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07Aula 08. A Pol_ ¦ítica de Arist_ ¦óteles (Livro I)

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A Política de Aristóteles Livro I
Santana do Livramento, 11 de abril de 2011
Aristóteles
Nasce em 384 a.C. em Estagira
Filho de Nicômaco, médico pessoal de Amintas III da Macedônia (pai de Filipe e avô de Alexandre)
Foi educado na aristocracia
Muda-se para Atenas aos 18 anos
Torna-se discípulo de Platão na Academia
É convidado por Filipe II para ser tutor de Alexandre
Morre em 322 a.C.
A Política
Introdução: Da origem do Estado
Estado  esperança de um bem
O Estado é a sociedade que propõe a maior vantagem possível
Erro comum: achar que um Estado é apenas uma família estendida
Natureza: comanda quem pode e obedece quem só pode ajudar com o labor corporal
A Política
Introdução: Da origem do Estado
Importância de se buscar a origem para explicar o Estado
Principal sociedade natural: família
Homem  animal cívico
Cidade: basta-se a si mesma, conserva a existência e busca o bem-estar
Se a natureza de cada coisa é o seu fim, a sociedade está nos desígnios da natureza
Toda a cidade está na natureza e o homem é naturalmente feito para a sociedade política
Ninguém basta-se a si mesmo
A Política
Introdução: Da origem do Estado
O homem civilizado é o melhor de todos os animais
Porém, quem não conhece a justiça é o pior de todos
Perigo da injustiça armada
O uso das armas só é lícito para a justiça
Base da justiça social: discernimento e respeito pelo direito
“Aquele que não precisa dos outros homens, ou não pode resolver-se a ficar com eles, ou é um deus, ou um bruto”
Livro I: Do governo doméstico
Do senhor e do escravo
Para falar do Estado, primeiro deve-se falar do governo doméstico
Partes primitivas e mais simples: senhor e escravo, marido e mulher, pai e filhos  quais suas funções
Poderes domésticos:
Despotismo: poder do senhor sobre o escravo
Poder marital: do marido sobre a mulher
Poder paternal: do pai sobre os filhos
*Poder econômico
Servidão natural
A coisa possuída está para o possuidor como a parte está para o todo (escravo – senhor)
É justa a escravidão? Alguém nasce para ser escravo? (Direito)
Uns nascem para comandar e outros para obedecer: o mando é mais nobre quanto mais elevado for o súdito
Por sua natureza, o homem é constituído de uma alma e de um corpo
A alma deve ter controle sobre o corpo  quando ocorrem vícios, está-se contra a natureza
Autoridade
Relação
Senhor
Alma sobre o corpo
Magistrado
Razão sobre as paixõeshumanas
A igualdade e a alternância seriam, portanto, nocivas
Homem naturalmente superior aos animais  Macho “naturalmente” superior à fêmea
Para quem não tem nada melhor a oferecer, é melhor servir do que ficar à sua própria mercê
“É naturalmente escravo aquele que tem tão pouca alma e poucos meios que resolve depender de outrem”
Os indivíduos inferiores devem ser submissos  relação com a beleza?
Servidão convencional
Aquele tomado em guerra pertence ao vencedor
Isto é justo? Duas vertentes:
Direito anda junto com benevolência
Pela essência do direito, o mais valente deve comandar
“A superioridade da coragem não é uma razão para sujeitar os outros”
A lei pode ser justa, mas se a guerra tiver razões injustas, o capturado será escravo por justa causa?
Para evitar arbitrariedades, deve-se encontrar uma regularidade naqueles que, em todos os contextos, nascem para servir
Escravo “amigo” e “inimigo” do senhor (último como resultado da guerra)
Diferença entre despotismo e poder político (objeto-alvo do poder)
Governo doméstico: “monarquia”
O governo civil pertence a todos que são livres
“A natureza nada fez de imperfeito, nem de inútil; ela fez tudo para nós”
Guerra  meio natural de adquirir
A guerra se opera como a caça: é usada contra os homens que, apesar de terem nascido para servir, se recusam a fazê-lo  guerra justa
Riqueza
A moeda é inventada para as necessidades do comércio
Tudo tem dois usos: o certo e o errado. Também é o caso da moeda
Porém, a moeda é apenas uma convenção, que, caso mudasse, não conservaria o mesmo valor
“As verdadeiras riquezas são as da natureza; apenas elas são objeto da ciência econômica”
Todas as artes querem ser o mais que podem ser
O comércio quer ser o mais que pode ser
Outras artes, como a medicina e a carreira militar, extrapolam seu fim maior e passam a ser meios de se obter riqueza
O governo pressupõe a existência de alimentos, de boa saúde, etc.
Há duas maneiras de se enriquecer: uma pela economia e pelos trabalhos rústicos e a segunda pela convenção
A primeira merece elogios e a segunda não
Usura: gênero contrário à natureza  a coisa gerada é igual à que gera
Poder marital e paternal
Mulher  cidadã
Filhos  súditos
Virtudes da alma: as partes que mandam e as que obedecem  qualidades diferentes, mas necessárias
O mesmo se aplica aos homens e seus escravos/crianças/mulheres
Temperança, força e justiça não devem ser as mesmas no homem e na mulher

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