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Resumo Embriologia

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Embriologia
Órgãos femininos da 
reprodução
Útero
Órgão oco, piriforme, que mede aproximadamente 10 cm de comprimento. Consiste em uma parte superior, larga (o corpo), e uma cilíndrica, no terço inferior (colo). Tem como função abrigar o embrião até o nascimento.
O corpo possui uma porção superior, em forma de cúpula, o fundo, logo acima da entrada das tubas uterinas.
A parede uterina é composta por três camadas: o perimétrio, uma camada serosa externa, o miométrio, uma camada muscular, e o endométrio, uma mucosa que sofre variações durante o ciclo menstrual.
O endométrio é dividido em camada basal, que contém o fundo das glândulas endometriais e artérias retas, e não é eliminada durante a menstruação, e a camada funcional, que cresce todo ciclo, contendo as glândulas tortuosas e as artérias espiraladas.
O colo uterino é constituído pelo endocérvix e o ectocérvix. A parte interna é uma mucosa que reveste o canal cervical e libera um muco protetor. A externa é revestida por epitélio semelhante ao da vagina, para onde se projeta.
Tubas uterinas
Órgãos tubulares que medem 10 a 12 cm de largura e 1 de diâmetro, e se estendem de cada lado do útero até os ovários. São divididos em infundíbulo (fímbrias), ampola, istmo e porção intramural.
A parede da tuba é composta de mucosa, uma camada muscular e o peritônio. A mucosa possui células ciliadas que auxiliam, juntamente com os movimentos peristálticos, no transporte do oócito para o útero. As células secretoras produzem um muco que nutre o ovócito.
Vagina
Contribui para formar o canal do parto e é revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, rico em glicogênio. Este ajuda a manter o pH vaginal em torno de 4,3, prevenindo a entrada de agentes infecciosos no útero.
Ovários
Órgãos pares que além de produzirem e secretarem hormônios, ainda abrigam os ovócitos em maturação. São recobertos por mesotélio peritoneal e composto por córtex (folículos ovarianos) e medula (vascularização).
Ciclos reprodutivos da 
mulher
As células neurossecretoras do hipotálamo sintetizam o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), que através do sistema porta hipofisário chega à adeno-hipófise e promove a secreção de hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH).
Ciclo ovariano
Se refere ao período (±28 dias) no qual ocorre o desenvolvimento de folículos, na ovocitação e na formação de um corpo lúteo.
Os primeiros 14 dias de crescimento e maturação dos folículos compreende a fase folicular, que termina com a ovocitação, sendo seguida pela fase luteínica.
Ovocitação
Aproximadamente na metade do ciclo, devido a um pico de LH, o folículo ovariano tem um rápido crescimento, que forma uma elevação na superfície do ovário. Minutos antes da ovocitação, aparece o estigma, uma pequena zona oval, que fica sem irrigação. As células da granulosa e da teca então produzem plasminogênio, que ativa a plasmina. Esta estimula a produção de colagenase, que degrada a matriz do estigma até seu rompimento.
O estigma se rompe e o líquido folicular flui da cavidade, junto com o ovócito e a corona radiata.
Formação do corpo lúteo
Após a ovocitação, o folículo transforma-se no corpo lúteo, que secreta progesterona (em sua maioria) e estrogênio. As paredes do folículo se colapsam e são formadas pregas na parede; a camada granulosa é invadida por tecido conjuntivo vascularizado. As células da granulosa e da teca interna crescem, formando as células luteínicas. A produção de esteroides é estimulada pelo LH.
Se o ovócito não for fecundado, forma-se o corpo lúteo da menstruação, que alcança seu máximo desenvolvimento em 9 dias e começa a se retrair, até desaparecer no 1º dia. Ele se transforma no corpo albicans, uma cicatriz branca de tecido conjuntivo fibroso.
Se o ovócito for fecundado o corpo lúteo cresce de 2 a 3 vezes e mantém sua atividade durante o primeiro trimestre, por influencia do hCG, ou gonadotrofina coriônica humana. Além de esteroides, ele produz relaxina, que ajuda na flexibilidade do cérvix uterino. Depois disso, a placenta está estruturada e começa a produzir os hormônios.
Ciclo endometrial
As alterações na concentração de hormônios necessárias para os eventos nos ovários também tem efeito direto na parede do útero. Ele também possui 28 dias e vai do inicio de uma menstruação até o inicio da menstruação seguinte.
Fase menstrual (dias 1 a 4)
A menstruação se inicia no dia da hemorragia uterina, pela redução da produção de progesterona e a perca da camada funcional do endométrio. Depois de um dia de isquemia (falta de irrigação), ocorre a destruição das paredes das artérias espiraladas e o sangue escapa para o estroma. O sangue arrasta os restos necróticos da camada funcional do endométrio, preparado para uma suposta fecundação, que não ocorreu.
A irrigação da camada basal permanece inalterada. Depois da eliminação da camada funcional, o epitélio se regenera a partir dos fundos glandulares da camada basal.
Fase proliferativa, folicular ou estrogênica (dias 5 a 14)
O termo proliferativo da nomenclatura se refere às alterações da mucosa uterina, começando a proliferar após a perda da camada funcional. O termo folicular se refere ao desenvolvimento de folículos nos ovários, estes produzem estrogênio, que induzem a proliferação da mucosa endometrial.
