na manutenção da liberdade não mais natural, mas sim convencional. 
 Desenvolvimento do Estado: - Os seres humanos passaram a se desenvolver e a se agrupar entre semelhantes para se protegerem da força da natureza e principalmente da força de outros humanos que também passaram a se agrupar. Destas associações surgem as primeiras sociedades. O homem desenvolve o seu intelecto. O convívio faz com que as liberdades individuais presentes no estado de natureza se extingam aos poucos. - Uma primeira associação de pessoas só torna-se um Estado quando percebe-se presente um soberano, o Poder Social. É esse poder que transforma uma simples sociedade numa sociedade política. - Os pressupostos para a formação do Estado são a população, o território, a organização social, o poder social, o Direito, entre outros. A atividade financeira não pode dissociar-se deles. - A formação da sociedade advém essencialmente do estabelecimento de uma convenção entre os homens, em que todos sofrem uma limitação de igual intensidade em sua liberdade individual, mas com isso garantem a manutenção de uma liberdade coletiva e igualdade de direitos. “Iguais por convenção de direitos”. - O simples instinto associativo é insuficiente para a existência de uma sociedade permanente. O acordo de vontades elaborado entre os membros é necessário para garantir a harmonia e estabilidade da sociedade. Esse acordo precisa ser garantido por um poder social e estar inserido em uma ordem jurídica estabelecida, configurando então o ponto de partida para se chegar ao Estado. Poder Social do Estado Muitas são as formas sociais que o homem pode criar e fazer parte, consequentemente surgem diversos interesses que vão entrar em conflito. É necessário, então, conciliar esses interesses para manter a ordem social. A conciliação surge através de um poder social, que será, em uma esfera maior, um sistema político. E é essa organização política fundada no poder social que confere à sociedade o caráter de sociedade política, ou seja, o Estado. A origem da sociedade e a origem do poder não se confundem, mas se deram simultaneamente. O poder é decorrente de causas naturais e sociais. Para os Contratualistas, ele deriva do contrato. 
Estado = sociedade+território+poder social 
 Estado e Direito - O Direito é o que regula a sociedade política. É ele que jurisdiciza os valores que a sociedade construiu. O método jurídico é um método lógico-subjuntivo. - Os princípios jurídicos são finalidades. A legitimidade da atividade financeira está ligada diretamente às finalidades do Estado esculpidas pelo Direito. 
DIREITO TRIBUTÁRIO I – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. NELSON SOUZA NETO 
 
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
- O direito é um dos aspectos mais importantes do Estado, pois este só se fará completo quando presentes deus elementos sociais e jurídicos. -A vontade geral não é a soma de vontades dos cidadãos, pois esta teoria traz uma vontade geral baseada em maioria e minorias. 
- O Estado deve ser visto não só como um fenômeno social, exterior e empírico, mas também como um fenômeno jurídico decorrente da vontade humana. 
 
Correntes que elaboraram conceitos jurídicos para o Estado: 
1. Estado como objeto do direito: o Direito era superior ao Estado, não se pode atribuir ao povo o caráter de sujeito de direitos. Esta teoria seria capaz de legitimar abusos. 
2. Estado como uma relação jurídica: ordem supraestadista como a anterior e com as mesmas objeções. 
3. Estado como sujeito de direito: o Estado é uma unidade de causas, formas, e principalmente finalidades, representado por esse ideia de um princípio de unificação das relações de vontade. Quanto maior o comprometimento daqueles que detém poder (unidade teleológica), maior a unidade do Estado. As ações estatais na busca de suas finalidades deverão ser fixadas e organizadas de modo firme e estável, sendo a partir daqui que se insere o conceito jurídico de Estado como sujeito de direito. O direito que irá prever quais as finalidades perseguidas pelo estado e como isso se dará, ele vai decidir como se formará a vontade dominante e vai traçar os limites da vontade individual. O estado como sujeito de direito consegue explicar a relação do todo e a independência dos membros, assim ambos são “sujeitos de direito”. 
