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15/10/2013 1 Profª Me. Mariana Carrapeiro (Adaptado de: Profª Me. Priscila Paiva Dias) Câncer é a segunda causa de morte por doença, apenas superada pelas doenças cardiovasculares. Estimativas para o ano de 2012 serão válidas também para o ano de 2013 e apontam para o aumento de mais de 500 mil novos casos... Tipos mais incidentes: Sexo masculino: Câncer de pele não melanoma Próstata Pulmão Cólon e reto Estômago Sexo feminino: Câncer de pele não melanoma Mama Colo do útero Cólon e reto Glândula tireoide 15/10/2013 2 O QUE É CÂNCER OU NEOPLASIA? Nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. 15/10/2013 3 •Doença genética •Acúmulo de lesão no DNA (estruturais e funcionais) •Aberrações cromossômicas (rearranjos no genoma celular) •Crescimento de clones celulares com acúmulo de mutações •Perda do controle de crescimento e diferenciação celular •Oncogenes e genes supressores Conseqüência de alterações moleculares que resultam na quebra da integridade funcional do ciclo celular 15/10/2013 4 • Processo lento: pode levar vários anos • Passa por diferentes estágios • Iniciação • Promoção • Progressão 15/10/2013 5 1º Estágio: Iniciação • Células sofrem o efeito dos agentes carcinogênicos ou carcinógenos que provocam modificações em alguns de seus genes. 2º Estágio: Promoção •Células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio 3º Estágio: Progressão • É o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. • Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. • Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. • O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese. 15/10/2013 6 Invasão dos VasosInvasão dos Vasos Célula Célula TransformadaTransformada Células Células neoplásicasneoplásicas TumorTumor NeovascularizaçãoNeovascularização EE--caderinascaderinas EmbolizaçãoEmbolização Adesão ao Adesão ao EndotélioEndotélio ExtravasamentoExtravasamento CarcinógenoCarcinógeno FORMAS DE CÂNCER • Interação entre fatores endógenos e ambientais 15/10/2013 7 CONSTITUCIONAIS OU ENDÓGENOS Genéticos Imunológicos Endócrinos AMBIENTAIS OU EXÓGENOS Químicos Físicos Biológicos Estilo de Vida FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO • As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. • Fatores ambientais, tais como dieta, tabagismo, agentes infecciosos, radiação, poluição, medicamentos, atividade física e composição corporal são importantes fatores modificáveis. INCA, 2011 15/10/2013 8 FATORES DE RISCO FATORES AMBIENTAIS: • tabagismo • alcoolismo • exposição ao sol • infecções por papilomavírus • uso crônico de estrógenos (?) • obesidade • elevada ingestão de gorduras 15/10/2013 9 FATORES DE RISCO ESTILO DE VIDA FUMO: Associa-se aos CA de lábio, boca, faringe, esôfago, laringe, pulmão e bexiga. ÁLCOOL: • O consumo elevado associa-se ao risco > para CA de fígado, boca, faringe, esôfago e laringe. • > risco p/ CA de boca e garganta + >> fuma. ALCOOLISMO: 2 a 4% das mortes por câncer. 50 a 70% das mortes por câncer de língua, faringe e esôfago. 35x maior o risco (tabaco+álcool) FATORES DE RISCO 15/10/2013 10 FATORES DE RISCO HÁBITOS SEXUAIS: • Comportamentos sexuais de risco: • Início precoce da atividade sexual • Falta de higiene • Multiplicidade de parceiros •Vírus implicados: • HPV (CA colo de útero) • HIV (CA de língua e de reto) • HTLV-I (leucemias) • Hepatite (CA de fígado FATORES DE RISCO FATORES OCUPACIONAIS Exposição a substâncias tóxicas: • Alumínio e seus compostos (pulmão) • Borracha (medula óssea e bexiga) • Pó de madeiras (Seios paranasais) • Material de pintura (pulmão) 15/10/2013 11 • UVA Envelhecimento precoce da pele Potencializa a ação cancerígena dos UVB • UVB Câncer de pele Destruição e envelhecimento precoce da pele FATORES DE RISCO RADIAÇÃO SOLAR (RAIOS ULTRAVIOLETAS) HÁBITOS ALIMENTARES Tipos de câncer relacionados: • Esôfago • Estômago • Cólon e reto • Mama • Próstata FATORES DE RISCO 15/10/2013 12 FATORES DE RISCO Estima-se que 35% das mortes por câncer podem