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OOAABB -- 11ªª FFAASSEE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo: 
Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Penal, Direito Processual Penal, 
Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito 
Empresarial, Direito do Consumidor, Direito Internacional, Direito do Trabalho, 
Processo do Trabalho, Direito Ambiental, Estatuto da Criança e do Adolescente e 
Ética e Estatuto da OAB. 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a 
preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A 
utilização com fins comerciais é terminantemente proibida. 
Colabore com a democratização do conhecimento! 
 
 
 
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DDIIRREEIITTOO CCIIVVIILL 
 
 
I - PERSONALIDADE DA PESSOAL JURÍDICA (art. 1º CC). 
 
Conceito: É o atributo da pessoa para ser titular de direitos e deveres na ordem 
civil. 
� Toda pessoa tem personalidade jurídica e tem que ser tratada como sujeito 
de direito. 
� Coisas não têm personalidade jurídica 
� Os animais / semoventes são objetos de proteção dentro do nosso 
ordenamento jurídico 
Obs: Teoria Natalista (art. 2 CC) 
 
a) Capacidade 
 
É a medida da personalidade 
 
a.1) Capacidade de Direito (de gozo) – Titular de direitos – não pode sofrer 
limitação. 
� É o exercício mínimo da personalidade jurídica. 
� Toda pessoa tem. NÃO existe incapaz de direito. 
Obs: Existe somente incapacidade de fato. 
 
a.2) Capacidade de Fato (de exercício/ação) – Exercício de direitos – pode sofrer 
limitação 
� É o exercício máximo da personalidade jurídica. 
� Essa capacidade vem do discernimento. 
� A maioridade é apenas uma presunção legal relativa. 
 
Quem tem as duas capacidades é plenamente capaz. 
Quem sofre limitação absoluta da capacidade de fato é conhecido como 
absolutamente incapaz. 
Quem tem limitação relativa à capacidade de fato é conhecido como 
relativamente incapaz. 
 
b) Legitimação 
 
Idoneidade para o exercício de certos direitos. 
 
c) Início da Personalidade (art. 2º, primeira parte, CC) 
 
Se dá com o nascimento com vida da pessoa natural (a lei põe a salvo os direitos 
do nascituro). 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a 
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d) Nascituro (art. 2º, segunda parte, CC) 
 
Direitos daquele que já foi concebido, mas ainda se encontra no entre materno 
 
* Teorias * 
 
d.1) Natalista art. 2 CC (adotada pela OAB). 
d.2) Conceptualista 
 
� Capacidade de direito / gozo: É o exercício mínimo da personalidade 
jurídica, toda pessoa tem e não existe incapaz de direito. 
Ex: Existe apenas somente incapaz de fato 
� Capacidade de fato / exercício / ação: É o exercício máximo da 
personalidade jurídica, essa capacidade vem do discernimento e a maioridade é 
apenas uma presunção legal relativa. 
 
e) Absolutamente Incapaz (art.3º, CC) 
 
Proibição total para o exercício dos direitos. Deve ser representado, caso 
contrário seus atos serão nulos. 
 
f) Relativamente incapaz (art. 4º, CC) 
 
Proibição parcial para exercício dos direitos. Existem alguns atos que podem ser 
feitos sem ser assistido. Os atos em que deveria ser assistido são anuláveis. 
 
g) Cessação da incapacidade 
 
Quando cessarem os motivos que lhe deram origem. 
 
h) Emancipação 
� Ela pode ser Voluntária; Judicial e Legal. 
 
h.1) Voluntária – Realizada pelos pais por instrumento público que independe de 
homologação judicial. (art. 5º, I, 1ª Parte, CC) 
 
h.2) Judicial – É realizada pelo juiz, que profere sentença judicial após a oitiva 
do tutor. (art. 5º, I, 2ª Parte, CC) 
 
h.3) Legal – Hipóteses previstas nos incisos II, III, IV, V (art. 5º, CC). 
� Casamento, Pelo exercício de emprego público efetivo, não importando a 
idade mínima, Pela colação de grau em curso de ensino superior, não se exigindo 
idade mínima, Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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relação de emprego: em qualquer uma das hipóteses o menor deve ter pelo 
menos 16 anos completos e deve ter economia própria. 
 
i) Extinção da Personalidade 
 
Extingue-se com a morte, já que o ordenamento não prevê a perda da 
personalidade de pessoa viva. A extinção da personalidade pode ser: 
 
i.1) Real 
i.2) Presumida 
i.2.1) Por justificação 
i.2.2) Por Ausência 
i.2.2.1) Ausência Presumida = Curadoria Provisória 
 
OBS: Passado um ano da arrecadação dos bens do desaparecido o juiz pode 
declarar sua ausência. A sentença que declara a ausência só produz efeitos após 
6 meses de sua publicação. 
 
i.2.2.2) Ausência Declarada = Sucessão Provisória 
 
OBS: Passados 10 anos da abertura da sucessão provisória o juiz pode declarar a 
morte presumida do ausente. 
 
i.2.3) Morte Presumida = Sucessão Definitiva 
 
OBS: Pode ser declarada a morte presumida do ausente. 1) Se estiver com 80 
anos ou mais na data do pedido e 2) Estiver desaparecido há no mínimo 5 anos. 
 
j) Interdição 
 
� O procedimento de interdição é feito através de uma perícia médica no 
interditando. 
� Só a idade avançada não é motivo para interdição. 
� O juiz ao verificar a interdição proferirá uma sentença que será 
absolutamente incapaz ou relativamente incapaz, e nomeará curador para 
representear ou assistir 
� A sentença de interdição é declaratória no reconhecimento da incapacidade, 
mas é constitutiva nos seus efeitos. 
� Eventualmente poderá ser anulado ou declarado nulo negócio realizado antes 
da interdição 
 
IPC: Os requisitos são: 
� Deve ser provocado que a época dos fatos a incapacidade era manifestada 
� Que o negócio resultou em prejuízo para o incapaz 
 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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2. Direitos da Personalidade 
 
a) Direitos Físicos 
b) Direitos Psíquicos 
c) Direitos Morais 
 
* Características * 
- Ilimitados 
- Indisponíveis 
- Imprescritíveis 
- Impenhoráveis 
- Inalienáveis 
 
3. Pessoa Jurídica (art. 40, CC) 
 
a) Direito Público 
 
a.1) Interno (art. 41, CC). União, estados, DF e municípios. 
a.2) Externo (art. 42, CC). Estados estrangeiros e demais pessoas sujeitas ao DIP. 
 
b) Direito Privado (art. 44, CC) 
 
b.1) Associações, sociedades, fundações, organizações religiosas, partidos 
políticos. 
 
b.2) Sociedades: Possuem fim econômico, objetiva o lucro. 
 
* Características * 
- São administradas pelos próprios sócios ou associados. 
- Seus objetivos são definidos pelos sócios 
- Seu Patrimônio é disponível 
- Fundações: Não possuem fim econômico, tem fim social, é fiscalizada pelo 
Ministério Público (art. 66, CC). Não existe fundação sem patrimônio. Pode ser 
instituída por testamento. 
 
b.3) Associações: Não possuem fim econômico (ex: clube), visa proveito dos 
próprios associados. 
 
* Características * 
- Não são necessariamente administradas pelo instituidor (ex: Testamento) 
- O Instituidor que fixa os objetivos, 
- A fiscalização
do MP é obrigatória. 
- Patrimônio é em regra indisponível, os bens podem ser vendidos somente 
mediante autorização judicial, existindo sempre a sub-rogação, devendo o valor 
da venda ser empregado em outro bem. 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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b.4) Estes dois tipos societários, não dependem de patrimônio, pois trata-se de 
uma associação de pessoas, conhecidas também como corporações 
- Partidos Políticos 
- Organização Religiosa 
 
OBS: A personalidade da pessoa jurídica inicia-se com o registro (art. 45, CC) 
 
4. Fatos Jurídicos 
 
Conceito: É um acontecimento que pode ocorrer a qualquer instante, que 
produz efeitos jurídicos. É todo evento que tenha importância para o direito. 
Estamos tratando Fato Jurídico em lato sensu (sentido amplo) 
 
a) Fatos Jurídicos Naturais ou Estrito Sensu 
Eventos da natureza que tenham importância para o direito. Pode ser Ordinário 
ou Extraordinário. 
 
a.1) Ordinários: Fatos comuns. São eventos comuns da natureza provocados pelo 
simples decurso do tempo. 
Ex: Nascimento de uma pessoa (art. 2º CC), morte de fato, prescrição, 
decadência, etc. 
OBS: A concepção já gera direito. 
 
a.2) Extraordinários: São os fatos do acaso. 
Ex: Caso Fortuito e Força Maior. A diferença entre eles quase não existe. Por 
isso é bom tratar os dois como a mesma coisa. 
a.2.1) Caso Fortuito: É o evento imprevisível; 
a.2.2) Força Maior: É o evento previsível porem inevitável. 
OBS: Os dois são excludentes de responsabilidade civil, excludente de nexo 
causal. 
 
b) Fatos Jurídicos de Ação Humana 
A conduta humana é classificada pela ilicitude. Vejamos os atos: 
 
b.1) Ato Jurídico Lato Sensu ou Stricto Sensu: É toda manifestação de vontade 
que produz efeitos impostos por lei (sua eficácia é ex lege) 
Ex: Reconhecimento de filho, Fixação de domicílio. Porém não é possível 
estabelecer seus efeitos, pois tem forma pré-determinada em lei. 
b.2) Negócios Jurídicos: É toda manifestação de vontade que produz efeitos 
desejados pelas partes e permitidos por lei. Sua eficácia é ex voluntate pois tudo 
é determinado pela autonomia privada (autonomia da vontade). 
Ex: Todo contrato tem sua autonomia de vontade pois é um negócio jurídico. 
É possível regular os efeitos do negócio, não tem forma específica em lei, desde 
que o objeto seja lícito. 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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b.2.1) Unilateral – Uma única vontade (ex: testamento e promessa de 
recompensa) 
b.2.2) Bilateral – no mínimo duas vontades (ex: contratos) 
 
b.3) Ato Jurídicos Humanos Ilícitos: Toda conduta humana contrária ao 
ordenamento jurídico, é a mesma coisa em dizer que ela é abrangente, pois 
abrange de lei, moral, ordem pública e bons costumes. Ações Humanas se 
distinguem dos demais pois gera dano a alguém, a outrem, gerando 
responsabilidade civil. 
b.4) Ato Jurídico Humano Lícito: É aquele que esta de acordo com o 
ordenamento jurídico ou Lato Sensu, pois tem a manifestação de vontade tanto 
como a ilicitude 
 
OBS: O Stricto Sensu esta no art. 185 CC que remete ao art. 104 também do CC. 
 
