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Resumo de Penal.

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A Ciência Penal
O Direito Penal:
O Direito Penal é o ramo do Direito Público que se encarrega de selecionar condutas atentatórias aos MAIS IMPORTANTES BENS JURÍDICOS, JUSTAMENTE AQUELES CONSIDERADOS ESSENCIAIS PARA A VIDA EM SOCIEDADE, sancionando-as com uma pena criminal ou medida de segurança.
A Relação do Direito Penal:
O Direito Constitucional; é uma relação de subordinação, todo e qualquer ramo do Direito está subordinado ao Direito Constitucional, são normas infraconstitucionais, todas as outras normas estão abaixo da Constituição.
Processo Penal:
O processo Penal é a parte formal é o caminho que o Estado tem que percorrer para aplicar o Direito Penal, o Direito Penal pode ser objetivo e subjetivo, que é aplicação do Direito Penal objetivo, o rito da ampla defesa.
Direito Civil:
Regula o Estado as pessoas é o D. Civil é o ramo do D. Privado, patrimônio, propriedade, e existem crimes contra o patrimônio a propriedade . A questão de responsabilidade Penal e Civil (existem 3 tipos de responsabilidades, Penal, Civil e ADM), uma não depende da outra.
Direito ADM:
Relação. Ex: avanço de sinal não é uma infração administrativa e não é crime, apenas multa e perda de pontos na habilitação.
Crimes contra administração pública, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, pode perder o cargo e é julgado por um juiz criminal.
Direito Tributário:
Relação; existem crimes econômicos, crimes tributários, sonegação de impostos. Lei 8137.
Direito Ambiental:
Leis de crimes ambientais, essa lei traz crimes contra a fauna e a flora.
Ex. Tráfico de animais, trazer outro animal de outra fauna estrangeira para a nossa fauna, maus tratos contra os animais, fazer queimadas, soltar balões; seria crimes para tutelar o meio ambiente que é um bem jurídico de maior relevância também.
Direito Eleitoral:
Crimes praticados no contexto da eleição , da campanha política, campanha partidária, esse crime é julgado pela justiça eleitoral que é uma justiça especializada do Direito Penal dentro do D. Eleitoral.
Direito Internacional:
Em especial o Direito Internacional se pauta em tratado internacional, alguns desses tratados versa o Direito Penal.
Ex.: D. Humanos, D. Fundamental Art 5º const., no pacto do São José da Costa Rica, conversão de Belém, que o Brasil se obrigou a respeitar os crimes praticados contra as mulheres, no contexto da violência domestica, crimes sexuais se obrigou a se reprimir, trafico de drogas, esses são o D. Internacional interferindo no D. Penal.
 Fontes:
 É o lugar de onde o direito provém.
 As demais ciências Penais.
Criminologia;
É um corpo de conhecimento relativo ao crime como fenômeno social. Inclui o processo de fazer leis, infligi-las e reagir á transgressão das mesmas.
Política criminal;
É a resposta que se dar o crime, são os meios de instrumento que o Estado se utiliza para lidar com a criminalidade, seja ele reprimindo, seja ele prevenindo, toda resposta que se dar a criminalidade é a política criminal.
Ex: crime continuado existe por uma questão de política criminal, para evitar que o sujeito responda por vários crimes ele vai responder pelo um único crime com o acaso de aumento de pena.
Penalogia;
Estuda pena.
Vitimologia;
Estuda-se a vítima, o papel da vítima no processo penal, estuda o perfil da vítima.
 Controle social;
É o controle que os Estado exerce sobre o cidadão, inclusive restringindo os direitos fundamentais, o Estado tem vários meios de controle social.
Ex: se a pessoa avança o sinal vermelho ele vai ser multado se utiliza o D. ADM, o controle também pode ser controlado por meio do D. Penal, se for praticado um crime pode-se ser penalizado criminalmente, pena de prisão, restringe a liberdade (D. Fundamental).
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
Dignidade da Pessoa Humana
Pois bem. Do Estado Democrático de Direito partem princípios regradores dos mais diversos campos de atuação humana. No que diz respeito ao âmbito penal, há um gigantesco a princípio a regular e orientar todo o sistema, transformando-o em um Direito democrático.
