Projeto de estagio

Prévia do material em texto

1.0 APRESENTAÇÃO
A escola em que vamos estagiar é a Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, localizada no município de Craíbas no estado de Alagoas. Ela funciona os três horários (matutino, vespertino e noturno). A escola possui um professor de física para todas as turmas. Em nossa primeira abordagem a escola fomos bem recebidos e aceitos imediatamente, era começo do ano letivo e o calendário ainda não se encontrava ajustado, por esse motivo esperamos duas semanas para voltar à escola e assim podermos iniciar as nossas atividades.
A estrutura da escola passa por uma reforma (com 13 salas de aulas, além das salas de: professores, secretaria, direção, almoxarifado, cozinha, dispensa, vídeo, coordenação, supervisão e de grêmio livre, a escola também conta com laboratório de informática, laboratório de ciências, auditório, biblioteca, cantina, pátio coberto e pátio descoberto, apesar da boa estrutura a problemas de organização de espaço, como um espaço relativamente grande ainda não está sendo usado (provavelmente alguma construção). A biblioteca aparenta ser bem cuidada, os alunos tem livre acesso, mas falta livros, principalmente livros voltados para a área científica, o laboratório de informática encontrasse inutilizável por falta de manutenção e de computadores, o laboratório de ciências é pouco utilizado também devido a precariedade, sendo assim resta aos alunos a metodologia tradicional de ensino (quadro branco e lápis).
A escola somente é voltada ao ensino médio (1° ao 3° ano). Ao voltarmos à escola o calendário ainda apresentava problemas de ajuste. Escolhemos trabalhar com a turma do 1° ano “C”, pelo horário da manhã, nas terças e quartas-feiras. A sala continha 31 alunos na nossa primeira visita, O professor Ítalo (o professor de física), estava dando aula de movimento uniforme, onde esta aula foi voltada apenas para a resolução de exercícios, os alunos apresentavam dificuldades na interpretação da questão, na matemática da questão. O professor era dinâmico e paciente, mas o problema apresentado aqui se caracteriza, pois os alunos não apresentam pré-requisitos básicos para acompanhar a disciplina. Começaremos a nossa atividade numa terça-feira (19/04/16) e iremos ministrar as aulas até o dia (25/05/16), uma quarta-feira.
Os alunos apresentam uma faixa etária entre 15 a 18 anos, sendo todos eles da região de Craíbas, uma cidade pequena de 22.643 habitantes. Ao estarmos na escola os alunos mostravam-se tímidos com a nossa presença. Apesar de que um dos escritores desse artigo (Gilmar Ferreira) ser dessa região e conhecer alguns alunos dessa escola, na aula os alunos estavam muito quietos, provavelmente nossa presença na sala influenciou isso.
2.0 Projeto de Estágio
2.1 Tema
Em nosso período de estagio iremos aborda os temos Grandezas Vetoriais, Cinemática e Dinâmica.
2.2 Justificativa
Os assuntos tratados são de grande importância para o desenvolvimento das competências dos alunos no que se refere à física, dentre estes assuntos destacamos a dinâmica, pois é um assunto mais encontrado em provas de vestibulares e Enem (EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO), porém como a turma não tem ainda o conhecimento necessário em cinemática seria inviável omitir este tema, sendo assim daremos continuidade as aulas do professor Carlos Italo Brito, para concluirmos o assunto cinemática e então apresentamos a dinâmica e as leis de Newton para a turma.
Iremos apresentar esse tema durante as nossas aulas por aspectos apresentados pela estrutura da escola, pelo contexto sócio cultural da região, pelo conhecimento relativo dos alunos em relação a disciplina ( o que nos podermos observar), pelo conteúdo programado pela escola e pelo professor. Pois não adianta tentarmos abranger um conhecimento a fundo se os alunos não vão acompanhar, mas também não podemos ser negligentes quanto a isso, resolvemos caracterizar bem os conteúdos, cada um, para que assim, os alunos consigam o melhor desenvolvimento possível. Pelo menos essa é a ideia inicial desse estágio.
Como vamos dividir o conteúdo em 12 aulas, fica por nossa obrigação apresentar da melhor forma o conteúdo, pois esses alunos estão sendo apresentados ao conhecimento da física pela primeira vez, ou seja, é de fundamental importância que esses assuntos sejam bem apresentados para que assim o aluno possa despertar o interesse pela matéria, que saibam ver a física como uma ciência abstrata capaz de solucionar e abordar todos os fenômenos naturais, e não apenas um amontoado de expressões matemática que tem que ser respondidas de forma algébrica.