5. Teoria Geral do Negócio Jurídico * 
 
Podemos ter como exemplo de Negócio Jurídico um Contrato. Ele pode ser 
dividido em: 
a) Plano de Existência; 
b) Plano de Validade; e, 
c) Plano de Eficácia. 
 
O Plano de Existência e o Plano de Validade são elementos essenciais para fazer 
o Negócio Jurídico, pois nenhum negócio pode sobreviver sem eles. 
Já o Plano de Validade ficam para os elementos acidentais. Pode acontecer ou 
não acontecer. 
 
 
PARTES-------------------------------CAPAZES----------------------------LEGITIMADAS * 
 (capacidade civil) (capacidade específica) 
OBJETO--------------------------LÍCITO/POSSÍVEL----------------------DETERMINADO 
 (física e jurídica) (ou determinável) 
** 
VONTADE --------------------------------------------------------------------------LIVRE*** 
FORMA------------------------------------------------PRESCRITA OU NÃO LIVRE **** 
 (DEFESA EM LEI) 
 
* Analisa as partes e objeto. 
Ex: Se a pessoa é casada e quer vender tudo sozinho. 
** Tem a noção do objeto individualizado e a quantidade 
Ex: Vendo esta caneta azul ou vendo uma caneta azul. 
*** É aquela que não esta sob qualquer forma de ameaça pressão ou coação. 
**** Exceção: Art. 108 CC 
 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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OBS: A regra no Direito Civil é livre ou solene? Em regra é livre (art. 107 CC) 
 
 
O negócio Jurídico que existe é válido e eficaz, tem eficácia imediata. 
Excepcionalmente poderá ser inserida uma cláusula no contrato que ira alterar a 
sua eficácia / natural. Ele tem três cláusulas: 
 
1ª Cláusula de Condição “a” 
2ª Cláusula de Termo “b” 
3ª Cláusula de Modo ou Encargo “c” 
 
c.1) É a cláusula que subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro 
e incerto. 
c.1.1) Condição Suspensiva: É aquela que suspende os efeitos do negócio até o 
implemento da condição. É aquela que quando verificada da início aos efeitos do 
negócio. 
Ex: Compra e venda de um guarda chuva. O contrato é válido mas a condição 
dele ser feito é que tem que chover. 
c.1.2) Condição Resolutiva: É aquela quando verificada Poe fim aos efeitos do 
negócio. 
Ex: Mesmo exemplo acima mas só será válido e eficaz se o negócio acontecer. 
 
IPC: Venda a Contento (satisfação). Condição suspensiva ou resolutiva? Condição 
suspensiva. 
 
6. Os Defeitos do Negócio Jurídico: 
 
Conceito: Defeito é um vício de vontade, ou seja, uma distorção ou falha na 
declaração realizada pelo sujeito que pratica o negócio. Este defeito é 
classificado na doutrina. 
 
7. Classificação dos vícios: 
 
a) Vícios de Consentimento (vícios da vontade): 
As pessoas que praticam o negócio sofrerão o prejuízo. O declarante sofre o 
prejuízo na declaração de vontade na manifestação. 
Os vícios tornam os atos ANULÁVEIS e NÃO nulos. 
Em regra o prazo para anular um ato é de 4 anos contados do momento da 
prática do ato ou do momento em que cessar a coação. 
Exceção: Casamento por erro são três anos contados da celebração. 
Cuidado: Consentimento é a aceitação e não manifestação da vontade. 
Ex: Vontade Declarada = SIM 
 Vontade Real = É o que você realmente deseja. 
 
 a.1) Erro ou Ignorância; 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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 a.2) Dolo; 
 a.3) Coação; 
 a.4) Estado de Perigo* 
 a.5) Lesão* 
 
* Estudar. 
 
a.1) Erro ou Ignorância: Ninguém força e ninguém te engana, a pessoa se 
engana sozinha, ou seja, é um equívoco. 
 
Conceito: É uma distorção de vontade. A distorção decorre de um ato do próprio
declarante. É uma falsa noção da realidade, ou seja, a pessoa que pratica o ato 
não sabe o que esta fazendo. 
 
Temos duas vontades. A vontade interna onde resulta a vontade externa, 
também chamada de vontade externalizada. 
Se essas vontades são diferentes decorridas de uma falha de percepção do 
declarante, teremos o erro. 
 
* Requisitos para a anulação: 
1º O erro tem que ser escusável, ou seja, desculpável. Quem realiza essa 
distorção é o próprio declarante. Ele manifesta, ele erra e mesmo assim o 
negocio jurídico pode ser invalidado. 
2º O erro é substancial ou erro essencial anula o ato, o erro que não anula o ato 
jurídico é o acidental. O erro do objeto tem princípio do ato jurídico. 
3º O erro real, onde o juiz tem que verificar que o erro trouxe prejuízo. 
 
O efeito do erro é a anulação do negócio jurídico. 
 
OBS1: Somente o erro substancial pode ser anulado (art. 139, CC). Erros 
Periféricos não autorizam este efeito (art. 143, CC). 
 
PEGADINHA: Erro de direito. A falha de vontade incide sobre a própria lei. 
 
OBS2: O Erro de Direito é previsto expressamente no CC, porém sua aplicação é 
residual, pois o art. 3º da LICC impede a alegação de ignorância para escusa de 
um dispositivo normativo. 
 
a.2) Dolo: A pessoa tem malícia, é enganada, um verdadeiro golpe, 
 
Conceito: Trata-se de uma conduta maliciosa e intencional de outrem para 
prejudicar e distorcer a vontade do declarante. Pode ser substancial ou 
acidental. O segundo não anula o negócio jurídico apenas o dolo substancial que 
anula. 
 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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Ex: Quem é levado a erro, sofre uma conduta dolosa. É da declaração de 
vontade que vem a manifestação (falha / viciada). Da falha gera a causa 
decorrente de uma percepção (erro), da viciada gera a causa de uma indução 
maliciosa de outrem (dolo). 
 
a.2.2) Principais Aspectos do Dolo: 
Efeitos: O dolo essencial gera anulação do negócio jurídico, mas o dolo 
acidental autoriza apenas a obrigação de indenizar (art. 146,CC). 
 
� O silêncio intencional constitui omissão dolosa (art. 147, CC). 
� O dolo de terceiro também autoriza a anulação do negócio jurídico. (quando 
induzem outrem a fazer algo). 
� O dolo recíproco não autoriza nem a anulação, nem indenização (art. 150, 
CC). 
 
OBS: O dolo também pode ser positivo ou negativo. Ambos anulam o ato mais o 
positivo decorre de uma ação e o negativo de uma omissão. 
- Dolus Bônus – Não tem a intenção 
- Dolus Malus – Tem a intenção 
 
a.3) Coação: O que caracteriza é a violência moral, pois na coação a pessoa é 
forçada a fazer algo. 
 
Conceito: Se caracteriza por uma pressão física ou psíquica exercida sobre o 
declarante para a prática negocial. A Coação deve levar em consideração as 
condições pessoais do 
declarante (art. 152,CC). 
 
Conceito2: É o uso da violência. Pode ser física ou moral. 
- Física: Não é vício do consentimento pois não torna o ato anulável. “vis 
absoluta” ato inexistente. 
- Moral: Ocorre o ato anulável. “vis compulsiva”. 
OBS1: Não é qualquer violência moral que vai anular o negócio jurídico e sim 
uma violência irresistível. O juiz tem que ver se o temor tem fundamento pois e 
for infundado o juiz não anula o ato. 
OBS2: Outro temor que não anula o ato jurídico é o temos reverencial, que o 
respeito excessivo que as pessoas têm pelos pais, pelos superiores hierárquicos e 
pelos mestres e professores. 
 
Efeito: Anulação do negócio jurídico 
 
 
 
 
 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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a.4) Estado de Perigo: Eu, alguém da minha família ou um amigo intimo estão 
em perigo e/ou para salvar você comete algo para salvar. 
 
Conceito (art. 156, CC) 
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da 
necessidade de salvar-se. *núcleo do vício, ou a pessoa de sua família, de grave 
dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. 
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do 
declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. 
* O estado de perigo, nasce em razão disso. 
 