ser prevenidas através de modificações na alimentação, já que há várias evidências de que a alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer. Garófolo, 2004 FATORES DE RISCO Alimentos relacionados ao risco de desenvolver câncer: • Alimentos salgados(salsichas, presunto, mortadela, salame, carnes e peixes salgados, conservas e picles) • Churrascos e defumados (alcatrão) • Gorduras • Alimentos mofados 15/10/2013 13 • Gordura saturada está associada ao CA colorretal; • Os óleos poliinsaturados são suscetíveis à oxidação e portanto oferecem > risco; • A baixa ingestão de fibras (<12g/dia) oferece correlação com o CA de cólon e de mama; • A combinação de dietas com muita gordura, pobre em fibras e antioxidantes + sedentarismo = CA. • aditivos • conservantes • estabilizantes • corantes • adoçantes artificiais 15/10/2013 14 COMPLICAÇÕES Imunidade celular deprimida Desnutrição proteico-calórica Alterações funcionais ao órgão atingido Alterações teciduais respectivas ao órgão atingido Emagrecimento Caquexia COMPLICAÇÕES O paciente com CA sofre alterações no paladar: no limiar para o sabor amargo e para o sabor doce para o paladar azedo e salgado e alterações do olfato 15/10/2013 15 SÍNDROME DA CAQUEXIA A desnutrição protéico- calórica é muito comum no câncer – 30-50% dos pacientes; Intensidade varia conforme o tipo, localização e estagio da neoplasia Incidência de Desnutrição no Câncer 30 a 50% dos casos Perda de peso utilizada como critério principal da avaliação nutricional 40-80%dos casos Dias, 2002 Waitzberg, 2000 Shils & Shike, 2003 15/10/2013 16 TIPOS DE CÂNCER E DESNUTRIÇÃO LOCALIZAÇÃO E FREQUÊNCIA estômago 65 a 85% pâncreas 80 a 83% esôfago 60 a 80% cabeça e pescoço 65 a 75% pulmão 45 a 60% cólon e reto 45 a 60% neoplasias urológicas 10% ginecológicas 15% CAUSAS DE DETERIORAÇÃO NUTRICIONAL Efeitos clínico gerais Anorexia,mal estar fadiga,febre, prostração Alterações bioquímicas Produção de citocinas, hipermetabolismo, ciclos metabólicos Transtornos gastrintestinais Disfagia, vômitos, dor abdominal, obstrução intestinal Perdas externas e internas Sangramento, ascite, edemas Anormalidades psicológicas Ansiedade, depressão 15/10/2013 17 Efeitos do tratamento Anorexia + alterações físicas e psicológicas Efeitos do tumor CÂNCER Déficit energético + alterações de macronutrientes Distúrbios metabólicos Redução de ingesta de nutrientes CAQUEXIA NO CÂNCER Eur J Oncol Nutrs, 2005 (35) Complicação freqüente em paciente c/ neoplasia maligna em estado avançado • Consumo intenso de tecido muscular e adiposo • Perdainvoluntária de peso • Anemia, astenia, balanço nitrogenado negativo SÍNDROME DA ANOREXIA - CAQUEXIA 15/10/2013 18 • perda maciça e progressiva (80%) do tecido adiposo e muscular, com perda do apetite e saciedade precoce que vai resultar muitas vezes em jejum prolongado. • a caquexia é responsável pela alta mortalidade dos pacientes com CA (20%) • está associada a alguns tipos específicos de CA, especialmente de TGI e pulmão. SÍNDROME DA ANOREXIA - CAQUEXIA • A desnutrição protéico-calórica é indício freqüente da presença de tumor maligno. • Manifestações clínicas: perda tecidual, atrofia muscular, miopatia, perda rápida de tecido adiposo, atrofia de órgãos. • Manifestações bioquímicas: anemia, hipoalbuminemia, hiperlipidemia e intolerância à glicose 15/10/2013 19 A avaliação nutricional no paciente com câncer deverá ser realizada com freqüência, e a intervenção nutricional iniciada precocemente quando os déficits forem observados. Recomendação grau C - ESPEN, 2006 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM CÂNCER Não há método considerado padrão ouro! • Todos os métodos apresentam limitações • Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente (ASG)-PPP pode ser Interessante (Consenso) Cabral & Correia. Dieta, Nutrição e Câncer. 2004. p 329-33. 