Buscar

PARTE GERAL CIVIL 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Civil - Parte Geral I 
 
Aula 04 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. 
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de 
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente 
virtual de aprendizagem UNINOVE. 
 
 
Uso consciente do papel. 
Cause boa impressão, imprima menos. 
 
Aula 04: Bens Jurídicos 
 
 
Objetivo: Neste módulo estudaremos as noções gerais dos bens jurídicos, aqueles 
considerados em si mesmos, bem como os reciprocamente considerados. 
 
 
Conceito 
 
Os bens, materiais ou imateriais, que têm valor jurídico, podem ser objetos 
das relações jurídicas. É tudo aquilo que se possa submeter ao poder dos sujeitos 
da relação como forma de realizar suas finalidades. Coisa (res) é gênero, enquanto 
bem é espécie. Pode-se dizer que a palavra “coisa” é mais abrangente e refere-se a 
tudo aquilo que existe no universo e pode ser apropriado ou não. Quanto aos bens, 
pode-se dizer que é tudo aquilo suscetível de apropriação e de utilização econômica 
pelo homem. 
 O patrimônio do indivíduo é a representação econômica da pessoa, cuja 
composição integra bens materiais ou corpóreos (suscetíveis de apreensão física, 
como, por exemplo: livro, mesa, joia) e os imateriais ou incorpóreos (existência 
abstrata, como, por exemplo: o crédito, a honra, direito autoral, software). 
 
Classificação dos bens considerados em si mesmos 
 
Sob a denominação de bens considerados em si mesmos (arts. 79-91 CC), a 
lei faz uma subdivisão em cinco categorias: 
 
a) Bens móveis e imóveis: Relevando-se sua natureza, consideram-se bens 
imóveis (também chamados de bens de raiz) aqueles que não podem ser 
transportados de um lugar para outro sem alteração de sua substância (prédio), ao 
passo que os móveis são passíveis de condução (também chamados de 
semoventes), sem alteração de sua substância (por exemplo, os carros). Alguns 
efeitos práticos merecem destaque, em especial, pela formalidade nos negócios 
determinada pela lei, eis que os bens imóveis para alienação operam-se pela 
 
lavratura de escritura pública, enquanto para os móveis se opera pela simples 
entrega (tradição). No direito tributário os bens imóveis estão sujeitos a tributos 
especiais diferentemente dos bens móveis. Vale lembra que o Código Civil adotou o 
critério da mobilidade (bens móveis e imóveis), enquanto o Código de Defesa do 
Consumidor adotou o critério de durabilidade (bens duráveis e não duráveis). 
 
a1- classificação dos bens imóveis: 
• Imóveis por sua natureza (79 CC): o solo e tudo quanto se lhe 
incorporar natural ou artificialmente, como, por exemplo, o solo, 
subsolo, as pedras, as fontes, as árvores e espaço aéreo. 
• Imóveis por acessão física, industrial ou artificial: trata-se de tudo o que 
o homem incorporar permanentemente ao solo, como, por exemplo, as 
edificações e construções. Excluem-se, portanto, as construções 
provisórias, por exemplo, parques, circos, feiras, tendas, entre outros. 
• Imóveis por determinação legal (80 CC): prevalece a vontade do 
legislador quanto aos direitos reais sobre imóveis (hipoteca) e as ações 
que o assegurem e o direito a sucessão aberta. Trata-se de bens 
incorpóreos que não são móveis ou imóveis, mas o legislador, por 
ficção legal e para ampliar a segurança jurídica das relações, o 
considera imóvel. 
a2- Classificação dos bens móveis (82 CC): 
• Móveis por natureza: podem ser transportados de um lugar para outro, 
por força própria ou estranha, sem deteriorar sua substância. Tais bens 
são divididos em móveis propriamente ditos (admitem remoção por força 
alheia, como, por exemplo, os objetos inanimados) e os semoventes 
(aqueles que têm movimento próprio, movem-se de um local para outro 
por força própria, como, por exemplo, os animais). 
• Móveis por determinação legal (83 CC): são bens incorpóreos que 
adquirem a qualidade de móveis por vontade da lei (por exemplo, o 
crédito, o direito autoral). 
 
b) Bens fungíveis e infungíveis (85 CC): a classificação leva em conta a 
possibilidade de substituição que os bens móveis tenham. Assim, os fungíveis 
podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade 
(dinheiro e gêneros alimentícios, por exemplo). Ao passo que os infungíveis são os 
insubstituíveis (escultura famosa, por exemplo). A lei permite ainda que a 
fungibilidade possa resultar da vontade das partes quando lhe atribuírem a 
característica de insubstituível (um livro, por exemplo). 
c) Bens consumíveis e inconsumíveis (86 CC): consumíveis são os móveis 
cujo uso importe em destruição imediata, ou seja, acaba-se em um ou poucos usos 
(por exemplo, os alimentos), ao passo que os inconsumíveis permitem uso 
continuado (por exemplo, os automóveis). Independente da natureza de se acabar 
de imediato ou por tempo prolongado, a lei destina como consumíveis os bens 
destinados à alienação: produtos colocados à venda. O primeiro grupo são os bens 
consumíveis de fato e o segundo os bens de direito. 
d) Bens divisíveis e indivisíveis (87 CC): os bens que podem ser partidos em 
porções, formando, cada um, uma unidade divisível (por exemplo, um brilhante, um 
saco de arroz). Por indivisível teremos os bens que não permitem o fracionamento 
(por exemplo, mesa, animal). O art. 88 do CC prescreve, ainda, que os bens 
divisíveis podem se tornar indivisíveis por determinação da lei (art.1386 CC) ou por 
convenção das partes (por exemplo, dinheiro). 
 e) bens singulares e coletivos (89 CC): Os bens singulares são as coisas 
consideradas em sua individualidade, representadas por uma unidade e distinta de 
qualquer outra, como, por exemplo, bolsa, livro. Já os bens coletivos são compostos 
de várias coisas singulares, são, pois, considerados em conjunto, formando um todo, 
como, por exemplo, uma biblioteca, um rebanho. Os bens coletivos são também 
chamados de universalidade ou universais. 
 
