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CALCIFICAÇÕES VITÓRIA 2016 COMPONENTES: Desirée Helena Érica Broetto Fernanda Bomfim Luiz Felipe Tamy Cristyan CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS O corpo humano possui cerca de 1 a 2 kg de cálcio, onde 90% está localizado nos ossos e dentes, na forma de fosfato básico de cálcio. Em uma dieta normal, ingerem-se de 600 a 1000 mg de cálcio por dia. A maior parte é excretada pelo tubo intestinal (cerca de 760 mg/dia), pelos rins (cerca de 100 a 300 mg/dia) e pelo suor. Fonte da imagem: Calcificações patológicas Link: http://barbarahelenutricao.blogspot.com.br/2012_03_01_archive.html A absorção do Cálcio se faz no duodeno por transporte ativo, dependente de proteínas, sendo inibido na deficiência de vitamina D, uremia e excesso de ácido graxo. No plasma, o cálcio encontra-se na forma de íons livres Ca⁺², sendo importante na coagulação sanguínea e contração muscular. O QUE É CALCIFICAÇÃO? CALCIFICAÇÃO constitui um processo mórbido de origem nas alterações metabólicas celulares, onde sais de cálcio são depositados em células e tecidos heterotópicamente, ou seja, em locais onde não é comum a sua deposição, tornando-os enrijecidos. Trombo apresentando calcificação distrófica, que ocorre em artérias com aterosclerose e em válvulas cardíacas lesadas. Fonte da imagem: Neupatimagem- UNICAMP/ Link: anatpat.unicamp.br TIPOS DE CALCIFICAÇÕES: CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA Calcificação distrófica : ATEROSCLEROSE. Fonte da imagem: http://escuela.med.puc.cl/publ/patgeneral/Calcificacion.html CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA Calcificação metastática: Alcalinidade nos rins. Fonte das imagens: http://pt.slideshare.net/raytostes/aula-de-pigmentaes CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA Origina-se em áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas. Ocorre com níveis normais de cálcio sanguíneo. O processo de deposição calcária no tecido lesionado é intensificado pela hipercalcemia. . PATOGENIA DA CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA AUMENTO DA ALCALINIDADE LOCAL: Tecidos degenerados e necróticos provocando uma diminuição da solubilidade do carbonato de cálcio, que menos solúvel precipita-se facilmente nos tecidos. AUMENTO DA FOSFATASE ALCALINA: Nos tecidos lesados a sua liberação é aumentada, o que facilita a formação de fosfato de cálcio. Comumente observada nos processos normais de calcificação. Proteínas, como o colágeno, possuem afinidade pelos íons cálcios, principalmente nos processos normais de calcificação. Em tecidos necrosados, essas proteínas podem estar “descobertas”, ou seja, mais livres para associação com o cálcio, estimulando a deposição do cálcio, sobre a matriz proteica. PRESENÇA DE PROTEÍNAS EXTRACELULARES: EXEMPLOS DE FREQUENTES OCORRÊNCIAS DA CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA Necroses (esteatonecrose, caseosa) Placas de aretoma (aterosclerose) e aneurismas Válvulas cardíacas em curso de endocardites valvulares Em células mortas e descamadas dos túbulos renais Inflamação e aderências de serosas: Pleura, peritônio e pericárdio Em tumores Processos inflamatórios crônicos granulomatosos: Tuberculose, actinomicose botriomicose. No contorno de um cisto hidático Na pancreatite crônica do alcoolismo (Cálculos e calcificações no parênquima) Calcificação sobre esteanecroses traumáticas da mama sub-cutâneo Tumores uterinos, de cartilagem e ovarianos calcificados Calcinoses tumorais Cânceres mamários CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA A calcificação metastática é originada de uma Hipercalcemia Ocorre em tecidos onde não exista necessariamente lesão prévia. Locais de depósitos: Tecidos intestinais Mucosa gástrica Rins Pulmões Artérias e veias PATOGENIA DA CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA ALCALINIDADE DO ÓRGÃO: Rins, pulmões e mucosas gástricas são mais predispostos às precipitações de cálcio. O pH parcialmente alcalino dessas regiões facilita a calcificação. Essa alcalinização de pH ocorre da seguinte forma: Pulmão: liberação de CO2 aumenta o pH e precipitação de sal. Estômago: do HCI (ácido clorídrico) ativa a enzima pepsina que quebra proteínas m pH ácido, estimulando a secreção de suco pancreático e precipitando sais. Rins: Excreção de íon amônio (NH4+) no rim, elevam o pH precipitação de sais. A solubilidade do íon Ca⁺⁺ é menor nesses órgãos. Nos tecidos com calcificação há uma irritação constante, devido à presença do cálcio. Essa irritação faz com que os fibroblastos modifiquem sua capacidade de regeneração, causando uma metaplasia na qual eles se diferem em osteoclastos e osteócitos, levando a formação de osso. MENOR SOLUBILIDADE DOS SAIS DE CÁLCIO: Hipervitaminose D: a vitamina D estimula a absorção da Ca e P. Insuficiência Renal: o rim não elimina o excesso de Fostato (PO⁻³₄). Imobilização Prolongada: é um fator de risco, porque o organismo tende a liberar cálcio armazenado para o sangue. Hiperparatiroidismo: a glândula paratireoide produz um hormônio chamado paratormônio, que regula o nível de cálcio no sangue, ele que estimula os ossos a liberarem cálcio para o sangue. Se há um aumento na produção desse hormônio, consequentemente haverá hipercalcemia. CAUSAS DE HIPERCALCEMIA Hiperparatireoidismo por aumento de patormônios (em tumores de paratireoide), com remoção de cálcio do esqueleto. Lesões ósseas malignas destruidoras de osso (metastáses, leeucemias). Excesso de Vit. D com aumento da absorção intestinal de cálcio. Insuficiência renal crônica com retenção de fosfatos, levando a hiperfosfatemia. FREQUENTES OCORRÊNCIAS DE CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA CALCULOSE OU LITÍASE São massas sólidas, concretas e compactas. Localizam-se em estruturas tubulares. A calculose pode levar: À obstrução, lesão ou infecção de ductos, principalmente: Do pâncreas Da glândula salivar Da próstata Dos tratos urinários e biliar A patogenia de formação dos cálculos se resume, inicialmente, na formação de um núcleo calcificado de forma distrófica. Esse núcleo se desloca para a luz do ducto, onde cresce devido a sucessivas incrustações ao redor de sua estrutura. Todo o mecanismo é facilitado pelos fatores já citados anteriormente, isto é, principalmente pela presença de pH alcalino e pela concentração de carbonato de cálcio e de fosfato de cálcio no local. Cálculos no Rim e cálculos renais. Fonte das imagens: Calcificações Patológicas. Link: https://www.evz.ufg.br/up/66/o/Calcifica%C3%A7%C3%B5es_Patol%C3%B3gicas_2014.pdf BIBLIOGRAFIA FILHO, G.B. BOGLIOLO, Patologia Geral. 3ª edição. Ed. Guanabara Koogan.RJ. Pg: 92-94. FARIA, J. L. Patologia Geral, fundamentos das doenças, com aplicações clínicas. 4ª edição. Ed. Guanabara Koogan. RJ. Pg: 42§ 5-9.
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