Ex: Estado de sobrevivência. Faz qualquer coisa para sobreviver. 
 
Efeito: Anulação do negócio. 
OBS: Salvar de risco conhecido pela outra parte (dolo de aproveitamento). 
Assume uma prestação excessivamente onerosa. 
IPC: Efeito anulação é o núcleo do vício e o estado de perigo. 
 
a.5) Lesão: 
 
Conceito (art. 157, CC) 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por 
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta *núcleo do vício. 
Prejuízo patrimonial do declarante. 
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao 
tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 
 
Efeito: Anulação do Negócio Jurídico e Revisão do Valor do negócio. (§2º, art. 
157, CC). 
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento 
suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. 
 
- Inexperiência ou tem uma premente necessidade; 
- Assume uma prestação manifestamente desproporcional à prestação oposta; e 
- Não é necessário provar a ciência da outra parte. 
 
b) Vícios Sociais: 
O prejuízo não ocorre para a declaração. A parte prejudicada é um terceiro 
(sociedade). 
 
Os Vícios Sociais são divididos em dois: 
 
b.1) Fraude Contra Credores. 
 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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Conceito: Trata-se de um negócio praticado pelo devedor insolvente e, cujo 
objetivo é evitar ou dificultar a satisfação do crédito. Este vício é discutido por 
meio de Ação Pauliana ou Revocatória, que tem natureza anulatória para um 
negócio com um terceiro. 
 
Se o devedor não pagar a dívida, ela recai sobre o patrimônio do devedor. Ele 
neste caso faz um desvio patrimonial para terceiro. Com o objetivo de inibir 
ou evitar a satisfação do crédito. 
 
b.1.1) Requisitos de Caracterização da Fraude: 
1º Conduta danosa ao crédito. 
2º Conluio fraudulento é a participação do terceiro para prejudicar o 
crédito. 
Efeito: Anulação do negócio jurídico através de Ação Pauliana. 
 
- O ato é anulável. Prazo de 4 anos contados do ato. 
- Vontade declarada = Vontade Real. O vício esta na atitude de prejudicar o 3º. 
Ex: Venda de imóvel pega o seu dinheiro e some. O credor nunca mais acha. 
- Art. 158 CC. Ocorre quando ele vende ou doa. É um negócio gratuito; art. 159 
CC (negócio oneroso) 
 
b.2) Simulação 
 
Conceito: Entende-se por negócio simulado aquele praticado falsamente, ou 
seja, trata-se de um negócio de aparência, pois nunca existiu. 
 
b.2.2) Espécies de Simulação: 
- Absoluta: Ocorre com a prática de um negócio falso, o qual é declarado NULO. 
Não existe alteração na situação anterior. 
- Relativa: Ocorre com a prática de 2 negócios. O negócio externo, ou seja, 
aquele conhecido pelas partes é o negócio falso (simulado). O negócio interno é 
o verdadeiramente desejado (dissimulado). Neste caso o negócio simulado
será 
declarado nulo, mas o dissimulado persiste. (art. 167, CC). Existe alteração na 
situação anterior mais não na forma que esta aparente. 
 
Ex: Negócio Aparente � É um negócio externo. Os negócios internos e 
externos geram uma simulação relativa. É o simulado, pois só acontece na 
simulação relativa o ato é nulo. 
 Negócio Real � É um negócio interno também chamado de dissimulado, 
ele pode ser válido. 
 
- Não torna o ato anulável. O ato é nulo. O ato nulo não corre prescrição na 
decadência. 
- Existe um negócio jurídico aparente que não corresponde à realidade. 
 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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II - OBRIGAÇÕES NO CÓDIGO CIVIL: 
Essas Obrigações são divididas em quatro grupos. 
 
Modalidades 
Transmissão 
Adimplemento (pagamento) 
Inadimplemento (este direcionado à responsabilidade civil) 
 
A Obrigação vem a ser uma relação jurídica. Essa relação jurídica tem como 
traço marcante a transitoriedade (ela começa e necessariamente vai acabar). 
Conceito de pagamento: Trata-se do mecanismo de extinção obrigacional, pelo 
qual o devedor, cumpre a prestação, satisfazendo os interesses do credor. 
Toda relação obrigacional, em geral nasce de um contrato. Porem quando se fala 
em pagamento, imaginando previamente o pagamento, surgindo assim à 
responsabilidade obrigacional. 
O pagamento deve ser entendido sobre diferentes prismas: 
 
1. Quem deve pagar (interessado) 
1.1. Devedor: Porque ele é o titular do débito. Ele efetua o pagamento à 
extinção regular (art. 304 CC). 
1.2. Terceiro interessado: É aquele que possui vínculo com a relação 
obrigacional. 
Ex: fiador, avalista. 
Obs1: Quando o terceiro interessado efetua o pagamento, tem como efeito a 
sub-rogação da dívida. 
Ex: Locação. 
Obs2: Na cessão a transmissão é o efeito primário, na sub-rogação a transmissão 
é efeito secundário. 
 
A sub-rogação tem 2 efeitos: 
 
a) Extinção da dívida principal 
b) Transmissão do crédito 
 
CESSÃO DE CRÉDITO SUB-ROGAÇÃO 
Efeito: Transmitir o crédito Efeitos: Primeiro extingue e depois transmite 
 
Obs: Na cessão a transmissão é o efeito primário, já na sub-rogação o efeito é 
secundário. 
 
1.3 Terceiro não interessado. 
O efeito é o reembolso da quantia paga. Ele não pode sub-rogar. Simplesmente é 
uma devolução da quantia paga. No reembolso só pode ser cobrado o valor da 
atualização monetária. 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a 
preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A 
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2. Quem deve receber - Credor. 
O ato praticado pelo credor é a quitação e funciona como prova de pagamento. 
 
3. Momento do pagamento 
Como regra as obrigações devem ser adimplidas a vista. Porem, a lei pode 
autorizar o pagamento parcelado, bem como o negócio entabulado entre as 
partes. 
 
4.Onde deve ocorrer o pagamento (duas situações) 
 
Domicílio do credor: dívida portável. 
Domicílio do devedor: – dívida quesível. 
Obs: Regra – dívida quesível. 
 
5. Objeto do pagamento: 
É a própria prestação. Cumpriu a prestação acaba o objeto obrigacional. 
Obs: O pagamento realizado da forma convencionada entre as partes é chamado 
de pagamento direto. Porem, como as relações obrigacionais são transitórias, a 
lei permite a extinção das obrigações por meio de mecanismos alternativos 
(pagamento indireto). 
 
Modalidades de pagamento indireto. 
 
a) Consignação em pagamento. 
Hipótese: Ocorre quando o devedor força o adimplemento da obrigação diante 
de um obstáculo criado pelo credor. 
IPC: O devedor quer pagar e o credor esta fazendo uma barreira é uma 
consignação. 
Obs: A consignação se caracteriza via de regra a uma recusa injusta de 
pagamento imputável ao credor. (art. 335, CC) 
CUIDADO COM O INCISO III !!!! 
 
a.1) Formas de Consignação: 
a.1.1) Judicial: Dívidas de coisa ou dívidas de valores. 
a.1.2) Extrajudicial: Somente deve ser utilizada para as dívidas de valor. 
Obs: A consignação só pode ser utilizada para as obrigações de dar e nunca para 
as obrigações de fazer. 
 
b) Dação em pagamento: 
Hipótese: Ocorre quando o credor aceita o objeto da prestação distinto do 
originariamente pactuado. O credor não é obrigado a aceitar outra prestação. 
Ex: compra um determinado produto e acaba levando outro. 
 
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Obs: O texto do art. 356, CC foi redigido de forma equivocada, contudo, se o 
examinador cobrar a dação com cópia literal do dispositivo, mesmo com erro a 
questão estará correta. 
 
c) Sub-rogação: 
Ocorre quando o pagamento é feito pelo terceiro interessado. 
 
d) Imputação ao pagamento: 
Hipótese: Ocorre quando entre o mesmo credor e o mesmo devedor existem 
diversas dívidas todas vencidas e fungíveis entre si. (mesma natureza). Como 
regra a imputação é realizada pelo devedor. 
 
e) Compensação: 
Hipótese: Ocorre quando dois indivíduos são credores e devedores recíprocos em 
obrigações distintas, mas da mesma natureza. Neste caso as dívidas se 
extinguem mutuamente até o montante da quantia. 
 
f) Confusão: 
Hipótese – Ocorre quando um mesmo indivíduo em razão de fato superveniente a 
relação obrigacional passa a titularizar o crédito e o débito. Mistura dois pólos 
obrigacionais. 
Ex: Incorporação Societária. 
 
g) Novação de dívida: 
Hipótese: Ocorre quando para extinguir uma dívida anterior surge uma nova 
relação obrigacional. 
Nova + ação (prestação). É a extinção de uma dívida pelo surgimento de uma 
nova. Temos uma relação de causa e efeito. 
Ex: A dívida “a” é a causa da “b”. Desaparece a dívida “a”. Na novação a dívida 
é extinta pelo surgimento de outra dívida. 
 
g.1) Espécies de novação. 
g.1.1) Novação Objetiva: Ocorre a alteração do conteúdo da prestação. 
g.1.2)Novação Subjetiva: Ocorre quando há alteração do sujeito. 
g.1.2.1) Credor (ativa) 
g.1.2.2) Devedor (passiva) 
 
g.1.3) Novação Mista : Ocorre quando há alteração do conteúdo da dívida, bem 
como do sujeito. 
 
h)Remissão de dívida (remitir). 
Hipóteses: Vem a ser remitir (perdão obrigacional). O devedor será perdoado. 
Trata-se de ato bilateral, depende da anuência do devedor. 
 
