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Comunicação Oficial - Unidade I

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Prévia do material em texto

MÓDULO 1 
 
COMUNICAÇÃO 
OFICIAL 
 
 
 
 
 
 
Caro estudante, 
 
Queremos lhe dar as boas-vindas e 
cumprimentá-lo pela oportunidade de participar 
 dessa modalidade de ensino-aprendizagem 
presente no currículo do curso que escolhestes 
estudar. 
Você está participando de um momento 
importante na instituição e no nosso país, pois a 
Educação a Distância – EAD está se expandindo 
cada vez mais, por ser uma modalidade que 
busca atender as novas demandas educacionais 
decorrentes das mudanças na nova ordem 
econômica mundial. 
As características fundamentais da 
sociedade contemporânea que têm impacto 
sobre a educação são, pois, maior 
complexidade das relações sócio-produtivas, 
uso mais intenso de tecnologia, 
redimensionamento da compreensão das 
relações de espaço e tempo, trabalho mais 
responsabilizado, com maior mobilidade, 
exigindo um trabalhador multicompetente, 
multiqualificado, capaz de gerir situações de 
grupo, de se adaptar a situações novas e sempre 
pronto a aprender. 
Em suma, queremos que a partir do 
conhecimento das novas tecnologias de 
interação e do estudo independente, você, caro 
estudante, torne-se um profissional autônomo 
em termos de aprendizado e capaz de construir 
e reconstruir conhecimentos, afinal esse é o 
trabalhador que o mercado atualmente exige. 
Dessa forma, participe de todas as 
atividades e aproveite ao máximo esse novo tipo 
de relação com os seus colegas, tutores e 
professores, e nos ajude a construir uma FATE e 
uma sociedade cada vez melhor. 
 
Malverique Neckel – Diretor Acadêmico FATE 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO NA LEITURA E 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: 
• Conhecer os diferentes conceitos de pontuação; 
• Definir e compreender o uso da pontuação dentro da língua portuguesa; 
• Apresentar técnicas de leitura e interpretação de texto; 
• Levar o aluno a entender a importância do domínio das variantes da língua, 
da gramática e dos indicadores linguísticos para o entendimento de texto. 
 
INTRODUÇÃO 
 Refletiremos sobre a importância do domínio da língua para a construção 
de textos coesos e coerentes, instrumento fundamental na comunicação, 
principalmente, na empresarial. Para tal, faremos um exercício sobre pontuação, a 
fim de entendermos o quanto o conhecimento dos aspectos gramaticais da língua é 
importante no processo comunicativo. 
 Como pontuação é um tema que causa dúvidas, além do material 
anexado sobre as regras de pontuação, você terá alguns exercícios, fóruns e 
questionários para resolver, momento em que poderá confirmar seu aprendizado. 
 Assim como, serão analisados conceitos de leitura e interpretação de 
textos por meio de exemplos escritos e charges. Desta forma, a análise crítica e o 
estudo dos padrões linguísticos serão feitos através de comparação de textos 
escritos, músicas e charges atuais. 
 Enfim, para se compreender e interpretar melhor um texto é necessário 
usar corretamente a pontuação. 
 
AULA 1: PONTUAÇÃO 
1 DEFINIÇÕES DE PONTUAÇÃO 
 
 
 
 Há diversas definições sobre pontuação, porém, a que me parece mais 
clara é a de Celso Cunha &Lindley Cintra, em Nova Gramática do Português 
Contemporâneo, p. 625, que a considera como instrumento para suprir os inúmeros 
recursos rítmicos e melódicos da língua falada, para reconstruir aproximadamente o 
movimento vivo da elocução oral. 
Para Napoleão Mendes de Almeida, em Gramática Metódica da Língua 
Portuguesa, p. 570, pontuação é “arte de dividir, por meio de sinais gráficos, as 
partes do discurso que não têm entre si ligação íntima, e de mostrar do modo mais 
claro as relações que existem entre essas partes.” 
Devido a essa “transcrição” do oral para o escrito, é comum encontrarmos textos 
pontuados inadequadamente, pois cada locutor tem o seu ritmo e pontua de acordo 
com ele. Além disso, ensinaram-nos que devemos “pontuar, utilizando vírgulas, 
quando paramos para respirar”. Ora, se cada um tem o seu “ritmo de fala”, pode-se 
concluir que não há regras. Isso não é verdade. 
A pontuação é um instrumento importantíssimo para a construção de textos, 
para desfazer ambigüidades, para tornar textos coesos e coerentes. Veja a 
manchete abaixo: 
A polícia prendeu o ladrão do banco na Rua Reno. 
Oladrão foi preso na Rua Reno ou o banco é na Rua Reno? 
Essa ambigüidade seria resolvida com o uso de uma vírgula e o 
deslocamento do adjunto adverbial. 
Na Rua Reno, o ladrão do banco foi preso. 
Observe as seguintes frases: 
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria se rastejando a seus pés. 
Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria se rastejando a seus pés. 
 
