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1. O estado cristalino 1.1 Tipos de cristais Sólido cristalino: átomos ou moléculas ligados de forma regular formando uma colecção periódica de pontos no espaço! REDE CRISTALINA periodicidade ordem de longo alcance Átomos ou moléculas nos pontos da rede formam a estrutura cristalina Célula Unitária: célula pequena mais conveniente, que contem as propriedades do cristal. FCCUnit Cell(a) Célula unidade do Cu, Al, Au, Ca, Cu, Ni, Pd, Pt, Rh, γ-Fe (>912ºC): cúbica centrada nas faces (FCC) 2R a a a a (c) Átomos compartidos entre as células 1/8 dos átomos dos cantos 1/2 dos átomos das faces estão na célula unitaria há 4 átomos na célula unitária Parâmetro de rede: longitude a da célula unitária a=0.362 nm R=0.128 nmCu FCC do Cu: estrutura cristalina de empilhamento compacto O volume da c.u. => 74% cheio de átomos a LayerA Layer B LayerA LayerA Layer B LayerA c a O Fe tem um estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (BCC). O volume da célula BCC está ocupado de átomos num 68% (menor que o empilhamento máximo). O Zn tem simetria hexagonal de empilhamento compacto (HCP) Célula unidade HCP A célula unidade anterior é a mais conveniente, não é a menor; a menor é a chamada célula unidade hexagonal (densidade de empilhamento atómico 74%) a C a a As Ga a a a Sólidos covalentes como Si ou Ge tem estrutura cristalina cúbica de diamante devido a natureza direccional da ligação covalente. A estrutura não é FCC e há 8 átomos na célula unidade. Estrutura “zinc blende” (segundo ZnS). Estrutura de muitos semicondutores (Ex. GaAs). Em sólidos iónicos os catiões (Ex., Na+) e os aniões (Cl-) em uma ligação não direccionada. A estrutura cristalina depende de: o cerca que os iões diferentes podem-se acercar; os iões diferentes se repelem mantendo ordem de longo alcance ou simetria. Depende da carga e tamanhos relativos por ião (b) Cl–Na+ Na+ Na+Cl– Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl–Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl– Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl–Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl– Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl–Cl– (a) 1¢ Ratio of radii = 1 Nearest neighbors = 6 25¢ 1¢ Ratio of radii = 0.75 Nearest neighbors = 4 Unit cell 25¢ 1¢ A two-dimensional crystal of pennies and quarters Importância do tamanho Podem ser 5, mais não há periodicidade de longo alcance. Cl– Na+ Cl– Cs+ Equivalente 3D: a célula unidade de NaCl: Na* ~ ½ do tamanho do Cl- o que permite 6 vizinhos próximos mantendo ordem de longo alcance. Uma célula unidade com Na+ e Cl- intercambiados também é possível e igualmente conveniente. Podemos descrever o cristal como dois unidades FCC interpenetradas, tendo Cada uma delas iões carregados opostamente nos cantos e nas faces. Quando aniões e catiões tem a mesma carga e tem quase o mesmo tamanho, como no cristal CsCl, a célula unidade é chamada de estrutura CsCl: cada catião é rodeado de 8 aniões (e vice versa) que estão no canto do cubo. Não é uma célula BCC verdadeira, pois os átomos nos Differentes pontos da rede são diferentes. Crystal Structure a and R(R is the radius of the atom) Coordination Number (CN) Number of atoms per unit cell Atomic Packing Factor Examples Simple cubic a = 2R 6 1 0.52 None BCC a = 4R/√3 8 2 0.68 Many metals: α-Fe, Cr, Mo, W FCC a = 4R/√2 12 4 0.74 Many metals Ag, Au, Cu, Pt HCP a = 2R c = 1.633a 12 2 0.74 Many metals: Co, Mg, Ti, Zn Diamond a = 8R/√3 4 8 0.34 Covalent solids: Diamond, Ge, Si, α-Sn. Zinc blende 4 8 0.34 Many covalent and ionic solids. Many compund semiconductors. ZnS, GaAs, GaSb, InAs, InSb NaCl 6 4 cations 4 anions 0.67 (NaCl) Ionic solids such as NaCl, AgCl, LiF MgO, CaO Ionic packing factor depends on relative sizes of ions. CsCl 8 1 cation 1 anion Ionic solids such as CsCl, CsBr, CsI Propriedades de algumas estruturas cristalinas