15/10/2013 20 LIMITAÇÃO DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM CÂNCER AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Prejudicada no Edema e Ascite Dificulta a detecção da perda de massa muscular e gordurosa Melhor utilizada no acompanhamento nutricional do paciente que no diagnóstico do estado nutricional Detectar se a alteração do hábito alimentar é de causa primária ou secundária a doença ingestão de alimentos Dificuldade na ingestão de alimentos Paciente com déficit cognitivo, delírios, depressão ou astenia Necessária a presença do cuidador responsável pelo paciente Tipo de câncer e doença avançada que alteram o gasto energético e levam a quadros de caquexia LIMITAÇÃO DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM CÂNCER 15/10/2013 21 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM CÂNCER GANHO DE PESO POUCO FREQUENTE DROGAS USADAS NO TRATAMENTO •Aumentam o apetite • Provocam retenção hídrica • Podem provocar aumento do peso corporal TIPOS DE TRATA- MENTO Cirurgia Quimiote- rapia Imunotera- pia Radiotera- pia Hormonio- terapia 15/10/2013 22 TIPOS DE TRATAMENTO 1) CIRURGIA ONCOLÓGICA A cirurgia oncológica muitas vezes antecede ao tratamento. Dessa forma, a Nutrição pode contribuir para minimizar o impacto da cirurgia sobre o paciente. OBJETIVOS DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PRECOCE: Detectar o estado nutricional do pré-operatório, promover manutenção ou ganho de peso, garantir o aporte adequado de nutrientes, manutenção do sistema imune, otimização da cicatrização, além de preparar o paciente para o tratamento. TIPOS DE TRATAMENTO • A radioterapia é o método de tratamento local do câncer, que utiliza equipamentos irradiar áreas do organismo humano (lesar DNA da célula tumoral). • A radioterapia externa consiste na aplicação diária de uma dose de radiação, durante um intervalo de tempo pré-determinado. 2) RADIOTERAPIA 15/10/2013 23 EFEITOS COLATERAIS: • Radiação de cabeça e pescoço: Boca seca, dor de garganta, destruição dos dentes e gengivas, alterações nas sensações de olfato e paladar. • Radiação do tórax: dificuldade de deglutição. •Radiação do abdome: má-absorção, gastrite, náusea, vômito e diarréia. RADIOTERAPIA É a forma de tratamento sistêmico do câncer que usa medicamentos denominados de “quimioterápicos” administrados em intervalos regulares, que variam de acordo com os esquemas terapêuticos. Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, mucosite, alterações no paladar, diarréia constipação, dentre outros. QUIMIOTERAPIA 15/10/2013 24 • Quimioterapia que consiste do uso de substâncias semelhantes ou inibidoras de hormônios, para tratar as neoplasias que são dependentes destes. • Dentre os tumores malignos sensíveis ao tratamento hormonal destacam-se: os carcinomas de mama, o adenocarcinoma de próstata e o adenocarcinoma de endométrio • Necessário monitoramento nutricional: portadoras de CA de mama tem ganho ponderal HORMONIOTERAPIA PLANEJAMENTO DA PRESCRIÇÃO NUTRICIONAL 15/10/2013 25 • Manter ou recuperar o estado nutricional; • Minimizar efeitos colaterais associados ao tratamento; • Evitar a interrupção do tratamento; • Melhorar a qualidade de vida; • Orientar sobre alimentação saudável para pacientes sobreviventes; • Apoio e tranqüilidade aos pacientes • Como avaliar??? • Como calcular calorias??? • Como determinar proteínas???? • O que usar??? • Em quanto tempo reavaliar esse paciente??? 15/10/2013 26 Consenso de Nutrição Oncológica/ Volumes 1 e 2 Ministério da Saúde. INCA, 2009 e 2011 15/10/2013 27 • Alteração ponderal recente • Medicamentos utilizados • Sintomas gastrointestinais • Doenças crônicas associadas • Dentição • Cirurgias realizadas • Intolerância alimentar • Etilismo e tabagismo • Condição sócio-econômica • Localização do tumor • Tratamento prévio e adjuvante (quimioterapia/ radioterapia) • Estadiamento clínico • Prognóstico do paciente • Conversa com o médico sobre o caso • Uso hospitalar – ferramenta de triagem • ASG PPP – paciente oncológico 15/10/2013 28 Impresso da Avaliação Subjetiva Global Produzida Pelo Paciente (ASG-PPP). FONTE: GONZALEZ et al., 2010. Impresso da Avaliação Subjetiva Global Produzida Pelo Paciente (ASG-PPP). FONTE: GONZALEZ et al., 2010. 