 O uso das vírgulas mudou completamente o sentido da frase. A 
primeiramostra que a mulher tem mais valor do que o homem imagina. A segunda 
 
 
 
oraçãomostra que a posição da vírgula mudou o sentido da frase, fazendo com que 
o homem passasse a ter valor e não mais a mulher, como na primeira frase. 
 Como podemos observar, há regras para pontuarmos. Podemos, sim, 
utilizar a pontuação a fim de expressarmos nossa idéia ou sentimento, desde que 
não violemos as regras básicas. 
Vírgula 
1. Não se separa o sujeito do seu verbo e o verbo de seu complemento, o substantivo 
de seu adjunto, ou seja, os elementos essenciais da oração não podem ser 
separados. Vejamos um exemplo: 
O relatórioque foi solicitado por Vossa Senhoria,será enviado via Correio. 
↓ ↓ ↓ 
Sujeito vírgulaverbo 
 
 A vírgula separou o sujeito do seu verbo, portanto, violou a regra. Nesse 
caso, não há vírgula, mas, caso queira “explicar” o termo anterior, deve-se colocar 
vírgula após “relatório”. 
 O relatório, que foi solicitado por Vossa Senhoria, será enviado via 
Correio. 
2. Devem ser separados por vírgulas: 
Vocativos: 
Prezado Senhor, enviamos seu pedido... 
 
Apostos: 
Pedro Lacerda, Diretor Executivo, solicitou um novo organograma. 
 
Adjuntos adverbiais: 
Em dezembro, solicitamos nova vaga... 
 
 
 
 
Observação: Não se usa vírgula quando o advérbio, pelo seu sentido, prende-se 
estritamente ao termo por ele modificado: Moramos ali; Iremos ao escritório. 
 
Expressões e palavras correlativas, explicativas, escusativas etc., dada a 
natureza intercalativa, devem ser colocadas entre vírgulas: 
 
Discutiu-se sobre a greve, ou seja, o problema mundial. 
 
Conjunções coordenativas, pospositivas: como, porém, contudo, pois, 
entretanto portanto etc. : 
Porém, os colaboradores foram contratados. 
Os colaboradores, porém, foram contratados. 
Termos aos quais queremos dar ênfase: 
Ao Gerente, todos entregam os pedidos. 
Palavras de mesma categoria gramatical (sujeito composto, vários adjuntos, 
objetos diretos etc.): 
O Diretor, o Gerente, o Supervisor, nenhum aprovou o processo. 
Oração Intercalada: 
Todos participaram,como deveriam, da última reunião. 
Observação: a oração intercalada pode vir também separada pelo duplo travessão e 
por parênteses. 
Orações subordinadas adverbiais, quando iniciam período ou se intercalam: 
Com disse o Presidente,precisamos nos unir. 
Orações subordinadas adjetivas explicativas e restritivas: 
O subordinado que trabalha no Almoxarifado será premiado. (restritiva) 
O subordinado, que trabalha no Almoxarifado, será premiado. (explicativa) 
 
 
 
Há vírgula antes da conjunção E quando: 
As orações têm sujeitos diferentes: 
O Diretor solicitou, e a Gerência não cumpriu o pedido. 
A 2ª oração repete o conceito da 1ª (pleonástica): 
Solicitei-lhe, e solicito.O E é puramente enfático (polissíndeto): 
E suspira, e geme, e sofre, e sua. 
O E tem valor de mas (adversativa): 
Estudou, e foi reprovado. 
Usa-se vírgula para indicar a elipse do verbo: 
O relatório foi digitado, o memorando, manuscrito. 
Para separar datas de topônimos: 
São Paulo, 15 de março de 2009. 
 
