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Sistema Nervoso: Funções e Divisões

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Introdução:
 O ser biológico e portanto o ser humano também é definido pelo que é e pelo que faz. Considera-se que um ser humano está vivo, quando está em atividade biológica, física, química e elétrica e mais recentemente eletromagnética. Todos estes fenômenos devem trabalhar em conjunto para que a vida possa existir, e tanto é assim que para definirmos a morte de um indivíduo, determinamos se há ou não morte cerebral ou seja, investigamos com auxílio da semiologia e de exames subsidiários quais são as condições da vascularização cerebral, atividade reflexa de tronco cerebral e atividade elétrica cerebral.
As diferentes partes do corpo precisam funcionar em conjunto. Para realizar estas funções, o corpo humano depende de mecanismos de coordenação e controle das suas funções orgânicas, e que entram em ação o tempo todo, dependente ou independente da nossa vontade. Quase todo o mecanismo de coordenação e controle das funções orgânicas funcionam graças ao Sistema Nervoso (SN).
Formado por bilhões de células nervosas, o nosso Sistema Nervoso funciona como uma grande rede de comunicações, em que as mensagens têm a forma de sinais químicos e elétricos num movimento incessante pelo corpo. Numa rede telefônica existem a central telefônica (que recebe as chamadas e realiza as ligações de um ponto a outro) e os fios (que conduzem as mensagens e as respostas). Assim também é o nosso Sistema Nervoso que se divide em duas partes: - Sistema Nervoso Central (SNC) - Sistema Nervoso Periférico (SNP).
O mestre médico, físico e matemático. Avicena (séc.X), postulou que o homem só existia como tal pois interagia com o meio ambiente, e só o fazia pois o meio existia, e que disfunções orgânicas e mentais só existiam em situações de extrema e traumática estimulação por parte do meio, e/ou uma má associação (interpretação dos fatos), e conseqüentemente uma resposta(motricidade), deturpada. Tal afirmação de Avicena mostrou-se correta, muitos séculos depois, com experimentos onde privou-se o animal de todo e qualquer tipo de influxos sensitivos (através de lesões provocadas em áreas específicas do tronco cerebral), sendo que nesta situação o animal entrou em coma.
A atividade psicosocial existe quando o indivíduo relaciona-se com o meio ambiente, e obviamente para isto, ele deve ser teus sistemas funcionando adequadamente pois só assim seu relacionamento com o meio será pleno em todos os sentidos. Quem comanda esta relação é o Sistema Nervoso Central E Periférico através da sensibilidade responsável por receber as informações do ambiente (visual, auditiva, táctil, olfativa, gustativa e magnoelétrica, esta última carece demais estudos físicos quânticos), através da associação (atenção, memória, praxia, gnosia, linguagem, reflexos, etc ...) e através damotricidade que permite respondermos ao ambiente (motricidade esquelética, cardíaca e lisa, e secreções e etc...).
Sistema Nervoso Central
Divisão
Partes
Funções gerais
Sistema nervoso central (SNC)
Encéfalo
Medula espinal
Processamento e integração de informações
Sistema nervoso periférico (SNP)
Nervos
Gânglios
Condução de informações entre órgãos receptores de estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas...)
Índice
Introdução	01
Sistema Nervoso	..........05
O Cérebro e o Sistema Nervoso	06	
Sistema Nervoso Central	07	
Medula Espinhal	07
Função da Medula Espinhal	08
As Meninges	09
Encéfalo	10
Bulbo Raquidiano	11
Protuberância Anular	11
Cerebelo	11
Tálamo	12
Hipotálamo	12
Cérebro	13	
O que é seu cérebro?	13
Componentes do cérebro	14
Córtex Cerebral	14
Funções do Hemisférios Cerebrais Direito e Esquerdo	16
Sistema Límbico	17
Sistema Reticular Activante	17
Neurônios	17
As Sinapses	18
A Mielina	20
Tipos de Neurônio	21
A Fisiologia Neural	21
A Condução Saltatória	22
A Localização dos Neurônios	23
Neuróglia	25
Os Astrócitos	25
A Micróglia	25
O Encéfalo dos Vertebrados	26
O Telencéfalo, ou cerebro	26
O Diencéfalo	26	
O Mesencéfalo	27	
O Metencéfalo, ou cerebelo	27
O Mielencéfalo, ou bulbo	27
Funções do Córtex	27
Sistema Nervoso Periférico	29
Os Nervos	29
O Sistema Nervoso Autônomo	30
Classificação dos Receptores Sensorial	31
Conclusão	32
Bibliografia	33
O Sistema Nervoso
O cérebro é responsável pelo controle de todas as atividades orgânicas do corpo humano. Dividido em regiões, o cérebro abriga uma variedade muito grande de funções. O ser humano tem cinco sentidos básicos que são o paladar, o tato, o olfato, a audição e a visão. Situados na língua , os sensores do paladar transmitem para o cérebro informações que, combinadas ao olfato, criam a sensação do chamado sabor. Já o tato nos permite distinguir a forma, a temperatura além da pressão e a dor. Os nervos, que enviam impulsos ao nosso cérebro , nos avisam que algo esta sendo tocado. O olfato, por sua vez, utiliza as membranas olfativas que, em contato com moléculas da substância, envia mensagens ao cérebro através das células receptoras. A audição utiliza um sofisticado receptor: o ouvido humano. Através de uma estrutura com capacidade vibratória, o ouvido humano é capaz de perceber sons dentro de uma faixa de freqüência de vinte a vinte mil Hz. A visão utiliza órgãos sensíveis à luz, que são os olhos. Há diversas regiões do cérebro que reagem aos estímulos luminosos e que permitem distinguir a forma, o tamanho e a cor, entre outras informações.
O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso tem como unidade básica os neurônios que diferem quanto á sua dimensão, localização e às funções. Por outro lado, o sistema nervoso organiza-se em diferentes partes. Quanto aos neurônios as suas funções estão bem estabelecidas. Têm uma organização estrutural que lhes permite atuar uns sobre os outros química e eletricamente. As principais estruturas características de um neurônio são o corpo da célula nervosa (soma), que contém o núcleo; os dentritos, que recebem atividade das células adjacentes e conduzem atividade para a soma; e o axônio, que conduz atividade para outros neurônios ou para músculos e glândulas. A sinapse é o local de interação funcional entre os neurônios e verifica-se principalmente na soma e nos dentritos do neurônio.