III – OBRIGAÇÃO: 
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A obrigação é a relação jurídica pessoal e transitória que confere ao credor o 
direito de exigir do devedor o cumprimento de determinada prestação. Pode ser 
dividida em: 
 
1. Obrigação Civil: É aquela que pode ser cobrada em juízo. Ela forma um duplo 
vínculo entre credor e devedor. 
 
a) Débito é o dever jurídico de cumprir espontaneamente uma prestação. O 
débito é como se fosse o 1º momento da prestação. 
b) Responsabilidade Civil tem como conseqüência jurídica e patrimonial do 
descumprimento do débito. É o 2º momento da obrigação. 
 
2. Obrigação Natural: É aquela que não pode
ser cobrada em juízo, pois a 
obrigação natural gera somente débito não gerando responsabilidade civil. 
Ex: Dívida de jogo, agiota, dívida prescrita. 
IPC: Se você pagar por livre e espontânea vontade para reaver este dinheiro 
pago tem que entrar com ação de repetição de indébito. 
 
3. Obrigação Moral: É aquela fruto de nossa consciência. Não gera débito nem 
responsabilidade civil. 
Ex: Ser educado, etc. 
 
4. Classificação das Obrigações: 
 
a) Prestação: 
 
a.1) Obrigação de dar: É aquela que tem por objeto a entrega de uma coisa. A 
obrigação de dar se subdivide em 2 formas. 
a.1.2) Coisa Certa: É aquela que o objeto esta determinado, isto é, 
absolutamente individualizado. 
- Existem três regras da obrigação de dar coisa certa: 
1º O credor não pode ser forçado a receber a coisa diversa ainda que muito 
valiosa. 
2º O acessório segue o principal. Ex: Princípio da Acessoriedade ou Gravitação 
Jurídica. 
3º Se o devedor não entregar o objeto o credor poderá cobrá-lo em juízo através 
de exceção específica sobre pena de multa diária. 
 a.1.3) Coisa Incerta: É aquela em que o objeto é determinável. Para que 
o objeto seja determinável precisa de 2 requisitos. 
1º Indicação de Gênero; 
2º Indicação de Quantidade. 
 
Obs: No silencio do contrato a escolha do objeto (concentração compete ao 
devedor) 
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IPC: No Princípio do Meio Termo ou da Quantidade Média o devedor esta proibido 
de entregar o objeto da pior qualidade mais não esta obrigado a entregar o da 
melhor qualidade. 
 
a.2) Obrigação de fazer: É aquela que consiste em uma prestação positiva que 
não seja a entrega de um objeto. Pode ser de dois tipos. 
 a.2.1) Fungível: É aquela substituível (atividade simples) 
 a.2.2) Infungível: É aquela que é personalíssima, ou intuitu persona. Ex: 
Artista. 
 
Obs: As duas obrigações (dar / fazer) são positivas, pois consiste em uma ação. 
 
a.3) Obrigação de não fazer: É aquela que consiste no dever de abstenção. É a 
única espécie que tem o dever de omissão. Tem a obrigação de não acusar dano 
a outrem (art. 189 CC) 
Ex: Cláusula de exclusividade / cláusula de não concorrência. 
 
a.4) Obrigação de acordo com seus elementos: A obrigação pode ser de 2 tipos: 
 a.4.1) Simples ou Mínima: É aquela em que todos os elementos da 
obrigação estão no singular. Quer dizer que tem um credor, um devedor e uma 
prestação. 
 a.4.2) Composta ou Completa: É aquela que apresenta pelo menos um de 
seus elementos no plural. Pode ser Objetiva e Subjetiva. 
 a.4.2.1) Obrigação Composta Objetiva: Tem mais de uma 
prestação. Ela pode ser de três tipos. 
1º Obrigação Cumulativa ou Conjuntiva: É aquela em que ambas as 
prestação são devidas e ambas devem ser cumpridas. 
IPC: Prestar atenção se vai ter a letra “e” dividindo entre dois. 
2º Obrigação Alternativa ou Disjuntiva: É aquela em que ambas as 
prestação são devidas mais apenas uma delas deve ser cumprida. 
IPC: Vai ter a letra “ou”. 
3º Obrigação Facultativa ou Facultativa Alternativa: É aquela em 
que apenas uma das prestações é devida e pode ser cobrada pelo 
credor. A outra prestação é facultativa e nunca pode ser cobrada 
pelo credor. 
 
 a.4.2.2) Obrigação Composta Subjetiva: Esta obrigação é regra. 
Tem enquadramento jurídico no art. 265 CC. Essas obrigações são fracionárias ou 
não solidárias. Deve ser observado se a prestação é divisível ou indivisível. 
- A divisível é onde posso fracionar. A conseqüência da prestação divisível. O 
credor / devedor somente poderá cobrar / ser cobrado de sua quota parte. 
- Se a prestação for indivisível, cada credor / devedor poderá cobrar / ser 
cobrado sozinho da totalidade da prestação. 
Ex: Touro reprodutor. 
 
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a.5) Obrigação solidária: Solidário é uma característica dos sujeitos da relação 
obrigacional. 
A solidariedade se caracteriza quando existe uma pluralidade de sujeitos ativos / 
passivos num mesmo vínculo, os quais podem exigir o cumprimento integral da 
prestação ou tem o dever total sobre ela. Essa obrigação é a exceção pois só 
poderá vir da lei ou do contrato. Qualquer um doa credores / devedores poderá 
cobrar / ser cobrado sozinho da totalidade da prestação não importando se a 
prestação é divisível ou não. 
IPC: Ela não se presuma ou ta na lei ou não existe solidariedade. 
 
a.6) Obrigação alternativa 
 
a.7) Obrigação divisível e indivisível (prestação) 
a.7.1) Divisível: A obrigação pode ser fracionada sem prejuízo. 
a.7.2) Indivisível: A obrigação não pode ser fracionada, pode ser 
convertida em perdas e danos, e torna-se uma obrigação divisível. 
 
b) Transmissão das obrigações: 
 
b.1) Cessão de crédito: Transmissão do direito de crédito. O devedor é apenas 
cientificado. 
b.2) Assunção de dívida: Transmissão do débito. Depende da anuência do 
credor 
 
c) Relação Obrigacional (Cumprimento de um dever jurídico). 
Inadimplemento é o não cumprimento do Dever (prestação). A lei estabelece 
duas formas. 
 
c.1) Absoluto / b) Relativo 
Conseqüências do inadimplemento na relação obrigacional. 
 
c.1.2) Juros 
c.1.3) Atualização Monetária 
c.1.4) Perdas e Danos: Responsabilidade civil, ou seja, responsabilidade e 
inadimplemento são temas vinculados. A responsabilidade é um desdobramento 
obrigacional. 
 
IV - RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
Origem: Violação de um dever jurídico. 
O dever violado vai apresentar elementos estruturais da responsabilidade. Sem 
eles a responsabilidade não ocorre. Fica dividido em dois grupos. 
 
1. Elementos Estruturais: 
 
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a) Essenciais (obrigatórios): 
* Conduta do Agente 
* Nexo Causal 
* Dano 
* Culpa 
* Risco 
Obs: São cumulativos, são somados. 
 
1.1 Conduta do Agente: 
Ação ou omissão voluntária e consciente. 
Regra: Responsabilidade por ato próprio. 
Questão: O incapaz responde por ato próprio? Sim, pois ele possui uma 
responsabilidade subsidiária – Art. 928, CC 
Ex: O motorista de uma empresa, no ato de suas atribuições bate com o carro 
havendo uma vitima por dano. Qual foi a conduta que causou o sano? O ato de 
dirigir a responsabilidade é do motorista, ou seja, responsabilidade por ato 
próprio. 
A empresa tem responsabilidade? Sim, pois uma imputação normativa por ato de 
terceiro. A responsabilidade da empresa decorre da própria lei (art 932). 
 
1.1.1. Responsabilidade Civil subsidiária (art. 932 / 933 CC). 
 
Responderão por ato de terceiro independente de ser responsável pelo ato. 
Nesses casos, o agente da conduta e o terceiro responderão. O agente por ato 
próprio e o terceiro em decorrência da lei. O Agente possui responsabilidade 
subjetiva e o terceiro tem responsabilidade objetiva. Ambos respondem de 
forma solidária. 
A Responsabilidade Por Conduta Alheia ou Por Ato de Terceiro permite a 
imputação do dever de indenizar a uma pessoa que não praticou a conduta 
danosa mais esta ligado juridicamente ao ofensor. 
A Responsabilidade
por ato de terceiro estabelece entre o agente e o terceiro 
uma obrigação de indenizar solidária. É importante notar ainda que o 3º possui 
responsabilidade objetiva (art. 933 CC). 
 
1.1.2.Responsabilidade pelo fato da coisa (art. 936, 937 e 938 CC). 
- Uma coisa não te conduta. 
 
Art. 936 – Dano provocado por animal. 
Responsáveis: 
Dono / Detentor 
Ex: cachorro que morde pedestre. A responsabilidade é do dono, responsável 
pelo fato da coisa. 
 