Não podemos fugir do cronograma da escola e assim prejudicar o aprendizado dos alunos, mas tentaremos apresentar o conteúdo da melhor forma possível, pois ele é por onde se começa a estudar a física, e é sem dúvida, fundamental começar a entendê-la bem desde cedo.
2.3 Conteúdos
Com o objetivo de não fugir totalmente dos conteúdos programados pelo professor e necessários aos alunos, em nossas primeiras aulas daremos continuidade aos assuntos já discutidos em sala, como o movimento uniforme já foi apresentado aos alunos, vamos introduzir grandezas vetoriais para então dar continuidade com movimento uniformemente variado e leis de Newton.
2.4 OBJETIVOS
Geral: 
Promover aos alunos uma curiosidade científica, pois assim, mesmo quando formos embora, eles despertem o interesse pela busca do aprendizado.
Específicos:
Proporcionar o desenvolvimento de competências em matemática básica
Dominar a interpretação de questões.
Desenvolver o entendimento a física em si, e não ficar preso a formulas.
Proporcionar uma maior interação dos alunos com a aula.
2.5 REFERENCIAL TEÓRICO
Um dos maiores problemas, se não o maior problema atual na educação é a falta de base dos alunos e a dificuldade encontrada no processo de aprendizagem. Os alunos são condicionados desde o início da sua vida escolar ao processo decorativo de informação, onde a maior parte dos alunos não consegue desenvolver a capacidade cognitiva necessária para a assimilação de novos conteúdos, pois a aprendizagem é mais que a aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações, segundo Piletti;
“As informações são importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de se tornarem significativas para a vida das pessoas. Todas as informações, todos os dados da experiência devem ser trabalhados, de maneira consciente e crítica, por quem os recebe.” Piletti (1994, p. 31).
O aluno nesse caso específico, não deve só aprender a Física, além disso, ele deve ser capaz de almejar novas formas de perceber, ser, pensar e agir, O aprendizado não está só no conhecimento, mas na capacidade de desenvolver o estudante em seus diversos aspectos.
A física antes de tudo é uma área científica, e sendo ela deste caráter, devemos trazer assim ao ensinar esses conceitos básicos da categoria dela. É obvio que a ciência com suas características céticas e curiosas é capaz de ajudar os estudantes em diversos aspectos, a caracterização formal dos fenômenos naturais não deve ser vista para os estudantes como uma atividade cansativa, incompreensível e chata. Pelo contriário, devem apresentá-los a sua beleza.
De acordo com o divulgador científico Carl Sagan, “Vivemos numa sociedade intensamente dependente da ciência e da tecnologia, em que quase ninguém sabe algo sobre ciência e tecnologia.” Ou seja, a atividade docente aqui deve ser encarada de uma forma muita séria, pois com as ferramentas corretas, podemos trazer, quem sabe, mudanças significativas, pois além do conteúdo, é possível ser dado na aula, ao tocar em fatos históricos, sociais e científicos mostrar com experimentos simples em duas aulas como essa. É importante lembrar que não devemos nos preocupar só em passar a informação, mas mais que tudo prestar atenção em como a informação vai ser passada.
Os métodos específicos de ensino que iremos apresentar podem ser alterados até porque esses métodos vão ser adequados a cada aula com o objetivo de conseguir a cada dia se conectar mais ao aluno. Até porqueseria displicente do nosso lado aqui não apresentar alguns métodos que com certeza irão ser apresentados. Para entender melhor, vamos a palavra método, método vem do latim methodu, que significa caminho para chegar a um fim, portanto, a ideia aqui é usar métodos para conseguir chegarmos em nossos objetivos.
Ao tentar melhorar a aprendizagem, muitas vezes tentamos procurar novos métodos de ensino, o que é correto, por isso iremos apresentar algo novo, mas o problema, a nosso ver é que certos métodos tradicionais são importantíssimos e ainda funcionam muito bem, como a aula expositiva, mas para tentarmos desenvolver mais esses métodos antigos, devemos nos preocupar com a maneira de utilizar os métodos, pois se pode ter uma bela ferramenta nas mãos, se você não souber utilizá-la, ela não será produtiva.