Ponto-e-vírgula (;) 
Marca pausa maior que a da vírgula e menor que a do ponto. Para separar os itens 
de uma enumeração (relação) feita na vertical até o penúltimo item. Para separar os 
considerados de uma lei ou de um decreto. Num trecho em que ocorreram muitas 
vírgulas. Encerramento do “tema”, não do assunto. 
Cláudio solicitou dólar e euro; João, reais. 
Foram admitidos: 
- RH : Pedro, Leandro, Cláudia; 
- MKT : Fernando, José, Felipe. 
Dois pontos (:) 
Antes de uma enumeração. Antes de citações. Nos diálogos de um texto, antes da 
fala de uma personagem. Antes de um esclarecimento ou explicação. Na invocação 
das correspondências. Antes de um exemplo. Depois de nota ou observação. 
Nosso Presidente disse: 
- Quando estaremos prontos para enfrentar a crise? 
 
 
 
Parênteses ( ) 
Depois de uma citação, para indicar o nome da obra e do autor de que ela foi 
extraída. Para fazer uma explicação a respeito de um termo citado no texto. Para 
incluir no texto letra, número ou sinal (asterisco, por exemplo) indicando nota de 
rodapé ou nota bibliográfica. Não se usa vírgula antes de parênteses e nem se usa 
esse sinal para indicar a grafia de uma palavra errada. 
“As meninas do Leblon não olham mais para mim (eu uso óculos). 
(Óculos – Herbert Viana) 
Aspas (" ") 
 No início e no fim de uma citação ou de um trecho/texto transcrito de uma 
obra. Para indicar o uso proposital de um vício de linguagem. 
 Para dar ênfase ou destacar uma palavra, expressão ou frase. Para 
indicar palavra estrangeira. Se as aspas abrangem todo um trecho, elas devem ser 
colocadas depois do ponto final desse trecho. 
Ex.: No seu “flat” havia um grande “playground”. 
Travessão ( - ) 
 Para pôr em evidência palavras, expressões ou orações. Para introduzir a 
fala de uma personagem no diálogo. Para indicar trajeto (Estrada de ferro Santos-
Jundiaí). 
Reticências (...) 
 Para indicar suspensão ou interrupção de pensamento. Para indicar 
hesitação. Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento que o autor não 
quer explicitar. Para dar tempo ao leitor para que ele reflita sobre o que foi escrito na 
mensagem. Para indicar continuação. 
Ex.: Falava, falava, falava... 
 
 
 
 
 
 
AULA 2- LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
2.1 Leitura e Entendimento de Texto 
 É normal acontecer uma atitude de admiração quando informamos que uma 
das competências essenciais que pretendemos desenvolver no seu curso é a leitura 
e entendimento de texto, muitos alunos ficam surpresos, pois acreditam que, se 
estão em um curso superior, é porque já desenvolveram essa competência. Não 
sabem que “ler” um texto vai além da identificação de palavras, exige conhecimento 
de mundo, da gramática, de vocabulário, de tipologia textual, de lingüística. 
Segundo Mary A. Kato, em O mundo da escrita; uma perspectiva 
psicolinguística, (1968, p.48), o significado de um texto, oral ou escrito, “depende do 
que o indivíduo tem na memória e da maneira como essa memória funciona.” 
Um texto pode ter várias leituras, bem como pode jogar com leituras distintas 
para criar efeitos humorísticos. Mas, não podemos atribuir-lhe o sentido que bem 
entender. 
Primeiramente, é necessária uma primeira leitura, a fim de identificar o 
assunto/tema do qual o texto trata. 
“No segundo momento, ocorre à leitura efetiva do texto, que é uma atividade 
solitária: a leitura-descoberta. À medida que lê, o leitor elabora seleções semânticas, 
ativando o que Eco (1989) denomina conhecimento enciclopédico até considerar 
adequada sua interpretação. 
Por fim, passa-se às atividades de pós-leitura, em que o texto é relacionado à 
realidade do leitor, para que ele reflita sobre si mesmo e o meio em que vive. 
Além disso, também é possível realizar novas leituras a partir das relações 
intertextuais estabelecidas pelo texto lido. Pode-se buscar a intertextualidade formal 
e a de conteúdo, o que amplia o conhecimento do leitor sobre o sistema literário (as 
suas várias formas de linguagem) – e outros que freqüentemente se valem de 
elementos de como a informação é expressa -, além de mostrar-lhe que os textos 
dialogam e podem ser lidos uns pelos outros no processo de recepção. Essa 
atividade ajuda o leitor a construir sentidos outros muito além do texto lido primeiro, 
 