importantes 1/8thofanatom Halfofanatom 2R a R R a a Considerar a célula unidade FCC do cristal de Cu mostrada na Fig. a) Quantos átomos há na célula unitária? b) Se R é o raio do átomo de Cu, mostrar que o parâmetro de rede a é dado por a=R2(2)1/2 c) Calcular o factor de empilhamento atómico (FEA) definido como: AFM=(Volume de átomos na célula unidade)/Volume da célula unidade d) Calcular a densidade do Cu, se a sua massa atómica é 63.55 e o raio dos átomos de Cu é 0.128 nm. 1.2 As redes de Bravais z x y c b b a a c O αβ γ UNITCELLGEOMETRY Varias possibilidades de escolha da célula unidade. Convenção: Geometria da célula unidade paralelepípedo de faces a, b, c e ângulos α, β, γ a, b, c, α, β, γ são os parâmetros de rede Os eixos x, y, z seguem as arestas do paralelepípedo e a origem está no canto baixo posterior esquerdo da célula. Para Cu e Fe, a geometria da célula unidade é a=b=c, α=β=γ=90º; simetria cúbica Para o Zn, a=b≠c, α=β= 90º, γ=120º; simetria hexagonal Só há 7 células unidade diferentes, baseadas nos diferentes parâmetros de rede. São os sistemas cristalinos Face centered cubic Simple cubic Body centered cubic Simple monoclinic Simple tetragonal Body centered tetragonal Simple orthorhombic Body centered orthorhombic Base centered orthorhombic Face centered orthorhombic Rhombohedral Hexagonal Base centered monoclinic Triclinic UNIT CELL GEOMETRY CUBIC SYSTEM a = b = c α = β = γ = 90° Many metals, Al, Cu, Fe, Pb. Many ceramics and semiconductors, NaCl, CsCl, LiF, Si, GaAs TETRAGONAL SYSTEM a = b ° c α = β = γ = 90° In, Sn, Barium Titanate, TiO2 ORTHORHOMBIC SYSTEM a ° b ° c α = β = γ = 90° S, U, Pl, Ga (<30°C), Iodine, Cementite (Fe3C), Sodium Sulfate HEXAGONAL SYSTEM a = b ° c α = β = 90° ; γ = 120° Cadmium, Magnesium, Zinc, Graphite RHOMBOHEDRAL SYSTEM a = b = c α = β = γ ° 90° Arsenic, Boron, Bismuth, Antimony, Mercury (<–39°C) TRICLINIC SYSTEM a ° b ° c α ° β ° γ ° 90° Potassium dicromate MONOCLINIC SYSTEM a ° b ° c α = β = 90° ; γ ° 90° α−Selenium, Phosphorus Lithium Sulfate Tin Fluoride Os 7 sistemas cristalinos (geometrias da célula unidade) e as 14 redes de Bravais Os sistemas cristalinos categorizam as células unitárias baseadas na sua geometria, não mostram onde os átomos são colocados na célula unitária. Não confundir a geometria da célula unitária com a rede!!!!! Conjunto periódico de pontos no qual se colocam os átomos Ex., no sistema cúbico há três redes: cúbica simples (SC), BCC e FCC. As três tem geometria cúbica (a=b=c; α=β=γ=90º), mais quando a unidade é repetida em 3D as Estruturas cristalinas são diferentes (como para o Cu e o Fe). Em 3D existem varias redes ou disposições de pontos: há 14 redes cujas células unidades tem uma das 7 geometrias dos sistemas cristalinos: são as redes de Bravais. 1.3 Índices de Miller: direcções e planos cristalinos a b c x yyo xo Pzo [121] Unit cell (a) Identification of adirection in a crystal. Direcções cristalográficas: é importante especificar uma direcção ou um plano particular de átomos. O módulo de elasticidade, a resistividade, a susceptibilidade magnética.... dependem da direcção. Convenção: a) todos os vectores paralelos tem os mesmos índices: a direcção pode ser deslocada para passar pela origem da célula unitária. b) conveniente colocar P onde a direcção corta uma superfície c) x0, y0, z0 projecções nos eixos x, y, z d) expressamos as coordenadas em termos dos parâmetros de rede a, b, c. Agora temos três coordenadas (x1,y2,z3) em termos de (a, b, c) x0, y0, z0 são (1/2)a, b, (1/2)c O ponto P x1, y2, z3 e (1/2), 1, (1/2) e) multiplicamos ou dividimos os números até obter os números inteirosmenores (incluindo o 0) [uvw] Se o número é negativo colocasse uma barra acima. [010] [100] [001] [010] [110] [111] [110] –a–y ax y [111] [111] [111] [111] [111] [111] [111] [111] Family of <111> directions Algumas direcções importantes da rede cúbica: Família de direcções: conjunto de