Dessa forma iremos usar métodos tradicionais (aula expositiva) e também tentaremos utilizar novos métodos, como a aplicação de experimentos para facilitar o desenvolvimento da aprendizagem, junto às tecnologias através das redes sociais.
2.6 PROCEDIMENTOS
Em nossas aulas iremos apostar em outras metodologias de ensino além das aulas teóricas (quadro branco e lápis), tais como aulas práticas através da aplicação de experimentos, facilitando assim a assimilação e compreensão dos conteúdos abordados, exercícios para a fixação dos assuntos discutidos. Em nossa metodologia iremos explorar a utilização das tecnologias procurando instigar os alunos a busca pelo conhecimento (em especial o conhecimento da física), não é novidade dizer que os jovens estão cada vez mais conectados, em nossas visitas a escola pudemos constatar muitos alunos conectados em Facebook e Whataapp, percebendo essa dependência de grande maioria dos alunos em relação as redes sociais, criaremos um grupo nas redes sociais onde neles colocaremos uma ou duas questões teóricas referentes aos assuntos  abordados na aula, sabemos que ao deixarem a sala os alunos abandonam o estudo e os livros até que chegue a próxima aula, com isso pretendemos levar a física até os alunos, não apenas em sala de aula mas em qualquer outro lugar, possibilitando uma interação dos alunos com a disciplina. Como cita Paulo freire 
A educação não se reduz à técnica, mas não se faz educação sem ela. Utilizar computadores na educação, em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa de nossos meninos e meninas. Dependendo de quem o usa, a favor de que e de quem e para quê. O homem concreto deve se instrumentar com o recurso da ciência e da tecnologia para melhor lutar pela causa de sua humanização e de sua libertação (FREIRE, 2001a, p.98).
Ou seja, o não uso da tecnologia em nossa época é um desperdício, até porque ela esta presente também como uma ferramenta para o ensino, e como os alunos tem contato com ela acreditamos que possa ser uma técnica certa para uma melhor aprendizagem. 
2.7 CRONOGRAMA
AULAS:
Vetores
Definição
Representando Vetores
Somando vetores
Decompondo vetores 
Movimento Uniformemente variado (MUV)
Definição
Aceleração
Equação horaria da velocidade no MUV
Gráfico da velocidade em função do tempo (v x t)
Movimento Uniformemente variado (MUV)
Experimento 01
Lista de exercícios (para casa)
Movimento Uniformemente variado (MUV)
A equação horaria da posição no MUV
Equação de Torricelli
Movimento acelerado e movimento retardado
Praticando em sala
Movimento Uniformemente variado (MUV)
Queda livre
Lançamento vertical
Lançamento oblíquo
Movimento Uniformemente Variado (MUV)
Experimento 02
Lista de exercícios (para casa)
Movimento Uniformemente Variado (MUV)
Prova
Dinâmica
Introdução
A inercia e a primeira lei de Newton
A segunda lei de Newton
Força resultante
Dinâmica
Força gravitacional
Força peso
A terceira lei de Newton
Força normal
Força de tração
Dinâmica
Força de atrito
Força de resistência do ar
Força elástica
Dinâmica
Experimento 03
Lista de exercícios (para casa)
Dinâmica
Prova
2.8 Avaliação
Iremos avaliar o desenvolvimento dos alunos com uma prova escrita, onde haverá questões teóricas e práticas em relação ao conteúdo abordado. Não iremos nos ater muito aos métodos de avaliação, pois como pretendemos ter uma interação com os alunos, no dia a dia poderemos analisar a evolução da turma.
3.0 Referências
STEFANOVITS, Angelo. Física 1º ano-Ser protagonista: Ensino médio/obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM; Editor responsável Angelo Stefanovits.- 2.ed.-São Paulo: Edições SM, 2013.- (Coleção ser protagonista ; 1).
HALLIDAY, David. Fundamentos de Física, volume 1 : Mecânica / David Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker ; Tradução e revisão técnica Ronaldo Sérgio de Biasi. -8. ed.- Rio de Janeiro : LTC, 2008.
Luciana Figueiredo Lacanallo⋅ * Sandra Salete de Camargo Silva* Diene Eire de Mello Bortotti de Oliveira* João Luiz Gasparin** Teresa Kazuko Teruya**: Uma Análise Histórica e Educacional do Trabalho Didático; MÉTODOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM.