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Limitações da Competência Tributária

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Aula 3 -Limitações da competência tributária
Em sentindo amplo, entende-se por limitação ao poder de tributar toda e qualquer restrição imposta pelo sistema jurídico às entidades dotadas desse poder. 
Em sentido restrito, é o conjunto de regras estabelecidas pela CF, em seus artigos 150 a 152, nas quais residem princípios fundamentais do direito tributário: a) legalidade (art. 150, I); b) isonomia (art.150, II); c) Irretroatividade (art. 150, III, “a”); d) anterioridade (art. 150, III, “b”); e) proibição de confisco (art. 150, IV); f) liberdade de tráfego (art. 150, V); g) imunidades (art. 150, VI); h) outras limitações (arts. 151 e 152). 
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
O âmbito constitucional
A CF/88 delimita com razoável precisão a matéria fática que pode se valer o legislador:
Em relação a impostos: 
partilha a competência entre U/E/DF/M;
Delimita a matéria de que se pode valer o legislador, para definir a hipótese de incidência;
Em relação aos tributos vinculados:
Taxas e contribuições de melhoria, tributos vinculados a um agir estatal.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
Princípios Tributários
São NORMAS JURÍDICAS SUPERIORES, QUE NORTEIAM A FORMAÇÃO E A INTERPRETAÇÃO DAS DEMAIS NORMAS JURÍDICAS.
São as NORMAS INAUGURAIS, PONTOS-DE-PARTIDA DO SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO. Todas as demais normas lhe devem respeito (superioridade hierárquica dos princípios sobre demais normas).
Segundo Antonio Bandeira de Mello são “mandamentos nucleares de um sistema”.
- O Direito Tributário tem seus próprios princípios (o que lhe garante autonomia didática).
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
- Estão previstos na Constituição Federal, formando o chamado ESTATUTO DOS CONTRIBUINTES. No Texto Constitucional, são considerados como “limitações ao Poder de Tributar” (artigo 146, II).
- LIMITAM O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, na medida em que impõem condições para a criação, majoração e cobrança de tributos.
- tratam-se de GARANTIAS INDIVIDUAIS A TODOS OS CONTRIBUINTES (caput do art. 150)
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
CONTROLAM O PODER DE TRIBUTAR, conferindo uma garantia em favor da propriedade e segurança jurídica dos contribuintes.
- existem PRINCÍPIOS GERAIS PARA TODOS OS TRIBUTOS, e outros ESPECÍFICOS A ALGUNS TRIBUTOS.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Este princípio possui dois enfoques: FORMAL e MATERIAL.
Constituição Federal: artigos 146, III, “a”, e 150, I, CF (específico para tributação) e 5º, II, 37, caput e 145, §1º (genérico). CTN: artigo 97.
No aspecto FORMAL (forma, instrumento, veículo normativo) = princípio da ESTRITA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA, pelo qual somente uma LEI, oriunda do Poder Legislativo (lei ordinária, Lei complementar), poderá criar ou aumentar tributos, assim como delimitar a atividade administrativa no exercício da cobrança tributária (artigos 3º e 142, parágrafo único, CTN). 
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
No aspecto material (conteúdo, tipo tributário), refere-se ao princípio da tipicidade fechada (cerrada), segundo o qual todos os elementos da hipótese de incidência (do fato gerador) devem estar previstos e definidos em lei, ou seja, a LEI deve esclarecer os elementos material, espacial, temporal, pessoal e quantitativo de todos os tributos; caso contrário, o tributo não será devido. O artigo 97, III, CTN, esclarece o sentido da tipicidade.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E AS MEDIDAS PROVISÓRIAS: com o advento da Emenda Constitucional n° 32/01, que incluiu o §2° no artigo 62, da CF, o tema ficou pacificado sobre a possibilidade de uma Medida Provisória (norma jurídica criada pelo Poder Executivo) abordar assunto tributário, observado o artigo 246, CF. Medida provisória não pode disciplinar matéria afeta à lei complementar (artigo 62, §1°, III, CF).