A espessura da mucosa cresce de 1 a 3 mm, as glândulas tubulares retas crescem até a superfície e ocorre a reposição das artérias espiraladas.
Fase secretora, luteínica ou progestacional (dias 15 a 28)
Durante esta fase o endométrio aumenta ainda mais, até 6-7 mm, devido a ação da progesterona produzida no corpo lúteo. As glândulas se tornam mais sinuosas, com uma luz dilatada. O estroma torna-se edemaciado, provocando maior espessamento da mucosa. As artérias espiraladas terminam seu desenvolvimento e se tornam ainda mais espiraladas.
A fase secretora termina próxima ao dia 288, onde se inicia novamente a fase menstrual de um novo ciclo.
Se ocorrer a fecundação, a produção de hCG mantêm o endométrio, que irá ser local de implantação do embrião. Com a continua produção de esteroides, a menstruação não ocorre e cessam os ciclos endometriais.
niveis hormonais do ciclo reprodutivo feminino
órgãos masculinos da 
reprodução
O testículo é uma glândula par localizada no escroto e constituída por numerosos túbulos seminíferos, nos quais são produzidos os espermatozoides. Nas paredes dos túbulos localizam-se também as células sustentadoras de Sertoli. No interstício do testículo, encontram-se as células de Leydig, secretoras de testosterona.
Os espermatozoides seguem em direção a um tubo único, enrolado de maneira complexa, o epidídimo, em cujo interior estes gametas amadurecem e adquirem maturidade. Seguem então pelo túbulo deferente, que segue pelo canal inguinal e pela pelve, onde se associa com as vesículas seminais e formam o ducto ejaculador que desagua na uretra. Esta última sai da bexiga e possui as porções prostática, membranosa e esponjosa. Esta última cursa pelo interior do pênis, ladeada de tecido erétil esponjoso. A próstata é uma importante glândula acessória que adiciona sua secreção ao sêmen.
gametogênese
O espermatozoide e o ovócito são células altamente especializadas, haploides, formadas por meiose, que quando unidas formam o embrião. As primeiras células precursoras dos gametas são as células germinais primitivas, ou gonócitos, que aparecem no final da terceira semana de desenvolvimento embrionário, fora das gônadas, para em seguida, colonizá-las.
Uma vez lá, os gonócitos começam a proliferar, alcançando um número considerável. No ovário, as células sexuais aumentam vários milhões entre o 2º e o 5º mês, para em seguida diminuir progressivamente até a menopausa. Ao contrario, nos testículos, as células sexuais mantêm a capacidade de se dividir durante toda a vida.
meiose
Na gametogênese acontecem duas fases de divisão meiótica: a primeira é reducional, a segunda é equacional.
Na primeira divisão meiótica, (meiose I ou reducional), existe uma prófaseprolongada, durante a qual cromossomos homólogos se pareiam e trocam segmentos de DNA, processo esse conhecido como crossing-over, importante para aumentar a variabilidade genética. Durante a metáfase, os pares de cromossomos duplicam-se e se localizam no plano equatorial, para na anáfase se dirigirem cada um para um polo celular, por ação do fuso acromático. 
A segunda divisão meiótica (meiose II ou equacional) é similar à mitose. Na metáfase, as cromátides irmãs migram para cada lado da célula, mantendo-se haploide, mas reduzindo a quantidade de DNA. É importante lembrar que na meiose I, as células ficam com 23 cromossomos cada, mas com cromátides duplicadas.
ovogênese
Ao chegar nas gônadas, as células primitivas dividem-se e se diferenciam em ovogônias. As ovogônias, se proliferam e algumas se diferenciam em ovócitos primários, enquanto outras sofrem atresia. Os ovócitos primários rapidamente duplicam seu DNA e iniciam sua primeira divisão meiótica. Sua prófase é prolongada do período pré-natal até a puberdade. Ela permanece em fase de diplóteno indefinidamente, até ser estimulada.
O ovócito primário é rodeado de células pavimentosas do epitélio das gônadas, se tornando o folículo primordial. A maioria destas células se degenera ainda na infância.
As células que recobrem o ovócito se tornam cubicas e uma camada de glicoproteínas e glicosaminoglicanos é formada em volta do ovócito (zona pelúcida). Este é o folículo primário. As células foliculares então secretam fator inibidor de meiose. Por sua vez, fatores provenientes do ovócito influenciam a proliferação e a diferenciação das células foliculares.
Por influencia de hormônios, as células foliculares proliferam ativamente em aproximadamente dez folículos, formando a camada granulosa. Mais adiante, é formado um antro folicular entre as células da granulosa e se constitui o folículo secundário. Finalmente ele se transforma em folículo maduro, ou DeGraaf, que apresenta um antro proeminente e está circundado pela teca interna (vascularizada, secretora de esteroides) e pela teca externa (tecido conjuntivo denso). Apenas um folículo chega ao estágio de folículo maduro e é ovocitado, o restante não atinge a maturação e sofre atresia.
A maturação do folículo depende de LH e FSH. O FSH estimula a síntese de hormônios pela granulosa. O LH induz a produção de andrógenos pela teca interna, que se difundem para a granulosa para serem convertidos em estrogênios.