 
ESTADO 
 É um instrumento formado por uma sociedade política organizada, com o objetivo de proporcionar as condições necessárias à persecução das finalidades de uma população, fixada em um território soberano, e constituído por um poder social estável e limitado por uma ordem jurídica, como sujeito de direito e deveres. 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADES DO ESTADO 
 - O art. 3 da CF descreve as finalidades do Estado Brasileiro. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
 - As finalidades do Estado custam dinheiro. - Uma sociedade livre exige segurança. Os direitos fundamentais devem ser custeados. - O Estado defende a “Vontade geral”. Não é a soma das vontades individuais. É abrir mão da liberdade natural pela liberdade social. - A falta de conhecimento (analfabetismo funcional) prejudica a liberdade individual. - A finalidade da sociedade é o bem comum (teoria eudemonista), ou seja um valor, um bem que todos assim consideram. - A função do Estado é garantir o bem comum (conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana). 
-Para o surgimento do Estado há o concurso da vontade humana voltada para a criação de uma organização política fundada em um poder social organizado e limitado por uma ordem jurídica, precisamente para garantira preservação da sociedade e realizar o seu bem comum. 
-O estado é um meio e não um fim. Seu fim (o bem comum) nunca muda, embora mudem o tempo e o espaço. 
-O bem comum não é somente a soma de todas as vontades, e cada Estado possui o seu de acordo com suas características. 
-A teoria eudemonista é falha quanto ao elemento jurídico de autolimitação. 
DIREITO TRIBUTÁRIO I – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. NELSON SOUZA NETO 
 
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
- A atividade estatal é formada por ações humanas extrínsecas que poderão proporcionar as condições mais propícias para o desenvolvimento daquelas intrínsecas (que são ações humanas inerentes, saúde, religiosidade, conhecimento). 
-O direito é a medida e o limite para a busca e realização dos fins do Estado que estão previstos pelo ordenamento jurídico e se expressam em suas instituições e funções. 
- O direito atua no presente com os olhos no futuro, fornecendo os meios para a evolução de uma ordem futura. 
- Um estado cujas finalidades sejam apenas externas à defesa e à proteção do povo e internas à manutenção do seu poder e do seu ordenamento jurídico poderia levar a mesma arbitrariedade daqueles que tudo justificam em defesa do bem comum. Estas são finalidades intermediárias, o Estado principalmente deve garantir os direito e deveres de seus cidadãos, como seu fim último. É necessário propiciar o desenvolvimento solidário progressivo de uma sociedade, seja em relação aos seus membros particulares ou a comunidade como um todo, sendo esta uma concepção necessária que completa a teoria eudemonista. 
 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO A obrigatoriedade da adimplência com a tributação está diretamente ligada com a capacidade financeira de contribuição. Ou seja, só é obrigado a arcar com os tributos aqueles que possuem plenas condições contributivas. Independente de suas características, a todo Estado cabe exercer uma atividade financeira capaz de gerar recursos suficientes ao atendimento das necessidades sociais que passam a ser coletivas, ou ditas públicas. Os Estados devem dispor de renda para promover a finalidades que lhe deram origem. Renda esta que o Estado vai buscar na própria sociedade. 
 O Estado, além de órgão público centralizador do poder social, ainda assume um caráter de sistema orgânico de serviços públicos para satisfazer às necessidades gerais da população. 
 O Estado, como juiz das necessidades coletivas, vai prestar serviços públicos pertinentes (competência do Estado) como escopo último de promover o bem comum (finalidade do Estado). O estado para realizar tudo isso vai precisar exigir uma receita, que podem ser obtidas de diversas formas: 
1. extorsão de outros povos ou doações 
2. aquisição por patrimônio estatal e decorrente de suas empresas 
3. exigência compulsória de tributos e penalidades 
4. ao empréstimos 
5. a fabricação de dinheiro moeda 
 O estado é a realização contínua de receita e despesas. 
 A necessidade do Estado em manter a ordem jurídica constitui o fundamento do direito do Estado ao tributo. Isso gera, consequentemente, um dever do cidadão em pagar o tributo. O dever e o direito somente são legítimos na medida em que o tributo em si obedecer ao motivo e à finalidade para o qual foi criado. 
 A tributação dos cidadãos através da atividade financeira do Estado é consequência direta da organização do homem em sociedade política. 
 Das teorias que estudam o fenômeno financeiro somente manteve-se a teoria da troca (teoria do preço) que consiste basicamente em um cidadão pagar um tributo e o Estado prestar um serviço em contraprestação, entretanto a sua aplicação prática seria impossível e incongruente. 
 “Se há Estado há dever moral de os cidadãos colaborarem com a sua manutenção, e , portanto , há tributo”. Tão natural quanto instinto associativo do homem, é o seu dever de pagar tributos ao Estado, surgindo um “dever fundamental de pagar tributo”. 
Tributos diretos: imposto de renda; possível de ser isentado Tributos indiretos: incidem diretamente sobre os bens de consumo; impossível de ser retirada no momento do consumo Equívoco: a tributação direta isenta alguns de seu adimplemento, análise feita de acordo com a renda mensal, porém a tributação indireta, que é mais ‘pesada’ do que direta, incide igualmente sobre todos, independente da capacidade de contribuição individual. A atividade financeira do Estado não se resume em arrecadar dinheiro, compreende receita, gestão e gasto. A tributação não pode ir contra as finalidades do Estado. Como instrumento o tributo pode fornecer as finalidades do Estado Renda = receita – despesa 
DIREITO TRIBUTÁRIO I – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. NELSON SOUZA NETO 
 
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
 1. Impostos negativos Tobin Tax - política de impostos negativos em Portugal em 1972. A ideia era devolver os tributos indiretos àqueles que não tem capacidade cognitiva, que não deveriam ter pago. - Imposto de renda é tributação direta. Mesmo aqueles cuja renda é inferior a R$ 2 500,00 (que não pagam imposto de renda), sofrem com os tributos indiretos sobre tudo aquilo que consomem. A tributação indireta é impossível de ser convertida ou modificada no momento do consumo. -O “Bolsa Família”, nos seus ideais, segue esse conceito (Tobin Tax). 2. Teoria do preço ou troca O tributo é um preço que é adimplido para se receber algo em troca, o preço não leva em consideração a capacidade de contribuição de cada um, é o mesmo para todos. Segundo essa teoria aqueles que teriam condições de arcar com os tributos desfrutariam de seu retorno. No Brasil essa teoria não é possível de ser adotada, dentre outro motivos, pelo princípio da solidariedade. 3. Teoria instrumental da tributação O tributo não é um preço pago para se receber algo em troca, mas sim um instrumento para atingir o bem comum. Aqui o tributo não é o mesmo para todos e apenas aqueles que conseguem contribuir recebem, nesta teoria o tributo adimplido é proporcional a capacidade de contribuição de cada um, onde todos, independente da parcela com que contribuem desfrutam de todos os seus benefícios. Esta teoria substituiu a teoria do preço e é a adotada atualmente. 4. Estados patrimoniais Estados que exploram seu próprio patrimônio como forma de arrecadação da receita pública. 5. Estados fiscais Estados que centram sua atividade financeira na tributação 6. Estados socialistas Estado possui o monopólio dos meios de produção 7. Constituições de Weimar (1919) e do México (1917) Foram as primeiras a fugir do conceito de “Carta Política”, que simplesmente delegavam competências, e a instaurar algumas finalidades a serem buscadas pela própria constituição e pelo Estado, os quais passaram a não ser mais considerados como Estados neutros para passarem a ser denominados intervencionistas. Nesse caso os Estados passaram a utilizar a 
atividade financeira para buscar as “finalidades”, tornando a tributação um meio de atingi-las, deixando de ser uma finalidade em si. Foram o marco do surgimento da Teoria Instrumental. 8. Tributos fiscais e extra-fiscais - Tributos que possuem fins arrecadatórios possuem natureza fiscal. - Tributos que possuem finalidade de induzir um comportamento possuem natureza extra-fiscal. Não existem tributos definidos, sua definição decorre da maneira com que é utilizado. O mesmo tributo pode, portanto, ser fiscal e em outro momento cumprir uma função extra-fiscal. 9. Uso extra-fiscal O uso dos tributos para uma finalidade extra-fiscal deve, obrigatoriamente, possuir um fundamento jurídico. Esse tipo de utilização tem a ver com as finanças ativas, por meio das quais os Estados buscam atingir suas finalidades sociais. Os Estados buscam, com a tributação extrafiscal, atingir sua estabilidade. 10. Renda ≠ indenizaçãoA indenização não sofre tributação por ser apenas uma recomposição do patrimônio, portanto, não se configurando como acréscimo patrimonial o que se caracterizaria como renda. 11. Faturamento ≠ renda ≠ receita bruta Renda é o lucro, a receita bruta são todas as receitas da empresa (operacionais e não-operacionais) e o faturamento é a receita operacional da empresa somente incidindo a tributação sobre esta. Ex: Faculdade. Receita bruta: mensalidade, multas, aluguel, estacionamento...; Faturamento: mensalidade (retorno recebido por conta da atividade própria a que se destina: ensino; mensalidade = pagamento referente ao ensino). * O direito financeiro é um sub-ramo do direito administrativo. * A lei tributária não pode alterar os institutos de direito privado. 
 Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. 
 Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO I – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. NELSON SOUZA NETO 
 
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Sistema é uma unidade orientada por objetivos e regras comuns. São eles os princípios jurídicos. São vetores interpretativos que vão orientar as normas de todo direito para uma mesma direção. O sistema tributário nacional é eminentemente constitucional. Começa a partir da atribuição de competências tributárias. A atribuição de competências, em respeito ao princípio federativo, faz nascer o Sistema Tributário. É um conjunto organizado de elementos analisados sob uma perspectiva unitária, portanto são necessárias normas coordenadas entre si. Princípio Federativo: garante a autonomia dos estes federados (União, estados, municípios e Distrito Federal). Sistema Tributário e a Atribuição de Competência O principio federativo possui estreita ligação com o sistema tributário, dizendo respeito à autonomia dos entes federativos, a atribuição de competência parte do pressuposto de que se cada ente possui autonomia para desenvolver suas atividades, cada um também deverá possuir sua própria fonte de recursos financeiros, sendo uma delas a tributação. É a partir da atribuição de competência que nasce o sistema tributário. Arts. 153, 155, 156. A distribuição de competências não possui seu fundamento justificado apenas pelo princípio federativo, mas em todos os princípios constitucionais. Denominar os princípios jurídicos que regem o sistema tributário como princípios tributários é um equívoco. 
 É necessário um sistema econômico dominante que regule as atividades 
fiscais e extrafiscais. Além disso, os tributos devem estar de acordo com a 
realidade de cada país e devem ser compatíveis com a renda nacional e o 
contexto histórico-social. 
 PRINCÍPIOS ADAM SMITH: Adam Smith foi um dos primeiros a lidar com o tema “sistema tributário”, afirmava que a tributação para ser sistemática, deve se basear em quatro princípios básicos: 1. Princípio da certeza: é a consciência de que será tributado e o conhecimento da carga tributária que lhe será exigida. 2. Princípio da comodidade: quanto mais cômoda a tributação, melhor ela será. 
 3. Princípio da economia: administração de recursos escassos. Busca atingir o maior número de necessidades com a menor quantidade de dinheiro. 4. Princípio da equidade: a tributação deve ser igualitária, na medida da capacidade econômica da pessoa. É a aplicação do princípio da justiça ao caso prático. SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO O sistema, fundado na CF/88, inicia-se com a distribuição de competências tributárias. * Não se pode separar princípios jurídicos de princípios tributários. Lei Complementar Dá unidade ao Sistema Tributário, é a estruturação do sistema. Justamente pela necessidade de a tributação ser sistemática é que surge a lei complementar, cabendo a ela estabelecer normas gerais em matéria de legislação, possui uma função estruturante. Esta lei prevista na constituição é uma lei nacional (obriga união, estados, municípios e DF), da República, sendo assim cada uma das pessoas políticas possui sua casa legislativa própria para desenvolver leis ordinárias. A autonomia dos entes federativos não é comprometida pelo fato de estarem inseridos em um sistema unitário de tributação, este é estabelecido por fatores de organização. A lei complementar regulamenta os tributos de acordo com os art. 146, III; 146-A; 148; 153, VII; 154, I (imposto sobre grandes fortunas, empréstimo compulsório, impostos residuais), o restante é regulamentado por lei ordinária. Delimita o campo de atuação das competências impositivas. O CTN tem eficácia de lei complementar, mesmo tendo sido votado como lei ordinária. A constituição não cria tributos (não é pacífico na discussão doutrinária, há quem defenda que a constituição não apenas outorga competência para a criação de leis, mas ela própria as cria), a lei complementar cria apenas três e todos os demais são gerados pela lei ordinária. Tributos criados por meio de Lei Complementar: - Empréstimo Compulsório (148) - Imposto sobre grandes fortunas (153, VII) - Imposto residual da União (154,I) - Contribuições sociais residuais (195, p. 4) 
