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DPP Aula 5 A partir da estrutura de governos e deturpações, Aristóteles instituiu a ideia de um mecanismo de fiscalizações recíprocas, estabelecendo determinadas tarefas para os três poderes sugeridos por ele, o poder monárquico, o aristocrático e a ecclésia. Essa estrutura varia para cada cidade-estado em maior ou menor grau dentre os três poderes. Os modelos constitucionais então vão se constituindo. Esse esquema de divisão ainda ocorre na Inglaterra, onde o legislativo é bi-cameral no sentido de classes sociais, onde há a câmara dos lordes e a dos comuns. O primeiro-ministro é do poder legislativo, porém, também exerce funções do poder execu tivo. Partindo dessa ideia, aristóteles percebe que se existe esse modelo, há uma lei fundamental que dá origem as coisas. Por exem plo, porque o presidente da república pode fazer medidas provisórias? Porque a constituição dá a ele esse poder. Ou seja, a constituição é quem manda a divisão do que cada poder deve fazer. Porém, a Lei Fundamental é a lei que, se mudada, muda a or ganização social. Aristóteles então vai investigar a origem da lei fundamental na sociedade grega e constrói a teoria da politéia fundamental, que vem da explicação natural, onde o homem extrai da natureza o melhor modo de organização da polis, que se confirma com a tradição. O rei pode assumir o poder do Arconte Rei porque existe uma lei fundamental que o permite assumir esse poder. Logo, se lei fundamental é extraida da natureza, todo homem de razão deve chegar à mesma conclusão. A lei fundamental determina os moldes da política, é aquela lei que atribui as tarefas a cada setor da sociedade. Por essas características, ela é chamada de constituição dos antigos. A constituição, para os antigos, na nossa concepção, é a chamada politeia. Começamos então o período medieval e análise do texto sobre São Paulo. Mesmo a ascenção do cristianismo não foi suficiente para conter a homogeneidade da administração do Império. Para se manter esse Império tão vasto e com os meios tecnológicos da época, não era possivel que o Imperador pudesse administrar todo o impé rio. Enquanto a delegação do Império agisse, tudo haveria sido movimentado para o pior em uma zona de conflito político ou mesmo bélico. O Imperador ficava muito tempo sem visitar as fronteiras, logo, começam a se formar alguns germes de feudos nas localizações mais distantes. Para manter isso, ele começava a fundar laços de fidelidade entre ele e alguns escolhidos das localidades distantes para que pudesse organizar melhor o império. Logo, esses escolhidos também escolhiam outros para acessorar seu trabalho, fragmentando cada vez mais o poder e, como estão mais próximos dos povos que administram, o povo começa a se associar mais com os que estão responsáveis pela região. Logo, vemos a organização social mudando. Na idade média, o campo da filosofia política e organização humana está muito marcada pela presença da religiosidade, com um poder secundário para os homens escolhidos pela religião administrar. Os autrocritas possuiam o poder espiritual e divino, enquanto os potestas era o poder político humano em caráter temporário. O que marca na teoria política da contribuição Paulínea é que o homem agora busca um caráter transcendente na visão da nature za, o fundamento da lei é a lei etérea, a lei de Deus. Na antiguidade tinhamos um paradigma cosmológico, determinante na lei humana. Paulo vai pegar essa ideia, tirar ela do mundo real e jogar ela no mundo da fé cristã, o fundamento estando em Deus e são as leis de inspirações divinas quem determinam as leis de organização dos homens na cidade. Deus estabelece os princípios para que os homens estabeleçam leis em conformidade com a lei religiosa. No paradigma cosmolígico, a natureza é o fundamento e a partir da razão se extrai a lei natural para se constituir a lei posi tiva. Na idade média, o cosmos deixa de ser fundamento e entra Deus em seu lugar, logo, as leis divinas são extraidas pela ra zão para poder criar o direito positivo. Na modernidade, a razão é o meio pelo qual se compreende e o fundamento para a sua compreensão. Nesse conflito, Paulo estabelece que a política deve ensinar a nós o que cristo ensinou, logo, as questões eminentemente huma nas, caberia aos homens resolverem. As questões inerentes, doutrinárias, caberia a determinação do bispo de roma, o Papa. O problema é que há situações convergentes e, para Paulo, quando não souber a quem se compete decidir, o Papa assumiria essa posição invariavelmente. Em Tomás de Aquino, ele tenta promover uma espécie de conciliação entre aristóteles, do homem político, com a doutrina cristã e, uma das características desse momento, é a teoria da revelação, que é a marca fundamental desse período. A fé permite que o homem entenda os ensinamentos de Deus e traga esses conceitos para a política.
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