No folículo maduro, o ovócito completa sua primeira divisão meiótica, formando o ovócito secundário e o primeiro corpúsculo polar. O ovócito secundário começa sua segunda divisão meiótica, estacionando em metáfase, sendo então ovocitado, juntamente com seus envoltórios (cumulus oophorus). O resto do folículo permanece no ovário e forma o corpo lúteo.
Se houver fecundação, completa-se a segunda divisão meiótica do ovócito II, originando o óvulo e o secundo corpúsculo polar. 
espermatogênese
No começo da puberdade, os túbulos seminíferos iniciam a espermatogênese. O epitélio destes túbulos possuam espermatogônias tipos A e B (ambas 2n). as espermatogônias tipo A são células-tronco, que se dividem e se diferenciam em espermatogônias tipo B, estas sim se dividem e se diferenciam em espermatócitos primários. Estes duplicam seu DNA entram na primeira meiose, que dura entre 22 e 2 dias.
Completada a meiose I, o espermatócito primário dá origem a dos espermatócitos secundários, haploides, com o dobro de DNA. Eles entram quase simultaneamente em meiose II, que se completa em cerca de 8 horas. Cada espermatócito origina duas espermátides, que sofre diferenciação, com inúmeras alterações no citoplasma, tornando-se o espermatozoide. Este processo é chamado espermiogênese.
Durante a espermiogênese, o núcleo da espermátide reduz de tamanho, condensa seu material cromossômico, transforma seu aparelho de Golgi em acrossoma (vesícula digestiva), que migra para a cabeça do espermatozoide. O citoplasma desloca-se em direção oposta e ali forma o flagelo, ao redor das quais as mitocôndrias se organizam. O citoplasma excedente é fagocitado pelas células de Sertoli. Após 64 dias, forma-se o espermatozoide.
Além das espermatogônias, no epitélio dos túbulos seminíferos são encontradas as células de Sertoli, que dão suporte físico, estrutural e metabólico para os gametas em formação, além de criarem uma barreira hematotesticular que impede respostas imunes contra os espermatozoides.
fecundação
A fecundação é um processo no qual a junção dos gametas dará origem ao zigoto, uma célula pluripotente, diploide, que dará origem ao novo organismo. Ela determina o complemento cromossômico, ou seja, as características herdadas, e o sexo cromossômico.
transporte dos gametas
De um total que varia entre 40 e 280 milhões de espermatozoides que ingressam no sistema reprodutor feminino após a ejaculação, apenas 25 milhões são férteis. Deste, somente 200 alcançarão a ampola da tuba, onde ocorrerá a fecundação. Os espermatozoides são liberados no sêmen, composto por ácido cítrico, fosfatase ácida, zinco, magnésio, frutose (nutrição dos espermatozoides) e prostalglandinas, advindos da próstata e das glândulas seminais.
A primeira barreira a ser transposta é a do pH vaginal, que matariam os espermatozoides. Para isso, o liquido seminal possui um pH entre 7,2 e 7,8, que protege os gametas, além disso, durante a cópula, há uma alteração no pH vaginal, tornando a passagem de espermatozoides possível.
O muco cervical é outra barreira a ser transposta. Alguns espermatozoides conseguem vencer esta barreira entre 5 e 30 min, por ajuda de mudanças na pressão intravaginal, que gera um efeito de aspiração. A segunda onda de ingresso ocorre entre 2 e 4 dias, por ação apenas da motilidade dos espermatozoides. Além disso, pouco antes da ovocitação, o muco se torna mais fluido e facilmente penetrável. Após a ovocitação, o muco volta a se espessar, por ação da progesterona.
capacitação
Para que o espermatozoide consiga penetrar a corona radiata, ele precisa sofrer um processo chamado capacitação, que ocorre por uma interação entre o espermatozoide e as células da tuba uterina. Primeiramente ocorre a captação e remoção de colesterol da membrana plasmática, tornando-a mais flexível. Além disso, ocorre uma modificação nas proteínas e carboidratos da membrana, que permite o reconhecimento do espermatozoide pela zona pelúcida. Além disso, a polarização da membrana é modificada, o que facilitaria a abertura de canais de Ca++, que ativaria cAMP e facilitaria e fusão das membranas.
Este período pode levar até 6 dias, nos quais o espermatozoide fica circulando pelo sistema reprodutor feminino.
zona pelúcida
Compreende uma matriz extracelular entre a membrana plasmática do ovócito e a corona radiata, formada por um complexo de glicoproteínas secretadas pelo ovócito, que tem como função o reconhecimento e aceitação do espermatozoide, além de formar uma barreira que impede a polispermia, lacrando o óvulo após a fecundação.
uma série de experiências foram feiras para permitir o isolamento de três glicoproteínas importantes na zona pelúcida, ZP1, ZP2 e ZP3. Elas formam uma trama tridimensional na qual a ZP3 atua como meio receptor, permitindo a união do espermatozoide e induzindo alterações em sua cabeça. A ZP2 atua logo em seguida, modificando as condições na zona pelúcida e impedindo a entrada de outro espermatozoide. Já a ZP1 aparentemente é a responsável por estabelecer pontes entre as cadeias formadas por ZP2 e ZP3.