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
Decorrência da TIPICIDADE: artigos 108, §1º, 109, 110 e 112, do CTN.
Algumas RESTRIÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE estão previstas no artigo 153, §1°, CF, com relação à majoração da alíquota do II, IE, IPI e IOF (cuidado: não foram recepcionados integralmente os artigos 21, 26 e 65, CTN). 
Não se trata de uma “exceção” porque o Poder Executivo estará limitado por uma lei (ver, com relação ao IE, artigo 3°, do Decreto-lei n° 1.578/77). A Emenda n° 33/01, criou uma restrição inconstitucional a este princípio, para a CIDE relativa às atividades de importação e comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível (ver artigo 177, §4°, I, b, CF), e para o ICMS sobre combustíveis e lubrificantes (art. 155, §4º, IV, “c”).
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
OS BENEFÍCIOS FISCAIS TAMBÉM DEVEM SER CONCEDIDOS POR LEIS ESPECÍFICAS (art. 150, §6º da CF). No caso do ICMS, os benefícios fiscais deve ser previstos/autorizados em Convênios/ICMS (art. 155, §2º, XII, “g”, CF; e LC 24/75 - Dispõe sobre os convênios para a concessão de isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias, e dá outras providências.
- Em regra, uma mera lei ordinária é suficiente para se criar ou aumentar tributos. Exceções em que CF exige lei complementar (legalidade QUALIFICADA): 146, parágrafo único (Simples Nacional), 148, 153, VII (“Grandes Fortunas”), 154, I (imposto residual), e 195, §4° (contribuições para seguridade, cujo fato gerador ainda não esteja nos incisos do caput). As Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais podem exigir lei complementar (art. 6º, CTN).
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
PRINCÍPIO DA IGUALDADE (ISONOMIA)
- Decorre da capacidade contributiva. Está genericamente previsto no caput, do artigo 5°, CF, e especificamente para o campo tributário, no artigo 150, II. 
- Rui Barbosa (Oração aos Moços): a regra da igualdade consiste senão em tratar igualmente os iguais, e desigualmente os desiguais, na medida em que se desigualam. Critério: capacidade contributiva.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
afronta esse princípio a concessão de benefícios fiscais privilegiados a determinados contribuintes, em detrimento dos outros, a não ser que exista um critério hábil para tanto. Art. 173, §2º, CF veda tratamento benéfico exclusivo para empresas públicas e sociedades de economia mista. Por outro lado, a Constituição prevê um tratamento diferenciado para cooperativas (art. 146, III, “c”), ME e EPP (art. 146, III, “d”, 170, IX e 179), e outras (arts. 146-A e 174, §4º).
COROLÁRIOS DA ISONOMIA: progressividade do IR (art. 153, §2º), seletividade do IPI e do ICMS (arts. 153, §3º, I, e 155, §2º, III, CF), equidade no custeio da Seguridade (art. 194, par. ún. V, e 195, §9º), uniformidade geográfica (art. 151, I), vedação de diferença tributária pela procedência ou destino (art. 152).
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013.
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PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Tem a ver com a vigência, a eficácia e a aplicação da lei tributária. Vigência: aptidão da lei para produzir seus efeitos; eficácia: produção de efeitos da lei.
Existem DUAS ESPÉCIES DE PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: do exercício financeiro e nonagesimal (90 dias ou noventena).
Fundamento: prever uma SEGURANÇA JURÍDICA AOS CONTRIBUINTES, a fim de que ele não seja atingido de surpresa quanto à criação ou majoração de um tributo. Este princípio deixa bem claro que o TRIBUTO É UM CUSTO DO CONTRIBUINTE e, como tal, deve ser bem provisionado e susceptível a repasse no preço do serviço ou do bem.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
Não confundir com o princípio da ANUALIDADE ORÇAMENTÁRIA (art. 165, §2º) nem com a revogada ANUALIDADE TRIBUTÁRIA (desde 1967).
Princípio da ANTERIORIDADE DO EXERCÍCIO FINANCEIRO (artigo 150, III, b, CF): é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido PUBLICADA a lei que os instituiu ou aumentou. Exercício Financeiro = ano civil (1° de janeiro a 31 de dezembro – art. 34, Lei nº 4.320/64). 
Ponto de referência: data em que a lei foi publicada (data em que o Jornal Oficial foi distribuído para os contribuintes). Portanto, uma lei publicada em um ano, somente terá eficácia a partir do exercício financeiro seguinte.
EXCEÇÕES (art. 150, §1°, CF): empréstimos compulsórios decorrentes de guerra externa ou calamidade pública, II, IE, IOF e IPI, e para os impostos extraordinários da União. A EC 33/01 criou novas exceções (duvidosa constitucionalidade), por se tratar de uma cláusula pétrea: artigos 155, §4°, IV, “c”, e 177, §4°, I, b, CF. 
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
Princípio da ANTERIORIDADE NONAGESIMAL (DE 90 DIAS): previsto no artigo 195, §6°, CF, determina que as contribuições sociais de custeio da seguridade social (destinadas à Saúde, Previdência e Assistência Sociais) só poderão ser exigidas após decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado.
EC 42/2003 criou a ANTERIORIDADE NONAGESIMAL BENÉFICA: art. 150, III, “c”, aplicado a quase todos os TRIBUTOS, exceto para aqueles identificados no art. 150, §1º, 2ª parte (empréstimos compulsórios de guerra, II, IE, IR e IOF, e fixação da base de cálculo do IPVA e IPTU). Ou seja, em regra, pelo menos 90 dias deverão ser aguardados para uma lei que aumente ou crie tributos possa produzir seus efeitos.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E AS MEDIDAS PROVISÓRIAS: de acordo com o §2° do artigo 62, da CF (com redação atribuída pela Emenda 32/01), medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em for editada.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Assim como o princípio da anterioridade, refere-se à aplicação e eficácia da lei tributária. Está previsto nos artigos 5°, XXXVI e 150, III, a, CF: é vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
A lei tributária não pode voltar no tempo, para incidir sobre fatos geradores ocorridos anteriormente à vigência da lei (efeitos ex nunc).
Aplica-se a lei vigente à época de ocorrência do fato gerador (arts. 144, caput, e 146, CTN). Lei que institua novo critério de apuração ou processo de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgando ao créditos maiores garantias ou privilégios = aplicação imediata (art. 144, §1º, CTN).
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
A lei que concede anistia ou remissão será sempre retroativa, na medida em que alcança um fato praticado anteriormente a sua vigência.
Conforme artigo 106, CTN, a lei aplica-se ao fato pretérito quando reduzir uma multa ou quando for meramente interpretativa (efeitos ex tunc). Por beneficiar o contribuinte, não há que se falar em violação ao princípio da irretroatividade.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
NÃO CONFISCATORIEDADE
Decorre dos princípios do direito de propriedade e da capacidade contributiva: a carga tributária não pode ser tão insuportável a ponto de retirar a sobrevivência digna do contribuinte, ou a titularidade sobre o bem de sua propriedade. Está previsto no artigo 150, IV, CF.
Confisco é definido como a perda involuntária da propriedade, em favor do Fisco.
Aplica-se somente para os tributos incidentes sobre patrimônio e propriedade (IR, IPTU, ITR, IPVA).
O Professor Ricardo Mariz de Oliveira dá um novo enfoque para esse princípio. Para ele, também haverá confisco quando o Poder Público desconsiderar um ato praticado licitamente pelo contribuinte, a fim de obter uma maior incidência tributária. A norma antielisão (art. 116, parágrafo único, CTN) traria essa inconstitucionalidade.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
Da liberdade de tráfego
Não pode os titulares de competência tributária estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais (CF, art. 150, V, e CTN, art. 9, III).
Então pode se cobrar pedágio?
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
IMUNIDADES
A imunidade impede que a lei defina como hipóteses de incidência tributária aquilo que é imune.
Assim, o que é imune não pode ser cobrado tributo.
É limitação da competência tributária.
Imunidade não deve ser confundida com isenção e não incidência (estas são relativas à exclusão do crédito tributário).