 
 
pois lhe possibilita perceber a dimensão da instituição textual, além de despertar 
nele a sensibilidade para a apreciação estética com base em relações intertextuais”. 
É necessário observar que o texto contém marcas de significação 
(relacionadores de leitura) que podem apontar para interpretações diferentes. Veja o 
exemplo: 
- Então, o Senhor sofre de reumatismo? 
- É claro. O que queria? Que eu usufruísse do reumatismo? 
O bom leitor percebe o contexto e aplica o significado adequado à situação. 
Um dos elementos importantes para a interpretação do texto é o domínio dos 
diversos padrões lingüísticos, visto que as variantes concorrem, entre outros, 
recursos, para criar a imagem social do seu usuário, sendo, por isso, considerada 
como um expediente de figurativização do personagem (caracterização do 
personagem), portanto, o uso de padrão diferente do culto pela personagem não 
pode ser considerado erro. 
Podemos dizer, então, que uma leitura não pode basear-se em fragmentos 
isolados do texto, já que o significado de diversos elementos unidos determinam a 
idéia do texto. 
1.2 Leitura 
1.2.1 Conceito 
 Percorrer com a vista (texto, sintagma, palavra), interpretando-o por uma 
relação estabelecida entre as seqüências dos sinais gráficos escritos (alfabéticos, 
ideográficos) e os sinais lingüísticos próprios de uma língua natural (fonemas, 
palavras, indicações gramaticais). 
 
Ex.: Nossa empresa possui diversas filiais. São Paulo: Campinas, Jundiaí,Valinhos; 
Rio de Janeiro: Parati, Campos; Amazonas:Manaus. 
 
 
 
 
A gente se embala 
Se embora, se embola 
Só pára na porta da igreja 
A gente se olha 
Se beija se molha 
De chuva, suor e cerveja (Caetano Veloso) 
(http://www.youtube.com/watch?v=Lk87R8eOt4I ) 
 
 
 
 
Perceber, adivinhar, interpretar, guiando-se por indícios mais ou menos subjetivos; 
decifrar o que não se revela facilmente, o que está além do literal. 
 
 
 
- Deduzir, guiando-se por indícios objetivos, (alguma coisa não explícita, não 
declarada, mas indiretamente constatável); inferir. 
- Vocês não verão só índios aqui. Verão também gente bonita. (Presidente Lula) 
 Três maiores usinas de energia da China poluem mais que a Inglaterra, aponta 
relatório. (UOL Notícias) 
SUBENTENDIDO E PRESSUPOSTO 
SUBENTENTIDO 
 
 
 
 
 Insinuações, não marcadas, linguisticamente, contidas numa frase ou em um 
conjunto de frases 
Ex.:Que frio terrível! (Feche a janela) 
PRESSUPOSTO 
Informação estabelecida como indiscutível tanto para o falante quanto para o 
ouvinte, uma vez que decorre de algum elemento linguístico colocado na frase. 
 Ela desenvolveu um bom trabalho, apesar de ser mulher. 
1.2.2 INTERPRETAÇÃO 
Conceito 
- Determinar o significado preciso 
de (texto, lei, charges, etc.). 
- Adivinhar a significação de 
(algo) por indução. 
Ex. Desenho 2 
 
 
TEXTO 
 
• “Não é amontoando os ingredientes que se prepara uma receita; assim também 
não é superpondo frases que se constrói um texto.” (Platãoe Fiorin) 
 
