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Atualidades do Maranhão

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Prof. Rodrigo Donin www.focusconcursos.com.br 1 
Conhecimentos Gerais do Maranhão 
 
 
Atualidades do Maranhão 
O Estado do Maranhão constitui uma das 27 unidades que compõe o sistema 
de Federação no Brasil, representado 18 deputados em Nível Federal e um sistema 
unicameral de 42 deputados em nível Estadual, tendo Humberto Coutinho do PDT 
eleito Presidente da Assembleia Legislativa a partir de 2015. O Estado representa o 
2º maior da região Nordeste, com uma população estimada em aproximadamente 7 
milhões de habitantes, distribuídas em 217 municípios e tendo a 10ª posição de 
Estado mais populoso do País. Em relação ao povoamento, a densidade 
demográfica é considerada abaixo da nacional, aproximadamente 19,8 habitantes, 
o que constituí o número de habitantes dividido pelos quilômetros quadrados. 
A história da ocupação do Estado do Maranhão tem início paralelo ao processo 
de colonização, por volta do século XVI. Foi a partir da ocupação de franceses que 
se estabeleceram em 1612 que os portugueses fundaram o Estado do Maranhão e 
Grão-Pará (um único Estado, por enquanto) em 1621. Por volta de 1641 uma nova 
ocupação se deu pela presença de neerlandeses (população holandesa que habitava 
os Países Baixos) na Ilha de São Luís, de onde foram expulsos em 1644, quase 
paralelamente à expulsão dos mesmos holandeses da região de Pernambuco, 
tomada em 1630 pelo controle das regiões açucareiras. Estabelecido o domínio 
português, inclusive além do Tratado de Tordesilhas, o então espaço da região do 
Maranhão seria desmembrado do Estado do Pará em 1772 e ganho autonomia 
característica de uma unidade administrativa independente. O processo de 
independência teria levado várias e consecutivas disputas até que fosse oficializada 
a expulsão dos portugueses em 1823. A região foi intensamente atacada e 
saqueada por tropas brasileiras que lutaram contra os portugueses. As atividades 
econômicas foram duramente afetadas pela Abolição da Escravidão em 1888 e 
recuperadas somente por meados da I Grande Guerra em 1914. 
A extensão territorial do Maranhão, no entanto, confere ao Estado uma vasta 
biodiversidade de ecossistemas e a 2ª maior costa litorânea do País, ficando atrás 
apenas da Bahia. São diversas praias tropicais, florestas amazônicas, cerrados, 
mangues, desertos de águas cristalinas, além do 3º maior delta do Mundo que 
deságua no Oceano, fenômeno particular que ocorre no Egito e no Vietnã. 
Localizado em uma espécie de bioma entre o sertão Nordestino e a Amazônia, 
o Maranhão explora seu setor terciário com turismo de tipo ecológico e de tipo 
cultural ou religioso. Seus 5 principais polos turísticos estão localizados entre a 
arquitetura, a fauna e a flora, a cultura da capital São Luís, além do Parque 
Nacional dos Lençóis Maranhenses, o Parque Nacional da Chapada das Mesas, o 
delta do Paranaíba e a Floresta dos Guarás. O gentílico do Estado é o 
 
Prof. Rodrigo Donin www.focusconcursos.com.br 2 
Conhecimentos Gerais do Maranhão 
 
Maranhense, enquanto que o da capital é o ludovicense. A origem do nome 
Maranhão pode estar ligada ao nome dado ao Rio Amazonas por índios nativos da 
região, fato que confere até hoje o termo usado ao Amazonas no Peru. Em 
referência a sua geografia o nome também pode estar associado ao emaranhado de 
Rios da região que correm e desaguam no mar. 
O Maranhão apesar de colecionar várias belezas e inúmeras paisagens 
naturais, apresenta inúmeros problemas de ordem socioeconômica. Em termos de 
IDH, índice de desenvolvimento humano, pode ser comparado ao mesmo patamar 
da média nacional na década de 80, além ainda de apresentar a pior expectativa de 
vida do Brasil, segundo dados atualizados de 2014. São 69,7 anos em média para o 
Maranhão contra 78,1 anos em média para o Estado de Santa Catarina, a melhor 
posição registrada no Brasil. A média nacional está aproximadamente em 74,9 anos 
em expectativa de vida. Importante medida de mortalidade no Brasil, os dados são 
utilizados pelo Ministério da Previdência Social para determinar o cálculo das 
aposentadorias em regime integral, incluindo o aumento do tempo de arrecação e 
da porcentagem descontadas em folha de pagamento, ou seja, quanto maior a 
expectativa de vida menor é o valor do benefício previdenciário, fruto da 
transformação da composição social brasileira, tema importantíssimo para a 
questão de Atualidades. 
Outro dado importantíssimo se refere ao índice de déficit habitacional 
comparado ao resto do país. Enquanto em termos absolutos, o País vive um 
momento de redução de déficits habitacionais devido a programas como Minha 
Casa, Minha Vida, o Estado do Maranhão apresenta os piores índices do Brasil. São 
quase 400 mil domicílios, 25% do que representa o total do Nordeste. O Estado 
conseguiu reduzir significativamente seus índices habitacionais de 27% para 21%, 
no entanto, ainda estão longe de atingirem índices ideais. Esses números levam em 
consideração que ainda existam quase 80 mil moradias que são coabitadas, ou 
seja, famílias que convivem no mesmo espaço, mas com projeção de constituir 
novos arranjos familiares. Fatores relacionadas a má distribuição de renda, alta 
inadimplência de Estados e Municípios e falta de planejamento do setor estariam 
entre os motivos das dificuldades de políticas adequadas ao Estado, dados 
contestados pela secretaria de Estado das Cidades do Estado. 
A preocupação ainda maior se concentra no quesito educação e índices de 
mortalidade infantil, consideradas acima da média nacional. Além dos baixos 
índices de crianças na escola entre 8 e 9 anos de idade, o 2º pior índice de 
mortalidade infantil está presente no Maranhão, inferior apenas ao Estado do 
Alagoas. No entanto, o Estado lidera ainda o número de analfabetos acima de 60 
anos de idade, o maior índice do País, segundo dados do PNAD divulgados em 
2014. O país hoje concentra 13,4 milhões de analfabetos, das quais 2,2 milhões de 
pessoas estão entre 10 e 19 anos. Nos índices totais, estamos com 8,7% da 
população brasileira analfabeta. A meta brasileira era chegar em 6,7% até 2015, 
 