Estamos falando do princípio da dignidade humana (CF, art. 1º,III).
Humanidade da Pena
Significa dizer que o condenado não perde sua condição humana. Portanto, não haverá pena de morte, salvo em caso de guerra externa declarada, de caráter perpetuo, de trabalho forçado, de banimento, e cruel, que a que impõe intenso e ilegal sofrimento.
Personalidade da Pena
Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por outra pessoa. A pena não pode passar da pessoa do condenado (CF, art. 5º, XLV).
Individualização da Pena 
É o principio que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas, mesmo que tenha praticados crimes idênticos. Isso porque, independente da praticada da mesma conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal, devendo cada um receber apenas a punição que lhe é devida (art. 5º, XLVI da CF).
Legalidade
Que também são chamados de reserva legal (reserva-se a lei a atribuição de definir crime, ou seja, de descrever o que é uma conduta criminosa, de prever crimes e de cominar penas), decretos resoluções não pode determinar o que é crimes (art. 1º do CP e 5º XXXIX CF).
Irretroatividade da Lei Penal
A lei penal não pode retroagirá salvo para beneficiar o réu, se entra uma lei hoje aumentando um tipo de crime, não poderá ser aumentada quem cometeu um crime anterior, apenas para beneficiar o réu que pode retroagir a lei.
Anterioridade
O Princípio da Anterioridade da Lei Penal está garantido na Constituição Federal de 1988, a qual, em seu artigo 5º inciso XXXIX exige que: “Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina, nem pena sem PRÉVIA cominação legal”.
Intervenção Mínima
O princípio da intervenção mínima (não está prevista na lei, é construção doutrinária), diz que o Direito penal só deve interferir em determinado conflito social quando outros ramos do direto se mostrarem insuficientes para solucionar o problema, quando forem possíveis outros dês que não Penal se utiliza o Direito Penal.
Fragmentariedade
Já que o Direito penal não tutela todos os ramos do bem jurídico só os mais importantes, pode-se dizer que isso é o princípio da fragmentariedade (parte de um todo), ou seja, ele tutela fragmentos dos bens jurídicos.
Lesividade
Para que um fato seja criminoso se quer o fato seja lesivo ao patrimônio de 3º, a conduta (fato) tem que ser ofensivo ao bem jurídico.
Ex: um furto de um maço de cigarros não pode se considera lesivo, um arranhão não pode se considerar lesivo ao ponto de receber uma tutela formal.
Culpabilidade
A culpabilidade constitui, em consequência, as condições subjetivas que devem concorrer para que seu autor seja punido, pois, do contrário, isto é, se não culpável, não sofrerá pena alguma, sendo absolvido.
Ex: Gerente de banco que tem sua família sequestrada e é obrigado abrir o cofre para os assaltantes, doença mental. Esses fatores excluem a pena.
Proporcionalidade da Pena
A pena deve ser proporcional ao crime praticado, crimes menos graves são punidos como o crime menos grave vice e versa, por isso deve haver proporcionalidade da pena, a proporcionalidade deve está acompanha com a razoabilidade não basta ser proporcional deve ser razoável (art. 5º, XLVII CF) exige individualização da pena (art. 5º,XLVICF).
 Ex: o crime de furto simples é punido de um á quatro anos em quanto o crime de homicídio qualificado é punido com uma pena 12 á 30.
Insignificância
Para que o fato seja considerado insignificante, não basta à ausência de lesividade do bem jurídico (patrimônio), é necessária uma ausência de uma alta periculosidade, baixo grau da reprovabilidade da conduta, ausência de reprovabilidade da conduta do agente. Porque o que não pode ser significante para uns pode ser insignificantes para outros.
Adequação Social
É todo comportamento que, a despeito de ser considerado criminoso pela lei, não afronta o sentimento social de justiça (aquilo que a sociedade tem por justo) não pode ser considerado criminoso.
