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Mecânica dos Solos 7NB-2016.1 MSc. Raphael Pontes Claus eng.raphael.pc@gmail.com Recife 2016 1.Composição Química e Mineralógica dos Solos 2. Propriedades das Partículas Sólidas do Solo MSc. Raphael Pontes Claus eng.raphael.pc@gmail.com Recife 2016 Composição Química e Mineralógica dos Solos • MINERAL: Substância inorgânica e natural, que tem uma estrutura interna característica determinada por um certo arranjo específico de seus átomos e íons. • Propriedades físicas que interessam: Densidade, Dureza. 3 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Dureza: 4 Riscados pela unha Riscados pelo aço Riscam o Vidro Composição Química e Mineralógica dos Solos • Os minerais encontrados nos solos são os mesmos das rochas de origem (primários), além de outros que se formam na decomposição (secundários). 5 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Nos solos grossos os minerais predominantes são: • Silicatos – Feldspato, mica, quartzo, serpentina, clorita e talco; • Óxidos – hematita, magnetita e limonita; • Carbonatos - Calcita e Dolomita; • Sulfatos – gesso; Anidrita 6 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Silicatos: • Feldspato: • sofrem decomposição pela ação da água carregada de CO2; • É característica alteração em argila branca. 7 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Silicatos: • Mica: • Moscovita (Mica Branca); • Biotita (Mica Preta); • Nos solos - Forma de pequenas escamas brilhantes. 8 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Silicatos: • Quartzo: • Sílica cristalina pura: Sio2; • Forma de prisma hexagonal com bases de pirâmides hexagonal; • Os mais resistentes = quase inalterado do solo para rocha 9 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Nos solos grossos o comportamento mecânico e hidráulico está principalmente condicionado por sua compacidade e pela orientação de suas partículas, sendo a sua constituição mineralógica, até certo ponto, secundária. 10 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Minerais Constituintes dos Solos Finos: • Partindo dos numerosos minerais (principalmente silicatos) que se encontram nas rochas ígneas e metamórficas, os agentes de decomposição química chegam a um produto final: a argila • Ao contrário com o que ocorre com os solos grossos, o comportamento mecânico das argilas é decisivamente influído por sua estrutura em geral, e constituição mineralógica em particular. 11 Composição Química e Mineralógica dos Solos • As argilas são constituídas basicamente por “silicatos de alumínio hidratados”, podendo também apresentar silicatos de magnésio, ferro ou outros metais, também hidratados. • Esses minerais têm, quase sempre, uma estrutura cristalina definida, cujos átomos estão dispostos em lâminas. 12 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Existem dois tipos de Lâminas: 13 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Os tetraedros agrupam-se em unidades hexagonais, sendo a ligação entre dois tetraedros, feita pelo vértice (oxigênio); • As unidades hexagonais repetem-se indefinidamente, formando uma retícula laminar; • As lâminas alumínicas estão formadas por retículas de octaedros, tendo também como ligação o oxigênio. 14 Composição Química e Mineralógica dos Solos • De acordo com a estrutura reticular os minerais de argila constituem três grupos: • Caulinitas • Montmorilonitas • Ilitas 15 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Caulinitas • Em consequência da estrutura rígida (Combinação alternada de silício e alumínio), são relativamente estáveis em presença da água. Sendo considerada não expansiva em processo de saturação. • É o argilomineral mais comum encontrado nos solos residuais. • É estável e não caracteriza o solo como problemático, principalmente no que se refere a característica de plasticidade e expansão. 16 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Montmorilonitas: • A ligação entre as retículas é frágil, possibilitando a entrada de água entre as mesmas (material expansivo). ex.: bentonita • É utilizada na engenharia civil, principalmente nas escavações e no reparo de fissuras em taludes e barragens de terra. 17 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Na perfuração de poços de petróleo, as bentonitas melhoram as propriedades dos fluidos durante a operação de perfuração de poços, desempenhando uma ou várias das seguintes funções: aumentar a capacidade de limpeza do poço, reduzir as infiltrações nas formações permeáveis, etc. 18 Composição Química e Mineralógica dos Solos • Ilitas: Possuem estrutura análoga à das montmorilonitas sendo porém menos expansivas em virtude da ligação de potássio. • As partículas das ilitas são extremamente pequenas, portanto, sem condições de definir um contorno ou forma. Todavia, a microscopia eletrônica tem mostrado que as partículas da ilita e montmorilonita têm a forma de “flocos achatados” 19 Superfície Específica • Denomina-se superfície específica de um solo, a soma das superfícies de todas as partículas contidas na unidade de volume (ou de peso) do solo. 20 Natureza das Partículas • O solo é constituído por grãos minerais, podendo conter matéria orgânica; • Frações Grossas =Predominantemente Grãos Silicosos; • Frações Finas (Argilosas) = Caulinita, Montmorilonita e ilita. 