A ZP3 atua como uma barreira inespecífica para impedir a fecundação do óvulo por um espermatozoide de outra espécie.
reação acrossômica
Depois do reconhecimento do espermatozoide, este é unido à zona pelúcida, então a reação acrossômica é induzida. Para isso, ocorre uma abertura nos canais de Ca++, que entra nas células. Simultaneamente, ocorre um influxo de Na+ e saída de H+, que aumenta o pH intracelular do gameta, fundindo a membrana externa do acrossomo à membrana do espermatozoide. As enzimas digestivas do acrossomo entãosão liberadas, o que facilita a passagem do gameta. Finalizada a reação, a membrana acrossômica passa a ser a membrana externa do espermatozoide.
Por esta membrana, o espermatozoide une-se ao ovócito, numa região chamada cone de fertilização, onde microvilosidades do ovócito revestem o espermatozoide. Então, um grupo de proteínas da membrana acrossômicas chamadas fertilinas unem os gametas, iniciando o processo de fusão.
Uma vez ocorrida a fusão entre as membranas, o restante de espermatozoide é incorporado ao citoplasma do ovócito.
reação cortical
É a responsável pelo bloqueio à polispermia. Uma vez realizado o contato do espermatozoide com o ovócito, vesículas sob a membrana plasmática do ovócito liberam enzimas hidrolíticas e polissacarídeos, que, ao alcançarem o espaço extracelular se hidratam e produzem a reação zonal, na qual separam a zona pelúcida da membrana, além de modificarem as glicoproteínas ZP2 e ZP3, impedindo o reconhecimento de novos espermatozoides. Esta reação também ocorre pelo influxo de Ca++, só que no ovócito, criando uma onda que começa no local de entrada do espermatozoide, e se propaga por toda a membrana.
Então, o ovócito secundário retoma a meiose II, formando duas células haploides: o zigoto e o segundo corpúsculo polar. No citoplasma do zigoto se encontram dois pró-núcleos, um feminino e um masculino.
Primeira semana
A célula ovo mostra um amplo citoplasma, com os pró-núcleos, agora muito semelhantes, eles se aproximam se fundem, perdendo seus envoltórios e se mesclando. Os cromossomos se duplicam e são alinhados pelo fuso acromático, formado pela duplicação dos centríolos paternos. Em seguida, as cromátides se separam e a mitose termina, cerca de 30 horas depois da fecundação. As células filhas, ou blastômeros, são diploides e começam a sofrer mitoses sucessivas, em planos de clivagem completos.
O zigoto ainda é acompanhado pela zona pelúcida e, apesar das divisões, mantém o mesmo tamanho. Cerca de 40 horas depois, o embrião tem blastômeros, formando a mórula.
A partir de 8 blastômeros, ocorre a compactação, no qual eles aderem fortemente entre si, adquirindo uma forma esférica. Se iniciam também o desenvolvimento das especializações de membrana: nos blastômeros periféricos são formados zonas de oclusão e desmossomas, enquanto mais profundamente aparecem as junções GAP.
Quando penetra na cavidade uterina, a mórula conta com 12 a 16 blastômeros, e tem 72 horas de evolução depois da fecundação.
Uma vez dentro do útero, suas células secretam líquido, o que leva à formação de uma cavidade em seu interior, formando a blástula, ou blastocisto. Esta estrutura é composta por uma camada de células periférica, o trofoblasto, e um aglomerado interno, o embrioblasto, e uma cavidade, a blastocele. Nesta fase a zona pelúcida começa a desaparecer.
Com 5 dias, as células do trofoblasto se achataram. O embrioblasto proliferou e a zona pelúcida se degenerou completamente, isso permite o crescimento rápido do embrião, que vaga pelo útero e se alimenta das secreções das glândulas uterinas.
Com 6 dias, ocorre a nidação do embrião, que adere ao epitélio endometrial prolifera rapidamente e o trofoblasto se diferencia em cititrofoblasto, uma camada externa, e o sinciciotrofoblasto, uma massa externa, sem limites celulares, que coloniza o endométrio uterino.
No fim da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio, e obtém sua nutrição dos tecidos maternos erodidos pelo sinciciotrofoblasto. Este se expande rapidamente pelo pólo embrionário, produzindo enzimas que erodem o tecido materno. É importante ressaltar que as células maternas sofrem a chamada reação decidual, tendo sua morte programada para facilitar a implantação do embrião. O hipoblasto surge do embrioblasto voltado para a cavidade blastocística (antiga blastocele).
Segunda semana
Com a progressão da implantação, aparece um pequeno espaço no embrioblasto, o início da cavidade amniótica. Assim, é possível encontrar o âmnio, o epiblasto e o hipoblasto (derivados do embrioblasto).
A cavidade blastocística se tornará o saco vitelino primitivo, e suas células do endoderma formam o mesoderma extraembrionário.
Logo em seguida, é possível perceber a formação de lacunas no sinciciotrofoblasto, que se tornam preenchidas por sangue materno e restos de glândulas erodidas. Estas se tornam o material nutritivo do embrião.
A comunicação dos capilares rompidos com as lacunas estabelece a circulação uteroplacentária primitiva.
No 10º dia, o embrião está completamente implantado no endométrio. Por dois dias, é formado um tampão sanguíneo, que depois fecha totalmente o espaço por onde o embrião se implantou.
