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Análise Cisne Negro

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGIAS E SAÚDE – CCBS
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA DE TEORIA E TÉCNICA PSICANALÍTICA
DISCENTE: ERISON LEANDRO ALMEIDA DE MORAIS
MATRICULA: 082280410
Análise do Filme “Cisne Negro”
No filme, Natalie Portman interpreta brilhantemente Nina Sayers, bailarina de uma companhia de balé de Nova York que irá apresentar “O lago dos cisnes”. Nina disputa o lugar de primeira bailarina, a que irá interpretar o cisne branco e o negro, respectivamente, Odete e Odile. Com uma mãe obcecada pela dança, que utiliza a filha para alcançar seus próprios objetivos frustrados, ser o que ela não foi – uma bailarina de sucesso (Ai se ver o Narcisismo depositado da mãe em Nina, onde se deposita toda a perfeição; Narcisismo este que ela tem que abandonar por sua neurose assim como demonstra Freud em um dos seus textos a exemplo de “Melancolia e Luto”; Não se ver também a figura paterna e a mãe não dar espaço para a figura paterna colocar a Lei) em sua casa e quando convocada para uma responsabilidade maior e demonstrar o cisne negro Nina tem dificuldades de se situar no mundo diante de suas demandas, no que diz respeito à sexualidade, relacionamentos, etc. Cisne Negro já deixa claro, na sua poderosa seqüência inicial, que se trata de uma história perturbadora. O reflexo do rosto de Nina no vidro do metrô, os closes dos pés maltratados pela dança, suas alucinações, sua angústia... Toda a trama gira em torno deste belo espetáculo e das conseqüências dele na vida de Nina que diante da demanda exigente e caprichosa do Outro, não tem como responder a não ser com um surto...
A trama traz uma psicose bem estruturada e é impressionante a forma como o diretor conseguiu abordar o tema e fazer um enganche com o espetáculo.
Dentre tantos elementos que o filme traz, podemos destacar:
- os embaraços desse sujeito com seu corpo e seu Grande Outro, um corpo assexuado que não sabe como responder diante do desejo de um homem. Ao mesmo tempo, um empuxo à sexualidade que se apresenta o tempo todo;
- a mãe devoradora que a força a ser não apenas uma bailarina, mas a melhor. Por sua vez, Nina, enganchada no desejo dela, sem simbólico prá dar conta do capricho materno, desaba, responde com um surto;
- as dificuldades do sujeito em fazer laço social, em se inserir em alguma relação, por mínima que seja, com as outras bailarinas. Quando isto acontece, é de forma bem desastrosa para ela;
- as alucinações: voz e olhar que irrompem, a ideação persecutória que desenvolve com a colega bailarina com quem alucina uma relação sexual;
- a desestabilização, a certeza psicótica;
- o estádio de espelho, em muitos momentos e em suas alucinações ela ver sua imagem na figura do outro, e muitas vezes esse outro era a figura negra de Nina, que para Jung poder-se-ia chamar de “sombra”;
- as passagens ao ato (quando quebra os quadros da mãe, por exemplo);
O desenlace da trama é a passagem ao ato que culmina em sua morte após um espetáculo sem falhas, e a frase por ela proferida: “Fui perfeita”

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