AlteridadeProíbe a incriminação de atitude meramente interna, subjetiva do agente, pois essa razão revela-se incapaz de lesionar o bem jurídico. o fato típico pressupõe um comportamento (humano) que ultrapasse a esfera individual do autor e seja capaz de atingir o interesse do outro. Assim, ninguém pode ser punido por haver feito mal a si mesmo.
TEORIA DA NORMA PENAL
Imediata: Lei
Mediata: costume e princípios gerais do direito.
NORMA: é o mandamento de um comportamento normal, retirado do senso comum da justiça de cada coletividade. Ex. pertence ao senso comum que não se deve matar, roubar, furtar ou estuprar, a ordem normal da conduta é não matar. A norma é uma regra proibitiva não proibitiva não escrita, que se extrai do espírito dos membros da sociedade, isto é, do senso de justiça do povo.
LEI: é a regra escrita feita por o legislador com a finalidade de tornar expresso o comportamento considerado indesejável e perigoso pela coletividade.
Leis incriminadoras:
São as que descrevem crimes e cominam penas. Ex. Art 121.
Leis não incriminadoras:
Não descrevem crimes, nem cominam penas.
Permissivas.
Tornam lícitas determinadas condutas tipificadas em leis incriminadoras. Ex. Legitima defesa, art. 128.
 Explicativas/complementares:
Esclarecem conteúdos de outras normas e delimitam o âmbito de sua aplicação. Ex. Arts. 1º, 2º e todos os demais da Parte Geral, á exceção dos que tratam causas de exclusão da ilicitude (legitima defesa, estado de necessidade, exercício regular de direito e estrito cumprimento do dever legal).
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Analogia:
Não há analogia em lei penal criminadora porque fere o principio da legalidade, consiste em aplicar-se a uma hipótese não regulada por lei disposição relativa a um caso semelhante.
Ex. O art. 128, II, dispõe que o aborto praticado por médico não é punido “se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.”
Interpretação analógica:
A interpretação analógica não se confunde com analogia, a interpretação analógica ao contrario da analogia é aplicado as leis penais incriminadoras que a própria lei assim prevê, a lei prevê uma ou algumas circunstância a mais a frente ela permite uma possibilidade de se incluir outra circunstância semelhante (atr.121, II,§ I).
Ex. Crime praticado mediante paga, promessa de recompensa ou outro motivo torpe, é interpretada analogicamente como qualquer motivo torpe equivalente aos casos mencionados. Na interpretação analógica, existe uma norma regulando a hipótese (o que não ocorre na analogia).
Interpretação extensiva:
É utilizado quando o legislador disse menos que queria dizer, não se admite em leis penais incriminadoras, pelo mesmo tipo que não se admite analogia, só admite em leis penais criminadora, é utilizado quando favorece as leis de garantia fundamentais, nas leis que restringe esse direito não se pode aplicar.
Ex: art. 5º caput, todos são iguais perante a lei, sem destinação de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, á segurança e á propriedade, nos termos seguintes.
NORMAS PENAIS EM BRANCO
É aquela lei que não está completa, é uma lei que precisa de complementação, trata-se, portanto, de uma norma cuja descrição da conduta está incompleta, necessitando de complementação por outra disposição legal ou regulamentar.
Ex: Leis de drogas podem ser homogenia e heterogenia.
Homo (quando pode ser complementada por outra lei).
Heter (quando é complementada por lei especial, por normativas adversas).
Ex: Resolução da ANVISA, decretos, medidas provisórias, qualquer outra espécie normativa que não seja lei torna a norma penal heterogenia.
CONFLITOS APARENTES DE NORMAS
É o conflito que se estabelece entre duas ou mais normas aparentemente aplicáveis ao mesmo fato. Há conflito porque mais de uma pretende regular o fato, mas é aparente, porque, com efeito, apenas uma delas acaba sendo aplicada á hipótese.
CONFLITOS QUE SOLUCIONAM APARENTE DA NORMA
Especialidade: (“LEX SPECIALIS DEROGAT GNERALI”).
É a norma que possui todos os elementos da geral e mais alguns, denominados especializantes, que trazem um minus ou um plus de severidade. Entre uma ou outra, o fato se enquadra naquela que tem algo a mais.
