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Viroses linfáticas e glandulares - Slide

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INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ
ALUNOS: FELIPE NASCIMENTO
ÉLIDA ROCHA
VIROSES LINFÁTICAS E 
GLANDULARES 
( C A X U M B A , C I T O M E G A L I A , M O N O N U C L E O S E )
PARAMYXOVÍRUS
O termo myxo vem do grego, que significa “mucosas”, e 
identifica a especificidade dos Paramyxovírus aos 
mucopolissárideos e glicoproteínas presentes nos 
receptores de superfície das células;
A família Paramyxoviridae possui os gêneros: 
Morbilovírus, Paramyxovírus e Pneumovírus.
PARAMYXOVÍRUS - ESTRUTURA
CAXUMBA - PATOGENICIDADE
Doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento 
de volume de uma ou mais glândulas salivares, 
geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais 
ou submandibulares.
Em homens ocorre orquiepididimite em 20% a 30% dos 
caso.
Em mulheres pode ocorrer oorforite em 5% dos casos.
1/3 das infecções pode não apresentar aumento, 
clinicamente aparente, desses glândulas.
Meningite asséptica sem sequelas. 
Raramente ocorre encefalite.
O vírus da caxumba pode ser cultivado nas cavidades 
amniótica e alantóica de ovo embrionado e em culturas 
celulares primárias de origem humana e de macaco.
O Homem é o único hospedeiro e reservatório natural 
do vírus da caxumba.
Canal de Stenon das parótidas.
Figura 1 – Vírus da caxumba
canal de Stenon
Figura 2 – Canal de Stenon
CAXUMBA - EPIDEMIOLOGIA
A porta de entrada do vírus da caxumba é a via 
respiratória.
90% dos indivíduos entre 25 e 30 anos possuem 
anticorpos para o vírus 
Acomete principalmente crianças em idade escolar, 
entre 5 e 16 anos, sem distinção de sexo.
CAXUMBA - TRANSMISSÃO
Contato direto com secreções das vias aéreas 
respiratórias superiores;
Período de incubação varia de 12 a 15 dias; de 16 a 18 
dias.
Figura 3 – Período de incubação
CAXUMBA - DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Inicia-se um quadro infeccioso leve, indicioso, com 
febrícula, calafrios discretos, mal-estar geral, cefalgia, 
sensação desagradável na garganta, mialgias, 
artralgias, otalgia. Inexpressivas para caracterizar a 
doença
Depois de horas a dois ou três dias, pela intumescência 
inflamatória das parótidas, observa-se o edema e 
hiperemia da papila do canal de Stenon.
Figura 4 – criança com evidência sintomatológica.
Figura 5 – Orquite. Figura 6 – Ooforite
CAXUMBA - DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
1. Prova direta
O vírus é recuperado da saliva e líquido cefalorraquidiano 
e colhido nos primeiros quatro dias de infecção.
2. Prova indireta (sorológica) 
A primeira amostra deve ser colhida o mais próximo 
possível do início da doença, e a segunda, duas a três 
semanas após. É a prova sorológica mais útil para o 
diagnóstico precoce. Um aumento de quatro vezes no 
título de anticorpos é indicativo da infecção
CAXUMBA - TRATAMENTO
a) Repouso no leito: principalmente para adultos;
b) Higiene da boca: para evitar as associações 
bacterianas, facilitadas pelos distúrbios da secreção 
salivar;
c) Alimentação líquida ou semi-sólida: para contornar as 
dores que a mastigação desperta e facilitar a deglutição;
d) Tratamento sintomático: bolsa quente, calor úmido, 
gelo, pomadas analgésicas nas regiões tumefeitas; 
antitérmicos e analgésicos comuns; 
CAXUMBA - PROFILAXIA
Vacinação: utiliza-se a vacina tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade, com uma 
dose adicional entre 4 e 6 anos.
Recomenda-se às mulheres vacinadas evitar a gravidez 
por 30 dias após a aplicação. No entanto, se alguma 
grávida for inadvertidamente vacinada, não há indicação 
de interrupção da gravidez. A vacina é recomendada 
após 12 meses de idade. Não deve ser administrada 
antes.
