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Apostila DAN Unidade VI

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Direito Aplicado 
aos Negócios
Contratos 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Tercius Zychan De Moraes
Revisão Textual:
Profª. Esp. Márcia Ota
5
• Teoria Geral dos Contratos.
• Elementos do Contrato 
• Classificação dos Contratos
Neste módulo de nossa disciplina, vamos tratar dos Contratos, que são atos praticados de 
forma tão comum em nosso dia a dia que não nos damos conta disto. Podemos visualizar 
tal fato, quando vamos a uma padaria comprar pães e os solicitamos para o atendente e, em 
seguida, pagamos pelo pedido no caixa. 
Nessa simples relação comercial, tivemos firmado e extinto um contrato de compra e venda. 
Assim sendo, podemos concluir que os contratos fazem a cada dia mais parte das nossas 
relações sociais.
De modo contrário ao exemplo tratado, outros contratos de maior complexidade podem 
ser celebrados, de modo a fazer com que exista o surgimento de tantas outras demandas e, 
consequentemente, muitas obrigações, bem como, podem envolver uma grande quantidade 
de recursos financeiros.
Com isso, preocupando-se com as inúmeras possibilidades, oriundas das relações contratuais, 
sua estrutura/forma e as espécies que podem ser classificados, é que a ordem jurídica 
estabelecida, aliada à doutrina, dá uma atenção toda especial aos contratos.
1. Entender: 
-a Teoria Geral dos Contatos;
-os conceitos e as possibilidades dos contratos serem ineficazes.
2. Identificar as estruturas e as espécies de contratos.
3. Compreender quais são as possibilidades de extinção dos 
contratos.
Contratos 
• Ineficácia dos Contratos.
• Extinção dos Contratos.
6
Unidade: Contratos 
Contextualização
Os Contratos são atos praticados de forma tão comum em nosso dia a dia que não nos 
damos conta disto. Podemos visualizar tal fato, quando vamos a uma padaria comprar pães e 
os solicitamos para o atendente e, em seguida, pagamos pelo pedido no caixa. 
Nessa simples relação comercial, tivemos firmado e extinto um contrato de compra e 
venda. Assim sendo, podemos concluir que os contratos fazem a cada dia mais parte das 
nossas relações sociais.
De modo contrário ao exemplo tratado, outros contratos de maior complexidade podem 
ser celebrados, de modo a fazer com que exista o surgimento de tantas outras demandas e, 
consequentemente, muitas obrigações, bem como, podem envolver uma grande quantidade de 
recursos financeiros.
Com isso, preocupando-se com as inúmeras possibilidades, oriundas das relações contratuais, 
sua estrutura/forma e as espécies que podem ser classificados, é que a ordem jurídica estabelecida, 
aliada à doutrina, dá uma atenção toda especial aos contratos.
Desse modo, precisamos entender os preceitos e conceitos que envolvem os contratos e seus 
reflexos nas relações jurídicas oriundas.
Bons estudos!
7
Teoria Geral dos Contratos
Por intermédio de um contrato, as denominadas partes declaram suas vontades que se 
integram de tal maneira que possibilitam aos contratantes: aquisição, conservação, transferência, 
modificação ou extinção de direitos e obrigações.
Resumidamente, podemos entender por contrato em um sentido em um sentido geral, 
como sendo qualquer ato jurídico em sentido amplo em que a coordenação de vontades 
dos contraentes é apta a produzir efeitos jurídicos, ou seja, um contrato trata-se de um 
negócio jurídico, fundado no acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou 
extinguir um direito.
Portanto, contrato é o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, sobre objeto lícito e 
possível, com o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos.
Ao falarmos de contrato, estamos nos referindo a um ato humano, lícito, capaz de adquirir, 
transferir, modificar ou extinguir uma relação jurídica. Desse modo, esse seria um conceito mais 
estrito do que vem a ser um contrato.
Modernamente, é correto entendermos que o contrato trata-se de um ato jurídico bilateral 
(acordo das partes e sua manifestação externa formal deste acordo), cuja finalidade é de serem 
produzidas certas consequências jurídicas, dando origem às obrigações.
Fez-se necessário uma adaptação às novas necessidades impostas pelo intercâmbio mercantil, 
cada vez mais crescente, ensejando rápidas e radicais mudanças, como a simplificação das 
formas contratuais.