Quanto às estruturas do sistema nervoso e à sua divisão podemos dividir o sistema nervoso em duas partes: Sistema nervoso central (SNC), o qual se encontra alojado no canal raquídio e na cavidade craniana e o sistema nervoso periférico (SNP) constituído pelos nervos que ligam o SNC a todos os locais do organismo humano.
O Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central (Snc) / Sistema Nervoso Periférico (Snp) 
a -Sistema Nervoso Somático 
Nervos Sensoriais / Encéfalo 
Nervos Motores / Encéfalo Posterior 
b -Sistema Nervoso Autónomo 
Bolbo Raquidiano - 
Divisão Simpática / Cerebrelo 
Divisão Parasimpática / Protuberância / Encéfalo Médio /- Encéfalo Anterior 
C - Sistema Reticular Activante (Sra) 
Tálamo / Cérebro / Hemisférios / Lobos Cerebrais / Áreas Corticais / Hipotálamo 
D - Sistema Límbico 
Hipocampo / Amigdala / Septo / Bolbo Olfactivo 
SISTEMA NERVOSOS CENTRAL
A origem do Sistema Nervoso dá-se na formação do Tubo Neural O Sistema Nervoso se desenvolve a partir da ECTODERME. O folheto ectodérmico da pele em desenvolvimento invagina-se ao longo da linha média de dorso, da cabeça à cauda. À medida que o TUBO é formado, o ectoderma se separa dele. Este TUBO NEURAL torna-se o ENCÉFALO e a MEDULA ESPINHAL.
	As células da CRISTA NEURAL irão se diferenciar em certas células do Sistema Nervoso Periférico. o mesoderme circunjacente formará o crânio (para o encéfalo), a coluna vertebral (circunda a medula espinhal) e os músculos relacionados. A NOTOCORDA (um cordão primitivo de sustentação para o embrião) será absorvidapela coluna vertebral em desenvolvimento e resquícios dela permanecerão como o núcleo dos discos invertebrais.
	O sistema nervoso central começa como um tubo neural oco, dorsal. A cabeça ou um terço cefálico do tubo passa por uma proliferação significativamente maior que os dois terços caudais. Esta porção cefálica tornar-se-á o encéfalo e a porção caudal, a medula espinhal.
O sistema nervoso central divide-se em: espinhal medula, que ocupa o canal raquídio e encéfalo que se aloja na cavidade craniana. O encéfalo, por sua vez divide-se em rombencéfalo (ou encéfalo posterior), mesencéfalo (ou encéfalo médio) e prosencéfalo (ou encéfalo anterior). Do ponto de vista da conformação geral e pelo que se refere à sua conformação exterior, o sistema nervosos central apresenta-se-nos como uma volumosa massa, o encéfalo, prolongando-se para baixo por uma longa haste, e a espinhal medula.
ESPINHAL MEDULA
A espinhal medula é um longo cilindro de onde emergem os nervos raquidianos e apresenta-se como um cordão (com aproximadamente 40 cm de comprimento) constituído por nervos localizados no interior da coluna vertebral, desempenhando as funções de condução e coordenação. Ocupa o canal vertebral, desde a região do atlas – primeira vértebra – até o nível da segunda vértebra lombar. Da medula partem 31 pares de nervos que se ramificam. Por meio dessa rede de nervos, a medula se conecta com as várias partes do corpo, recebendo mensagens de vários pontos e enviando-as para o cérebro e recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as várias partes do corpo.
A espinhal medula é ligada ao encéfalo pelo bulbo raquidiano, sendo as comunicações entre a medula, cérebro e cerebelo asseguradas pelo tronco cerebral que estabelece a transmissão de informações através dos pedúnculos (feixes de fibras nervosas).
Uma vez que o interior da espinhal medula tem cor cinzenta e o seu exterior é branco podemos referir a conformação interna do SNC. Este é sempre constituído por substância cinzenta e substância branca, o que difere é o modo como ambas se distribuem em cada segmento do SNC. A substância cinzenta é constituída por corpos celulares e forma centros nervosos enquanto a substancia branca é constituída por cilindros - eixos revestidos de mielina. 
Na espinhal medula a substancia cinzenta ocupa o eixo deste segmento do SNC e é nesta substancia que vão ter origem os nervos raquidianos. A substancia branca envolve completamente a substancia cinzenta e vai constituir diversos feixes, uns ascendentes, que são sensitivos, outros descendentes, que são motores.
Para melhor compreensão, temos que, a espinhal medula em corte horizontal apresenta a substancia cinzenta em forma de H (maiúsculo), no centro do qual se observa o canal do apêndimo. Pode considerar-se-lhe uma ponta anterior e uma ponta posterior, cada uma delas dividida numa cabeça e numa base. É na base que se encontra o canal do apêndimo onde circula líquido céfalo raquídeo. É necessário ter em conta que a ponta anterior é motora e a posterior sensitiva. A substancia branca está à volta da substancia cinzenta e podemos dividi-la em cordão anterior, cordões laterais e cordão posterior.
FUNÇÕES DA ESPINHAL MEDULA
Função condutora (transmissão de sinais) : a espinhal medula transmite as mensagens os receptores para o cérebro e deste para os músculos e glândulas, isto é, é responsável pela condução de e para o encéfalo. Ao receber os sinais dos órgãos dos sentidos e dos músculos transmite-os ao cérebro, por sua vez este envia para a medula, através dos axónios, ordens referentes à movimentação de músculos.
Função coordenadora (atividade reflexa) : a espinhal medula é o cento coordenador das atividades reflexas. Refere-se ao mecanismo que permite uma resposta motora a um estímulo. 
FIGURA 2 - ESPINAL MEDULA
As Meninges
Sabe-se que o encéfalo e a medula espinhal estão protegidos por estruturas ósseas: o crânio (para o encéfalo) e as vértebras (para a medula). Mas nem o encéfalo entra em contato direto com os ossos do crânio, nem a medula toca diretamente as vértebras. Envolvendo esses órgãos, existem três membranas chamadas meninges. São elas:
Dura-máter ( é membrana externa que fica em contato com os ossos;
Pia-máter ( é a membrana interna, que envolve diretamente os órgãos;
Aracnóide ( é a membrana intermediária entre as outras duas.
Entre a pia – máter e aracnóide existe um líquido, chamado liquido cefalorraquidiano.
Ele protege os órgãos do sistema nervoso central contra choques mecânicos.
ENCÉFALO
O encéfalo é a região do sistema nervoso central contida na caixa craniana. Os órgãos encefálicos dividem-se em três estruturas:
FIGURA 3 - O CÉREBRO
 
FIGURA 4 - O CÉREBRO 
Bolbo (ou bulbo) Raquidiano
Bolbo (ou bulbo) Raquidiano: é o prolongamento da parte superior da espinhal medula que estabelece a ligação ao encéfalo. Contém todos os feixes e fibras ascendentes e descendentes interligando o cérebro e a espinhal medula. A maior parte dos nervos cranianos possuem a sua entrada e saída no bolbo raquidiano. As suas funções distribuem-se pelo comando das funções vitais como o ritmo cardíaco, a respiração e a pressão arterial; recebe informação dos sentidos situados na cabeça e fornece impulsos de controlo motor dos músculos da cabeça. Relativamente à conformação interna, tal como na espinhal medula, encontra-se substância branca periférica e substância cinzenta central. No entanto, a substância cinzenta não é contínua, mas sim fragmentada em núcleos, os quais são o ponto de origem ou terminação das fibras motoras e sensitivas.
Protuberância Anular
Protuberância Anular: localiza-se abaixo do cérebro acima do bolbo, contém um grande feixe de fibras cruzadas na região inferior. Como o próprio nome indica, a ponte serve de passagem de impulsos que vão ao cérebro. A ponte está també relacionada com reflexos associados às emoções, como o riso e as lágrimas. Diversos núcleos de nervos cranianos que se encontram na protuberância desempenham um papel essencial na alimentação e na expressão facial. Além disso, é também na protuberância que se localizam certos dispositivos de ordem superior em relação ao sistema auditivo, neurônios que atuam para inibir e facilitar os neurônios motores espinais e os núcleos respiratórios adicionais. É o local de passagem de fibras nervosas que unem os diferentes níveis do Sistema Nervoso Central.
Cerebelo
Cerebelo: é uma estrutura que cobre a protuberância e exibe um aspecto muito circunvolucionado com um grande número de lóbulos separados entre si por fissuras. Apresenta um formato semelhante ao cérebro, mas dez vezes mais pequeno. O córtex e os núcleos subjacentes do cerebelo recebem conexões do sistema vestibular, das fibras sensitivas espinais, dos sistemas auditivo e visual, das várias regiões do córtex cerebral e da formação reticular. O cerebelo envia fibras motoras na direção do tálamo, formação reticular e outras estruturas do tronco cerebral. O cerebelo está ligado à regulação da coordenação motora coordena os movimentos comandados pelo cérebro, garantindo uma perfeita harmonia entre eles, é responsável pela manutenção do equilíbrio e postura do corpo, controla a coordenação e aprendizagem de movimentos e está ligado aos atos motores complexos e rápido, dá o tônus muscular, isto é, regula o grau de contração do músculo em repouso.
A remoção do cerebelo produz um síndroma característico de movimentos espasmódicos e incordenados 
 .FIGURA 5 - O CÉREBRO 
Tálamo
Tálamo: grande agrupamento de núcleos localizado acima do tronco cerebral e perto do centro do cérebro. Ao tálamo chegam a maior parte das fibras visuais, auditivas e tácteis e é o responsável por distribuir e processar as informações motoras e sensoriais destinadas ao córtex cerebral. Está ainda envolvido na regulação dos níveis de atenção e do sono.
HipotálamoHipotálamo: conjunto de pequenos núcleos situados sobre o tálamo e em ligação com a hipófise. Regula a atividade autônoma e a secreção hormonal através da glândula pituitária. É a principal estrutura cerebral central em relação com as funções do sistema nervoso autônomo, particularmente com a sua divisão simpática. O hipotálamo interconecta-se com múltiplas regiões do cérebro, é o regulador de funções biológicas básicas como a fome, sede, excitação sexual, temperatura corporal, bem como a agressividade instintiva e circulação sanguínea.
É com J. Fulton (1899-1960), fisiologista americano que se estudou diretamente o cérebro animal e humano, considerando-o como órgão dos comportamentos do psiquismo. Praticamente só apartir de 1950 é que o cérebro humano se tornou objeto de experiências correntes. No entanto, apesar de se conhecer melhor o funcionamento do cérebro, ele continua a ser um dos órgãos mais misteriosos.
Para começar, abordamos o sistema nervoso (centro coordenador), uma vez que perceber a sua organização é fundamental. O sistema nervoso tem como unidade básica os neurônios que diferem quanto á sua dimensão, localização e às funções. Por outro lado, o sistema nervoso organiza-se em diferentes partes.
Quanto aos neurônios as suas funções estão bem estabelecidas. Têm uma organização estrutural que lhes permite atuar uns sobre os outros química e eletricamente. As principais estruturas características de um neurônio são o corpo da célula nervosa (soma), que contém o núcleo; os dendritos, que recebem atividade das células adjacentes e conduzem atividade para a soma; e o axônio, que conduz atividade para outros neurônios ou para músculos e glândulas. A sinapse é o local de interação funcional entre os neurônios e verifica-se principalmente na soma e nos dendritos do neurônio.
Cérebro
Cérebro: constitui a estrutura principal do encéfalo, ocupando a maior parte do volume da caixa craniana, constituída por dois hemisférios. É o órgão que contém os centros nervosos relacionados com os sentidos, a memória, o pensamento e a inteligência.. O cérebro coordena também as ações voluntárias desenvolvidas pelo indivíduo, além de comandar atos inconscientes. Considerado o órgão do psiquismo, foi no final do século XIX que se verificaram grandes progressos no conhecimento íntimo da arquitetura do cérebro através das técnicas de coloração.