direcções equivalentes <uvw> Ex.: [100], [010], [001].... no sistema cúbico são diferentes só pela forma na qual definimos x, y e z. As propriedades físicas direccionais ao longe da aresta do cubo são iguais para todas as arestas Ex: A família <100> representa a família das 6 direcções [100], [010], [001], [ 00], [0 0] e [00 ]11 1 Miller Indices(hk!) : 1 1/2 1 1 1 � (210) z intercept at� a b c z x y x intercept at a/2 y intercept at bUnit cell (a) Identification of a plane in a crystal Planos cristalográficos (os índices de Miller): a) tome os pontos de intersecção x0, y0, z0 do plano com os eixos x, y, z. Se o plano passa pela origem se pode fazer um outro plano paralelo ou deslocar a origem. Todos os planos deslocados um parâmetro de rede tem os mesmos índices de Miller. b) expresse x0, y0, z0 em termos dos parâmetros de rede a, b, c para obter x1, y1, z1 c) tome os inversos desses números 1/x1, 1/y1, 1/z1 d) reduza-os a três inteiros (normalmente, os menores inteiros) de mesma razão h, k, l (hkl) Intersecção x0, y0, z0 são (1/2)a, 1b e ∞ c Intersecção x1, y1, z1 em termos de a, b, c São ½, 1, ∞ Inversos 2, 1, 0 (210) Se um número é negativo, colocasse uma barra acima. (111) –z y x z x (110) z –y y y z (010) (010) (010)(010) x (100) (001) (110) (010) x z y (111) (b) Various planes in the cubic lattice. (010) Planes Os planos paralelos que diferem em deslocamentos múltiplos de parâmetros de rede tem os mesmos índices de Miller. Ex.: (0 0) e (010) 1 Não todos os planos paralelos são idênticos!!! Ex.: (020) e (010) Os planos tem um número diferente de átomos (020) não pode ser deslocado um parâmetro de rede para coincidir com (010) No caso de um cristal cúbico [hkl] é sempre perpendicular à (hkl) Família de planos: os seus índices são diferentes só como consequência da escolha de eixos. Ex.: (100) passa a (010) se trocamos os eixos x e y. Todos os planos (100), (010), (001), ( 00), (0 0) e (00 ) formam uma família de planos que é expressa {100}1 1 1 Intersecção: -b e b Intersecção: ½ b e b a FCCUnit cell z y x z=1/2a y=–a (012) O' Considere o plano mostrado na figura, que passa através de um lado de uma face e o centro da face oposta na rede FCC. Quais são os índices de Miller deste plano? Covalently bonded layer Layers bonded by van der Waals bonding Hexagonal unit cell Covalently bonded layer (b) Graphite Buckminsterfullerene (C60)molecule (the "buckyball"molecule) TheFCCunit cell of the Buckminsterfullerene crystal. Each lattice point hasa C60molecule Covalently bonded network of atoms Cubic crystal (a) Diamond unit cell (c) Buckminsterfullerene 1.4 Alotropia e as três fases do carbono Polimorfismo ou alotropia: e o facto de uma substâncias poder ter mais de uma estrutura cristalina. Ex.: Fe abaixo de 912 ºC é BCC (α-Fe) Fe entre 912 ºC e 1400 ºC é FCC (γ-Fe) Fe acima de 1400 ºC é BCC (δ-Fe) Cada estrutura do Fe é um alótropo ou polimorfo No Fe um alótropo se transforma em outro á temperatura de transição. Em outros casos a variação pode ser causada por outros factores (aplicação de uma pressão no caso da transformação grafito - diamante). Crystalline allotropes of carbon (ρ: ρ: ρ: ρ: density; Y: elastic modulus or Young's modulus) Graphite Diamond Buckminsterfullere ne Crystal Structure Covalent bonding within layers. Van der Waals bonding between layers. Hexagonal unit cell. Covalently bonded network. Diamond crystal structure. Covalently bonded C60 spheroidal molecules held in an FCC crystal structure by van der Waals bonding. Electrical And Thermal Properties Good electrical conductor. Thermal conductivity comparable to metals. Very good electrical insulator. Excellent thermal conductor, about 5 times more than silver or copper. Semiconductor. Compounds with alkali metals (e.g. K3C60) exhibit superconductivity. Mechanical Properties Lubricating agent. Machinable. Bulk graphite: Y ≈ 27 GPa ρ = 2.25 g cm-3 The hardest material. Y = 827 GPa ρ = 3.5 g cm-3 Mechanically soft. Y ≈ 18 GPa ρ = 1.65 g cm-3 Comment Stable allotrope at atmospheric pressure. High pressure allotrope. Laboratory synthesized. Occurs in the soot of partial combustion. Uses, Potential Uses Metallurgical crucibles, welding electrodes heating elements, electrical contacts, refractory applications. Cutting tool applications. Diamond anvils. Diamond film coated drills, blades, bearings etc. Jewelry. Heat conductor for ICs. Possible thin film semiconductor devices as the charge carrier drift mobilities are large. Possible future semiconductor or superconductivity applications. 1.6 Ligações e tipos de sólidos 1.6.1 Ligações: princípios gerais . . Interatomic separation, r0 FA= Attractive force FR = Repulsive force FN = Net force + ro – (a) Force vs r r = ∞ Molecule Separated atoms ro Force Repulsion Attraction Potencial Energy, E(r) + (b) Potential energy vs r Attraction Repulsion Formação da ligação: energia dos átomos juntos é menos que separados. Forças atractivas (FA) e repulsivas (FR). Argumentos similares para ligações entre muitos átomos. FA, FN variam de um material para outro. E(r) usada para compreender as propriedades do material: expansão térmica, elástica, etc. A força neta: FN=FA+FR A energia potencial: dE=FNdr Equilíbrio: FN=FA+FR=0 Separação da ligação r0 (bond length) dE/dr=0 Energia da ligação E0 (bong energy) (energia necessária para separar os átomos, energia de dissociação ou de coesão) mínimo r0 Eo – ro EA(atractiva) = -B/rm ER(repulsiva) = A/rn (ou Aexp(-r/α) E(r)= A/rn - B/rm 1.6.2 Ligação covalente: diamante Os átomos partilham electrões de valência para completar as camadas de electrões Ligação entre dois átomos de H para formar H2 1s 1 1 2 2 12 1s ligação covalente H2 H 109.5° C H H H H H H H Lshell Kshell Covalentbond C C H H H H covalent bonds Ligação covalente do metano CH4 C: [He]2s22p2 Ligação covalente (C-C) do diamante Número de coordenação (CN): 4 (numero de vizinhos próximos a um átomo) A energia de ligação é normalmente a maior de todos os tipos de ligação (atracção de Coulomb electrões-núcleo). Muito elevadas temperaturas de fusão; muito duros. Insolúvel em quase todos os solventes. Condutividade eléctrica muito baixa. Natureza direccional da ligação (e a sua força): materiais não dúcteis e não maleáveis. Perante uma força muito forte: fractura frágil. Freevalence electronsforming anelectrongas Positivemetal ioncores 1.6.3 Ligação metálica: cobre Átomos metálicos: poucos electrões de valência que podem ser facilmente removidos (com pouca energia). No sólido os electrões estão deslocalizados formando um gás de electrões ou nuvem de electrões entre os iões. Ligação: atracção entre os iões estacionários e os electrões movimentando se: partilha colectiva de electrões. Ligação não direccional. Sólidos de empilhamento compacto com elevados números de coordenação. Ex.: Cu; FCC Ligação não direccional: baixo uma força, os iões movimentam se, especialmente na presença de defeitos (deslocações). Metais dúcteis.Os electrões “livres” de valência respondem aos campos eléctricos aplicados. Condutividade eléctrica elevada. Os electrões respondem a um gradiente de temperatura. Boa condutividade térmica. Cl–Na+ Na+ Na+Cl– Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl–Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl– Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl–Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl– Cl– Cl–Na+ Na+ Na+Cl–Cl– 1.6.4 Ligação iónica: sal (NaCl) Frequente em materiais com um metal e um não metal. Cl 3p3s ClosedKandLshells Na 3s ClosedKandLshells (a) Cl– 3p3s Na+ FA r FA (b) Cl– Na+ ro (c) catião anião Energia de ionização: energia para remover o electrão do Na. Força de Coulomb O sólido consiste em catiões Na* e aniões Cl- ligados por forças de Coulomb. A força de Coulomb arredor de uma carga não e direccionada e pode ser atractiva