DIREITO TRIBUTÁRIO I – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. NELSON SOUZA NETO 
 
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
 Princípios constitucionais 
Principio da legalidade da tributação (art.150, I): tributo não pode ser instituído ou criado sem a autorização do povo por meio de seus representantes. Quando ausentes as condições e limites haverá inconstitucionalidade, e a falta de respeito desse fato pelo Executivo gera ilegalidade. Relativiza-se o princípio quanto aos impostos cujas alíquotas podem ser fixadas pelo Executivo. Principio da anterioridade (art. 150, III, b): decorre da segurança jurídica e evita a surpresa dos contribuintes. Não pode sofrer alteração, nem por emenda. Prevê a cobrança apenas no exercício seguinte a sua criação ou majoração, desde que observado o prazo de 90 dias depois da publicação da respectiva lei. Princípio da Irretroatividade da lei tributária: é um enunciado normativo que protege o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Princípio da tipologia tributária: o tipo tributário é definido pela integração lógico-semântica de dois fatores, a hipótese de incidência a base de cálculo. Através da analise destes fatores é que se poderá classificar o tributo em imposto, taxa ou contribuição de melhorias, além do tipo de imposto ou modalidade da taxa. 
Princípio da proibição de tributo com efeito de confisco: é difícil detectar os limites do confisco, então acaba-se por oferecer unicamente um rumo axiológico, tênue e confuso, cujo o ponto principal repousa na simples advertência ao legislador dos tributos, no sentido de comunicar-lhes que existe limite para a carga tributária. 
Princípio da vinculabilidade da tributação: os expedientes de maior importância são pautados por uma estrita vinculabilidade, mesmo que na maioria das vezes se opere também por meio de atos discricionários. 
Princípio da uniformidade geográfica: os tributos instituídos pela União devem ser uniformes em todo o território nacional. 
Princípio da não discriminação tributária, em razão da procedência ou do destino dos bens: as pessoas tributantes estão impedidas de graduar seus tributos, levando em conta a região de origem dos bens ou local paraonde se destinem. 
Princípio da territorialidade da tributação: o poder vinculante da lei ensejará os efeitos jurídicos de estilo até os limites geográficos da pessoa política que a editou. 
Princípio da indelegabilidade da competência tributária: a competência tributária - a faculdade legislativa de instituir tributos e sobre eles dispor - não pode ser delegada, o que se é passível de delegação é a capacidade tributária. 
Princípio da uniformidade dos tributos federais (art.151, I): não pode haver 
diferença na tributação do país o que se permite somente é o incentivo para 
algumas regiões em prol do desenvolvimento socioeconômico das regiões do 
país. 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUTO É uma prestação compulsória (não nasce de uma relação contratual, não envolve vontade, mas sim obrigação). O titular do tributo é o Estado, ou eventualmente um particular que tenha capacidade para tal. É obrigatoriamente pago em dinheiro. Apenas os fatos com conteúdo econômico são tributados. Tributo não é multa, não incide sobre ato ilícito, mas sim sobre atividades econômicas lícitas. O tributo é instituído em lei. O tributo é cobrado em dinheiro mediante um processo administrativo plenamente vinculado (que não é discricionário nem facultativo), é arbitrário. A única exceção à prestação pecuniária do tributo é a Dação em pagamento de bens imóveis. Existe também a adjudicação (possibilidade do credor, depois de realizadas as praças públicas infrutíferas, ficar com o bem) do bem pelo fisco, porém é muito rara e contraditória. Obrigação Tributária É uma relação jurídica de Direito Público. Nesse caso, inexiste o arbítrio das partes da relação de obrigação para se modificar o contrato. É uma prestação obrigatória, tanto para o sujeito ativo (obrigado a cobrar) quando para o passivo (obrigado a adimplir), que decorre diretamente da lei, que caso haja inadimplemento da prestação por parte do contribuinte este será executado. 