Neste campo, destacou-se Rammon e Cajal pelos seus contributos. O interior do cérebro contém uma substância branca enquanto o exterior constitui-se por uma fina camada de substância cinzenta, a qual reveste a superfície dos hemisférios e designa-se por córtex cerebral.
O que é o cérebro?
O cérebro é a parte do sistema nervoso central que fica dentro do crânio. É a parte mais desenvolvida e a mais volumosa do encéfalo, pesa cerca de 1,3 kg e é uma massa de tecido cinza-róseo. Quando cortado, o cérebro apresenta duas substâncias diferentes: uma branca, que ocupa o centro, e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral. O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas. Cada uma delas controla uma atividade específica. A presença de grande áreas cerebrais relacionadas ao controle da face e das mãos explica por que essas partes do corpo têm tanta sensibilidade. No córtex estão agrupados os neurônios.
Componentes do cérebro
O cérebro é composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas (neurônios), o cérebro contém células da glia (células de sustentação), vasos sangüíneos e órgãos secretores. Ele tem três componentes estruturais principais: os grandes hemisférios cerebrais, em forma de abóbada (acima), o cerebelo, menor e com formato meio esférico (mais abaixo à direita), e o tronco cerebral (centro). No tronco cerebral, destacam-se a medula alongada ou bulbo raquiano (o alargamento central) e o tálamo (entre a medula e os hemisférios cerebrais). 
 Os hemisférios cerebrais são responsáveis pela inteligência e pelo raciocínio. 
 O tronco encefálico, formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula oblonga, conecta o cérebro à medula espinal, além de coordenar e entregar as informações que chegam ao encéfalo. Controla a atividade de diversas partes do corpo.
 O mesencéfalo recebe e coordena informações referentes ao estado de contrações dos músculos e à postura, responsável por certos reflexos. O cerebelo ajuda a manter o equilíbrio e a postura. O bulbo raquiano está implicado na manutenção das funções involuntárias, tais como a respiração. A ponte é constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas que ligam o córtex cerebral ao cerebelo. O tálamo age como centro de retransmissão dos impulsos elétricos, que viajam para e do córtex cerebral.
O córtex cerebral
O córtex cerebral divide-se em dois hemisférios - o esquerdo e o direito - ligados por um feixe de fibras denominado corpo caloso. Por sua vez, cada hemisfério apresenta quatro Lóbulos Cerebrais.
					
	 					Bolbo Raquidiano	
Encéfalo Posterior / Metencéfalo Cerebelo
							Protuberâncias
Encéfalo Médio / Mesencéfalo Sistema Reticular Activante
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- Lobo frontal: área motora
- Lobo temporal: área auditiva
- Lobo parietal: área sensorial
- Lobo occipital: área visual
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1. Lobo Frontal:
Elabora o pensamento, o planeamento, a programação de necessidades individuais e emoções.
2. Lobo Temporal: 
Relaciona-se com o sentido de audição, reconhecendo a intensidade do som e determinados tons.
Se esta região se afetar, provoca deficiência de audição ou surdez. Reconhece-se ainda o papel no processamento da memória e emoção.
3. Lobo Parietal:
Responsável pela sensação de dor, tacto, gustação, temperatura, pressão. Relaciona-se ainda com a lógica matemática.
4. Lobo Occipital: Responsável pelo processamento da informação visual.
Os hemisférios cerebrais possuem formas distintas de processar a informação e cada hemisfério controla a metade oposta do corpo humano (ex.: a mão esquerda é controlada pelo hemisfério direito). O hemisfério esquerdo é responsável pela linguagem verbal, pelo pensamento lógico e abstrato e pelo cálculo. Por outro lado, o hemisfério direito controla a percepção das relações espaciais, a formação de imagens e o pensamento concreto. Pode-se dizer que o hemisfério esquerdo é o lado intelectual enquanto o hemisfério direito está ligado à arte e imaginação.
Ainda relativamente ao cérebro, é neste órgão que se localizam a sensibilidade consciente, a mobilidade voluntária e a inteligência, ao mesmo tempo que coordena as ações voluntárias e comanda atos inconscientes.
Funções dos hemisférios cerebrais direito e esquerdo
Embora os hemisférios cerebrais tenham uma estrutura simétrica, ambos com os dois lóbulos que emergem do tronco cerebral e com áreas sensoriais e motoras, certas funções intelectuais são desempenhadas por um único hemisfério. Geralmente, o hemisfério dominante de uma pessoa ocupa-se da linguagem e das operações lógicas, enquanto que o outro hemisfério controla as emoções e as capacidades artísticas e espaciais. Em quase todas as pessoas destras e em muitas pessoas canhotas, o hemisfério dominante é o esquerdo. Esses dois hemisférios são conectados entre si por uma região denominada corpo caloso. 
Sistema Límbico
Sistema Límbico: é constituído por várias estruturas: o hipocampo, o cepto, a amígdala e o bolbo olfativo. Situam-se próximo do centro dos hemisférios cerebrais, na margem do tronco cerebral. O sistema límbico tem extensas conexões com o hipotálamo e está envolvido no controlo de atividades emocionais e alguns aspectos da aprendizagem e da memória. É também considerado o cérebro das emoções. A ação conjunta das estruturas do sistema límbico com o sistema nervoso simpático permite ao organismo responder a situações deagressão com origem no meio ambiente.
Sistema Reticular Activante
Sistema Reticular Activante: papel importante em funções da atenção, do sono e estado de alerta. A interação entre o sistema retical ativante (SRA) e o cérebro permite a passagem do sono ao estado de vigília.
Neurônios
São células alongadas, com um corpo celular e muitas ramificações. Normalmente, o neurônio tem uma ramificação principal, longa, o axiônio, e numerosas ramificações curtas, os dendritos. 
Fig. neuronios
Os corpos celulares são encontrados apenas na substância cinzenta do encéfalo, medula, gânglios nervosos e órgãos sensoriais. Eles são indispensáveis ao crescimento, ao metabolismo geral e à regeneração das ramificações dos neurônios.
No corpo celular há um núcleo esférico, com nucléolo bem visível; muitas mitocôndrias; complexo de Golgi perinuclear; retículo endoplasmático desenvolvido; substância basófila (substância de Nissl). Esta última apresenta-se difusa por todo o citoplasma e mesmo no interior dos dendritos, mas não no axônio. Sabemos que ela corresponde ao retículo endoplasmático rugoso. Há ainda, no citoplasma, um conjunto de neurofibrilas (neurofilamentos) dispostas em várias direções, que se estendem pelo axônio e dendritos, além de microtúbulos. 
É comum aparecerem, dispersos pelo citoplasma, lisossomos e inclusões (glicogênio e lipídios). Em neurônios velhos pode haver um pigmento marrom, a lipofucsina, que indica o desgaste da célula. Os dendritos geralmente formam uma extensa arborização (dendron = árvore), estabelecendo numerosas conexões com outras células. Eles não são protegidos por bainhas, como os axônios. O axônio é um fino filamento que pode ter mais de um metro de comprimento. Em alguns invertebrados, como as lulas (moluscos), há axônios gigantes, cuja espessura é 1 mm. Graças a eles, tornou-se mais fácil o estudo da fisiologia dos neurônios. 
O axiônio pode ter um ramo em ângulo de 90 graus colateral. Este e também a região terminal do axônio têm um feixe de ramificações que relaciona o neurônio a outras células, constituindo as sinapses. 
As sinapses
O número excepcionalmente grande de neurônios, com suas ramificações, constitui uma fantástica rede que se estende por todo o organismo, ligando os órgãos aos centros nervosos coordenadores como encéfalo, medula e gânglios nervosos. É claro, então, que há uma infinidade de conexões entre os neurônios, garantindo a passagem do impulso nervoso de uma célula para outra nessa imensa rede. 
A região de interligação das ramificações terminais de dois neurônios é a sinapse. O comum é a sinapse entre o axônio de um neurônio e os dendritos de outro neurônio. Nessa região, não há um contato direto das ramificações, mas apenas uma contigúidade (ficam lado a lado). 
 
Quando o impulso nervoso atinge as terminações do axônio, ocorre aí a liberação de substâncias acumuladas nas pequenas vesículas sinápticas. Essas substâncias vão agir como mediadores químicos na transmissão do impulso e por isso são chamadas neurotransmissores. 
O neurotransmissor liberado na fenda sináptica estimula a membrana pós-sináptica, provocando nela uma modificação local de permeabilidade. Surge aí o novo impulso nervoso, isto é, a nova onda de inversão de polaridade da membrana ao longo do dendrito do neurônio recepto
 
O neurotransmissor mais comum é a acetilcolina. Imediatamente após sua liberação na sinapse, essa substância é destruída pela enzima colinesterase aí existente, impedindo a passagem contínua do impulso. A sinapse funciona, então, como uma espécie de relé ou "válvula", que se fecha uma vez transmitido o impulso nervoso. Constatou-se que, embora esse acontecimento seja muito rápido, a sinapse retarda a condução do impulso em mínimas frações de segundo. As placas motoras (junções neuromusculares) são também sinapses que tornam possível a efetivação da contração da fibra muscular. Muitas drogas podem bloquear a passagem do impulso no nível das sinapses, como é o caso dos anestésicos. 
Os neurônios e, portanto, suas sinapses podem diferir quanto ao tipo de neurotransmissor. Fala-se em sinapses colinérgicas ou adrenérgicas quando os neurotransmissores são, respectivamente, a acetilcolina e a noradrenalina.
A liberação do neurotransmissor na sinapse
A mielina
Uma característica marcante dos axônios é a existência de bainhas envolventes. 
A bainha de Schwann (neurilema) é de natureza celular conjuntiva, sendo representada por inúmeras células em toda a extensão do axônio. Os núcleos dessas células são alongados e bem visíveis. As células de Schwann podem, no entanto, crescer ao redor do axônio de modo que suas membranas plasmáticas formem um conjunto de lâminas enroladas em espiral. Esse espesso conjunto de membranas é chamado bainha de mielina, de natureza lipídica. Ela desempenha papel protetor (isolante) e facilita a transmissão do impulso nervoso. 
Cada célula de Schwann envolve apenas uma parte do axônio, constituindo um segmento mais espesso, onde se nota a mielina e, externamente a ela, o núcleo da célula. Vêem-se, então, ao longo do axônio, várias constrições entre os segmentos, que são os estrangulamentos de Ranvier (nódulos de Ranvier). 
As fibras mielínicas mostram uma grande velocidade de condução do impulso nervoso (mais de cem metros por segundo). Há também fibras chamadas amielíni-cas, nas quais as células de Schwann não se enrolam no axônio. Nelas, a condução do impulso nervoso e mais lenta. 
Sinapses Neuromusculares
A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.
Sinapses Elétricas
Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
	
Tipos de neurônios
Há três tipos básicos de neurônios, de acordo com o número de suas ramificações. 
Os multipolares: são os mais comuns, com muitos dendritos e um axônio. 
Os bipolares: têm um dendrito e um axônio. 
Os pseudo-unipolares: são também chamados células em T, pois sai do corpo celular apenas uma ramificação que se bifurca em um dendrito e um axônio. 
	
A fisologia neuronal
Foi Galvani (1780) quem constatou pela primeira vez a natureza elétrica da atividade nervosa. Mais recentemente, o emprego de microelétrodos, colocados dentro e fora dos axônios gigantes de lulas, possibilitou a medida do potencial elétrico do axônio em repouso e em atividade. 
 
Sabemos que, em repouso, a membrana do axônio tem carga elétrica externa positiva e interna negativa. Isto é, em parte, consequência de uma elevada taxa de lons Na+ fora da célula, mantida por um mecanismo chamado bomba de sódio . Fala-se então que o axônio está polarizado. 