Com 12 dias. As lacunas sinciciotrofoblásticas se fundem, formando redes lacunares, que são os primórdios dos espaços intervilosos da placenta. O embrião com 12 dias forma uma pequena elevação que se projeta na luz uterina.
Enquanto isso, o mesoderma extraembrionário cresce, formando espaços celômicos extraembrionários isolados, que se fundem formando um grande celoma. Com isso, o saco vitelino reduz de tamanho, sendo formado por células endodérmicas extraembrionárias que migram do hipoblasto.
No fim da segunda semana, surgem as microvilosidades coriônicas primarias, que são o primeiro estágio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta.
O celoma divide o mesoderma extraembrionário em somático (que reveste o trofoblasto e o âmnio) e esplâncnico (que envolve o saco vitelino).
O mesoderma somático e o trofoblasto formam o córion, a parte embrionária da placenta. O celoma extraembrionário é chamado de cavidade coriônica e o embrião está suspenso nesta cavidade, se unindo ao córion pelo pedúnculo do embrião.
Com 14 dias, o disco embrionário ainda é bilaminar, mas as células hipoblásticas são colunares e formam uma área circular espessa (placa pré-cordal).
terceira semana
Na terceira semana ocorre um processo chamado gastrulação, no qual são formadas três camadas germinativas, e já é definida a orientação axial.
A gastrulação se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto. Durante este período, o embrião é chamado de gástrula. Cada um dos folhetos dará origem a diferentes órgãos:
 O ectoderma embrionário: epiderme, SNC, SNP, olho, orelha interna e tecidos conjuntivos da cabeça (crista neural).
O endoderma embrionário: revestimento das vias respiratórias e gastrointestinais, glândulas e órgãos associados.
O mesoderma embrionário: todos os músculos esqueléticos, células e vasos sanguíneos, músculos lisos, revestimentos serosos, ductos e órgãos do sistema reprodutor, secretor, e grande parte do cardiovascular. Todos os tecidos conjuntivos do tronco.
Linha primitiva
O primeiro sinal da gastrulação é o aparecimento da linha primitiva, formada por um espessamento do epiblasto. Enquanto ocorre o alongamento da linha, surge o nó primitivo em sua extremidade cranial. Concomitantemente, surge o sulco primitivo na linha primitiva e a fosseta primitiva no nó primitivo, resultados da invaginação das células epiblásticas.
Esta invaginação formam o mesênquima, um tecido formado por células ameboides e fagocíticas, suspensos em uma matriz gelatinosa. Além disso, a invaginação forma o endoderma embrionário, formado por células que ocupam a região do hipoblasto. As células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma embrionário.
A linha primitiva normalmente desaparece no fim da quarta semana, caso isso não ocorra, ela pode dar origem ao teratoma sacrococcígeo, um tumor.
Notocorda
Algumas células mesenquimais migram cefalicamente e formam um cordão mediano, o processo notocordal. O processo cresce cefalicamente no mesoderma, até alcançar a placa pré-cordal (preceptora da membrana bucofaríngea).
Na membrana cloacal (futuro ânus – caudalmente) e na membrana bucofaríngea (cefalicamente), o disco embrionário permanece bilaminar, pois nestes locais o ectoderma e o endoderma estão fundido. O processo notocordal une o endoderma e o ectoderma.
O processo notocordalse alonga pela invaginação de células da fosseta primitiva, esta se alonga para dentro do processo notocordal, formando o canal notocordal, um tubo celular com luz.
O assoalho do canal notocordal se funde com o endoderma embrionário e estas camadas sofrem uma degeneração gradual, formando uma comunicação do canal notocordal com o saco vitelino.
As aberturas se fundem, e o remanescente do processo notocordal forma a placa notocordal. Da região cefálica, as células da notocordal proliferam e a placa se dobra, formando a notocorda. A notocorda se separa do endoderma, que se torna uma camada contínua novamente.
A notocorda vai da membrana bucofaríngea ao nó primitivo, se degenerando com a formação dos corpos vertebrais, mas se mantendo como núcleo pulposo.
Alantoide
Surge por volta do 16º dia, como uma pequena evaginação da parede caudal do saco vitelino. Ele permanece pequeno, mas seu mesoderma forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta. Sua parte proximal persiste com úraco, uma linha que vai da bexiga à região umbilical. Este se regenera no ligamento umbilical mediano.
Neurulação
Com o desenvolvimento da notocorda, o ectoderma acima dela se espessa, formando a placa neural. Ela aparece cefalicamente ao nó primitivo e dorsalmente à notocorda. Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea, ultrapassando a notocorda.
Por volta do 18º dia, a placa neural se invagina formando o sulco renal, com pregas neurais em ambos os lados. As pregas renais começam a se aproximar e se fundir, convertendo a placa neural em tubo renal. Na região cefálica, as pregas se tornam mais proeminentes, mostrando sinais do desenvolvimento encefálico.