CITOMEGALOVÍRUS
CITOMEGALOVÍRUS - CARACTERÍSTICAS 
Pertence à espécie Human Herpervirus 5 do gênero 
citomegalovírus;
DNA de cadeia dupla linear;
Espécie: Humano Hespesvirus 5 (HHV) 
Replicação de forma lenta;
Produção de células com efeito “citomegálico”;
Permanece latente em glândulas secretoras;
Pneumócito infectado por CMV
Classificação Científica
Família: Herperviridae
Gênero: Cytomegalovir
us
CITOMEGALOVÍRUS - ESTRUTURA
Capsídeo-simetria 
icosaédrica;
Genoma DNA fita dupla;
Tegumento com 
proteínas e enzimas 
virais;
Envelope lipoprotéico 
com espículas de 
glicoproteínas;
CITOMEGALOVÍRUS - EPIDEMIOLOGIA
O CMV é trasmitido pelo contato com fluidos corporais 
de pessoas excretando o vírus e não parece ocorrer por 
trasmissão aérea ou através de aerossóis;
O CMV é o único entre os herpesvírus pelo fato de que 
a trasmissão vertical da mãe para o feto ou recém-
nascido é comum e desempenha um papel importante 
na manutenção da infecção na população;
A prevalência da infecção por este vírus aumenta com a 
idade em todos os grupos estudados, mas a prevalência 
geral e a idade da aquisição inicial do vírus variam de 
acordo com as condições de vida em diferentes países;
CITOMEGALOVÍRUS - EPIDEMIOLOGIA
A idade de prevalência varia mundialmente: em paises 
em desenvolvimento, a maioria das infecções é 
adquirida durante a infância, enquanto nos paises 
desenvolvidos, mais de 50% dos adultos jovens são 
soronegativos.
O CMV pode afetar qualquer órgão do corpo em 
imunossuprimidos;
O CMV geralmente provoca uma infecção 
assintomática, mas permanece latente durante a vida e 
pode reativar.
CITOMEGALOVÍRUS-TRANSMISSÃO
O CMV é transmitido de pessoa a pessoa por contato 
íntimo com individuos excretando o vírus, transfusão 
sanguínea, transplante de orgãos e relação sexual;
Pode ser transmitido por vias: Transplacentária, 
intraparto ou pelo leite materno;
A via mais comum de trasmissão entre mãe e filho é 
através do leite materno, devido a presença do vírus;
CITOMEGALOVÍRUS - GRAVIDEZ 
O citomegalovírus contraído na gravidez deve ser tratado 
o mais rápido possível para evitar a contaminação do 
bebê através da placenta ou durante o parto.
Geralmente, a grávida entra em contato com o
citomegalovírus antes da gravidez e, por isso, possui
anticorpos capazes de combater a infecção e evitar a
transmissão. No entanto, quando a infecção acontece
pouco tempo antes ou durante a gravidez, há chances de
transmitir o vírus para o bebê, podendo provocar parto
prematuro e até malformações no feto, como surdez,
retardo mental ou epilepsia.
O citomegalovírus na gravidez não tem cura.
Idade 
Gestacional
1º Trimestre
10% de 
trasmissão fetal
1º Trimestre
10% de 
trasmissão fetal
3º Trimentre 
40-50% de 
trasmissão fetal
Menor dano Maior dano
CITOMEGALOVÍRUS - DIAGNÓSTICO 
As técnicas de cultivos são o padrão, mas estão sendo 
rapidamente substituídas pelas técnicas de detecção de 
antígenos ou de ácido nucléico, que são mais rápidos, 
mais sensíveis e mais fáceias de quantificar;
Pode ser cultivado em culturas celulares de diboplastos 
humanos;
A detecção do DNA do CMV pode ser feita através da 
reação em cadeia pela polimerase ou sistemas de 
captura híbrida disponíveis comercialmente;
O teste mais frequentemente empregado é o ensaio 
imunoenzimático do tipo ELISA;
CITOMEGALOVÍRUS - TESTE ELISA
É um teste imunoenzimático que permite a detecção 
de anticorpos específicos (por exemplo, 
no plasma sanguíneo).