ou repulsiva. Para o sólido ser estável cada Na+ dever ter Cl- como vizinhos e vive versa. Número de coordenação: 6 Esta carga é compensada pela atracção entre os iões carregados opostamente. O resultado final é una redução da energia potencial do par de iões Na+ e Cl- . Cl– Na+ ro = 0.28 nm 6 –6 0 –6.3 0.28nm Potential energy E(r), eV/(ion-pair) Separation, r1.5eV r=∞ Cl Na r=∞ Na+Cl– Cohesive energy Iões em equilíbrio (sólido estável): dE/dr=0; energia potencial mínima. Inicialmente são necessários 1.5 eV para formar Na+ e Cl- Mínimo (equilíbrio) 6.31 eV abaixo da energia dos átomos Na e Cl separados (r=0.28 nm) Energia de ligação por ião: 3.15 eV Energia de coesão: 3.15 eV (energia requerida para separar NaCl sólido em átomos Na e Cl) Cristais iónicos (LiF; MgO; CsCl; ZnS): materiais duros, frágeis, elevadas temperaturas de fusão comprados com os metais. Solúveis em líquidos polares (água). Isoladores eléctricos (normalmente). Maus condutores térmicos (os iões não podem passar facilmente a energia cinética vibracional aos seus vizinhos). Exemplo: NaCl Energia electrostática para uma separação r entre os iões: (ve)2/(4πε0r) v: valência do ião electro-positivo Força atractiva: (ve)2/(4πε0r2) Ex.: para uma separação iónica de r= 0.3 nm, a energia é da ordem de 5x10-19 J (típica para átomos em cristais) Cálculo apropriado: tendo em conta não só a interacção entre pares de iões próximos, mais as contribuições atractivas e repulsivas de outros iões. Cálculo directo mais tedioso. Isto é normalmente tomado em conta multiplicando o termo de interacção entre átomos vizinhos por um factor de correcção geométrico: a constante de Madelung, que depende dos detalhes estrutura cristalina. Para NaCl a constante de Madelung é quase exactamente 1.75. Para outras estruturas é entre 1.6 e 1.8 F F A B E(r) 1.6.5 Ligação de van der Waals (ligação secundaria) Átomos inertes: camadas cheias; não aceitam ou compartem electrões. Ex.: Ar, sólido abaixo de –189 ºC (ligação fraca) Força de van der Waals-London devida à interacção electrostática neta entre a distribuição electrónica de um átomo e o núcleo positivo de outro Momento dipolar eléctrico Definição de Momento dipolar F E(r)X = +Q -Q p=Qx τ τ E uniforme E grande E pequeno Campo devido a um momento dipolar Um dipolo em um campo externo E(r) experimenta um torque e uma força. F=pdE/dr Força em um dipolo E(r)=2p/(4πε0r3) Campo de um dipolo Origem da força de van der Waals-London: forças entre dipolos H Cl p (a)Permanentdipolemoment E Electronshell Atomicnucleus Centerof negative charge pinduced (b)Induceddipolemoment Os dipolos podem ser permanentes ou induzidos: HCl A molécula é polarizada Normalmente o momento dipolar induzido depende do campo E que o produz: pinduzido=αE αααα: polarizabilidade atómica Ligação de van der Waals (origem física da força de van der Waals-London): sincronização induzida dos movimentos electrónicos arredor do núcleo: atracção dipolo-dipolo induzida. Ligação fraca: um ordem de magnitude menor que as ligações iónicas, covalentes, e metálicas. Elementos inertes como Ne ou Ar solidificam a baixas temperaturas (-248 ºC (25 K) e –189 ºC (84 K)) Dipolo induzido em B devido ao campo em B devido a A: pinduzido=αE ∝ α/r3 Igualmente B creia um campo em A que induze um dipolo: pinduzido=αE ∝ α/r3 Força atractiva de B para A: F= pinduzido[dE/dr] ∝ (α/r3)[d/dr(1/r3)] ∝ α/r7 Timeaveragedelectron(negative charge) distribution ClosedLShell Ioniccore (Nucleus+K-shell) Ne A B Synchronizedfluctuations oftheelectrons vanderWaalsforce Instantaneouselectron(negative charge)distributionfluctuatesabout thenucleus. H O H H O H H O H H+ po p1 H+ O2– p2 Interacção dipolo induzido-dipolo induzido e força de van der Waals: Ne Atracção e ligação entre moléculas com momento dipolar permanente: H2O ligação de hidrogénio F= p0[dE/dr] ∝ p0[d/dr(p0/r3)] ∝ p02/r4 A ligação entre dipolos permanentes é maior que a