21 Peso Específico das Partículas • O peso específico das partículas de um solo é: • �� � �� �� • Densidade Relativa das Partículas (Adimensional): • � � � � • �� � 1 � �� água pura a 4ºC • A densidade relativa dos solos variam de 2,65 a 2,85. 22 Peso Específico das Partículas • Coloca-se um peso seco conhecido do solo num picnômetro e, completando-se com água, determina-se o peso total; • O peso do picnômetro completado só com água + o peso do solo – o peso do picnômetro com solo e água = o peso da água que foi substituída pelo solo; • Deste peso, calcula-se o volume de água que substituído pelo solo e que é o volume do solo. • Com o peso e o volume, tem-se o peso específico. 23 Peso Específico das Partículas 24 Forma das Partículas • A) Formas arredondadas ou Poliédricas: Pedregulhos, areias e siltes. 25 Forma das Partículas • B) Lamelares: Lamelas ou escamas = argilas • A Forma responsável pela característica de plasticidade e compressibilidade das argilas; • 0,0000001 mm. 26 Forma das Partículas • C)Partículas fibrilares: • Solos tufosos 27 Atividade da Superfície dos Solos Finos • A superfície dos solos finos possui uma carga negativa; • A intensidade depende dos minerais; • Atividade da superfície dos minerais; • Caulinitas menos ativas e montmorilonitas mais ativas; 28 Atividade da Superfície dos Solos Finos • Skempton define: • � � �� %��,��� �� • A < 0,75 – Inativas • 0,75 < A < 1,25 - Normais • A > 1,25 ativas 29 Atividade da Superfície dos Solos Finos • Em contato com a água as partículas solidas atraem seus íons positivos H+, formando uma película de água adsorvida; • Assim se forma as Argilas Hidrogenadas (argila-H); • Troca de base: Converte em Argilas sódicas (argila- Na). 30 Bentonitas • São argilas ultra finas; • Formadas pela alteração química de cinzas vulcânicas; • Composta de montmorilonita; • Tendência ao inchamento; • Usadas para vedação de escavações e barragens. 31 Tixotropia 32 Tixotropia • A perda e o consequente retorno da resistência coesiva parecem ser devidos a destruição e consequente reordenação da estrutura molecular das camadas adsorvidas.33 Granulometria • Por Peneiramento 34 Granulometria • Por Peneiramento 35 Abertura das Malhas A.S.T.M. Numero de Malhas quadradas por polegada linear Granulometria • Por Sedimentação 36 Granulometria • Por Sedimentação • É baseada na lei de Stokes (1850), a qual estabelece uma relação entre o diâmetro da partícula e sua velocidade de sedimentação em um meio liquido de viscosidade e peso específico conhecidos. 37 Granulometria 38 Análise Granulométrica 39 DNIT = 76 4,8 2,0 0,42 0,05 0,005Antiga = Análise Granulométrica 40 Análise Granulométrica 41 Areia bem graduada Análise Granulométrica 42 Solo desuniforme, graduação aberta Análise Granulométrica 43 Solo muito uniforme (areia grossa) Parâmetros da curva granulométrica • Segundo Allen-Hazen • 1) Diâmetro Efetivo • 2) Coeficiente (Grau) de Uniformidade • 3) Coeficiente de Curvatura 44 Parâmetros da curva granulométrica • DIÂMETRO EFETIVO (D10 ou De): É o diâmetro correspondente a 10% em peso total de todas as partículas menores que ele. • O valor de D10 fornece uma das informações necessárias para o cálculo da permeabilidade, utilizado no dimensionamento de filtros e drenos. • D30 e D60: diâmetros correspondentes a 30% e 60% em peso total das partículas menores que eles. 45 Análise Granulométrica 46 Análise Granulométrica • COEFICIENTE DE UNIFORMIDADE (Cu): • O grau de uniformidade indica a falta de uniformidade, sendo tanto menor quanto mais uniforme for o solo; • Milton Vargas prefere chamá-lo grau de desuniformidade, e simbolizá-lo por D; • Cu = D60 / D10 • Quanto menor, maior é a inclinação da curva granulométrica = mais uniforme. 47 Análise Granulométrica • O solo é melhor graduado, segundo a seguinte classificação: • Cu < 5 - muito uniforme • 5 < Cu < 15 - uniformidade média • Cu > 15 – desuniforme • Alguns autores consideram solos uniformes os que têm Cu < 3, e desuniformes os que têm Cu>3. Também prefiro esta última consideração. 48 Análise Granulométrica • COEFICIENTE DE CURVATURA (Cc): • � � ��� � ������� • Solos bem graduados têm 1 < Cc < 3. 49 Classificação Trilinear dos Solos 50 Triângulo de Feret. Correção Granulométrica • A) Processo Algébrico 51 Correção Granulométrica 52 CONHECEMOS ESPECIFICADO INCÓGNITA Correção Granulométrica 53
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