 
 
 
Ex.: Desenho 3 e 4 
 
1.3 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 
Variação ou variedadelinguística é 
cada um dos sistemas em que uma língua 
se diversifica, em função das possibilidades 
de variação de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). 
 Embora essa variação seja natural, os falantes de uma comunidade 
linguística têm, em geral, a expectativa de que todas as pessoas falem de uma 
mesma maneira. Essa expectativa, socialmente definida e difundida, pressupõe uma 
forma “correta” de uso da língua, o que implica a existência de formas “erradas”. 
Esta é a base do preconceito linguístico. 
TEXTO– NOHTAS 
Treinbão - Isto é do BlogCora INTERNETC... Eu não poderia deixar de 
transcrever, em homenagem a meus conterrâneos mineiros – sou mineiro honorário, 
falo Uai sem sotaques. Leiam em voz alta. Vão ouvir o Itamar falando. 
“Sapassado, era séssetembro, taveu na cuzinhatomano uma pincumel e 
cuzinhano um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com 
galinhassada.Quascaidi susto, quando uvi um baruivinodidenduforno, pareceno um 
tidiguerra. 
A receita mandopômidipipoca dentro da galinha praassá. O forno isquentô, o 
mistorô e a galinha ispludiu! 
Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidim, uai! 
Quascaídendapia!Fiquei sensabêdoncovim, proncovô, oncotô. 
Oiprocevêquelucura! GrazaDeus ninguém si maxucô!” 
(Millôr Fernandes. JB, 02/02/2003, pág. A 20) 
 
 
 
 
 
 
1.3.1 Utilização da língua 
O texto acima mostra que individualmente, cada pessoa pode utilizar a língua 
de uma maneira particular, personalizada, desenvolvendo, assim, a fala. 
Assim podemos perceber que a maneira individual de utilização da língua, 
que não obedece a padrões rígidos; é mais natural e apresenta variações. 
A questão da padronização da língua e a problemática por ela suscitada vem 
há muito despertando interesse naqueles que se dedicam ao estudo da linguagem, 
entre eles podemos citar: cf. Nogueira (1933), Jespersen (1946), Hall (1950), Senna 
(1953), Andrade (1966), Cunha (1968), Swadesh (1968), Melo (1971), Haugen 
(1972), Cunha (1984), Cunha (1985), Possenti (1996), Santos (1996), Bagno (1999), 
Oliveira (1999), Perini (2000), Silva (2000), Britto (2002), Oliveira (2003a), entre 
outros. 
A língua varia, como é sabido, no tempo, no espaço geográfico, no espaço 
social e de uma situação comunicativa para outra. Existem, portanto, várias “línguas 
portuguesas”, como podemos ver no módulo 1, cada uma das quais é uma 
variedade do português. 
Cada variedade da língua é, em princípio, um código, com seus elementos e 
regras, por maior que seja a semelhança entre esses códigos. Porém, não é tão 
simples como possa parecer, à primeira vista, a tarefa de isolar e descrever tais 
variedades, porque não há fronteiras rígidas entre elas. Haverá sempre um 
componente de arbitrariedade em qualquer divisão que se faça, entretanto a 
descrição lingüística não pode prescindir de tais divisões. 
A migração de trabalhadores de baixo nível salarial de uma região pobre para 
um grande centro, por exemplo, pode transformar um dialeto geográfico em social. O 
código usado pelas gerações mais velhas e o empregado pelas mais jovens são na 
verdade variedades diacrônicas muito próximas. Muitos elementos e regras do 
registro informal utilizados pela camada culta da população ocorrem também nos 
dialetos sociais das camadas ditas “incultas”. Além disso, tende a existir certa 
correlação entre escrita e formalidade, por um lado, e entre informalidade e fala, por 
outro. 
 