O tubo neural se separa do ectoderma, assim que as pregas se encontram. Durante este processo, algumas células das pregas formam uma massa chata irregular, a crista neural, que também se separa do ectoderma e migram para os lados do tubo neural, originando os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinais. Além disso, também contribuem para formar células de Schwann, células pigmentares, da medula adrenal, além de vários componentes musculares e esqueléticos da cabeça. 
somitos
Próximo ao nó primitivo, uma porção de mesoderma paraxial aparece e gradualmente se adelgaça. Próximo ao fim da terceira semana, este mesoderma diferencia-se e começa a dividir-se cefalocaudalmente em pares de corpos cuboides, os somitos. Ao longo das semanas eles aumentam em número e tamanho, destacando-se na superfície do embrião e sendo usado para determinar a idade do embrião. Dão origem à maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados, assim como a pele adjacente. 
celoma intraembrionário
Surge pela confluência de espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e cardiogênico. Estes espaços coalescem formando o celoma, em forma de ferradura, o que divide o mesoderma lateral em:
Camada parietal (somatopleura), adjacente ao ectoderma, responsável por formar a parede do corpo do embrião.
Camada visceral (esplâncnopleura), adjacente ao endoderma, responsável pela formação das vísceras.
Durante o segundo mês, o celoma está dividido em cavidades pericárdica, pleurais e peritoneal.
vilosidades coriônicas
No início da terceira semana, o mesênquima penetra as vilosidades primárias, formando um eixo de tecido mesenquimal, criando as vilosidades secundárias. Quando o mesênquima se diferencia em vasos sanguíneos, elas se tornam vilosidades terciárias. Os capilares fundem-se, formando redes arteriocapilares que utilizam o coração primitivo a partir do 21º dia para bombear oxigênio e nutrientes captados do sangue materno pelo espaço interviloso.
Ao mesmo tempo, células do citotrofoblasto proliferam através do sinciciotrofoblasto, formando uma capa citotrofoblástica, que envolve o saco coriônico e o prende ao endométrio.
Quarta semana
No inicio da quarta semana, é possível perceber o início da formação do tubo neural pela parte média, mas a presença de pregas neurais, nos neuroporos anterior e posterior. O nó de Hensen (ou nó primitivo) e a linha primitiva sofrem regressão, mas ainda existe invaginação de células nesta região.
O período somítico ocorre entre o 20º e o 30º dia, enquanto ocorre o aparecimento de somitos. Concomitantemente, o embrião sofre um pregueamento cefalocaudal e dorsoventral, que torna o embrião, antes plano, em cilíndrico.
Pelo pregueamento, diversas mudanças ocorrem no embrião, existe uma região cefálica proeminente, onde se notam as pregas neurais e o neuroporo quase fechado. Lateralmente aparecem dois arcos braquiais, separados pelo primeiro sulco braquial. A eminencia cardíaca se tornou ventral. O saco vitelino sofre uma constrição progressiva, apesar de ainda se comunicar com o intestino primitivo. Na região caudal, o neuroporo se fecha aproximadamente nesta idade.
Com 28 dias, o embrião mede cerca de 5 mm, conta com aproximadamente 30 somitos. Houve um crescimento da região cefálica, o aparecimento de mais um arco braquial, separado por outra fenda braquial, além doa primórdios do olho (placóide do cristalino) e do ouvido (vesícula ótica). A eminencia cardioepática se sobressai por um rápido crescimento destes órgãos, o cordão umbilical ainda é grosso. A cauda ainda é bastante proeminente e os membros apenas se insinuam.
O cordão umbilical é composto pelo pedículo embrionário, formado pelos vasos umbilicais e o alantoide, e pelo pedículo vitelino, formado pelos vasos vitelinos e a comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelino.
No fim da quarta semana é possível observar um estreitamento da conexão do embrião com seus anexos, na região ventral. O intestino primitivo está um pouco mais desenvolvido e apresenta uma porção anterior (fechada pela membrana bucofaríngea), uma média (unida ao saco vitelino) e uma posterior (fechada pela membrana cloacal).
O ectoderma reveste o embrião e o primórdio do coração se situa ventralmente. A cavidade amniótica é ampla e cheia de líquidos, o celoma extraembrionário se reduz e terminará por desaparecer. O córion se desenvolve consideravelmente na zona de implantação, formando o córion frondoso, nas outras regiões, as vilosidades involuem, formando o córion liso.
quinta a oitava semanas
No final da 5ª semana, o embrião mede cerca de 8mm, sua cabeça cresce em maior proporção, devido o rápido desenvolvimento do cérebro. Sua face está em plena formação, devido a fusão dos arcos braquiais. Devido o encurvamento, a face está em contato com a saliência cardioepática. Já estão presentes os primórdios dos olhos e ouvidos, e há cerca de 42 a 44 pares de somitos bem evidentes.
Os brotamentos dos membros estão bem desenvolvidos, apesar deste desenvolvimento ser maior nos membros superiores. A porção distal deles se torna plana, dando início à formação das mãos e pés. A cauda ainda é proeminente, o cordão umbilical se insere, sendo formado pela união dos dois pedículos. Ao genitais externos são indiferenciados.
No final da 6ª semana, o embrião terá 12 mm, a cabeça continua em maior proporção e a face segue sua evolução. A retina já começa a apresentar pigmentação. O primórdio do pavilhão auricular começa entre as saliências formadas entre os dois primeiros arcos braquiais. Há o início da separação dos dedos das mãos, e os pulsos e cotovelos já podem ser identificados. Há uma redução na nitidez dos somitos, inicia-se a formação da hérnia umbilical fisiológica (devido a penetração de alças intestinais no celoma do cordão umbilical. Movimentos nos membros já podem ser identificados.
O embrião de 7 semanas tem características indiscutivelmente humanas, sem cauda, com menor inclinação da cabeça e maior separação entre tronco e pescoço. Os somitos começam a desaparecer. As orelhas se apresentam baixas, a face começa a apresentar suas características finais, os membros se alongam e começam a apresentar flexões. Os dedos das mãos, e agora dos pés, apresentam uma maior separação.
Com 8 semanas e cerca de 30 mm, a cabeça continua sendo proeminente,caracterizando quase metade do tamanho do embrião. A face é larga e pequena em relação ao crânio. Os olhos estão bem separados, as pálpebras são mais notadas e se unem. A implantação da orelha continua baixa. Os dedos se separam totalmente.
Mesmo com aparelho reprodutor diferenciado, ainda não há diferenciação das genitálias externas. A membrana anal está perfurada, mas a hérnia umbilical persiste.
Período fetal
O período fetal corresponde ao momento desde o final da terceira semana até o nascimento. É caracterizado pela maturação dos tecidos, órgãos e sistemas que aperfeiçoam sua morfologia e função. Além disso, ocorre um crescimento acelerado do corpo.
A morfogênese do corpo não está completa no nascimento, alguns sistemas podem terminar sua maturação depois do nascimento, como o aparelho reprodutor e o nascimento de novos alvéolos pulmonares até os 10 anos.
Com 11 semanas, a hérnia umbilical fisiológica desaparece e o intestino volta ao abdome.
Até a 12ª semana, a face do feto é larga, a implantação das orelhas é baixa, e suas pálpebras são fusionadas. O tamanho da cabeça é pouco maior que um terço da altura do feto, os membros superiores quase alcançaram seu tamanho relativo final. Já é possível perceber uma diferença nas genitálias externas e os centros de ossificação primária começam a surgir.
Ao final da 12ª semana, a eritropoiese diminui no fígado e começa no baço. O feto começa a produzir urina e ter pequenos movimentos durante o terceiro mês.
Até a 14ª semana, os membros já possuem movimentos coordenados. A partir da 16ª a cabeça começa a ter seu tamanho proporcional diminuído, as orelhas ocupam quase a posição final e os olhos são mais frontais, com pálpebras definidas.
Durante o 5º mês, os membros alcanças seu comprimento proporcional final, o feto está coberto por vérnix caseoso, uma substância gordurosa que protege a pele do feto contra ressecamento. Até a 20ª semana o feto apresenta uma fina pelagem chamada lanugo, e já possui cabelos na cabeça. A gordura parda, termogênica, começa a ser formada na base do pescoço, por trás do esterno e ao redor dos rins. No fim do quinto mês os testículos começam a descer da bolsa escrotal. A mãe já começa a sentir os movimentos do feto.
Durante o 6º mês, o peso do feto aumenta consideravelmente, a pele é fina, enrugada e avermelhada.
Durante o 7º mês, o feto abre os olhos. Seus órgãos e sistemas estão maduros o suficiente para que ele sobreviva em caso de nascimento precoce, apesar de precisar de cuidados intensivos. Até a 28ª semana, a eritropoiese no baço termina e a medula óssea passa a ser a principal formadora de hemácias.
Durante o 8º mês, ocorre uma deposição de gordura subcutânea que apaga as rugas da pele e arredonda a forma dos membros. Na 30ª semana iniciam-se os reflexos pupilares.
Nas últimas semanas de gravidez os movimentos do feto são vigorosos. O feto nasce quase sem o lanugo, mas ainda com o vérnix caseoso. Os testículos ocupam sua posição normal. na gestação a termo o feto nasce com aproximadamente 3 Kg e mede cerca de 50 cm.
A duração da gestação pode ser de 40 semanas (280 dias), a partir do dia da última menstruação, ou 38 semanas (266 dias), depois da fecundação.
anexos embrionários
âmnio
É o nome dado ao revestimento da cavidade amniótica, que aparece aproximadamente no 7º dia e completa sua evolução aos 3 meses.
Está inicialmente aderido à bolsa do disco embrionário, e acaba formando um anel na região do futuro cordão umbilical no momento do pregueamento. Mais adiante, reveste a face interna da placenta, ficando fixado ao córion liso para formar a membrana amniocoriônica.
A cavidade amniótica contém o líquido amniótico, um líquido transparente, que protege o embrião de choques mecânicos, permite a movimentação do feto, e ajuda na formação das cavidades fetais ao ser deglutido.
O feto oligoidrâmnio possui escassez de líquido amniótico, condição normalmente associada à agenesia renal. Já o feto polidrâmnio possui excesso de líquido, condição associada a anomalias congênitas, como a anencefalia.
saco vitelino
É formado a partir do hipoblasto e do endoderma extraembrionário por volta dos dias 12 e 13. Quando o embrião sofre dobramento, ele se estrangula e parte dele fica incorporado ao embrião, formando o intestino primitivo. O restante forma uma vesícula que se comunica com este intestino. Mais adiante, esta estrutura se desprende e fica localizada num recesso do celoma extraembrionário. O tecido que envolve o saco vitelino dá origem às células primitivas do sangue. neste tecido também se desenvolvem as células germinativas, que migram para as gônadas.
alantoide
É uma evaginação endodérmica da parte caudal do intestino primitivo, e aparece por volta do 17º dia. Se localiza na parte proximal do pedículo de fixação, circundado por mesoderma extraembrionário. Ele se fibrosa e forma um cordão fibroso chamado úraco, que vai da bexiga ao umbigo. Supõem-se que induza a formação de vasos no cordão umbilical.
cordão umbilical
É formado quando, pelo dobramento do embrião, o pedículo de fixação e o pedículo vitelino se aproximam e se fundem. Ele se forma na 10ª semana.