Art. 937 – Dano decorrente de ruína de edifício, por falta de reparos. 
Responsáveis: 
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Dono do edifício / Responsável ela construção. 
Obs: A doutrina estende esta responsabilidade ao comodatário e locatário. 
- A ruína somente gera o dever de indenizar se provier de falta de reparos. 
 
Art. 938 – Dano decorrente de objetos que caem ou são lançados de edifício. 
Responsáveis: 
Do habitante do edifício (ex: proprietário, locatário etc.). 
No condomínio edifício, o condomínio todo é responsável se não for identificada 
de qual unidade caiu o objeto. 
Pegadinha: Se o objeto for lançado de um condomínio de prédios, eu não sei 
quem mandou. Responde o prédio inteiro. A responsabilidade é de todo o 
condomínio. 
 
2. Nexo Causal (Nexo de causalidade) 
Relação: Entre conduta imputável do agente e o dano experimentado pela 
vítima. Busca-se uma ralação lógica. É a relação dinâmica entre a causa e o 
efeito do dano, ou seja, busca-se a percepção. 
O Nexo Causal resulta de uma análise lógico racional para imputação de 
responsabilidade. O direito civil não pretende identificar a causa do dano mais 
uma pessoa para ser responsabilizado por ele. 
 
2.1 Teorias sobre nexo causal. 
 
a) Teoria das condições equivalentes (generalizante): Todas as causas que 
proporcionam o evento danoso permitem imputação de responsabilidade ao seu 
causador. 
Todas essas causas geram dano. É uma teoria generalizante, acaba ficando sem o 
critério. 
 
b) Teoria da causa adequada: O magistrado através de um processo valorativo 
imputa responsabilidade do agente, analisando todas as causas, seleciona uma 
causa para determinar o nexo causal. (juízo de valor). A crítica que se faz desta 
teoria é o seu excesso subjetivo. 
Ex: acidente da TAM. O dano foi causado pela somatória das causas. O 
magistrado analisa as causas e acha uma responsável, mesmo que há outras 
causadoras. Ele caracteriza a mais responsável para caracterizar o nexo causal. 
É mais analítica e profunda. Depende somente do magistrado. 
 
c) Teoria do dano direto imediato / causa direta e imediata (teoria adotada 
pelo STF) : É uma relação lógica. O magistrado analisa causa a causa, qual tem 
maior pertinência ao caso de forma que qual foi à causa que teve maior 
relevância para que ocorresse o dano. 
Essa teoria busca-se a condição causal diretamente ligado ao dano (análise 
lógica). 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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Ex: Vítima que teve como dano moral a morte. Ela estava dentro do carro 
dirigindo e acabou capotando. Duas condutas (dirigir e capotar). O hospital 
interna e faz uma cirurgia no paciente. Em razão do capotamento sanado com 
cirurgia tem o resultado morte. 
A morte não é o dano? Sim. Qual é a causa da morte? Capotamento ou cirurgia? 
Depende do que esta no laudo. Chegar a uma coisa lógica. 
 
3. Dano (prejuízo/lesão) 
É um prejuízo ou uma lesão sofrida pela vítima. O dano para ser indenizável 
deve ser concreto e imediato (teoria do CC) 
Concreto = abalo estrutural. 
Sempre que houver prejuízo patrimonial ou extra patrimonial. 
 
4 - Subjetiva: 
- Pessoa precisa provar o fato, dano e nexo causal. 
- É necessário a prova da culpa (lato senso) 
 
5- Objetiva: 
- Basta a prova do fato, dano e o nexo causal. 
 
Obs: A responsabilidade civil tem como regra a responsabilidade subjetiva, logo 
a objetiva é a exceção. 
IPC: No CDC é o inverso. Objetiva é a regra e Subjetiva é a exceção. 
 
6- Espécies de Dano 
 
a) Dano Material: É toda e qualquer forma de prejuízo patrimonial. Ele pode ser 
de dois tipos. 
 a1) Emergente: É tudo que a pessoa perder / gastou. É a diminuição do 
patrimônio da vítima. É a projeção do passado para presente (o que tinha x o 
que perdi) 
Ex: Batida de Carro. 
 a2) Lucro Cessante: É tudo que a pessoa razoavelmente deixou de 
ganhar. É o que deixou de acrescer ao patrimônio da vítima. É a projeção do 
presente para o futuro (não tinha o patrimônio e deixou de ganhar. Art. 402 CC). 
Ex1: Batida em carro de taxista. Cobra os dois. Lucro cessante e dano 
emergente. O juiz fixa no critério da razoabilidade. 
Ex2: A pensão fixada em juízo também é uma indenização por lucro cessante. 
 
b) Dano Moral: É toda e qualquer ofensa a um direito da personalidade. É a 
dignidade da pessoa humana (não pode ser objeto de ressarcimento), tem como 
objeto a compensação. 
O código civil não traz critérios objetivos de indenização por dano moral. O STJ 
utiliza como critério a extensão do dano, as condições da vítima, as condições 
do ofensor, o nível de reprovabilidade da conduta, etc. 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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- Dor, tristeza, angústia, depressão, etc. São meras conseqüências do dano 
moral. 
- O dano moral é uma violação ao direito extra patrimonial. 
- Pessoa jurídica pode sofrer dano moral, existe uma súmula 27 STJ que trata 
deste assunto. Podem ser de dois tipos: 
 
b1) Honra Subjetiva: É o que o sujeito pensa de si mesmo. 
b2) Honra Objetiva: É o que as outras pessoas pensam de um determinado 
sujeito, ou seja, qual é a imagem que a sociedade me enxerga. 
Obs: Pessoa jurídica só pode ser sofrer dano moral contra a honra objetiva. 
 
O morto também pode processar por dano moral. Através do dano moral reflexo 
ou em ricochete. A ofensa em si era dirigida pelo morto mas os reflexos são para 
os vivos. 
Ex: Filhos, na hora do enterro, vêm, alguém e julga o morto. Art 12 CC. 
 
b3) Dano Moral Direto: É o verdadeiro dano moral. Temos a ofensa, uma lesão a 
um direito extra patrimonial, direto da personalidade. 
b4) Dano Moral Indireto: Lesão a um direito patrimonial com grande valor 
afetivo. 
Ex: Meu cachorro de estimação é morto por uma pessoa. 
 
c) Dano Estético: Toda e qualquer ofensa a beleza externa do ser. Qualquer 
pessoa pode sofrer esse dano. Não importa o local do dano. Qualquer lesão é 
dano moral estético. 
Ex: Corte, cicatriz, aleijão, queimadura, amputação, etc. 
IPC: Podemos ter uma lesão de dano material, moral e estético. 
 
7- Perda da Chance 
- Pode ser material ou moral. Não se tem a certeza do ganho. A única certeza é 
de que a pessoa perdeu a chance de ganhar. 
A Teoria da Perda da Chance estende-se uma forma de projeção por dano moral. 
Neste caso indeniza-se uma expectativa concreta de uma condição pessoal de 
um indivíduo. 
Ex1: Show do Milhão. Última pergunta não tinha resposta (material). 
Ex2: Perda da chance moral. Médico que não fez o exame correto e a pessoa 
com o passar do tempo não tem mais cura (moral). 
 
8- Culpa 
- A
culpa somente é analisada em uma das hipóteses de responsabilidade civil. 
Obs: Culpa presumida (fato, nexo causal, dano + culpa). 
- A culpa não existe na responsabilidade objetiva. Trabalha-se com a 
responsabilidade subjetiva, que é a culpa genérica ou lato senso. É a culpa em 
sentido amplo. 
 
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8.1) Espécies: 
- Dolo: Conduta intencional 
- Culpa: Strito sensu: Imperícia: Falta de capacitação 
 Imprudência: Falta de cuidado (ação / conduta comissiva) 
 Negligencia: Falta de cuidado (omissão / conduta omissiva) 
 
8.2) Graus de Culpa: 
Culpa lata, leve e levíssima 
8.2.1) Lata = Leve 
8.2.2) Leve = Média 
8.2.3) Levíssima = Quase sem culpa 
Art 944 caput: Princípio da reparação integral dos danos. Ele encontra uma 
exceção no próprio artigo bem no § Ú. 
 
b) Elemento Essencial Periférico (podem aparecer mais não 
obrigatoriamente): 
Culpa: essencial para responsabilidade subjetiva. 
Ato ilícito: Regra para a caracterização de Responsabilidade Civil – Pegadinha da 
OAB! 
� A responsabilidade Civil nasce de um caso ilícito mais a exceção é de ato 
lícito. O ato licito, ele é regra para a caracterização da responsabilidade civil. 
 
Exceção: existe responsabilidade civil por ato lícito. 
Ex: Desapropriação, Passagem forçada. 
c) Excludentes de Responsabilidade Civil. 
São mecanismos jurídicos que inibem o dever de indenizar. Podem ser de: 
 
c1) Força Maior: Trata-se de um evento inevitável que prejudica nexo de 
causalidade. 
c2) Caso Fortuito: É um evento imprevisível que também prejudica o nexo 
causal. Ao contrário da força maior o fortuito é uma excludente relativa. 
c3) Culpa Exclusiva da Vítima: Neste caso o dano tem como causa uma conduta 
da vítima e não do ofensor. Surge por tanto uma inversão do nexo causal, 
quando a culpa for concorrente entre a vítima e o ofensor não temos uma 
excludente, porém esta situação permite a redução do valor da indenização. 
 
V – ELEMENTOS ACIDENTAIS 
 
1 – Condição: Evento futuro e incerto. 
- Condição Suspensiva: A condição suspensiva suspende o exercício e a aquisição 
do direito, portando gera apenas expectativa de direito. 
 
2 – Termo: Evento futuro e certo 
Ex: Data futura. 
 
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- O termo pode ser dividido em termo suspensivo e termo resolutivo 
a) Termo Suspensivo: É a mesma coisa que termo inicia / dies a quo. É aquele 
que quando verificado da início aos efeitos do negócio. O termo suspensivo 
suspende o exercício mais não à aquisição do direito, portanto gera direito 
adquirido. 
b) Termo Resolutivo: É a mesma coisa que o termo final ou dies a quem. É 
aquele que quando verificado Poe fim aos efeitos do negócio. 
Ex: Contrato de locação. 
 
3 – Modo ou Encargo: Prática de uma liberalidade subordinada a um ônus. 
- Alguém pratica um ato liberal mais o ônus, isso é uma doação onerosa como 
exemplo. Doação onerosa é a mesma coisa que doação modal 
Obs: Se o ônus não for cumprido à parte que realizou a liberalidade poderá 
exigir a sua revogação. 
 
VI - CONTRATOS 
 
1. Classificação dos Contratos 
 
a) Contratos Unilaterais: Aquele que trás obrigações para apenas uma das 
partes. 
Ex: Doação pura. 
 
b) Contratos Bilaterais (Sinalagmático): Traz obrigações a todas as partes. 
Ex: Compra e venda. 
 
c) Contratos Consensuais: Aperfeiçoam-se pelo consenso. 
 
d) Contratos Formais: Aperfeiçoam-se pela forma da lei. 
Ex: Pacto antenupcial, pois tem forma prescrita em lei, necessita de escritura 
pública de pacto antenupcial. 
 
e) Contratos Reais: Aperfeiçoam-se pela entrega da coisa em garantia. 
Regra: Contratos são consensuais. Para ser válido tem que ter um consenso, um 
acordo de vontades. 
Exceção: Alguns contratos exigem a forma prescrita na lei. Compra e venda de 
bem imóvel com valor superior a 30 salários mínimos é uma forma prescrita na 
lei. 
Ex: Mútuo, Comodato ou Depósito. Só vai ser válido com a entrega da coisa. O 
contrato de empréstimo bancário, ele só vai existir quando o dinheiro estiver na 
conta. 
 
f) Contrato de Execução Imediata: 
O contrato é executado no momento da sua celebração. 
 
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preparação para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didática. A 
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g) Contrato de Execução Diferida: 
O contrato é a prazo, um contrato de parcelas. Pagando todas as parcelas, no 
momento que cumpre a obrigação ela é encerrada. 
 
h) Contrato de Execução Continuada: 
É executado continuamente. É um contrato que sucessivamente vou continuar 
pagando. 
Ex: seguro de saúde, TV por assinatura. 
 
2. Formação dos Contratos 
 
a) Negociações Preliminares: 
A regra é que não tem vínculo. Se houver dano haverá responsabilidade 
extracontratual (art. 927, CC). 
 
b) Aceitação Responsabilidade Contratual: 
Temos responsabilidade contratual, ou seja, se a pessoa não cumprir o que foi 
acordado poderá ser acionada judicialmente (art. 389, CC). 
 
c) Proposta: 
Regra: Á proposta vincula o proponente. 
Exceção: Salvo se o contraio não resultar da natureza do negócio ou das 
circunstancias do caso (art 427 CC). 
A proposta pode ser feita a pessoa presente ou pode ser feita a pessoa ausente. 
c.1) Pessoa Presente: Com Prazo (a resposta tem que ser dada no prazo) 
 Sem Prazo ( resposta imediata art. 428, I, 1ª parte 
CC). 
c.2) Pessoa Ausente: Com Prazo (começa no envio e termina no envio da 
resposta). Teoria da expedição. 
 Sem Prazo (Resposta em tempo suficiente para a 
ciência). Artigo 428, II, CC. 
 
Obs: Quem é a pessoa presente? MSN, Skype, Telefone. Essas podem ser uma 
pessoa presente, pois a resposta pode ser dada na hora. 
Ex: Envia com A. o dia do envio é o prazo. 
 
3. Vícios Redibitórios 
Conceito: Vícios ou defeitos ocultos na coisa que a tornam imprópria para os fins 
a que se destinam ou que diminuam o seu valor. 
 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC) 
 
DEFEITO VÍCIO 
CAUSA PROBLEMA DE SAÚDE RELACIONADO À QUANTIDADE 
CAUSA PROBLEMA DE SEGURANÇA RALACIONADO À QUANTIDADE 
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a) Tornou a coisa imprópria: Desfazer o negócio com a devolução com juros, se 
o negócio não puder ser desfeito, entra com uma ação redibitória. 
Se quem vendeu o bem não sabia do vício, devolve o dinheiro corrigido. 
Se quem vendeu estava agindo de má-fé, devolve o dinheiro corrigido e paga 
perdas e danos. 
 
b) Diminui o valor da coisa: Abatimento no preço. Se não tiver acordado com 
uma ação “quanti minoris” (quanto a menos vou pagar) ou ação estimatória. 
Ex: casa em cima de lençol freático. 
 
Obs: Não confundir vício redibitório com cumprimento da obrigação. Compra um 
imóvel na planta dizendo que tem 120m² e na hora você descobre que só tem 
100m².
c) Prazos Decadenciais (art. 445, CC) 
 
c.1) Móveis = 30 dias 
c.2) Imóveis = 1 ano 
Prazos estes contados da efetiva entrega da coisa. Se o adquirente já estiver na 
posse do bem, o prazo será reduzido pela metade. 
 
* Vício por sua natureza só pode ser conhecido mais tarde. 
 
c.3) Móveis = 180 dias 
c.4) Imóveis = 1 ano Contados da ciência do vício. (art. 445 § 1º, CC). 
 
4. Evicção (art 447 CC) 
 
Conceito: É a perda da coisa por força de decisão judicial. 
O bem pode ser reavido por meio de uma ação reivindicatória. É uma garantia 
legal que o alienante da coisa vendida, responde pelo adquirente. 
 
5. Extinção do Contrato 
Os contratos podem ser feito de três formas: 
 
a) Resolução: O contrato é extinto sem culpa de nenhuma das partes. 
a.1) Sem Culpa - Caso Fortuito 
 - Força Maior 
Obs: “res pertit domino” – A coisa perece para o seu dono. 
 
a.2) Por onerosidade excessiva (art. 478, CC): 
- Nos contratos de execução diferida ou continuada. 
- Não cabe nos contratos de execução imediata. 
- Acontecimentos extraordinários ou imprevisíveis (teoria da imprevisão) 
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- Obrigação fica excessivamente onerosa para um com vantagem 
exagerada para outro (resolução). 
Ex: A pessoa pega empréstimo para obra de seu mercado. Vem um terremoto e 
destrói tudo que você reformou / construiu. Como a pessoa vai pagar o 
empréstimo se o terremoto acabou com tudo. 
Obs: O Juiz não é obrigado a extinguir o contrato, ele adota o princípio da 
preservação do contrato. 
 
b) Rescisão: O contrato é extinto com culpa de uma das partes. Existem três 
hipóteses: 
 b.1) Inadimplemento absoluto. Ex: Banda de festa que não vai. Não da 
para cumprir o contrato se ela não aparece na festa. 
 b.2) Inadimplemento relativo ou moral. Banda que chega atrasada. 
Verifica-se se ainda da para cumprir o contrato. 
 b.3) Contrato Nulo ou anulado (tendo culpa ou não). 
 
O culpado responderá: 
- Juros 
- Correção 
- Perdas e Danos 
- Honorários 
 
c) Resilição: Ocorre o desinteresse no contrato, ou seja, das partes ou de apenas 
uma delas. Pode ser: 
c.1) Bilateral (distrato). Ex: Acordo de vontades. 
c.2) Unilateral (exceção). Em alguns contratos o legislador permite a 
quebra do contrato por uma das partes. Ex: TV a cabo, telefonia, seguro, etc. 
 
VII - Contratos em Espécie 
 
1. Compra e venda (art 481) 
Conceito: Contrato pelo qual alguém (vendedor) se obriga a transmitir a 
propriedade de coisa certa a outrem (comprador) mediante o pagamento do 
preço em dinheiro. 
Obs.: No Brasil o contrato não transmite a propriedade, mas sim a tradição. 
 
a) Elementos 
a.1) Partes: Comprador e Vendedor 
a.2) Coisa: Determinada e Determinável 
a.3) Preço: Dinheiro (em regra em moeda corrente nacional, em 
contratos internacionais pode ser fixado em moeda estrangeira). 
 
b) Cláusulas acessórias da compra e venda. 
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b.1) Retrovenda (art. 505, CC): Somente pode ser inserida em contrato 
de compra e venda de bens imóveis. Deve estar registrada no cartório de 
registro de imóveis. 
Prazo máximo de até 3 anos. 
* Não se trata de uma nova compra, mas sim desfazimento do negócio, 
retroagindo a situação anterior. 
- Se dentro do prazo, o vendedor devolver o dinheiro corrigido e indenizar os 
custos e as benfeitorias necessárias - A Venda retroage a situação anterior. 
 
b.2) Preferência/Preempção (art. 513, CC): Cláusula acessória do 
contrato de compra e venda. Móveis e Imóveis. É uma nova compra. “Se quando, 
pelo preço”. 
Prazos: Bens móveis: 180 dias 
 Bens Imóveis: 2 anos 
 
IX - DIREITOS REAIS OU DAS COISAS 
 
Posse: é o exercício aparente de um dos direitos da propriedade. 
Propriedade: direitos inerentes - usar, gozar, dispor. 
 