DIREITO TRIBUTÁRIO I – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. NELSON SOUZA NETO 
 
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
 A obrigação principal do direito tributário é a obrigação de dar (pagar os tributos). Existem, entretanto, obrigações acessórias relacionadas ao direito tributário (não sonegar, fazer nota fiscal, declarar imposto de renda...) A tributação pode ser utilizada como indução econômica, porém não se pode aumentar a carga tributária discricionariamente como uma maneira de sanção, como meio de inibir a atividade indesejada. O rendimento decorrente de atividades ilícitas será tributado, porém o tributo em si não pode ter sua origem no fato ilícito. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS EM ESPÉCIES Art. 145 CF – prevê apenas três espécies de tributo: Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria. → As contribuições de melhoria são um tipo de tributo estabelecido em decorrer de uma melhoria recebida do Estado (ex: revitalização de uma praça, valorização dos imóveis em torno) que foi paga por todos os contribuintes da nação porém apenas uma minoria foi beneficiada diretamente, por este motivo os diretamente beneficiados devem pagar as contribuições de melhoria como uma forma de retorno à população e ao Estado. Somente válido para obras públicas. É vinculado ao valor total da obra, não podendo superá-lo. Contribuição de melhoria tem como base de cálculo = custo da obra + valorização do imóvel. Somente este se caracteriza como fato gerador de imposto de renda. O fundamento ético-jurídico da contribuição de melhoria não é o enriquecimento injusto, mas sim a valorização imobiliária decorrente da obra pública. Art. 148. CF – prevê os empréstimos compulsórios Art. 149 CF – versa sobre a instituição de contribuições sociais, de intervenção do domínio econômico, e de interesse nas categorias profissionais ou econômicas. Art. 149-A CF – instituiu a contribuição para o serviço de iluminação pública dos municípios (COSIP) Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. Art. 150, V CF – pedágio Art. 195 – contribuições sociais 
 →Contribuições sociais gerais – FGTS; SESC, SENAC e SEBRAE (art. 240); salário educação (art. 212 §5º) CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS Os tributos são classificados de acordo com sua Vinculação, Destinação e Restituição. Taxa = vinculada, sua receita possui destinação obrigatória, não é restituível. A base de cálculo é o valor da atuação estatal e a alíquota é uma unidade de medida apurável caso a caso. A base de cálculo aqui vem fixada em unidade de medida e a alíquota é o número de unidades de medida. Impostos = não vinculado, não possui destinação obrigatória (no caso lhe é vedada), não restituível. Nestes a alíquota é essencial para que se cumpra o primado da capacidade contributiva, quanto maior a base calculada do imposto, maior deverá ser a alíquota aplicável na determinação do quantum debeatur, pois a medida que aumenta a base de calculo devem aumentar as alíquotas e isso deve ser definido em lei. Contribuição de melhoria = vinculado (a uma atividade estatal especifica = obra publica), possui destinação obrigatória, não restituível. Possui fato gerador instantâneo e único. A alíquota é fixada pelo legislador e vai ser um percentual da base de cálculo que por sua vez será o quantum da valorização imobiliária experimentada pelo imóvel em decorrência da obra pública realizada nas imediações. Empréstimo compulsório = vinculado, destinação obrigatória, restituível. Surgem para atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra ou iminência de guerra; ou no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional (nesse último deve-se respeitar o princípio da anterioriedade). Contribuições sociais = não vinculados, destinação obrigatória, não restituível ** A contribuição se identifica como espécie de tributo porque: a) tem destinação constitucional especificamente estabelecida para o custeio de determinada atividade estatal particularmente referida a uma categoria ou grupo de pessoas, que provoca a sua necessidade ou dela obtém especial proveito; b) tem como contribuinte pessoa que compõe a categoria ou grupo de pessoas que provoca a necessidade de agir do poder estatal ou dele tira proveito. (as contribuições devem ter destinação constitucionalmente vinculadas) Tributos ocultos 
DIREITO TRIBUTÁRIO I – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. NELSON SOUZA NETO 
 
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
