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O conto e a psicanálise infantil Pós-freudianos e Pós-kleinianos Introdução Contos: estímulo a simbolização infantil Ateliê de Contos Eixo Lúdico; Eixo Reflexivo; Efeito terapêutico da contação de histórias Autores pós-freudianos e pós-kleinianos: H. Segal D. Winnicott W. Bion Hanna Segal H. Segal: a simbolização H. Segal: a simbolização Posição Depressiva (M. Klein): Pulsões agressivas e libidinais dirigidas ao mesmo objeto (ambivalência). Fantasias de destruição e abandono Supera a ausência do objeto primordial e estimula a simbolização Contos favorecem o processo de formação de símbolos e a representação das primeiras angústias e desejos da criança. Donald Winnicott Winnicott: o lúdico e o transicional Lúdico = proporciona prazer. O ateliê de contos é um espaço lúdico: brincadeiras, invenção, imaginação, mas também refúgio em momentos difíceis. Mãe Bebê Objeto Transicional Winnicott: o lúdico e o transicional Winnicott: o lúdico e o transicional Objeto transicional = fronteira entre a criança e o não-eu (interior x exterior) Estimula a atividade criativa Defesa contra a angústia (depressivo) nos momentos de solidão e adormecimento Fundamental no processo de aceitação da realidade Winnicott: o lúdico e o transicional A criança que conta histórias já está situada no espaço transicional Representação dos pais ausentes através dos contos Terapeuta-contador e setting do ateliê de contos reproduzem a relação objetal Imaginação supre a privação real Wilfred Bion Bion: a reflexão e o pensamento Bion: a reflexão e o pensamento Os contos ajudam a organizar os arcaísmos da criança Função alfa = barreira de contato (consciente x inconsciente) – torna abstração possível Terapeuta-contador e setting auxiliam a criança a digerir os elementos beta tornando-os passíveis de representação consciente. Efeito terapêutico dos contos Psicanálise: importância da narrativa na constituição psíquica do sujeito Crianças utilizam-se de personagens para traduzir seus sentimentos, dando-lhes sentido. Bruno Bettelheim A Psicanálise dos Contos de Fadas (2002) Princípio do Prazer x Princípio da Realidade Os 3 Porquinhos Princípio do Prazer x Princípio da Realidade Contos “realistas” Dramatização das consequências da preguiça e da falta de planejamento. “Um planejamento e previsão inteligentes combinados a um trabalho árduo nos fará vitoriosos até mesmo sobre nosso inimigo mais feroz – o lobo”. (BETTELHEIM, 2000) Princípio do Prazer x Princípio da Realidade Princípio do Prazer: Improviso, pouco esforço, gratificação imediata Porquinho do meio: + amadurecimento. Princípio da Realidade: Adia o brincar para planejar o futuro Prevê as ações do inimigo e não cai na armadilha O lobo representa as pulsões, o inconsciente devorador contra os quais devemos aprender a se proteger através da força do próprio ego (casa). Conclusão H. Segal: importância dos contos infantis na construção simbólica da criança que, para constituir-se como sujeito, precisa representar a relação afetiva primordial e através da imaginação superar a ausência real. D. Winnicott: Objeto transicional: recurso lúdico, intermediário, instalado para superar a angústia de separação, e que auxiliará no processo de diferenciação do mundo interior e exterior. Gutfreind: o conto como objeto transicional que pode auxiliar a criança na representação dos pais ausentes e na elaboração das angústias e desejos. Conclusão W. Bion: Função reflexiva do conto Organiza elementos beta (relativos aos impulsos primitivos) e transforme-os (função alfa) em elementos alfa (do pensamento) para assim serem narrados, produzindo sentidos. Prazer literário: Para além do prazer de ouvir e relatar histórias, ou elaborar pensamentos e sentimentos sobre elas, é necessário a estrutura literária seja atrativa, que contenha proposições provocadoras. Efeitos terapêuticos, segundo Gutfreind (2010): a representação dos arcaísmos psíquicos infantis a reflexão sobre os conflitos propostos (e que, no fundo, são os seus próprios conflitos) forma de lidar com a angústia. Conclusão O lúdico tem um papel fundamental na infância, de completar falta de informações ou inconformidades com a realidade das crianças. Isso ajuda as crianças a terem uma melhor convivência com suas realidades e estimula a criatividade e raciocínio não só para criar um mundo paralelo onde possam fugir da realidade mas também para resolução de problemas reais que enfrentarão no decorrer de suas vidas.
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