ligação entre dipolos induzidos. Agua tem uma temperatura de solidificação maior que Ne ou Ar. + + + + Cl H po + + + + H Clpo van der Waals bonding C Cl H Cl H + + + +Cl H + + + + H Cl FORCE FORCE A ligação de van der Waals é responsável de manter ligadas as cadeias de carbonos nos polímeros. Ligação C-C: ligação covalente Ligação entre cadeias: ligação van der Waals (ligação secundaria) Ex.: polyvinyl chloride (PVC) Átomo de Cl: 5 electrões não compartidos (distribuição mais negativa que a do H) Ligação de hidrogénio entre o Cl de uma cadeia e o H da outra As ligações são fracas e fáceis de esticar ou romper. Os polímeros tem módulos de Elasticidade e temperaturas de fusão menores que os metais e os cerámicos 1.6.6 Ligação mista Tabela: Maior energia de ligação, maior temperatura de fusão, maiores módulos de elasticidade, menores coeficientes de expansão. Os metais tem, geralmente, as maiores condutividades eléctricas. Ocorre em muitos sólidos. Ligações polares: ligações covalentes entre átomos diferentes iões: os electrões são compartidos de maneira diferente, a ligação tem algum carácter iónico (os electões compartidos estám maior tempo perto de umos iões que de outros). Materiais III-V (Ga As) tem ligações covalentes polares (o electrão na ligação covalente está mais tempo arredor do ião As5+ que do ião Ga3+) Materiais cerâmicos geralmente contem elementos metálicos e não metálicos. Materiais frágeis, duros, isoladores eléctricos, temperaturas de fusão elevadas. A ligação pode ser covalente, iónica, ou uma mistura de ambas (partilha de electrões e formação parcial de catiões e aniões). Silicon Nitride (Si3N4): covalente; Magnesia (MgO): iónica; Alumina (Al2O3): mistura de iónica e covalente. Typical Solids Bond Energy eV /atom M elt. Tem . (°C ) E lastic M od. (GPa) Densi ty (g cm -3) Typical Properties Ionic NaCl, rock salt M gO, magnesia 3.2 10 801 2852 40 250 2.17 3.58 Generally electrical insulators. M ay become conductive at h igh temperatures. High elastic modulus. Hard and brittle but cleavable. Thermal conductivity less than metals. Metallic Cu Mg 3.1 1.1 1083 650 120 44 8.96 1.74 E lectr ical conductor. Good thermal conduction . High elastic modulus. Generally ductile. Can be shaped. Covalent Si C (diamond) 4 7.4 1410 3550 190 827 2.33 3.52 Large elastic modulus. Hard and brittle. D iamond is the hardest m aterial. Good electr ical in sulator. Moderatethermal conduction, though diamond has exceptionally h igh thermal conductivity. van der W aals: Hydrogen bonding PVC, polymer H2O , ice - 0.52 212 0 4 9.1 1.3 0.917 Low elastic modulus. Some ductility. E lectr ical insulator. Poor thermal conductivity. Large thermal expansion coefficien t. van der W aals: Induced dipole Crystalli ne Argon 0.080 ?189 8 1.8 Low elastic modulus. E lectr ical insulator. Poor thermal conductivity. Large thermal expansion coefficien t. Comparação dos tipos de ligações e propriedade típicas (tendências gerais) Silicon(or Arsenic) atom Oxygen (or Selenium) atom 1.5 Vidros e sólidos amorfos Sólido cristalino: periodicidade e grau de simetria. Ordem de longo alcance: comprimento e ângulo relativo da ligação bem definidos. Sólido cristalino. Ex.: SiO2 cristalino. (Densidade= 2.6 g cm-3) Sólido amorfo. Ex.: SiO2 vítreo. (Densidade= 2.2 g cm-3) Sólido amorfo (vidros): estrutura de um líquido gelado (supercooled liquid). Não há ordem de longo alcance: dobramento (bending) e rotações (twisting) aleatórias das ligações. Ordem de corto alcance. Formados por arrefecimento rápido ou “quenching” do líquido onde os movimentos atómicos são muito “lentos” e a cristalização e detida ( o ritmo de arrefecimento é medido com respeito ao ritmo de cristalização, que depende da difusão atómica). Dangling bond Representação esquemática 2D de um cristal de Si e de Si amorfo. Cada linha representa um electrão na ligação.
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