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Exercícios - TSP II

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1 – Quais são as três definições que Freud dá para a psicanálise? Explique resumidamente o que cada definição significa.
R: Freud define a psicanálise como: 1 – um método de investigação de processos mentais quase inacessíveis de outra maneira; 2 – um método de tratamento, baseado na investigação, para o tratamento de neuroses; 3 – a coleção de informações obtidas na investigação e no tratamento, que se acumulam em uma nova ciência. 
2 – Explique como funcionava o método hipno-catártico e quais descobertas foram realizadas através deste método.
R: O método hipno-catártico era possível colocando o paciente sob hipnose profunda e abria-se o caminho à consciência e havia a descarga do afeto que havia sido estrangulado por causa de um trauma psíquico. Descobriu-se por esse método que os sintomas histéricos possuíam um sentido, e que esse sentido era que os sintomas substituíam um ato mental normal, ou seja, uma lembrança ou reminiscência (do acontecimento traumático). Esse evento traumático fez com que surgisse um afeto que não pode ser “descarregado” no momento em que surgiu, e por isso ficou “estrangulado” e transbordou para a inervação somática, causando o sintoma conversivo (paralisias motoras, cegueira histérica, etc). 
3 – Por que Freud abandonou o método hipno-catártico? Explique como funciona o método que o substitui.
R: Freud abandona o método hipno-catártico porque o sucesso desse tratamento era inteiramente dependente da relação do paciente com o terapeuta, similar ao efeito de “sugestão”. Além disso, poucas pessoas podiam ser colocadas em hipnose profunda. O método que substitui é o da associação livre, no qual o paciente tem que observar sua própria consciência e relatar honestamente quaisquer pensamentos ou ideia que apareça na sua mente, mesmo que seja desagradável, absurda, sem importância ou irrelevante. As ideias que provocam essas reações que tem valor para a descoberta do material esquecido. 
4 – Como o psicanalista faz suas interpretações?
R: O analista deve manter um estado de atenção imparcialmente suspensa, evitando uma reflexão e construção de expectativas conscientes e não fixar especificamente na memória. As associações do paciente surgem como alusões a um tema específico, e o analista deve adiantar um passo a fim de adivinha o material que estava oculto ao próprio paciente e comunicar a ele. Esse trabalho de interpretação não pode ser submetido a regras estritas e depende do tato e perícia do psicanalista. 
5 – Que outros fenômenos também podem ser interpretados pela psicanálise? Explique como isso funciona a partir da dinâmica psíquica pressuposta pela psicanálise.
R: Além dos sintomas, a psicanálise pode analisar fenômenos psíquicos normais como sonhos, atos fortuitos (ou falhos) e chistes (piadas). Com isso, o âmbito do determinismo mental ampliou-se, aproximou os fenômenos patológicos dos normais e compreendeu-se o jogo de forças mentais que existem por trás desses fenômenos. Essa dinâmica na formação desses fenômenos é uma luta entre duas tendências, uma inconsciente, recalcada e se esforçando por satisfação, isto é, a realização de um desejo, enquanto a outra pertence ao ego consciente, é desaprovadora e repressiva. O resultado desse conflito é uma formação conciliatória no qual ambas as tendências encontram expressão incompleta. 
6 – Com base no texto “Os dois princípios do funcionamento psíquico”, descreva a característica dos processos psíquicos inconscientes.
R: Os processos mentais inconscientes são os processos mais antigos, primários, resíduos de uma fase do desenvolvimento em que eram o único tipo de processo mental. Eles obedecem ao princípio do prazer-desprazer, então esforçam-se por alcançar prazer e a atividade psíquica afasta-se de qualquer evento que possa despertar desprazer (recalque ou repressão). 
7 – Como o princípio de realidade surge e que adaptações e modificações acontecem com o aparelho psíquico?