São aqueles que o Estado recebe como se tributo fossem mas não é dessa forma que a população paga. Ex. Uma empresa vencedora de uma licitação deve pagar o “valor de outorga” ao Poder Concedente (Estado), e esse custo é passado aos usuários de seus serviços por meio de um tarifa instituída pela própria empresa. Outra forma de tributo oculto são uma parcela no preço cobrado pelas empresas estatais no caso de atividades monopolizadas. Esse preço é fixado unilateralmente pelo Estado empresário, a partir dos custos de sua atividade. Vinculados ou Não Vinculados Os tributos vinculados são taxas e os não vinculados são impostos. A base de cálculo é determinante para essa classificação. Os impostos não são vinculados a uma atividade estatal específica. Os impostos são os responsáveis pelas despesas gerais do Estado, portanto não tem uma destinação específica. O que identifica os impostos é sua base de cálculo. Por este motivo, as taxas não podem possuir a mesma base de cálculo dos impostos, pois passariam a se caracterizar como este. As taxas só podem ser criadas pordois motivos: poder de polícia ou em razão da prestação de serviços públicos, especifico e divisível, posto à disposição do contribuinte. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA A Constituição Federal é a única responsável por delegar as Competências Administrativas e Legislativas do Estado às Pessoas Políticas (União, estados, Distrito Federal e municípios). As normas constitucionais que outorgam competências tributárias têm eficácia plena e aplicabilidade imediata. A competência tributária é competência legislativa. Não existe hierarquia entre as Pessoas Políticas. A doutrina majoritária defende que a CF federal não cria tributos, apenas delega competência para que os legisladores ordinários, e excepcionalmente por meio de lei complementar, se criem os tributos. A Lei deve descrever todos os elementos essenciais (sujeito ativo, sujeito passivo, base de cálculo e alíquota) da norma jurídica tributária. Em tese, o legislador, ao exercer a competência tributária, deverá ser fiel à norma-padrão de incidência do tributo, pré-traçada na CF. Exercitar a competência tributária é dar nascimento, no plano abstrato, a tributos. Criar tributos é legislar. A competência tributária, de caráter exclusivamente legislativo, ao ser exercitada dá espaço à capacidade tributária. Os dois limites da Competência Tributária são a observância das normas constitucionais (modo direto) e os próprios Princípios Constitucionais (modo indireto). O titular de competência tributária pode obrigar terceiros, mesmo sem sem seu consentimento, a lhe pagar tributos. A pessoa política competente tributariamente pode descrever infrações tributárias, incumbindo-lhe as sanções cabíveis. 
 Competência tributária e os “arquétipos” dos tributos. 
 A constituição, ao discriminar as competências tributárias, estabeleceu (mesmo que de modo implícito e com uma certa margem de liberdade ao legislador) a norma padrão de incidência, conhecida também como arquétipo, de cada exação. Ela apontou a hipótese de incidência possível, o sujeito ativo possível, o sujeito passivo possível, a base de cálculo possível e a alíquota possível das várias espécies e subespécies de tributo. Legislador deve ser fiel a norma padrão. 
 O constituinte estabeleceu alguns enunciados, um mínimo necessário, que necessariamente devem compor as normas jurídicas instituidoras dos tributos. São ponto de partida inafastável do processo de criação dos tributos. Ou seja, nenhuma norma tributária de nível legal ou infralegal pode ir além do marco constitucional. 
Base de Cálculo: uma medida da materialidade da hipótese de incidência tributária. 
Alíquota: critério legal conjugado à base de cálculo que permite discernir o 
quantum debeatur. Embora possa variar, não deve atribuir feições confiscatórias. Além disso, a alíquota deve estar prevista na lei da pessoa política competente. Ela é, em suma, um dos elementos essenciais do tributo, razão pela qual deve estar prevista em lei formal. A alíquota pode superar a base de cálculo in concreto. As alíquotas só podem variar atendendo às condições e aos limites estabelecidos em lei. Assim sendo, o Executivo não pode criá-las, apenas pode alterá-las dentro dos parâmetros do legislativo. 
 
 
As omissões legislativas só podem ser supridas pelo legislativo, enquanto este não apontar todos os elementos melhor ao contribuinte que não poderá ser tributado, pois sem alíquota não existe tributo em abstrato e muito menos em concreto. 