Função Social dos Contratos 
A vontade entre as partes para alcançar determinado objetivo ou suprir determinada 
necessidade sempre foi o foco principal de qualquer contrato.
Tal preceito ou objetivo dos contratos pode ser vislumbrado desde o período em que, no 
ocidente, prevaleciam os institutos do Direito Romano, precursor do formalismo entre as 
relações jurídicas.
Desde este período, prevalecia a liberdade entre as partes de contratar. Hoje, essa vontade 
está estampada no que se denomina “Princípio da Autonomia da Vontade”, no qual, os 
contratantes, de modo formal, expressam sua intenção de contratar.
Então, o antigo Código Civil Brasileiro de 1916 tratava, dessa forma, casos, onde se 
havia uma grande liberdade de serem firmados contratos, desde que os aspectos formais 
fossem observados.
No entanto, os tempos atuais requerem outra ótica a que devem ser submetidos os contratos, 
a uma análise de serem instrumentos que propiciam: circulação de riquezas, distribuição da 
renda, criação de empregos, educação e respeito do povo para a vida em sociedade. Assim, os 
contratos estão voltados a garantir e respeitar determinados interesses sociais.
8
Unidade: Contratos 
Na atual sociedade, o indivíduo é posto dentro de uma estrutura coletiva, onde deve buscar 
um permanente equilíbrio, de tal sorte que suas vontades devem ser limitadas, objetivando o 
equilíbrio entre suas relações para com esta sociedade.
É sob esta ótica que o atual Código Civil Brasileiro de 2002 trata a questão da função social 
dos contratos em seu artigo 421: “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites 
da função social do contrato”.
Essa evolução tendenciou a multiplicação dos objetos que dão origem aos contratos ou 
relações contratuais, fazendo emergir as mais diversas modalidades de contratos.
Diante destas afirmativas, a de se perceber que os contratos, objeto de estudo do denominado 
direito contratual tem o condão atual de permitir ao homem o seu desenvolvimento sob o prisma 
da distribuição de oportunidades e riquezas, com o objetivo de ser atingido o “bem comum”.
Elementos do Contrato 
Não resta dúvida que o contrato é a mais comum fonte de obrigação, a 
gerar um vínculo entre o sujeito passivo (devedor) e o sujeito ativo (credor).
Para se caracterizar um contrato, devem estar presentes três elementos 
fundamentais e imprescindíveis: pessoas, prestação e vínculo jurídico. 
Assim, o contrato deve conter cláusulas que abranjam, no mínimo, esses 
elementos constitutivos da obrigação.
O artigo 108 do atual Código Civil manifesta que para que um negócio jurídico seja válido, 
devem estar presentes três elementos:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
O “agente capaz” é toda pessoa que possa exercer seus direitos e responder por suas 
obrigações. Mas, a lei considera algumas incapazes, assim essas pessoas não podem por 
si exercerem todos ou alguns atos jurídicos. Podemos dizer que existem duas espécies de 
incapacidade: a absoluta e a relativa.
Art. 3º do Código Civil brasileiro: São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
9
Art. 4º do Código Civil brasileiro: São incapazes, relativamente a certos atos, 
ou à maneirade os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência 
mental, tenham o discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Para celebrar contratos os considerados absolutamente incapazes, deverão ser representados, 
de imediato, os relativamente incapazes deverão ser assistidos por quem de direito, para que o 
instrumento possa ser válido. 
As denominadas contratantes podem ser pessoas jurídicas, mas para tanto, devem estar 
representadas por seus respectivos sócios, gerentes, etc.
O contrato também deve apresentar um objeto lícito, possível, determinado ou determinável, 
na conformidade da interpretação de Cezar Fiúza , o qual diz que objeto lícito é “aquele realizável, 
tanto materialmente como substancialmente”, ou seja, que não se vincula a coisas impossíveis 
como a venda de um terreno na Lua, por exemplo, ou a coisas ilegais como a venda de drogas 
ilícitas e afins que não traga desabono às partes contratantes e, também, à sociedade.
Os contratos possuem forma livre, aperfeiçoando-se ou gerando obrigações com troca dos 
consentimentos entre as partes. Já os contratos solenes dependem de forma imposta em lei; 
assim, os contratos solenes para serem válidos devem cumprir exigência de forma definida em 
lei. Além disso, temos como exemplo de contratos solenes: casamento, adoção, aqueles que 
dependam escritura pública, etc. 
Princípios
A teoria geral dos contratos é formada por uma série de princípios que lhe dão força para 
a interpretativa.
Princípio da obrigatoriedade da convenção
Depois de elaborado o contrato e cumprindo este os requisitos, que já estudamos, o contrato 
passa a ser obrigatório entre as partes, as quais dele não podem mais se desvencilhar, ou 
seja, como define alguns doutrinadores “torna-se lei” entre as partes, as quais devem dar fiel 
cumprimento à denominada pacta sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos).
A alteração dessa relação pode ser modificada diante da ocorrência da denominada cláusula 
Rebus Sic Stantibus (permanecendo as coisas como estavam antes), na qual permite a revisão 
das cláusulas contratuais quando da ocorrência da alteração das condições atuais vigentes 
à época da celebração, acompanha tal pensamento, a denominada teoria da Imprevisão. 
10
Unidade: Contratos 
Nessas condições, o devedor se libera do liame contratual, diante de acontecidos fatos 
extraordinários e imprevisíveis, tornando a prestação, excessivamente, onerosa para uma das 
partes, permitindo a parte onerada evocar, inclusive, judicialmente, a rescisão do negócio.
Princípio da relatividade dos efeitos
 Segundo tal princípio, os efeitos contratuais devem atingir tão somente às partes, não 
podendo atingir outras pessoas (terceiros) fora da relação contratual. 
Princípio da probidade e da boa-fé
Tal princípio significa que as partes de um contrato devem proceder com lealdade e boa fé 
uma em relação a outra, cada qual cumprindo suas respectivas obrigações contratuais.
Princípio da Permanência do Contrato.
O contrato é um instrumento de harmonização dos interesses sociais, de tal sorte, somente 
poderá ser dissolvido quando da presença de alguma impossibilidade de mantê-lo.
Classificação dos Contratos
 Existem diversas formas para classificarmos os contratos, abordando aspectos quanto à 
forma/natureza, aos tempos e às pessoas. Vamos verificar esta classificação?
1. Quanto à forma, os contratos podem ser: 
a. Contratos principais – aqueles que para existirem não dependem de qualquer outro, 
são independentes da existência de outro ajuste.
 Ex: contrato de depósito.
b. Contratos Acessórios – são o tipo de contrato que não existe por si só, depende da 
existência de um contrato principal.
 Ex: Arras (significa o sinal dado).
c. Contratos preliminares - são o tipo de ajuste que cria diversos tipos de obrigações 
definitivas para os contratantes.
 Ex: pacto de contraendo ( acordo preliminar).
d. Contratos definitivos - são contratos que criam vários tipos de obrigações definitivas 
para os contraentes. 
Ex.: contrato de locação.
11
e. Contratos consensuais - são aqueles que se aperfeiçoam pelo simples a aperfeiçoam-
se pelo mero consentimento e não reclamam solenidade ou tradição. 
Ex.: locação.
f. Contratos reais - todo o contrato que se finda com a entrega da coisa. Ex.: 
comodato.
g.Contratos solenes - como já mencionado, são os que dependem de forma 
prescrita em lei. 
Ex.: compra e venda de imóveis (requer escritura pública).
h. Contratos não solenes – todo ajuste que não possui previsão em lei e constitui-
se a regra. 
2. Quanto à sua natureza, os contratos são classificados, em: 
a. Unilaterais: aperfeiçoam-se por uma só obrigação. 
Ex: o Testamento, Doação.
b. Bilaterais: aperfeiçoam-se por reciprocidade de obrigações. 
Ex: Escrituras de compra e venda. Contrato bilateral, ou seja, aquele em que as obrigações 
dos contratantes são recíprocas. Exemplos: compra e venda e locação.
c. Onerosos: são os ajustes em que há um sacrifício à Título Oneroso, ou seja, demandam 
um sacrifício patrimonial para ambas as partes. 
Ex: compra e venda.
d. Gratuitos: nesse tipo de contrato, há um sacrifício patrimonial, apenas, para uma das 
partes. 
Ex: doação.
e. Comutativos: são aqueles contratos em que as prestações se cumprem simultaneamente. 
Ex: Compra e venda.
f. Aleatórios: nesses contratos, as prestações são deferidas para o futuro.
Ex: contrato de Seguro.
g.Contratos paritários: neles, as partes estipulam cláusulas em pé de igualdade, há um 
equilíbrio entre as partes. 
Ex.: compra e venda.
h. Contratos por adesão: nesses, uma das partes apenas adere à proposta da outra, não 
podendo discutir as cláusulas contratuais. Não há equilíbrio, a relação é desproporcional. 
Ex.: fornecimento de água.
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Unidade: Contratos 
i. Contrato Inominado: é aquele contrato que, embora não vedado em lei, não possui 
regulamentação inserida no presente Direito Positivo, de onde vem a sua designação 
de “inominado”. Assim, por não terem regulamentação especial são disciplinados pela 
analogia com os contratos nominados e pelos princípios gerais de direito.
j. Contrato Principal: sua existência não se vincula a qualquer outro. 
l.Contrato Sinalagmático: vem da cultura helênica, cuja tradução pode ser tida como 
aquele que é recíproco. Adjetivação daquilo que é bilateral, recíproco, que importa em 
igualdade de direitos e deveres para as partes contratantes. Contrato em que as partes 
assumem obrigações recíprocas. Também denominado bilateral.
3.Quanto ao tempo, os contratos se classificam em:
a.Contratos instantâneos – são aqueles cujas prestações se executam no momento da 
celebração do contrato.
 Ex.: compra e venda à vista.
b. Contratos de trato sucessivo - não é possível sua satisfação em um só momento. 
Ex.: seguro. 
4. Quanto às pessoas, os contratos se classificam em:
a. Contratos pessoais – ou seja, em razão da pessoa, somente podem ser executados 
pelo próprio devedor.
Ex.: mandato.
b. Contratos impessoais - quando a pessoa do outro contraente não é elemento 
determinante para a conclusão do contrato. 
Ineficácia do Contrato
 Quando tratamos dos requistos que devem estar presentes em um contrato, 
anunciamos que são primordiais para sua existência do ato e fato jurídico, 
e estando ausentes quaisquer dos elementos, podem conduzir os contratos 
serem considerados como: Nulos e Anuláveis.
No tocante à nulidade, esta pode ser arguida por qualquer interessado, já no 
tocante à anulabilidade esta será arguida apenas pelos titulares dos interesses 
em acordo no contrato.
Para que se declarea nulidade do contrato, não será necessária qualquer provocação, uma 
vez que, chegando ao conhecimento de qualquer magistrado este ex officio, pronuncia-se 
quanto à nulidade do contrato, se ninguém o fizer, por exemplo, um contrato assinado por um 
13
menor de 18 anos, que é absolutamente incapaz de celebrar um negócio jurídico, por previsão 
expressa da lei, assim o contrato seria nulo de pleno direito.
Para que se declare, no entanto, a anulabilidade do contrato, esta deverá ser suscitada pela parte 
a qual a que a lei protege, um exemplo seria a celebração de um contrato, na qual uma das partes foi 
coagida mediante alguma ameaça a celebrá-lo. Nesse caso, a formalidade está na forma da legislação 
vigente e há um vício de vontade, que contamina o contrato, podendo ser suscitada a anulabilidade.
O contrato nulo perde seus efeitos desde a sua formação, ou seja, a partir da origem do 
contrato, que no direito denomina-se como ex tunc.
Já os contratos anuláveis têm seus efeitos válidos enquanto não se declara sua invalidade 
por sentença e só sofre alteração; a partir daí serão considerados como ex nunc, segundo a 
denominação jurídica. 
Extinção dos Contratos
Podem os contratos ser extintos pelos motivos que veremos 
a seguir:
Execução do contrato 
É a forma mais comum de extinção dos contratos. Ocorre quando todas as partes cumprem 
com as obrigações convencionadas. 
Absoluta – o contrato que deixou de cumprir com preceitos legais, denomina-se nulo de 
pleno direito. (efeitos ex tunc).
Relativa – nesse caso, para os efeitos do contrato deixar de ser eficaz, deve haver um 
pronunciamento da parte protegida pela lei.
 Exemplo: contratos firmados por serem relativamente incapazes, ou seja, não assistidos. O 
contrato produz efeitos até a data da sua anulação (efeitos ex nunc).
Condição resolutiva
Esta condição pode estar presente por previsão expressa bem como por previsão tácita. 
Previsão tácita – de tal sorte, que em havendo o descumprimento da obrigação contratual 
de uma das partes, a outra é facultado pedir a rescisão do contrato por inexecução, podendo, 
se houver interesse, exigir o cumprimento da avença com indenização por perdas e danos, 
mediante processo judicial.
Previsão expressa – trata-se cláusula contratual, em que o não cumprimento da obrigação 
contratual implica na recisão do contrato, não carecendo de manifestação do Poder Judiciário.
14
Unidade: Contratos 
Direito de arrependimento 
Para que exista tal possibilidade, deve haver cláusula de previsão expressa no contrato; assim, 
o contrato pode ser rompido, desde que o arrependimento seja manifesto dentro do prazo 
fixado em contrato.
Resolução 
A resolução pode se dar nas seguintes conformidades:
Por onerosidade excessiva (art. 478, CC) – é o caso quando o contrato quando, por exemplo, 
diante de um evento extraordinário e imprevisível, quando da data da contratação, tornou as 
obrigações contratuais, excessivamente, onerosas à prestação de uma das partes; nesse caso, 
pode o devedor da obrigação pedir a resolução do contrato.
Por inexecução voluntária – a inadimplência da obrigação se deu por culpa de uma das 
partes. Nesse caso, haverá perdas e danos. 
Por inexecução involuntária (força maior e caso fortuito) – fatos alheios à vontade da 
parte a impedem de cumprir com sua prestação. Não há culpa, afastando a possibilidade de 
indenização por perdas e danos. Pode existir a intervenção judicial para trazer o equilíbrio da 
relação contratual, ou para se apurar eventuais perdas e danos.
Resilição:
A resilição (Dissolução do contrato por simples declaração de vontade de uma ou das duas 
partes contratantes) poderá ser:
Bilateral (também conhecida por distrato) – ocorre um rompimento do vínculo 
contratual firmado entre as partes. Deve respeitar às mesmas normas e forma do contrato que 
se extingue.
Unilateral – admitida em situações excepcionais, quando da ocorrência em certo contrato 
em que uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia 
unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto 
dos investimentos”.
Morte (para as obrigações personalíssimas) – só implica a extinção do contrato firmado 
intuitu personae (em razão da pessoa), assim com o falecimento do contratante extinguiu-se a 
força determinante para a conclusão do contrato.
15
Material Complementar
Caros (as) alunos(as),
No estudo dos Contratos, é fundamental que um dos princípios que envolvam uma 
relação contratual seja o da Boa Fé, no qual, as partes devem agir com lealdade e boa fé 
uma com a outra.
Ocorrência comum entre os denominados contratos de adesão é a falta de clareza das 
clausulas contratuais, diante da excessividade de detalhes em determinados contratos, bem 
como o desate provocado pelo tamanho das letras que compõem estes instrumentos.
A interpretação da lei brasileira veda a existência de tais contratos, totalmente favoráveis a 
uma das partes, e com possibilidade de desrespeitar o direito da outra. 
Veja uma questão importante no tocante a esta relação, visitando o sítio na rede mundial de 
computador. Para isso, clique no seguinte link:
- site: http://www.youtube.com/watch?v=8O_BL2NQQ84
Bons estudos!
16
Unidade: Contratos 
Referências
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 out. 1988. Senado 
Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br.
BRASIL, Código Civil Brasileiro, de 10 jan. 2002. Senado Federal. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. V. 3, Contratos. 4ª Ed. São Paulo: Saraiva, 
2010. 
DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. 15ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
FIUZA, César. Direito Civil: Curso Completo 6ª edição Belo Horizonte: DelRey.
GOMES, Orlando. Contratos. 26. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009.
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. 42. ed., São Paulo: Saraiva, 
2009. 
NEGREIROS, Teresa. Teoria do contrato – novos paradigmas. 2. ed. Rio: Renovar, 2006. 
PEREIRA, Cáio Mário da Silva. Instituições do Direito Civil. 17 ed., Rio de Janeiro: Forense, 
2009.
RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 
17
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000
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