 
 
Outra faceta da complexidade do problema é a dificuldade que temos, às 
vezes, para decidir, diante de dois códigos ou conjuntos de códigos, se são duas 
línguas ou duas variedades da mesma língua. 
NOTA IMPORTANTE: ALGUNS CONCEITOS... 
LINGUAGEM é a capacidade de se comunicar através de vários códigos, 
dentre eles a língua.É um sistema de signos convencionais usados pelos membros 
de uma mesma comunidade. 
SIGNO LINGUÍSTICO é um elemento representativo que apresenta 2 
aspectos: um significante (o som) e um significado (o conceito) formando um todo 
indissolúvel. 
Por exemplo: árvore. 
Ao ouvirmos a palavra “árvore” percebemos os sons que a formam (o 
significante) e o seu conceito: vegetal lenhoso cujo caule, chamado tronco, só se 
ramifica bem acima do nível do solo (o significado). 
O conhecimento de um língua engloba não apenas a identificação de seus 
signos, mas também o uso adequado de suas regras combinatórias. 
Por exemplo: um árvore não é uma sequência admitida em nossa língua. O 
falante reconhece que não há concordância entre o artigo e o substantivo. 
Apesar disso, cada falante pode utilizar a língua de um modo particular. 
À primeira vista nos sentiríamos tentados a afirmar que duas variedades da 
mesma língua não são senão duas línguas de estruturas muito semelhantes, 
assertiva que em termos estritamente estruturais pode ser verdadeira, mas não dá 
conta de um fato da mais alta relevância sociolingüística: o de que, se um falante 
empregar, digamos, um misto do português do Rio de Janeiro como o do Paraná, 
não será considerado “estrangeiro” em nenhuma das regiões, o mesmo não 
ocorrendo com o português e o espanhol, cuja fusão, na fala de um mesmo 
indivíduo, resultaria num código sentido como “estrangeiro” tanto nos países de 
língua espanhola quanto nos de língua portuguesa. 
O carioca e o paranaense, embora NÃO usem o mesmo código, falam a 
mesma língua, porque se consideram membros da mesma comunidadelingüística 
e, supondo-se que tenham certo grau de escolaridade, utilizam, na comunicação 
 
 
 
escrita formal, a mesma variedade dessa língua, que é a sua forma padrão. 
Portanto, embora existam várias “línguas” portuguesas como códigos, há um e 
somente um português como instituição social. 
1.4 PRECONCEITO LINGUÍSTICO 
1.4.1 Definição 
Quando alguém se refere às variantes regionais da maneira citada nos 
exemplos abaixos, usando essas palavras como base de piadas aparentemente 
inocentes, revela uma visão preconceituosa (consciente ou não) da diferença entre 
as variantes regionais. 
Exemplos: 
 O carioca possui uma fala semelhante a um “rádio fora de sintonia”; 
 O mineiro fala suprimindo as sílabas finais de algumas palavras. 
1.4.2 CUIDADO COM O PRECONCEITO 
Todas as variedades constituem sistemas linguísticos adequados para a 
expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes. 
As variedades podem ser: 
 regionais: “nossinhora” (o mineiro), “é mermo” (o carioca) 
 sociais: diferenças significativas em termos fonológicos (“bicicreta” por 
bicicleta, “mió” por melhor, etc.) e morfossintáticos (“a gente fumo” por nós 
fomos, “as laranja” por as laranjas, etc.) 
 estilísticas: linguagem coloquial (usada de modo informal em situações 
familiares, conversas entre amigos) e linguagem formal (nas situações 
formais de uso da linguagem, como por exemplo uma palestra, um seminário, 
uma entrevista de emprego). 
1.5 NORMA CULTA 
Foi a partir do trabalho dos gramáticos da Antiguidade que surgiu aquele 
conceito de ‘língua’ com a definição que, Bagno (2003), chamou de sobrenatural e 
quase esotérica. Ao longo dos séculos, os defensores dessa concepção tradicional 
isolaram a língua, retiraram ela da vida social, colocaram numa redoma, onde 
deveria ser mantida intacta, ‘pura’ e preservada da ‘contaminação’ dos ‘ignorantes’. 
 