IX.1 - POSSE 
Posse é o exercício aparente de um dos direitos da propriedade, ou seja, toda 
vez que observar uma pessoa que tem uma posse em seu bem, ele pode ser 
considerado o dono, que tem a posse. 
Não confundir com o direito de propriedade, onde ele usa, goza e dispõe. A 
posse existe no mundo da aparência e a propriedade existe na realidade. 
 
1. Teorias Explicativas sobre a posse: 
 
a) Teoria Objetiva: Foi desenvolvida por Hiering. Segundo ele esta teoria a 
posse é corpus, ou seja, é a visibilidade / exteriorização de um dos direitos da 
propriedade. A teoria objetiva é regra. 
 
b) Teoria Subjetiva: Desenvolvida por Savigny. Não basta o corpus, a posse é a 
soma do corpus mais o animus domini, ou seja, não basta se comportar como 
dono, ele tem que ter a intenção de ser dano do bem. 
Obs1: A teoria objetiva é Hiering X Corpus. 
Obs2: A teoria Subjetiva é Savigny. 
IPC: A usucapião é trabalhada como teoria subjetiva “ao usucapionem”. 
 
2. Fundamento da Posse: 
 
 
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a) Ad Possidendi ou Ius possidendi: É o direito à posse. Alem de deter a posse, 
tem a propriedade. É a posse com fundamento no direito de posse e na 
propriedade. 
Ex: Locador. 
 
b) Ius possessionis: É o direito de posse. É a posse com fundamento no simples 
fato da posse. 
Ex: Locatário. 
 
3- Classificação da Posse: 
 
a) Boa-fé e má-fé: Art. 1.201, CC/02, estabelece que o possuidor de boa-fé é 
aquele que ignora os vícios sobre a posse. Já o possuidor de má-fé é o que tem 
conhecimento sobre os mesmos. 
 
b) Posse Direta: Conhecida também como imediata é aquela exercida por quem 
esta utilizando o bem, utilizando a coisa, ou seja, a pessoa tem o contato físico 
com a coisa. 
 
Art. 1197 A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, 
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, 
de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse 
contra o possuidor indireto. (A proteção possessória poderá ser exercida contra 
terceiros e entre si). 
 
c) Posse Indireta ou Mediata: É aquela exercida a distancia por quem cedeu o 
uso do bem. Possuidor indireto. 
Ex: Locador e Comodante. 
 
Obs: Proteção possessória pode ser contra terceiro ou entre sim 
 
4- Noção de Posse: 
 
a) Posse Justa: É aquela que não é injusta. 
 
b) Posse Injusta: É aquela que é obtida de forma violenta, clandestina ou 
precária. 
b1) Posse Violenta: é aquela obtida mediante o uso ou ameaça de uso da 
força. Esta é adquirida de forma aparente (como se fosse crime de roubo do 
Direito Penal) 
b2) Posse Clandestina: é aquela obtida de forma oculta / escondida 
(Como se fosse crime de furto no Direito Penal). 
b3) Posse Precária: é aquela obtida mediante abuso de confiança. É 
comum quando temos um detentor quando resolve abusar da posse do possuidor. 
Ex: É aquela que toma conta da posse de outrem (Caseiro / Motorista). 
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5- Remédios / Ações /Interditos possessórios (gênero): 
São as medidas que o possuidor pode se valer para defender a sua posse 
(espécies). 
 
a) Interdito Proibitório: Quando o possuidor estiver em uma situação de mera 
ameaça. 
Ex: Estado de Sítio. Se houver ameaça de invasão. 
 
b) Reintegração de Posse: Quando o possuidor estiver em uma situação de 
esbulho. O possuidor está fora da posse e deseja ser reintegrado. 
 
c) Manutenção de posse: Quando o possuidor estiver em uma situação de 
turbação. O possuidor está sendo perturbado, estão entrando e saindo da posse 
dele. 
 
6- Questões Envolvendo Ação Possessória 
 
a) Liminar: Pode ter a Posse Nova (é aquela que tem menos de 01 ano e um 
dia), ou a Posse Velha (é aquela que tem pelo menos um ano e um dia), não tem 
direito a liminar, mas poderá requerer a tutela antecipada se preencher os 
requisitos necessários do art. 273, CPC. 
 
b) Natureza Dúplice das Ações Possessórias: Em regra dispensa a propositura 
da reconvenção, não é possível se for tratar assunto de posse. O simples fato de 
Contestar a ação possessória já estará se discutindo à posse. 
 
c) Natureza Fungível: As ações possessórias possuem a característica de 
fungibilidade, ou seja, se foi requerido ao juiz o interdito proibitório e era 
situação de reintegração de posse o juiz dará o remédio correto de acordo com o 
caso concreto. Pode ser substituído. 
 
d) Direito Astreintes: Multa diária, mesma coisa que preceito cominatório. 
 
Obs: O autor da ação possessória poderá pleitear de forma cumulada o pedido 
de Reparação e perdas e danos. 
 
X - PROPRIEDADE: 
 
1- Direitos da Propriedade: É a soma dos seus atributos (GRUD). 
 
a) Gozar ou Fruir: é o direito de retirar os frutos. Se eu sou dono do principal, 
tenho direito de retirar os frutos (fruto natural; fruto civil). É aquele que 
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decorre da exploração econômica do bem. Ex. Aluguel, dividendos, juros; Frutos 
industriais são aqueles produzidos pela pessoa, pelo homem. 
Ex: caneta. 
 
b) Reaver a Coisa / Buscar: é o direito de reaver a coisa onde quer que ela 
esteja e com quem ela esteja. Este direito é exercido por meio da Ação 
Reivindicatória. 
 
c) Usar / Utilizar: Consiste no direito de se servir das utilidades da coisa. Usar 
como lhe convém (função social da propriedade). O direito de propriedade deve 
ser exercido de forma que atenda aos interesses particulares, mas que não 
prejudique interesses com metas individuais ou direitos relativos a dignidade da 
pessoa humana. (são os direitos difusos e coletivos). 
Ex: direito ao meio ambiente saudável, direito de vizinhança, lei de 
zoneamento, estatuto da cidade (sofrem limitações). 
 
d) Dispor / Alienar: Pode ser exercido inter vivos (contrato) ou causa mortis 
(sucessão). A soma destes atributos constitui a propriedade plena. 
 
Gozar 
Reaver 
Usar 
Dispor 
 
Obs: Tem a propriedade plena sobre o bem. Se faltar um bem a propriedade é 
limitada. 
 
2. Direitos Reais de Garantia: 
- Extinção entre direitos reais e direitos pessoais. 
Obs: Direito Real é a mesma coisa no Direito Civil. 
 
a) Direito Real: A garantia é realizada por um determinado bem. Neste caso o 
Credor tem preferência. Se o bem for insuficiente para a garantia da dívida o 
devedor responderá com o restante do patrimônio. 
Ex: Hipoteca, penhor. 
 
b) Direito Pessoal: Á garantia é realizada por um patrimônio. Na fiança o credor 
não tem preferência. 
 
DIREITOS REAIS DIREITOS PESSOAIS 
Titular Sujeito Ativo (credor) 
Coisa Sujeito Ativo (devedor) 
* Poder que o titular exerce sobre a 
coisa 
* Direito de o credor exigir uma 
prestação do devedor 
Sequela 
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Eficácia “erga omnes” Eficácia “inter partes” Só entre as 
partes 
 
 
 
 REAL: Coisa (bem móvel ou imóvel) 
 / 
GARANTIA 
 \ 
 PESSOAL: Pessoa (fiança / fidejussória) 
 
c) Pacto Comissório: Em nosso país não é admitida cláusula no contrato de 
hipoteca ou penhor que permita o credor ficar com o bem no caso de 
inadimplemento da obrigação, mas não é proibido que o devedor ofereça o bem 
em pagamento da dívida. 
 
- Art. 1228 CC (Usar, Gozar, Dispor e Reaver a Coisa). 
� Usar: utilizar da coisa; 
� Gozar: perceber os frutos 
� Dispor: o direito de dispor da coisa é o direito de se desfazer da coisa. 
(vender, doar, abandonar, dar em garantia, dar em pagamento). 
� Reaver: a coisa das mãos de quem quer injustamente a possua ou a detenha. 
IPC: O direito de dispor é a mesma coisa que seqüela onde é a eficácia “erga 
omnes” (vale contra todos). 
Obs: Só é de direito real sobre o bem imóvel se estiver registrado no cartório de 
registro de imóveis. 
Ex: Art. 1228 CC – Proprietário pode usar, gozar, dispor e reaver. A propriedade 
pode ser plena ou pode ser limitada. Ela é plena quando o proprietário 
concentra todos os poderes em suas mãos (usar, gozar e dispor). Na propriedade 
limitada o proprietário não concentra mais os poderes em suas mãos. 
ATENÇÃO: Numa ação de despejo onde o proprietário é um menor (recebeu o 
imóvel por herança dos avós), quem tem o direito de propor a ação? Os pais pois 
eles são usufrutuários, o menor é o Nú-Proprietário. 
IPC: O usufrutuário é sempre quem aluga. 
 