Aplicado um estímulo num ponto do axônio, ocorrem em seqüência os seguintes eventos:
a) A membrana torna-se bruscamente muito permeável ao sódio, que passa do meio para o interior do axônio em maior quantidade do que a saída de íons potássio. A superfície externa fica negativa e a interna, positiva. Nesse ponto e nesse instante, a membrana sofreu inversão de polaridade.
b) O mecanismo da bomba de sódio expulsa então esse íon, voltando a membrana à polaridade inicial.
c) Cada ponto estimulado modifica a permeabilidade na região vizinha. O impulso nervoso propaga-se, então, como uma onda dinâmica de inversão de polarização da membrana do axônio em toda a sua extensão. É essa onda que pode ser medida eletricamente e corresponde ao impulso nervoso nas fibras amielínicas, como, por exemplo, as da substância cinzenta do sistema nervoso central.
Não se pode esquecer que o mecanismo da bomba de sódio depende de gasto energético, consumindo ATP do neurônio. 
FigA Condução Saltatória
A condução do impulso é um pouco diferente nas fibras mielínicas, como as fibras motoras dos músculos esqueléticos. Nelas, apenas há inversão de polaridade nas regiões dos nódulos de Ranvier. A onda, então, "salta" diretamente de um nódulo para outro, não acontecendo em toda a extensão da região mielinizada (a mielina éisolante). Fala-se em condução saltatória e com isso há um considerável aumento da velocidade do impulso nervoso nas fibras mielínicas, em relação às fibras amielínicas. Falando de neurônios, devemos lembrar que neles o impulso nervoso é conduzido num único sentido: 
Dentritos -----> corpo celular----> axiônio
É por isso que se fala em impulso nervoso celulípeto (em direção ao corpo celular) nos dendritos e celulífogo (saindo do corpo celular) no axônio. 
A localização dos neurônios
O sistema nervoso central (SNC) dos vertebrados é representado especialmente pelo encéfalo e pela medula raquidiana (medula espinhal). O encéfalo tem cinco partes ou vesículas, sendo as maiores o cérebro e o cerebelo. Cada uma delas apresenta duas regiões distintas, as substâncias cinzenta e branca. No cérebro e cerebelo, a substância Bipolar cinzenta é externa, superficial, e a branca é interna. Na medula, é o inverso, ficando a substância cinzenta em forma de um H, no centro, quando observada em cortes transversais do órgão. 
Na substância cinzenta, concentram-se os corpos celulares dos neurônios e uma infinidade de sinapses, estabelecendo uma intrincada rede de vias nervosas que garantem as importantes funções de coordenação, associação, regulação, armazenamento de informações (memória), centros motores e centros sensoriais. Nessa região, é alto o nível de metabolismo do tecido nervoso e são mínimos os espaços intercelulares.
A substância branca, ao contrário, é região de baixo metabolismo; sua única função é conduzir os impulsos nervosos no próprio órgão ou entre diferentes órgãos do sistema nervoso. Ela não apresenta corpos celulares dos neurônios, mas apenas seus prolongamentos, especialmente os axônios.
Os nervos e os gânglios
Na substância cinzenta do encéfalo e da medula, ou ainda nos gânglios, há uma enorme concentração de corpos celulares dos neurônios. Daí, eles estendem suas expansões dendríticas e axônicas em várias direções. 
Quando tais ramificações saem desses órgãos, aparecem como feixes, formando os nervos. Nos nervos não há, portanto, corpos celulares, mas apenas suas ramificações, as fibras nervosas.
Cada axônio, mielinizado ou não, é protegido por uma camada de tecido conjuntivo, o endoneuro, formado por um tecido conjuntivo frouxo. Cada feixe, por sua vez é envolvido por uma camada conjuntiva bem nítida, o perineuro. Vários desses feixes formam então o nervo, que é revestido pelo epineuro. Este último é espesso, mais resistente.
Quando os nervos saem do encéfalo, são chamados cranianos; se saem da medula, são ditos raquidianos (raquianos).
Quanto à condução do impulso, eles podem ser motores (eferentes), sensitivos (aferentes) ou mistos. Os motores transmitem o impulso dos centros nervosos para os órgãos efetuadores, por exemplo músculos e glândulas. Os sensitivos transmitem o impulso dos órgáos sensoriais para os centros nervosos. Os mistos têm fibras dos dois tipos, aferentes e eferentes.
Os gânglios são centros nervosos que se dispõem ao longo da medula (gânglios espinhais) e ainda compõem o sistema nervoso autônomo (gânglios simpáti-cos e parassimpáticos). Basicamente, eles têm uma cápsula de tecido conjuntivo e uma grande concentração de corpos celulares de neurônios.
	
A neuróglia
Além dos neurônios, há no tecido nervoso um conjunto de células de diferentes formas e funções. São as células da glia ou neuróglia. Elas são menores que os neurônios, mas muito mais numerosas, ocorrendo indistintamente nas substâncias branca e cinzenta. No cérebro, por exemplo, há 5 a 10 vezes mais células de neuróglia do que neurônios. Além de fazerem a sustentação e produzirem mielina, elas isolam os neurônios de outros tecidos, removem excretas, trazem-lhes substâncias nutritivas, regulam a composição química dos líquidos intercelulares, fagocitam restos celulares e isolam os neurônios uns dos outros, evitando interferências na condução do impulso nervoso em cada um. Dois tipos comuns de células da glia são os astrócitos e a micróglia. 
Os astrócitos:
São células muito ramificadas. Os astrócitos protoplasmáticos e os astrócitos fibrosos são mais comuns, respectivamente, nas substâncias cinzenta e branca. Quando há destruição do tecido nervoso, o espaço resultante é preenchido por astrócitos fibrosos, que completam então a cicatrização.
A micróglia:
Compreende células responsáveis pela fagocitose. São pequenas, com muitas ramificações protoplasmáticas.
O encéfalo dos vertebrados
Observe a figura a seguir, que mostra de modo comparativo o encéfalo nos grupos de vertebrados.
O telencéfalo, ou cérebro:
É bem desenvolvido nas aves e nos mamíferos. Nos demais vertebrados, é basicamente o centro do olfato. Nas aves e mamíferos, seu tamanho é grande em relação às demais vesículas e os hemisférios cerebrais são bastante desenvolvidos. Nos hemisférios cerebrais, situam-se as sedes da memória e dos centros sensitivos e motores. Sua parede externa, denominada pálio, apresenta grande aumento de superfície e dá origem às circunvoluções cerebrais.