Prof. Rodrigo Donin www.focusconcursos.com.br 3 
Conhecimentos Gerais do Maranhão 
 
fruto da Declaração de Dacar de 2000. No Estado do Maranhão, são 18,76% da 
população com mais de 10 anos analfabeta, 2º maior índice. 
Os números relacionados a Mortalidade Infantil também são fruto de 
falta de infraestrutura adequada. O cálculo é tomado a partir do número de mortes 
a cada 1000 nascimentos. O índice considerado normal pela OMS é de 10 mortes a 
cada 1000 nascidos vivos. No Nordeste, o Estado de Alagoas concentra 46,4 
mortes, enquanto que o Maranhão atinge 39 mortes a cada 1000 nascimentos, 
seguido de Pernambuco e por último na região o Piauí com 26 mortes. 
Entre os fatores principais do alto índice de mortalidade estão a carência de 
rede de esgoto e de acesso a água tratada. Os números chamam mais ainda 
atenção de contaminação por origem hídrica. São 812 pessoas a cada 1000 
habitantes, número de quase 81% de pessoas contaminadas, segundo dados de 
setembro de 2015. O estado apresentava 95% de casas sem acesso a serviços de 
saneamento básicos em 2012, número maior que os 75% de 2010. São 30% de 
conjunto de domicílios urbanos do país sem acesso a rede de esgoto. (Fonte: 
http://www.maranhaodagente.com.br/maranhao-tem-um-dos-piores-servicos-de-
saneamento-basico-do-pais/. Acesso em 18 nov. 2015). 
 
No que se refere à economia do Estado do Maranhão, vale ressaltar que os 
investimentos são bastante recentes, tendo em vista que por muito tempo o Estado 
esteve fora do eixo de produção e exportação do resto do país. Por volta das 
década de 60 e 70 o Estado recebeu infraestrutura de portos, rodovias e linhas 
férreas. Políticas criadas pelos governos militares facilitaram a integração do estadocom o resto do Nordeste através de iniciativas da Superintendência para o 
desenvolvimento do Nordeste, a SUDENE, criada originalmente sob o governo JK 
em 1959. Várias ações de grande investimento foram feitas, especialmente, na 
colonização e ocupação do Estado do Maranhão. 
Atualmente, a estrutura de produção se concentra em criação de gado, 
plantação de soja e arroz, extração de minério de ferro. Tais investimentos, no 
entanto, aceleraram a desigualdade fundiária do Estado, bem como, a 
desagregação da proteção ambiental. Em termos de PIB, o Estado do Maranhão 
contribui apenas com 1,3% do total do país. Entre setores da economia 
concentram-se, respectivamente, serviços associados ao turismo em 
aproximadamente 63% das receitas e a agricultura e indústria entre 18 e 17%. 
Atenção especial está na estrutura da indústria metalúrgica, madeireira, 
extrativista, alimentícia e química. Grande parte dessa produção escoada através 
do complexo portuário de Itaqui, de onde são exportados grandes quantias de 
ferro, alumínio, soja e manganês. A exportação, entretanto, representa 2,8 bilhões 
de dólares, enquanto que as importações de óleo diesel, querosene de aviação, 
adubos e fertilizantes, produtos químicos, locomotivas e etc., representam um 
 
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Conhecimentos Gerais do Maranhão 
 
montante de 4,1 bilhões dólares. Números como esses representaram desde os 
anos 2000 um expressivo crescimento na produção de grãos, mas ainda reforçam a 
dependência de setores como o turismo e preservam a situação de um dos Estados 
mais pobres do país em expansão econômica. 
 
 
 
 
 
 
 
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