 
 
Por causa dessa atitude é que, até hoje, o professor de português ou, mais 
especialmente, o gramático é visto como uma espécie de criatura incomum, um 
misto de sábio e mágico, que detém o conhecimento dos mistérios dessa ‘língua’, 
que existefora do tempo e do espaço – e é esse ‘saber misterioso’ que gostamos de 
chamar de ‘norma oculta’ ”. 
1.5.1 Conhecendo a norma culta para saber dominá-la 
 prescritiva (normativa):“língua” prescrita nas gramáticas normativas, 
inspiradas na literatura “clássica”. 
 preconceito:baseia-se em mitos sem fundamentação na realidade da língua 
viva, inspirados em modelos arcaicos de organização social. 
 Doutrinária:compõe-se de enunciados categóricos, dogmáticos, que não 
admitem contestação. 
 descritiva (normal):atividade linguística dos “falantes cultos”, com 
escolaridade superior completa e vivência urbana. 
 conceito:termo técnico usado em investigações empíricas sobre a língua, co-
relacionadas com fatores sociais. 
 Científica:baseia-se em hipóteses e teorias que devem ser testadas para, em 
seguida, ser validadas ou invalidadas. 
1.6 LÍNGUA PADRÃO versus LÍNGUA CULTAversusLÍNGUA LITERÁRIA 
A língua padrão, que na sociolingüísticaanglófona se 
denominastandardlanguage,é a variedade culta formal do idioma. Há quem tome o 
termo norma culta, indevidamente, comosinônimo de línguapadrão. Ocorre que a 
língua culta, isto é, a das pessoas com nível elevado de instrução, pode ser formal 
ou informal. A língua padrão é a culta, sim, mas limitada à sua vertente formal. É, 
pois, necessário distinguir os dois conceitos. 
Língua culta é um termo mais amplo que língua padrão, uma vez que 
abrange não só o padrão, que é supra-regional, mas também as variedades cultas 
informais de cada região. Entendam-se como cultos os dialetos sociais das 
pessoas acima de determinado grau de escolaridade. Desse modo o termo adquire 
objetividade e nos desvencilhamos do ranço de preconceito de que está 
impregnado. 
A língua culta informal, portanto, não é padrão. A variedade padrão da 
língua “lidera” um conjunto de códigos que se influenciam mutuamente, a saber: (a) 
 
 
 
as variedades orais cultas informais das diversas áreas geográficas; (b) a língua 
escrita culta informal (c) as variedades literárias do idioma, que se baseiam no 
padrão, mas, no caso do Brasil, nem sempre correspondem fielmente a ele. 
A língua literária seria, em princípio, a variedade padrão artistificada, mas 
pode dar-se ao caso de ela se desviar do padrão quando o desvio é esteticamente 
necessário, daí a importância de distinguir também língua padrão de língua 
literária, embora se empreguem com freqüência os dois termos como equivalentes, 
impropriedade a que se acrescenta mais uma, a de incluir língua escrita nessa série 
pseudo-sinonímica, inclusão obviamente inexata, visto que a língua padrão, embora 
se use sobretudo na escrita, pode usar-se também na comunicação oral formal. 
A línguaoralculta é geograficamente mais diversificada do que sua 
correspondente escrita, ou seja, do que o padrão, e, entre as formas escritas da 
língua, no caso do português atual do Brasil, as literárias variam mais, de uma região 
para outra, que as não-literárias, em conseqüência de um compromisso da literatura 
brasileira, nas últimas nove décadas, com os registros coloquiais. 
Certas “infrações” à norma gramatical que no Brasil se sentem, a partir do 
modernismo, como adequadas a um poema ou a um conto, não seriam aceitáveis 
numa carta comercial ou num discurso do paraninfo numa cerimônia de formatura. 
Na literatura anterior ao modernismo, ao contrário, tais “liberdades” seriam 
inadmissíveis. 
Por outro lado, o uso literário da língua escrita permite e até estimula a 
originalidade, ao contrário do seu emprego não-literário, que privilegia a 
padronização, daí ser bastante perceptível na literatura um outro tipo de variação, a 
individual. É a isso que nos referimos quando falamos em estilo de um escritor. 
1.6.1 GÍRIA E JARGÃO 
1.6.1.1 A língua muda conforme o tempo, idade e o espaço geográfico 
A língua varia no tempo e no espaço. Há ainda as variações lingüísticas dos 
grupos sociais (jovens, grupos de profissionais, etc) e até mesmo, há variação 
quando um único indivíduo, em situações diferentes, usa diferentemente a língua, de 
forma a se adequar ao contexto de comunicação. Uma dessas variações é a "gíria", 
que são as palavras que entram e saem da moda, de tempos em tempos. 
Você conhece o "Dicionário dos Mano"? Aqui vão alguns exemplos: 
 