15/10/2013 29 Impresso da Avaliação Subjetiva Global Produzida Pelo Paciente (ASG-PPP). FONTE: GONZALEZ et al., 2010. FONTE: GONZALEZ et al., 2010. 15/10/2013 30 • Sentido crânio-caudal • Perda de massa muscular (musculatura bitemporal, musculatura supra e infraclavicular, pernas em vale, perda musculatura do pinçamento) • Perda de gordura: sobras de pele • Mucosas e conjuntivas • Abdome • Edema de MMII • Edema sacral • Para o acompanhamento, métodos objetivos são recomendados na avaliação nutricional • Peso atual/ peso habitual • IMC • DCT • CB • CMB • CP • Bioimpedância 15/10/2013 31 • História alimentar – dieta habitual; • Preferência alimentares • Mudanças recentes – diagnóstico • Uso de suplementos • Uso de outros produtos • Proteínas totais e frações: albumina • Perfil lipídico e glicemia: alterações metabólicas • Uréia e creatinina: função renal • Leucograma: imunossupressão • Contagem de plaquetas 15/10/2013 32 INCA, 2009 ITEM RECOMENDAÇÃO Necessidades Calóricas Realimentação: 20kcal/kg/dia Obeso: 21-25kcal/kg/dia Manutenção de peso: 25-30Kcal/kg/dia Ganho de peso: 30-35kcal/kg/dia Repleção: 35-45kcal/kg/dia Recomendações de Proteínas Sem complicações: 1-1,2g/kg/dia Com estresse moderado: 1,1 – 1,5g/kg/dia Com estresse grave e repleção protéica: 1,5 – 2,0g/kg/dia Recomendações Hídricas 18-55 anos: 35ml/kg/dia 55-65 anos: 30ml/kg/dia >65 anos: 25ml/kg/dia Cálculo das Necessidades/ Projeto Diretrizes, 2011 • Calorias: Obesos ou manutenção: 21-25 kcal/kg/d Adultos sedentários: 25-30 kcal/kg/d Para tentar promover ganho de peso ou em pacientes anabólicos: 30-35kcal/kg/d Má-absorção 35 kcal/kg/d ou mais • Proteínas: Pacientes com comprometimento hepático ou renal: 0,5-0,8 g/kg/d Pacientes não estressados: 1,0-1,5 g/kg/d Pacientes hipermetabólicos ou com perda aumentada: 1,5-2,0 g/kg/d • Gorduras: 20-30% do valor calórico total 15/10/2013 33 • Priorizar o uso de alimentos; • Seguir, sempre que possível as preferências do paciente e sua rotinaalimentar; • Pensar no custo benefício do uso de suplementos SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM ONCOLOGIA 15/10/2013 34 MÓDULOS NUTRICIONAIS EM ONCOLOGIA • AMBULATÓRIO • Paciente em risco: 15 dias • Paciente fora de risco: 30 dias • HOSPITAL • Anamnese clínica e alimentar: diariamente • Antropometria: semanalmente 15/10/2013 35 No pré e pós-operatório: Avaliação nutricional: ASG-PPP ou ASG e durante a internação e ambulatorialmente realizar anamnese nutricional compreendendo dados clínicos e dietéticos Necessidades nutricionais: Consenso de Nutrição, 2009 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA CIRURGIA Adultos Kcal/Kg/Dia Realimentação 20 Obeso 21-25 Manutenção de peso 25-30 Ganho de peso 30-35 Repleção 35-45 Recomendações protéicas: Adultos Gramas/Kg/dia Sem complicações 1,0 – 1,2 Com estresse moderado 1,1 – 1,5 Com estresse grave e repleção proteica 1,5 – 2,0 Na radioterapia e quimioterapia: Avaliação nutricional: ASG-PPP ou ASG e durante a internação e ambulatorialmente realizar anamnese nutricional compreendendo dados clínicos e dietéticos Necessidades nutricionais: Consenso de Nutrição, 2009 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO TRATAMENTO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO TRATAMENTO CLÍNICOCLÍNICO Adultos Kcal/Kg/Dia Realimentação 20 Obeso 21-25 Manutenção de peso 25-30 Ganho de peso 30-35 Repleção 35-45 Recomendações protéicas: Adultos Gramas/Kg/dia Sem complicações 1,0 – 1,2 Com estresse moderado 1,1 – 1,5 Com estresse grave e repleção proteica 1,5 – 2,0 15/10/2013 36 No paciente terminal: Avaliação nutricional: ASG-PPP , anamnese nutricional, peso, altura e sinais e sintomas apresentados Necessidades nutricionais: As necessidades calóricas para o paciente oncológico no fim da vida serão estabelecidas de acordo com a aceitação e tolerância do paciente. Consenso de Nutrição, 2009 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO CUIDADO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO CUIDADO PALIATIVOPALIATIVO