 Características da Competência Tributária 1. Privatividade: Quando é instituída determinada competência a uma pessoa política, esta tem acepção positiva, e todas as outras acepção negativa. Somente àquela que tem competência cabe legislar sobre tal. Alguns autores defendem que somente a União tem essa característica. A exclusividade da competência 
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de uma pessoa implica proibição peremptória, erga omnes, para a exploração desse campo. A invasão de competência é ato de nulidade absoluto (efeitos ex tunc). Os efeitos danosos de um tributo instituído por pessoa incompetente só extingue-se com o reembolso, corrigido e com juros, do contribuinte. Os impostos são autorizados sobre fatos neles apontados genericamente (critério material). Há, ainda, o respeito ao critério territorial de repartição das competências impositivas. Esse critério territorial também impede que leis tributárias nacionais atinjam território estrangeiro (princípio da territorialidade). Em tratando-se de taxas e contribuições de melhoria, percebe-se uma competência comum das pessoas políticas (mas não são as mesmas taxas ou contribuições). São relacionadas à competência administrativa para o ato que exige tal taxa ou contribuição. “A competência para instituir tributos vinculados está ligada ao exercício da competência administrativa que a entidade tributante recebeu da Constituição para prestar o serviço público, para praticar o ato de polícia ou para realizar a obra pública. Os estados e o DF têm competência residual para os tributos vinculados. 2. Facultatividade do exercício: Cabe à pessoa política determinar se vai ou não instituir o tributo para o qual tem competência. Os dispositivos constitucionais que conferem às pessoas tributárias competência tributárias não as obrigam a exercitá-la, apenas permitem que o façam. As pessoas políticas são livres para utilizarem ou não suas competências tributárias. Elas podem, mediante lei, transferir a outras pessoas (públicas ou privadas) o direito subjetivo de arrecadar o tributo - é a capacidade tributária. As pessoas competentes têm a faculdade discricionária de agir, não estando sujeitas a limitações acerca do mérito da orientação que irão seguir. Só ficam subordinados à sanção moral e à censura da opinião pública, não sendo suscetíveis, sequer, à apreciação judicial. A não utilização da competência tributária não autoriza qualquer outra a dela tomar mão. Ao poder executivo é vedado alongar o alcance do tributo. A decisão política de utilizar apenas parcialmente a competência tributária só pode ser alterada por meio de uma nova lei, nunca por intermédio de ato administrativo. Os princípios federativo, da autonomia municipal e distrital impedem que lei complementar nacional estipule como as pessoas políticas exercitarão suas competências tributárias, que este é assunto sobre o qual elas próprias, como lhes faculta a Constituição, devem livremente deliberar. 3. Indelegabilidade: Por ser privativa torna-se indelegável. Pode ocorrer apenas a delegação da capacidade tributária. Delega-se, por exemplo, a capacidade de fiscalização e arrecadação de tributos à pessoas jurídicas de direito privado. “O titular de 
uma competência, seja ou não tributária, não a pode transferir, no todo ou em parte, ainda que por meio de lei”. A competência tributária não é patrimônio absoluto da pessoa política que a titulariza. Esta pode exercitá-la, ou seja, criar o tributo, mas não tem a total disponibilidade sobre ela (é submetida às regras constitucionais). 4. Irrenunciabilidade: Quando determinada competência tributária for delegada, porém nunca aplicada, ninguém mais pode exercê-la. A pessoa jurídica que titulariza a competência tributária pode até não a utilizar, mas nunca renunciar. Em rigor, só uma reforma constitucional pode alterar o perfil das competências tributárias das pessoas políticas. É irrenunciável por ter sido atribuída a pessoas políticas a título originário, pela Constituição. A renúncia (unilateral e definitiva abdicação ao direito de criar tributos) é juridicamente ineficaz. 5. Incaducabilidade: O não exercício da competência tributária, por qualquer período de tempo, não implica em decadência. É uma consequência lógica da incaducabilidade da função legislativa, da qual a função de criar tributos é parte. 6. Inalterabilidade:O aspecto material da hipótese de incidência dos tributos não pode ser alterado pela Pessoa Política competente. Hipótese de incidência é entendida como o tipo penal. A inalterabilidade significa que a pessoa política que recebeu a competência não pode ultrapassar seus limites, mesmo que a tributação possa ser modificada por meio de emenda constitucional. “A competência tributária é matéria de direito estrito e, portanto, inalterável”. Espécies de Competência tributária: 1. Privativa - Em relação aos impostos cada ente federativo possui seu imposto específico dentro de sua competência. 2. Concorrente/comum - Existe competência concorrente (comum) em relação a taxas e contribuições de melhoria. 
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3. Residual - art. 154, I CF atribui à União a denominada competência residual ou remanescente para a instituição de impostos e de contribuições sociais relativas à seguridade social. Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
 
4. Extraordinária - por medida provisória ou lei ordinária. 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

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