O artigo 1225 do CC traz um rol taxativo em relação aos Direitos Reais. 
Vejamos inciso por inciso 
 
I – Propriedade; 
II – Superfície; 
III – Servidões; 
IV – Usufruto; 
V – Uso; 
VI – Habitação; 
VII – Direito do Promitente comprador do Imóvel; 
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VIII – Penhor; 
IX – Hipoteca 
X – Anticrese 
XI – Concessão de uso especial para fim de moradia; 
XII – Concessão de uso. 
 
- Inciso I é o direito real sob coisa própria (o proprietário exerce poderes sob 
uma coisa que pertence a ele mesmo); 
- Do inciso II ao VII relata sobre direito real sob coisa alheia. Pertence a uma 
outra pessoa. 
 
Ex: Direito de passagem (servidão) em propriedade alheia. 
Obs: Vai do maior número direto sob a coisa alheira e vai ate o menor número 
de direito sob a coisa alheia. Podemos ter como exemplo os incisos IV, V e VI 
onde a diferença do usufruto para o uso é que o usufruto pode usar e perceber 
os frutos, já no uso ele só pode usar. 
- O inciso VI é o direito de usar o imóvel como moradia do titular e de sua 
família. Ela tem menos direito. 
 
Ex: Art. 1831 em caso de contrair novo casamento mesmo por separação 
obrigatória (direito de uso). 
- Do inciso VIII ao X trás direitos reais de garantia 
 
Diferença entre Hipoteca x Penhor X Anticrese: 
 
2.1 Hipoteca: somente pode ser constituída sobre bem imóvel e sobre navios e 
aeronaves. Não transfere a posse do bem. Permite a penhora do bem e a sua 
futura execução. 
 
2.2 Penhor: somente se constitui sobre bem móvel. Em regra transfere a posse 
ao credor, mas deve-se ressaltar as exceções.
Ex. penhor agrícola, industrial, 
mercantil. Permite a penhora do bem e a sua futura execução. 
 
2.3 Anticrese: Se constitui sobre bem imóvel, não permite a penhora nem a 
execução do bem. O devedor transfere ao credor a posse do bem e o autor 
permite ao credor usufruir o bem. O credor irá abater da dívida os frutos 
percebidos. 
 
XI - DIREITO DE FAMÍLIA 
 
1. Casamento: É a união civil entre homem e mulher de conformidade com a lei. 
A fim de estabelecerem plena comunhão de vida. 
- Casamento é gratuito: A Celebração. 
- Habilitação, Registro e a 1ª certidão devem ser pagos. Salvo se a pessoa se 
declarar pobre, e então terá a gratuidade total. 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
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a) Habilitação: É o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar a 
regularidade de um casamento pretendido realizado no Cartório de Registro Civil 
das pessoas naturais no domicílio de qualquer um dos nubentes. 
1ª Os nubentes assinam um requerimento e juntam documentos (RG e Certidão 
de Nascimento). 
2ª O oficial publica os editais – Proclamas que serão fixados pelo prazo de 15 dias 
na porta do cartório do domicílio dos nubentes. 
3ª É emitida uma certidão de habilitação, esta terá um prazo de 90 dias, o qual 
é absolutamente improrrogável. 
 
Obs.: A celebração poderá ser realizada em qualquer lugar do país, desde que 
respeitada à autoridade local. 
 
Objetivo da Habilitação: verificar a capacidade matrimonial dos nubentes 
(idade). A idade núbil ocorre a partir dos 16 anos de idade para o homem e para 
a mulher. 
 
a1) Capacidade matrimonial - Idade para se casar 
 
- 18 anos ou mais: não é necessário autorização. 
- 16 ou 17 anos: a capacidade matrimonial é limitada, pois a pessoa precisa de 
autorização dos pais. 
Se houver divergência ou recusa injusta por parte dos pais, o menor poderá 
requerer ao juiz o suprimento judicial da vontade dos pais. 
- Menor de 16 anos: Excepcionalmente poderá se casar. Hipóteses: 1ª Gravidez, 
2ª Evitar o cumprimento de pena – Art. 1520, CC/02. 
 
Crimes contra os costumes: Ação Penal Privada – Permite o Perdão expresso / 
tácito, o qual extingue a punibilidade. Sendo permitido o casamento. No caso de 
Ação de natureza penal pública o perdão não extingue a punibilidade. 
 
a2) Inexistência de Impedimentos: Art. 1521, CC/02 – Proíbem a celebração do 
casamento: 
- Resultante de parentesco: incisos I ao V 
- Resultante de vínculo: 
- Resultante de crime: inciso VII 
Ocorrendo o casamento com a violação de qualquer das hipóteses do art. 1521, 
será considerado um casamento nulo. 
 
a3) Inexistência de causas suspensivas – Art. 1523, CC/02. 
Não geram a nulidade nem a anulabilidade, visam apenas coibi-lo impondo uma 
sanção de caráter patrimonial é a imposição do regime da separação obrigatória 
de bens. 
- Objetiva evitar a confusão patrimonial ( I, III, e IV) ou sangüínea (inciso II) 
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Pater is est: Essa presunção refere-se a todo filho de mulher casada tem como 
pai presumido o marido desta mulher. 
 
Atenção: Em todas as hipóteses de causas suspensivas as partes poderão 
requerer ao juiz que deixe de aplicar a sanção provando inexistência ou 
impossibilidade de confusão patrimonial ou de sangue. 
 
3.2. Separação: Faz cessar o direito de família. Ela pode ser litigiosa ou 
amigável 
A separação pode ser litigiosa ou amigável. 
 
a) Separação Litigiosa: Somente é possível através de procedimento judicial. Ela 
é dividida em três modalidades. 
 
a1) Separação Sanção: É aquela em que um dos cônjuges acusa o outro de grave 
violação dos deveres conjugais tornando-se insuportável a vida em comum. 
� é nessa separação que os bons querem provar a culpa. 
� atualmente a entendimento de que os juízes não estão obrigados a declarar 
quem foi culpado pela separação. Não se aponta o responsável. 
� Toda modalidade de separação tem um prazo específico. 
IPC: A separação sansão é a única espécie que não há prazo mínimo para pedir a 
separação. 
 
a2) Separação Remédio (art. 1572 §2º CC): É aquela que é feita por causa de 
alguma doença, ou seja, é aquela em que um cônjuge acusa o outro de estar 
acometido de grave doença mental e de cura improvável. 
� prazo mínimo de 2 anos para requerer a separação. 
� o cônjuge que pedir a separação remédio, perde todas as vantagens 
patrimoniais havidas com o casamento (§3º). 
Obs: O CC/02 revogou a cláusula de dureza que existia no CC/16 
 
a3) Separação Falência (art. 1574 CC): É aquela que decorre da separação de 
fato do casal há pelo menos 1 ano. 
 
b) Separação amigável ou consensual: Quando casal quer se separar por 
qualquer motivo. Existem dois requisitos. A Separação consensual (acordo) ou 
temporal. 
� Para requerer a separação consensual o casal tem que ter pelo menos um ano 
de casamento. 
� a separação amigável pode ser prejudicial ou extrajudicial. 
� o procedimento judicial é obrigatório quando o casal tem filhos menores e 
incapazes. 
� a obrigação é sobre a guarda e a visita dos incapazes. 
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� o procedimento extrajudicial nunca será obrigatório. Ele é realizado no 
cartório de notas onde é lavrada a escritura pública que tem os mesmos efeitos 
da separação judicial. 
Obs: Não cabe execução com pena de prisão no procedimento extrajudicial. Só 
cabe execução de penhora. 
 
3.3) Divórcio: O divórcio Poe fim ao vínculo matrimonial, permitindo novo 
casamento. 
Obs: Nunca se discute culpa no divórcio. O requisito para o divórcio em todas as 
suas modalidades é tão somente temporal. 
 
Espécies de Divórcio: 
 
a) Divórcio Direto: É aquele que independe de prévia separação. O requisito é 
apenas o prazo de 2 anos separado de fato. 
 
b) Divórcio Indireto ou Conversão: É aquele que tenta converter a separação 
em divórcio com isso acontece 3 hipóteses 
 
b1) Após 1 ano do transito em julgado da sentença de separação judicial; 
b2) Após 1 ano da escritura pública de separação; e, 
b3) Após 1 ano da liminar de separação de corpus (da data de efetivação da 
medida liminar) 
 
Linha do Tempo 
 
 30 dias 4 anos 5 anos 
├───────┼────────┼─────────┤ 
1 2 3 4 
Liminar TJ 
 
1- Medida cautelar de separação de corpus; 
2- Ação principal. Separação Sanção. 
3- Sentença 
4- Acordo 
 
IPC: A petição de divórcio indireto é uma petição simples logo após o 
deferimento da liminar, provando que tem mais de um ano da separação e pede 
o divórcio, tornando assim o processo mais célere não demorando tanto tempo 
quanto poderia terminar extinguindo o processo pela perda superveniente do 
processo. 
 
5. Regime de Bens (Art. 1639 CC) 
É o estatuto que regula as relações patrimoniais entre pessoas casadas ou que 
vivem em união estável. Existem três aspectos: 
ESTUDO PARA A 1ª FASE DA OAB 
 
Este material é composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a 
preparação para a prova da OAB e, por esse

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