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Prova 2 DDP

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Nome:	Allan	Magno	Soares	de	Moraes		
Matrícula:	202110185911	
Turma:	2		
	
	
	
QUESTÕES		
	
1.	Pesquise	e	selecione	um	caso	julgado	pelo	Supremo	Tribunal	Federal	
(ou	 algum	 Tribunal	 Superior	 brasileiro)	 envolvendo	 a	 tensão	 direito	 e	
política,	 ou	 seja,	 jurisdição	 constitucional	 e	 democracia	 e	 elabore	 um	
estudo	do	caso	selecionado	abordando	cada	um	dos	seguintes	itens:	
	
1.1.	Breve	explicação	do	contexto	histórico.	
	
R:	O caso que está em análise é o da Aida Jacob Curi, uma jovem moça que sofreu 
violências físicas e psicológicas seguida de morte, realizada por três homens jovens que 
a jogaram do alto de um prédio em Copacabana, no Rio de Janeiro. Os irmãos da mulher 
que veio há óbito com brutalidade em 1958 entraram na justiça contra a emissora Globo 
Comunicações exigindo uma indenização por danos morais pela divulgação de fotos, 
nome e pelas cenas da reconstituição do local do crime. 
	
1.2.	Breve	descrição	da	problemática	tratada.	
	
R:	Os parentes acima citados de Aida Curi foram contra a exibição desta história que foi 
ao ar no programa Linha Direta da Rede Globo de Televisão no ano de 2004, pois os 
autores do pedido de indenização por danos morais interpretaram que o programa era 
extemporâneo, não era mais uma história de conhecimento público por já ter se passado 
46 anos do ocorrido, também não iria se ter o interesse da sociedade de comentar e debater 
sobre este caso. 
	
1.3.	Levantamento	de	circunstâncias	fáticas	e	pontos	relevantes.	
	
R:	 A	 família	 da	 vítima	 deste	 crime	 Brutal	 não	 concorda	 com	 a	 divulgação	 das	
informações	de	sua	irmã	Aida	Jacob	Curi	e	nem	de	trazer	notoriedade	para	esse	caso	
que	já	tinha	caído	no	esquecimento	da	população	brasileira	por	já	ter	se	passado	muito	
anos	e	os	réus	já	terem	sidos	julgados		e	condenados	dando	o	caso	por	encerrado.	A	
emissora	de	televisão	Globo	está	do	 lado	da	 liberdade	de	expressão	assegurada	pela	
Constituição	 Brasileira.	 As	 informações	 sobre	 o	 caso	 eram	 públicas,	 pois	 foram	
amplamente	repercutidas	quando	ocorreu	esse	ato	bárbaro	com	a	vítima,		assim	tendo	
uma	análise	do	julgamento	sobre	réus,		como	foi	aplicada	à	justiça	em	um	contexto	da	
época.		
	
1.4.	Explicação/descrição	da	tese	vencedora	
	
R:	A tese que reverberou no julgamento foi que a Constituição Federal não compactua 
com a ideia de um direito ao esquecimento, portanto a Norma não tem a capacidade de 
impedir em detrimento do tempo ou há perpetuação de fatos ou dados verdadeiros que 
foram adquiridos de forma legal e divulgados em meios de veículos de comunicação 
social que sejam eles analógicos ou digitais. Caso haja uma exorbitância fortuita ao ato 
de se praticar à liberdade de expressão e de comunicação há análise será particular, dentro 
das leis constitucionais. 
	
1.5.	Principais	argumentos	do	voto	vencedor.		
	
R:	 	Por nove votos a um o Supremo Tribunal Federal decidiu ir contra o “direito do 
esquecimento” no Brasil, pois a Constituição federal é antagonista ao direito de 
esquecimento, tendo o entendimento que por causa do tempo passado a divulgação de 
fatos verídicos, captados de forma lícita e propagados em veículos de comunicação fere 
a liberdade de expressão e acesso às informações autênticas. 
	
1.6.	 Houve	 divergência?	 Se	 sim,	 apontar	 os	 principais	 argumentos	 da	
divergência.			
	
R: Sim, o argumento do Ministro Nunes Marques é baseado no direito à intimidade e à 
vida privada, ele enxergou a situação de que a reportagem estava expondo a vítima de 
modo humilhante e vexatório usando imagens, o nome e mesmo que tenha o interesse de 
se analisar o caso e divulgar pelo interesse público a vítima é indenizável. E o conflito 
com a Constituição Federal de igual ordem não precisa ser analisado de maneira rigorosa. 
	
1.7.	Análise	crítica	e	avaliar	se	a	corte	agiu	de	maneira	ativista,	se	seguiu	
a	 norma	 constitucional	 e/ou	 mesmo	 se	 adotou	 uma	 postura	 de	
autocontenção	judicial.		
	
R:	 	"E incompatível com a Constituição a ideia de um direito ao esquecimento, assim 
entendido como o poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos 
ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social 
analógicos ou digitais. Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de 
expressão e de informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros 
constitucionais especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da 
privacidade e da personalidade em geral - e as expressas e específicas previsões legais 
nos âmbitos penal e cível'. Com este trecho ressalto que os ministros do Supremo Tribunal 
Federal seguiram à Constituição Federal, pois a Norma não permite “direito ao 
esquecimento”. 
		
	
Base	Bibliográfica:		
	
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/supremo-forma-maioria-contra-
direito-ao-esquecimento-no-brasil/		
	
A	tese	foi	proposta	pelo	ministro	Dias	Toffoli.	Ela	foi	aceita	pelos	ministros	
Nunes	Marques,	Alexandre	de	Moraes,	Rosa	Weber,	Cármen	Lúcia,	Ricardo	
Lewandowski,	 Gilmar	 Mendes	 e	 Luiz	 Fux.	 Apenas	 os	 ministros	 Marco	
Aurélio	e	Edson	Fachin	não	acataram	a	tese.

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