Adultos Kcal/Kg/Dia 20 a 35 Kcal/ kg/dia Recomendações protéicas: De 1.0 a 1.8 g ptn / kg /dia ou ajustar a recomendação protéica TNE: TGI total ou parcialmente funcionante: • TNE via oral: os complementos enterais devem ser a primeira opção, quando a ingestão alimentar for < 75% das recomendações em até 5 dias, sem expectativa de melhora da ingestão· • TNE via sonda: impossibilidade de utilização da via oral, ingestão alimentar insuficiente (ingestão oral < 60% das recomendações) em até 5 dias consecutivos, sem expectativa de melhora da ingestão TNP: impossibilidade total ou parcial de uso do TGI Consenso de Nutrição, 2009 OBJETIVO DA TERAPIA NUTRICIONAL NA ONCOLOGIA 15/10/2013 37 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS SINTOMAS DA QUIMIOTERAPIA E DA RADIOTERAPIA ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS • Lembrar sobre a importância de fazer uma boa alimentação • Modificar a consistência da dieta conforme a aceitação do paciente • Aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia • Quando necessário, utilizar complementos nutricionais NA PRESENÇA DE QUALQUER SINTOMA QUE COMPROMETA A ALIMENTAÇÃO: 15/10/2013 38 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 1. ANOREXIA: • Dar preferência a alimentos umedecidos • Adicionar caldos e molhos às preparações • Aumentar a variedade de legumes e carnes nas preparações • Utilizar temperos naturais nas preparações ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 2. NÁUSEAS E VÔMITOS: • Preparar pratos visualmente agradáveis e coloridos • Evitar jejuns prolongados • Mastigar ou chupar gelo 40 minutos antes das refeições • Evitar alimentos gordurosos • Evitar preparações com temperaturas extremas • Evitar preparações e alimentos muito doces • Evitar beber líquidos durante as refeições, utilizando-os em pequenas quantidades nos intervalos • Manter cabeceira elevada (45) durante e após as refeições • Realizar as refeições em locais arejados, evitando locais que tenham odores fortes 15/10/2013 39 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 3. MUCOSITE: • Evitar alimentos secos, duros ou picantes • Utilizar alimentos à temperatura ambiente, fria ou gelada • Diminuir o sal das preparações • Consumir alimentos mais macios e pastosos • Evitar vegetais frescos crus • Evitar líquidos e temperos abrasivos ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 4. DIARRÉIA: • Evitar leite e seus derivados (iogurte/queijo) • Substituir por produtos de soja ou sem lactose • Evitar fibras laxativas • Ingerir líquidos em quantidades satisfatórias (água/água-de-coco e chás) • Utilizar leite fermentado 2 vezes ao dia. 15/10/2013 40 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 5. DISFAGIA/ODINOFAGIA: • Evitar alimentos secos e duros • Dar preferência a alimentos umedecidos • Usar preparações de fácil mastigação/deglutição • Utilizar alimentos em temperatura ambiente • Dar preferência a alimentos na consistência pastosa (carnes macias, bem cozidas, picadas, desfiadas ou moídas) ou liquidificados • Usar papas de frutas e sucos não ácidos • Mastigar bem os alimentos evitando a aerofagia • Evitar condimentos ácidos que possam irritar a mucosa ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 6. XEROSTOMIA: • Dar preferência a alimentos umedecidos • Preparar pratos visualmente agradáveis e coloridos • Utilizar gotas de limão nas saladas e bebidas • Ingerir líquidos junto com as refeições para facilitar a mastigação e deglutição • Adicionar caldos e molhos às preparações • Dar preferência a alimentos umedecidos • Usar ervas aromáticas como tempero nas preparações, evitando sal e condimentos em excesso • Mastigar e chupar gelo feito de água, água de coco e suco de fruta adoçada 15/10/2013 41 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Terapia Nutricional auxilia no tratamento, minimizando as complicações, bem como o seguimento nutricional, garante a qualidade de vida para este paciente ao longo de sua recuperação.
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