R: O princípio de realidade surge quando o estado de repouso psíquico é perturbado pelas exigências das necessidades internas. O princípio de prazer apresenta a satisfação de maneira alucinatório. Quando esta satisfação alucinatória não satisfaz, o aparelho psíquico decide formar uma concepção das circunstâncias reais do mundo externo e empenha-se em fazer uma alteração real. Esse novo princípio começa a apresentar na mente não somente o que é agradável, mas o real mesmo que fosse desagradável. A realidade externa passa a ter maior significado, o que faz aumentar também a importância dos órgãos sensoriais e a consciência a eles ligada. A consciência aprende a abranger qualidades sensoriais além das qualidades de prazer desprazer. Surge a atenção, que periodicamente pesquisa o mundo externo, para conhecer seus dados caso surja uma necessidade urgente. Cria-se um sistema de notação, para registrar essas informações obtidas pela atenção, ou seja, a memória. Em lugar do recalque, que excluía as representações que causavam desprazer, surge o juízo imparcial, que determina se a ideia é verdadeira ou falsa de acordo com a realidade. A descarga motora, que antes só servia para aliviar o aparelho psíquico da sobrecarga de estímulos, agora serve para modificar a realidade na forma da ação. Cria-se também a o processo do pensar, que torna possível tolerar o aumento da tensão, enquanto a descarga da tensão ou a ação eram adiadas.Uma das formas de atividade do pensamento foi separada do princípio de realidade e permanece subordinada ao princípio do prazer: o fantasiar e o devaneio. 
8 – Qual a diferença no desenvolvimento das pulsões do ego e das pulsões sexuais em relação a passagem de um princípio para o outro?
R: A substituição do princípio de prazer pelo principio de realidade não efetua simultaneamente nas pulsões do ego e nas pulsões sexuais. As pulsões sexuais comportam-se auto-eroticamente a princípio; obtêm sua satisfação do próprio corpo do indivíduo e, portanto, não se encontram na situação de frustração que forçou a instituição do princípio de realidade. Quando, posteriormente, começa o processo de encontrar um objeto, ele é logo interrompido pelo longo período de latência que retarda o desenvolvimento sexual até a puberdade. Estes dois fatores – auto-erotismo e período de latência – ocasionam que a pulsão sexual seja detido em seu desenvolvimento psíquico e permaneça muito mais tempo sob o domínio do princípio de prazer.
9 – Como Freud explica o surgimento de fenômenos sociais e culturais, como a arte, a ciência, a religião e a educação em relação à substituição de um princípio pelo outro?
R: A substituição do princípio de prazer pelo princípio de realidade não implica a deposição daquele, mas apenas sua proteção. Um prazer momentâneo, incerto quanto a seus resultados, é abandonado, mas apenas a fim de ganhar mais tarde, ao longo do novo caminho, um prazer seguro. Mas a impressão endopsíquica causada por esta substituição foi tão poderosa que se reflete no mito religioso da recompensa noutra vida pela renúncia dos prazeres terrenos. As religiões puderam efetuar uma renúncia completa do prazer na vida, adiante a promessa de compensação numa existência futura, que é uma projeção mítica da substituição do princípio de prazer pelo de realidade; mas não realizaram, por este meio, uma conquista do princípio de prazer. É a ciência que chega mais perto de obter êxito nessa conquista; ela, contudo, também oferece prazer intelectual durante seu trabalho e promete um lucro prático ao final. A educação pode ser descrita como um incentivo para a conquista do princípio de prazer pela princípio da realidade. Para este fim, utiliza uma oferta de amor dos educadores como recompensa. A arte ocasiona uma reconciliação entre os dois princípios, pois o artista se afasta da realidade, porque não pode concordar com a renúncia à satisfação pulsional que ela a princípio exige, mas encontra o caminho de volta deste mundo de fantasia para a realidade, fazendo uso de dons especiais que transformam suas fantasias em verdades de um novo tipo, que são as obras dearte. 
10 – Qual a conclusão que se chega em relação à importância da realidade externa em relação aos conteúdos psíquicos inconscientes?
R: A característica mais estranha dos processos inconscientes recalcados é seu inteiro desprezo pelo teste de realidade; eles equiparam a realidade do pensamento com a realidade externa e os desejos com sua realização – com o fato – tal como acontece automaticamente sob o domínio do antigo princípio de prazer. Daí também a dificuldade de distinguir fantasias inconscientes de lembranças que se tornaram inconscientes. Mas não devemos aplicar os padrões da realidade a estruturas psíquicas recalcadas e, talvez por causa disso, a menosprezar a importância das fantasias na formação dos sintomas, sob o pretexto de elas não serem realidades, ou a remontar um sentimento neurótico de culpa a alguma outra fonte, por não haver provas de que qualquer crime real tenha sido cometido. 
	
	Psicologia

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