Com 4 semanas, o âmnio forma o revestimento externo, o pedículo embrionário é formado pelas artérias e veias umbilicais e o alantoide, e o pedículo vitelino é formado pelas artérias e veias vitelinas e o ducto vitelino. Na 10ª semana, os pedículos estão fundidos, só existem duas artérias e uma veia umbilical, persistem os vasos vitelinos e o celoma umbilical e o ducto vitelino se reduziram. Num feto a termo persistem duas artérias e uma veia umbilical envoltas na geleia de Wharton, um tecido conjuntivo mucoso, derivado do mesoderma extraembrionário.
Num recém nascido, o cordão mede cerca de 50 cm de comprimento e 2 cm de diâmetro. É tortuoso e apresenta elevações chamadas falsos nós. Os nós verdadeiros podem causar sofrimento fetal.
placenta
É um órgão temporário, formado pela união de tecido extraembrionário (placa coriônica) e tecido materno (placa decidual).
Seu desenvolvimento é dividido em:
Período pré-lacunar – o sinciciotrofoblasto erode o endométrio (6-7 dias)
Período lacunar – formação de lacunas no sinciciotrofoblasto (9 dias)
Período pré-viloso – lacunas se comunicam com sinusóides maternos (11 dias)
Período viloso
Vilosidades primárias – colunas de citotrofoblasto cobertas por sinciciotrofoblasto
Vilosidades secundárias – sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto e mesoderma extraembrionário.
Vilosidades terciárias – início da formação de vasos no mesoderma
Córion frondoso e córion liso – nas primeiras semanas, as vilosidades cobrem toda a placenta, em seguida, se desenvolvem mais na região de implantação do embrião (córion frondoso) e involuem no restante do córion (córion liso).
Placenta madura
Componente fetal – compreende a placa coriônica, revestida internamente pelo âmnio, com vasos grossos (vasos coriônicos) e com a implantação do cordão umbilical.
Componente materno – compreende a decídua basal do endométrio, com septos deciduais que dividem a placenta em 25 a 335 cotilédones, ou zonas ocupadas por uma vilosidade central e suas ramificações. Entre os septos são formados espaços intervilosos ocupados por sangue materno.
circulação uteroplacentária
O sangue venoso do feto chega à placenta pelas duas artérias umbilicais, onde são realizadas as trocas gasosas e de metabólitos e retorna para o feto pela veia umbilical.
Barreira ou membrana placentária
O citotrofoblasto forma, no segundo mês de gestação, um revestimento interno ao sinciciotrofoblasto, que impede a mistura de sangue materno e fetal. 
fisiologia placentária
As funções da placenta incluem função respiratória (trocas gasosas), digestiva (nutrição), urinária (excreção), imune (passagem de anticorpos), metabólica (síntese de glicogênio) e endócrina (secreção de hCG, estrogênios, progesterona, somatotrofina coriônica com ação semelhante à prolactina, TSH e ACTH).
gestações múltiplas
Nas gestações múltiplas, as membranas fetais tem diferentes configurações,segunda a origem e o momento de formação dos gêmeos.
Nas gestações duplas, os gêmeos podem ser dizigóticos, quando se originam de dois ovócitos fecundados, e monozigóticos, quando o fazem de um único ovócito.
gêmeos dizigóticos
Os gêmeos fraternos representam dois terços dos partos gemelares e podem ser do mesmo sexo ou de sexos diferentes.
Dois ovócitos são fecundados e cada um deles dá origem a seu próprio embrião e anexos. Todavia, se a nidação ocorrer em ligares muito próximos, pode existir a fusão dos sacos coriônicos e de suas placentas.
gêmeos monozigóticos
São resultantes da fecundação de um único ovócito. Possuem o mesmo sexo e são geneticamente idênticos. Na situação mais frequente, desenvolvem-se dois embrioblastos em um mesmo blastocisto, formando gêmeos que compartilham a placenta, mas não o mesmo âmnio.
Em casos pouco habituais, durante a segmentação, os dois embrioblasto se separam, assim, cada embrião se desenvolve como um gêmeo dizigótico.
Além disso, os gêmeos podem surgir de um mesmo embrioblasto, sendo que o disco embrionário se duplica, formando gêmeos que dividem a placenta e o âmnio.
Por último, existem gêmeos nos quais os embrioblastos não se separam completamente, e os gêmeos formados são fundidos, ou siameses. Eles podem ser toracópagos, quando fundidos pelo tórax, craniópagos (crânio), pigópagos (nádegas) ou formados por combinações destas partes. Além disso, podem ocorrer duplicidade (fusão de partes superiores e inferiores), gêmeos fundidos desiguais e outras variações.

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