O diencéfalo:
Possui dois centros nervosos principais, o tálamo e o hipo-tálamo, que controlam muitas atividades musculares e glandulares, assim como a consciência, o sono, o apetite e as emoções. E nele que os nervos ópticos, procedentes dos olhos, cruzam-se e depois dirigem-se para o cérebro. Esse cruzamento deu omina-se quiasma óptico.
Logo após o quiasma, une-se ao cérebro uma importante glândula endócrina: a hipófise. Esta se forma a partir do teto da cavidade bucal e comunica-se com o hipotálamo por meio de vários nervos e vasos sanguíneos. O hipotálamo exerce efeito controlador sobre a hipófise e, através dela, sobre várias atividades do organismo.
O mesencéfalo:
Possui dois grandes lobos ópticos, situados dorsalmente . Em todos os vertebrados, com exceção dos mamíferos, esses lóbulos são o centro da visão onde terminam os feixes nervosos provenientes dos olhos. Nos mamíferos, os lobos formam os tubérculos quadrigêmeos, que correspondem apenas a uma região de passagem dos nervos ópticos, os quais vão terminar na parte posterior dos hemisférios cerebrais. Nos mamíferos, portanto, o mesencéfalo não é o centro visual principal, estando mais relacionado à audição.
O metencéfalo, ou cerebelo:
É encarregado de coordenar funções motoras que exijam grande precisão e rapidez, como é o caso da locomoção. Exerce o controle do equilíbrio corporal, do tônus e do vigor muscular. Nos vertebrados muito ativos, como peixes bons nadadores, aves e mamíferos, ele é bem desenvolvido.
Na base do cerebelo, existe um par de feixes nervosos, que forma a ponte de Varolio. Nesta estrutura, ocorre o cruzamento das vias sensitivas e motoras, que passam a ocupar, na medula espinhal, o lado contrário do que ocupavam no encéfalo: se estavam no lado direito passam para o esquerdo e vice-versa. Desse modo, o lado esquerdo do encéfalo controla o lado direito do corpo, e o lado direito, o lado esquerdo do corpo.
O mielencéfalo ou bulbo:
É considerado um centro vital, pois controla a respiração e a digestão, além de determinar alterações nos batimentos cardíacos. Exerce, também, influência em certos atos reflexos, como a deglutição, o vomito, a sucção e a tosse.
Funções do Córtex Cerebral
O córtex subdivide-se em diferentes áreas funcionais, embora estas, na realidade, estejam interconectadas. Por exemplo, a área somatomotora é responsável por todos os movimentos voluntários dos músculos do corpo. 
A área somatosensorial recebe impulsos desde a superfície cutânea. Sensações como o tato e o gostotambém são processadas nesta região. A zona do córtex relacionada à audição encontra-se na parte superior do lóbulo temporal; a área relativa à visão localiza-se na parte posterior ou lóbulo occipital e a área olfativa situa-se na parte anterior, na parte interna do lóbulo temporal. Uma única região controla a linguagem: a área de Broca, situada logo abaixo da área motora. Uma parte importante do córtex cerebral, a área frontal, intervém no conhecimento, na inteligência e na memória. 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Do sistema nervoso periférico distinguem-se duas divisões: a somática e a automática
.A divisão somática é responsável pelo controlo da musculatura esquelética e pela transmissão de informação dos órgãos sensoriais. Engloba vários nervos que se ramificam a partir do SNC e são sensoriais ou aferentes e motores ou eferentes.
Os nervos sensoriais recolhem da periferia as excitações que conduzem ao SNC, traduzindo-se depois em sensação táctil, térmica, álgica, etc.
São os nervos motores que conduzem do SNC o estímulo que vai fazer contrair os músculos, segregar as glândulas, etc. Orientando deste modo diversos comportamentos (ex.: andar, escrever, chorar,...).
Os nervos de conexão permitem estabelecer a relação entre nervos sensitivos e nervos motores. A divisão autônoma (SNA) controla as diversas estruturas viscerais responsáveis pelos processos vitais básicos, como o coração, os vasos sanguíneos, o sistema digestivo, os órgãos sexuais, entre outros e funciona de modo automático.
O sistema nervoso autônomo compõem-se em duas divisões, as quais estimulam vários órgãos e glândulas: a divisão simpática e a parassimpática. A divisão simpática é mais ativa (exitatória) e atua quando são necessárias mais energias, isto é, poderá acelerar o ritmo cardíaco, aumentar o nível de glicose no sangue ou inibir a digestão. Deste modo, o sistema nervoso simpático liberta ao nível das suas terminações nervosas adrenalina. A divisão parassimpática atua em situações como abaixamento da tensão arterial, diminuição do ritmo cardíaco, em situações inibitórias. Estas divisões, simpática e parassimpática, intervêm em conjunto mas com efeitos antagônicos, contudo estabelecem entre si um equilíbrio.
O Sistema Nervoso Periférico é formado por nervos encarregados de fazer as ligações entre o Sistema Nervoso Central e o corpo. 
O nervo é a reunião de várias fibras nervosas, que podem ser formadas de axônios ou dentritos. Estão reunidas em pequenos feixes ; cada feixe forma um nervo. Em nosso corpo existe um número muito grande de nervos. Seu conjunto forma uma rede nervosa.
Esquema da estrutura de um nervo, cujas fibras nervosas são formadas de axônis ou dentritos
Os Nervos
O tecido nervoso é formado por células altamente especializadas, responsáveis pelos mecanismos de regulação interna e coordenação. É um dos fatores que garantem a homeostase do organismo, isto é, a propriedade de manutenção de um meio interno constante, mesmo ocorrendo variações ambientais.
 As células fundamentais do tecido nervoso, com as propriedades de irritabilidade (excitabilidade) e condutibilidade, são os neurônios. É de fato incrível que essas células, afinal não tão diferentes de todas as outras, possam ainda responder pelas funções mais nobres do cérebro humano, tais como a memória, o raciocínio, a vontade e as emoções. 
Os nervos classificam-se em três grupos: 
Nervos Sensitivos – conduzem impulsos nervosos de um órgão receptor de estímulos até o Sistema Nervoso Central;
Nervos Motores – conduzem impulsos nervosos do Sistema Nervoso Central até um órgão efetor, que realizará a ação; os órgãos efetores são representados pelos músculos e pelas glândulas;
Nervos Mistos – Possuem ao mesmo tempo fibras nervosas sensitivas e motoras.
Os nervos originam-se do Sistema Nervoso Central. Os que se ligam ao encéfalo são chamados do nervos cranianos; os que se ligam à medula espinhal recebem o nome o nome de nervos raquidianos.
Os nervos cranianos; forma doze pares: olfativo, óptico, abducente troclear, auditivo, glossofaríngeo, vago, espinhal, facial e trigêmeo. Cada par de nervos está ligado à região do corpo por ele estimulada.
Os nervos raquidianos formam 31 pares. Cada nervo é formado por duas raízes nervosas, uma motora e outra sensitiva. Por essa razão, todos os nervos raquidianos são mistos
O Sistema Nervoso Autônomo
È formado por nervos que funcionam independentemente da nossa vontade. Estes nervos estão ligados principalmente aos órgãos do sistemas de nutrição (digestivo, respiratório, circulatório e excretor).
Assim, o coração, o estômago, o intestino, as glândulas salivares e outros órgãos trabalham controlados pelo sistema nervoso autômo, sem a interferência de nossa vontade.
Este sistema se divide em duas partes:
Sistema Nervoso Simpático – formado por nervos que saem da região dorsal e lombar da medula;
Sistema Nervoso Parassimpático – formado por nervos que saem do encéfalo e da região sacral da medula.
Os nervos desses sistemas geralmente produzem efeitos contrários entre sí, mantendo o equilíbrio interno do corpo. Assim: o sistema nervoso simpático acelera as batidas do coração e diminui o peristaltismo intestinal; o sistema nervoso parassimpático, ao contrário, retarda as batidas do coração, mas acelera o peristaltismo intestinal. O equilíbrio entre os dois sistemas fica estabelecido, pois quando um acelera demais, o outro entra em ação e retarda os movimentos.
As terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. Esses órgãos tem a capacidade de transformar os diversos estímulos do ambiente em impulsos nervosos. Estes são transmitidos ao sistema nervoso central, de onde partem as "ordens" que determinam as diferentes reações do nosso organismo.
Classificação dos Receptores Sensoriais
De acordo com a natureza do estímulo que são capazes de captar, os receptores sensoriais podem ser classificados em:
 	Quimiorreceptores - Detectam substâncias químicas. Exemplo: na língua e no nariz, responsáveis pelos sentidos do paladar e olfato; 
 	Termorreceptores - Capta estímulos de natureza térmica, distribuídos por toda pele e mais concentrado em regiões da face, pés e das mãos; 
 Mecanorreceptores - Capta estímulos mecânicos. Nos ouvidos, por exemplo, capazes de captar ondas sonoras, e como órgãos de equilíbrio; 
 	Fotorreceptores - Capta estímulos luminosos, como nos olhos.
De acordo com o local onde captam estímulos, os receptores sensoriais podem ser classificados em:
 	Exterorreceptores - Localizadas na superfície do corpo, especializadas em captar estímulos provenientes do ambiente, como a luz, calor, sons e pressão. Exemplo: os órgãos de tato, visão, audição, olfato e paladar; 
 	Propriorreceptores - Localizadas nos músculos, tendões, juntas e órgãos internos. Captam estímulos do interior do corpo; 
 	Interorreceptores - Percebem as condições internas do corpo (pH, pressão osmótica, temperatura e composição química do sangue). Paladar / Olfato / Audição / Visão / Pele
Conclusão
Há pessoas que estão constantemente mal-humoradas, outras, sempre pessimistas, acreditam que nada vai dar certo. O que as vezes parece um defeito de caráter pode na realidade ser uma doença do sistema nervoso: a falta de uma substância que transmite as mensagens de um neurônio a outro.
Casos como depressão, mal humor crônico, ansiedade ou medos acentuados podem ser tratados por médicos neurologistas, com o auxílio de medicamentos que repõem essa, “substância mensageira” no cérebro. 
No reino animal, quanto mais desenvolvido é o organismo, mais importante se torna o sistema incumbido de coordenar suas atividades.
O cérebro é o responsável pelo controle de todas as atividades orgânicas do corpo. O entendimento e como funciona o neurônio (a célula funcional básica do sistema nervoso) é fundamental para todos os processostais como a sensação, percepção, memória, emoção, cognição. Embora isto possa não estar aparentemente agora, penso que consegui passar um pouquinho de conhecimento das células nervosas e o que é essencial para o entendimento de todo o resto do processo do sistema nervoso.
O cérebro é o centro de controle do movimento, do sono, da fome, da sede e de quase todas as atividades vitais necessárias à sobrevivência. Todas as emoções, como o amor, o ódio, o medo, a ira, a alegria e a tristeza, também são controladas pelo cérebro. Ele está encarregado ainda de receber e interpretar os inúmeros sinais enviados pelo organismo e pelo exterior.
Os cientistas já conseguiram elaborar um mapa do cérebro, localizando diversas regiões responsáveis pelo controle da visão, da audição, do olfato, do paladar, dos movimentos automáticos e das emoções, entre outras. No entanto, pouco ainda se sabe sobre os mecanismos que reagem o pensamento e a memória.
Bibliografia
 GOWDAK, Luís Henrique. Editora FTP "ATLAS DE ANATOMIA HUMANA"
 Amabis e Martho. Editora Moderna, "BIOLOGIA DOS ORGANISMOS"
 Marcondes Ayrton César , Lammoglia Domingos Ângelo. Atual Editora, "BIOLOGIA CIÊNCIA DA VIDA"
De Mattos , Demétrio Neide S. Editora FTD, "BIOLOGIA (Citologia - Embriologia - Histologia)" 
 "ENCICLOPÉDIA MICROSOFT ENCARTA 99", "O CORPO HUMANO"
Guia Multimídia sobre o Corpo Humano, Editora Globo
 "GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSSE CULTURAL" , Nova Cultural
 NOVO CONHECER , Abril Cultural
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http://www.webciencia.com/
http://www .fisiologiapontocom@ieg.com.br
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