ELISA indireto
CITOMEGALOVÍRUS - TRATAMENTO 
Existem alguns antivirais aprovados para tratamento de 
doenças por citomegalovírus em pacientes 
imunocomprometidos: ganciclovir,valganciclovir, foscarnet 
e ciclovir;
MONONUCLEOSE 
MONONUCLEOSE - CARACTERÍSTICAS
Vírus pertencente ao grupo Herpes1;
Causada pelo vírus Epstein-Barr-EBV;
Permanece de forma latente,recorrenteou 
crônico;
Possui genoma de DNA bicatenar (dupla hélice);
 Infecta principalmente os linfócitos B do sistema 
imunitário e as células epiteliais da mucosa do 
nariz e faringe;
Mais conhecida como doença do Beijo;
MONONUCLEOSE - VÍRUS EPSTEIN-
BARR
Também chamado herpesvírus humano 4 (HHV-4), 
é um vírus da família da herpes;
Classificação científica
Grupo: Grupo 
I (dsDNA)
Família: Herpesviridae
Género: Lymphocrypt
ovirus
Espécie: Human 
herpesvirus 
4 (HHV-4)
MONONUCLEOSE - EPSTEIN-BARR 
ESTRUTURA
É composto de 
uma cadeia dupla;
o genoma de DNA 
linear fechado por 
uma proteína 
da cápside;
O envelope viral é 
incorporado 
com glicoproteínas;
MONONUCLEOSE - EPIDEMIOLOGIA
Os casos de mononucleose na adolescência e 
juventude ocorrem naquela minoria que por acaso não 
foi contaminada ainda quando criança.
Ao contrário do que ocorre nas crianças, nos 
adolescentes e adultos jovens a mononucleose 
infecciosa costuma causar os sintomas clássicos;
Menos de 10% das crianças infectadas apresentam 
sintomas;
As pessoas que desenvolvem sintomas, o período de 
incubação, ou seja, desde o contato até o aparecimento 
da doença, é em média de 4 a 8 semanas;
MONONUCLEOSE - EPIDEMIOLOGIA E 
SINTOMAS
Os sintomas típicos da mononucleose incluem 
febre, cansaço, dor de garganta e aumento dos 
linfonodos do pescoço (ínguas).
Outro sinal característico da mononucleose é o 
aumento do baço, chamado de esplenomegalia.
Alguns sintomas inespecíficos, como dor de cabeça, 
dores musculares, tosses e náuseas também são 
comuns.
MONONUCLEOSE - TRANSMISSÃO
É geralmente transmitida através do contato próximo de 
pessoa a pessoa. A saliva é o método primário de 
transmissão. A infecção só ocorre após contato 
prolongado de uma pessoa contaminada com outra que 
nunca tenha sido exposta ao vírus.
MONONUCLEOSE - DIAGNÓSTICO
• A mononucleose infecciosa é primariamente 
diagnosticada por observação dos sintomas clínicos, 
mas a serologia é utilizada para confirmar a infecção por 
EBV.
• O diagnóstico da infecção por mononucleose deve ter 
em consideração outros patogénicos, como o 
citomegalovírus, Toxoplasma gondii, vírus da rubéola, 
vírus da papeira, VIH, VHA e vírus da Influenza A&B, 
que apresentam sinais e sintomas clínicos similares.
MONONUCLEOSE - TRATAMENTO
O tratamento para mononucleose infecciosa pode ser feito 
com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios
Normalmente, o tratamento dura cerca de 2 a 3 semanas 
e o clínico geral é o mais indicado para indicar qual o 
melhor tratamento.
A mononucleose tem cura quando o tratamento é 
realizado corretamente
MONONUCLEOSE - TRATAMENTO
Recomendações:
Lavar as mãos várias vezes ao dia e, principalmente, 
depois de terem sido colocadas na boca;
Evitar beijar;
Evitar compartilhar objetos contaminados com saliva, 
como, por exemplo, talheres, copos ou qualquer outro 
utensílio que foi colocado na boca;
REFERÊNCIAS
• TRABULSI, Luiz. Microbiologia. Ed. Atheneu: São 
Paulo, 1999.
• BRASÍLIA. Ministérios da saúde. Secretaria de 
Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias, 
Brasília, DF, 2006. 319 p.
• VERONESI, Ricardo. Doenças Infecciosas e 
Parasitarias. 8 Ed.Guanabara: Rio de Janeiro, 1991

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