Classificação dos bens reciprocamente considerados 
 
 Trata-se da classificação que considera um bem em relação a outro: 
 
 
 a) Bens principais e bens acessórios: bem principal é aquele que possui 
autonomia, existe por si só, não depende de outro e é aplicável entre coisas e 
direitos (por exemplo, um contrato de compra e venda). Bem acessório tem sua 
existência subordinada ao principal (por exemplo, a cláusula penal em relação ao 
contrato de compra e venda). A regra é de que o acessório segue a sorte do 
principal (acessorium sequitur suum principale), salvo estipulação em contrário. 
Deste modo, não há multa contratual se não houver um contrato principal a que faça 
relação. 
 
a1- classificação dos bens acessórios: frutos, produtos, benfeitorias e 
pertenças. 
 
• Frutos (95 CC): utilidades que a coisa produz periodicamente, ou seja, 
tem renovação de tempos em tempos. A percepção não importa 
diminuição da substância: as frutas, os juros, o aluguel. Podem ser 
agrupados quanto à origem (natural, civil e industrial) e ao estado 
(pendentes, percebidos, estantes, percipiendos e consumidos). 
 
• Produtos (95 CC): utilidades não-renováveis que se retiram da coisa, 
diminuindo-lhe a quantidade (pedras e metais extraídos das minas e 
pedreiras). 
 
• Benfeitorias (96 CC): São as obras realizadas na coisa principal, com o 
objetivo de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. As benfeitorias são 
sempre artificiais, posto que exigem uma atividade humana. Não são 
benfeitoriasos acréscimos naturais (97 CC). Serão úteis aquelas que 
aumentam ou facilitam o uso da coisa. (construção de um banheiro 
dentro da casa). Serão necessárias aquelas que têm por fim conservar 
ou evitar que o bem se deteriore (reformas em geral) e Voluptuárias as 
de mero deleite, embelezamento, que não aumentam a utilidade da 
coisa (mosaico num jardim). O conceito de benfeitorias úteis é negativo, 
ou seja, aqueles que não se enquadrarem como necessárias, mas 
aumentem o valor do bem. 
 
• Pertenças (93/94 CC): O Código Civil de 2002 incluiu as pertenças 
dentro da classificação de bens acessórios. É uma destinação de um 
bem em relação ao principal, com objetivo de conservar ou facilitar o 
uso. Não é parte integrante, portanto, não é produto e nem fruto, como, 
por exemplo, a mobília da casa, o trator na fazenda, os objetos de 
decoração da casa, o ar-condicionado. Importante lembrar que por força 
do art. 94 do Código Civil, a regra de que o acessório segue ao principal 
não se aplica às pertenças. 
 
Classificação dos bens públicos 
 
Bens públicos e particulares (98/103 CC): esta classificação analisa a 
titularidade de propriedade. Os bens públicos pertencem à União, aos Estados ou 
aos Municípios, ao passo que, os particulares, por exclusão, pertencem à iniciativa 
privada. 
 Os bens públicos dividem-se em: 
 
• Bens públicos de uso comum do povo (99, I, CC): são aqueles cuja 
utilização não está sujeita à normas especiais. Por exemplo, os rios, os 
mares, as ruas, e as estradas podem ser utilizados, mas não têm 
domínio e são inalienáveis. 
• Bens de uso especial (99, II, CC). São bens públicos cuja utilização é 
concedida a determinada pessoa ou utilizado pelo próprio poder público 
para a realização de seus serviços: escolas, repartições etc. 
• Bens dominicais (99, III, CC): são bens públicos não destinados à 
utilização direta e imediata do povo, nem a usuários de serviços, mas 
pertencem ao poder estatal, como, por exemplo, terrenos de marinha, 
estradas de ferro e terras devolutas (faixas litorâneas). Vale lembrar que 
tais bens podem ser alienados. 
 No geral os demais bens públicos são inalienáveis e não estão sujeitos à 
usucapião (102 CC). 
 
 
REFERÊNCIAS 
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Mancuso. Novo Curso de Direito Civil. 
São Paulo: Saraiva, 2011, v.1. 
GONÇALVES, Carlos ROBERTO. Direito Civil Brasileiro. 7ª Ed., São Paulo: Saraiva, 
2011, v.1. 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. São Paulo: Atlas, 2011, v. 1.

Outros materiais