Ex: a norma do art. 123 do CP, que trata do infanticídio, prevalece sobre a do art. 121, que cuida do homicídio, porque possui, além dos elementos genéricos deste último, os seguintes especializantes: “próprio filho”, ”durante o parto ou logo após” e “sob a influência do estado puerperal”.
Subsidiariedade: (“lex primaria derogast subsidiariae”)
É aquela que descreve um grau menor de violação de um mesmo bem jurídico, isto é, um fato menos amplo e menos grave, o qual, embora definido como delito autônomo, encontra-se também compreendido em outro tipo como fase normal de execução de crime mais grave.
Ex: o agente efetua disparos de arma de fogo sem, no entanto, atingir a vítima. Aparentes três normas são aplicáveis: o art. 132, do CP (periclitação da vida ou saúde de outrem); o art. 15, da lei 10.826/2003 (disparo de arma de fogo); e o art. 121 c/c o art. 14, II do CP (homicídio tentado).
Consunção: (“lex consumens derogat consumptae”).
É o princípio segundo o qual um fato mais amplo e mais grave, isto é, absorve, outros fatos menos amplos e graves, que funcionam como fase normal de preparação ou execução ou como um mero exaurimento. Costuma-”se dizer: peixão (fato mais abrangente) engole os peixinhos (fatos que integram aquele como sua parte)”.
Ex: o peixe “direção perigosa” é absorvido pelo peixão “homicídio culposo”, restando apenas este último crime e, por seguinte, a norma que o define.
Alternatividade:
Ocorre quando a norma descreve várias formas de realização da figura típica, em que a realização de uma ou de todas configura um único crime. São chamados tipos mistos alternativos, os quais descrevem crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado.
Ex: art. 33, caput, da lei nº 11.343/2006 (lei de drogas), que descreve dezoito formas de prática do tráfico ilícito de drogas, mas a realização de uma quanto a de várias modalidades configurará sempre um único crime.
ANTE FATO E PÓS FATO INPUNITIVIES
VALIDADE EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO
Conflito de leis Penais no tempo.
Abolitio Criminis:
Lei posterior deixa de considerar um fato como criminoso. Trate-se de lei posterior que revoga o tipo penal incriminador, passando o fato a ser considerado atípico. Como o comportamento deixou de constituir infração penal, o Estado perde a pretensão de impor ao agente qualquer pena, razão pela qual se opera a extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, III, do CP.
Novatio legis in mellius:
É a lei posterior (novatio legis) que, de qualquer modo, traz um benefício para o agente no caso concreto (in mellius). A lex mitior (lei maior) é a mais benéfica, seja anterior ou posterior ao fato.
Novatio legis in crimins
É a lei posterior que cria um tipo incriminador, tornando típica conduta considerada irrelevante penal pela lei anterior. Na precisa observação de Francisco de Assis Toledo, “A lei penal mais grave não se aplica aos ocorrido antes de sua vigência, seja quando cria figura penal até então inexistente, seja quando se limita a gravar as consequências jurídico-penais do fato, isto é, a pena ou a medida de segurança.
 Novatio legis in pejus:
É a lei posterior (novatio legis) que, de qualquer modo, venha a agravar a situação do agente no caso concreto (in pejus). Nesse caso a lex mitio(lei melhor) é a lei anterior. A lei menos benéfica, seja posterior, recebe o nome de Lex gravior (lei mais grave). Esta, quando posterior, tem a denominação que encabeça este item, significando nova lei em prejuízo do agente.
Teorias
Crime continuado, crime permanente .
Crimes permanentes.
Caso execução tenha início sob império de uma lei, prosseguindo sob o de outra, aplica-sea mais nova, ainda que menos benigna, pois, como a conduta se protrai no tempo, a todo o momento renovam-se a ação e a incidência da nova lei.
Crime continuado.
Se uma nova lei intervém no curso da série delitiva, deve ser aplicar, ainda que a mais grave, a toda série continuada. O agente que prosseguiu na continuidade delitiva após o advento da lei posterior tinha possibilidade de orientar-se de acordo com os novos ditames, em vez de prosseguir na prática de seus crimes.

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