0 
 
 -Mano não briga: arranja treta. 
- Mano não cai: capota. 
- Mano não entende: se liga. 
- Mano não passeia: dá um rolê. 
- Mano não come: ranga. 
- Mano não fala: troca ideia 
- Mano não ouve música: curte um som 
 
1.6.2 Gíria 
A gíria teve sua origem na maneira de falar de grupos marginalizados 
que não queriam ser entendidos por quem não pertencesse ao grupo. Hoje, 
entende-se a gíria como uma linguagem específica de grupos específicos, 
como os jovens. Grupos sociais distintos têm seus "modos de falar", como é o 
caso dos maisescolarizados e, até mesmo, os grupos profissionais que se 
expressam por meio das linguagens técnicas de suas profissões. 
1.6.3 Jargão 
Jargão é o modo de falar específico de um grupo, geralmente ligado à 
profissão. Existe, por exemplo, o jargão dos médicos, o jargão dos 
especialistas em informática, etc. 
Imagine que você foi a um hospital e ouviu um médico conversando com 
outro. A certa altura, um deles disse: 
"Em relação à dona Fabiana, o prognóstico é favorável no caso de pronta-
suspensão do remédio." 
É provável que você tenha levado algum tempo até entender o que o 
médico falou. Isso porque ele utilizou, com seu colega de trabalho, termos com 
os quais os dois estão acostumados. Com a paciente, o médico deveria falar 
de uma maneira mais simples. Assim: 
 
1 
 
"Bem, dona Fabiana, a senhora pode parar de tomar o remédio, sem 
problemas" 
1.6.4 Diferentes situações de comunicação 
Uma mesma pessoa pode escolher uma forma de linguagem mais 
conservadora numa situação formal ou um linguajar mais informal, em situação 
mais descontraída. Quantas vezes, isso não acontece conosco, no cotidiano? 
Na família e com amigos, falamos de uma forma, mas numa entrevista para 
procurar emprego é muito diferente. Essas diferenças lingüísticas dependem 
de: 
- familiaridade ou distância dos que participam do ato de linguagem; 
- grau de formalidade da ocasião; 
- tipo de texto usado: conferência, texto escrito, conversa, artigo etc. 
Portanto, para saber se adequar a diferentes situações de comunicação, 
com variações lingüísticas próprias de cada ocasião, você precisa ser um 
"poliglota na própria língua"... 
 
CONCLUSÃO 
Objetiva-se ao término destaunidade, que o mesmo venha a construir um 
rico instrumento de estudo que contribua de forma significativa para o 
aprendizado do aluno com o intuito de aperfeiçoar o desempenhoeducacional do 
mesmo através do conhecimento da importância da pontuação dentro da leitura e 
interpretação de textos; assim como ter habilidades e competências para 
compreender as partes e o todo de um texto. 
Diante do exposto, pode-se perceber que um dos papeis da pontuação é 
fazer com que um texto possa ser mais bem compreendido por aquele que ler. 
Não há dúvida que na busca desta compreensão contamos com algumas regras 
de pontuação, como também com o conhecimento de mundo do aprendiz. 
Enfim, diante dos desafios do mundo moderno, isso figura como a grande 
problemática do educando e do educador. O educador, por tentar inserir o 
 
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educando no mundo atual, ensinando não apenas conteúdos didáticos, mas 
principalmente contribuindo para que o discente possa aprender a progredir no 
mundo do trabalho. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
BAGNO, Marcos. A norma oculta: língua e poder na sociedade brasileira. SP: 
Parábola Editorial, 2003. p.49-50.)CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português 
Contemporâneo. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. 
 
MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
__________, João Bosco; TOMASI, Carolina. Comunicação Empresarial. 
São Paulo: Atlas, 2007. 
 
PLATÃO e FIORIN. Lições de Texto. 5 ed. São Paulo:Ática, 2006. 
 
http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u80.jhtm 
 
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