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
Art. 150, VI da CF/88 diz que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013)
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
Imunidade recíproca
É a primeira das imunidades (Art. 150, VI, “a”, CF/88), estão protegidos pela imunidade o patrimônio, a renda e os serviços dessas entidades, e de suas autarquias.
Mas quanto há exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, não se aplica a imunidade. (Art. 150, parágrafo 3 da CF/88).
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34
edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
Imunidade dos templos
Templos de qualquer culto;
Não incide sobre missas, batizados, ou qualquer ato religioso;
Nem sobre os bens que esteja a serviço do culto;
ATENÇÃO! Pode incidir imposto sobre bens pertencentes a igreja, desde que não sejam instrumentos desta.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
IMUNIDADES DOS PARTIDOS POLÍTICOS, DAS ENTIDADES SINDICAIS E DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO OU DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEM FINS LUCRATIVOS
O constituinte restringiu as imunidades das instituições de educação ou de assistência socias, quando estas deveriam ser imunes incondicionalmente. 
O que significa dizer “sem fins lucrativos”?
Não ter fins lucrativos não significa ter receitas limitadas aos custos operacionais, na verdade podem e devem ter sobras financeiras para poderem se modernizar, progredir, ampliar suas instalações, o que não pode é distribuir LUCROS! Portanto, são obrigadas a aplicar todas as suas disponibilidades financeiras na manutenção dos seus objetivos institucionais.
O meio de comprovação é a escrituração contábil. (Art. 14, inciso III do CTN), caso descumpra tais requisitos a autoridade competente poderá suspender o benefício.
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
IMUNIDADE DO LIVRO, JORNAL E PERIÓDICO
Imunidade tipicamente objetiva: não importa a pessoa a quem pertença o livro, o jornal ou periódico, ou o papel.
O papel tem a imunidade condicionada à destinação.
Não pode incidir imposto sobre qualquer insumo, ou sobre qualquer instrumento, ou equipamento, destinado exclusivamente a produção desses objetos.
Tal imunidade se estende aos produtos da moderna tecnologia (CD-ROMS, etc.)?
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN
IMUNIDADES ESPECÍFICAS DE IMPOSTOS
Além das imunidades genericamente concedidas, a Constituição prevê imunidade específica para alguns impostos.
Arts. 153, §3º, III (IPI), §4º, II (ITR); 155, §2º, X (ICMS), §3º (energia elétrica, telecomunicações e derivados do petróleo, combustível e minerais), 156, §2º, I (ITBI), §3º, II (ISS), e 184, §5º (imóveis desapropriados para fins de reforma agrária).
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IMUNIDADE DE TAXAS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
Imunidade de taxas: Art. 5º, XXXIV, LXXIII, LXXVI, LXXVII, CF.
Imunidade de contribuições sociais: art. 149, §2º, I, e 195, §7º, CF.
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IMUNIDADE E OUTRAS FORMAS DE DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA
A imunidade não se confunde com as demais formas desonerativas de tributos: isenção, redução da base de cálculo, alíquota zero, não-incidência, crédito presumido, crédito-prêmio (art. 150, §6º). 
Será imunidade todo benefício fiscal conferido pela Constituição Federal. Não existe imunidade criada por lei infraconstitucional, assim como não existe “isenção” prevista pela Constituição Federal.
A imunidade mexe na competência tributária, na medida em que torna incompetente a entidade federada para criar tributo sobre alguns fatos ou pessoas
Nos demais benefícios fiscais, a competência tributária existe, mas a entidade federada dispensa, por lei, alguns fatos ou pessoas do seu pagamento (cuidado com o princípio da legalidade e isonomia).
Isenção e anistia no CTN: causa de exclusão do crédito tributário (arts. 175 a 182, CTN). CF: art. 150, §6º.
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FUNDAMENTOS
A imunidade tem sempre um caráter extrafiscal, finalístico: defender a federação, incentivar e garantir os cultos religiosos (art. 5º, VI), prestigiar a democracia (art. 17), incentivar o terceiro setor em trabalhos filantrópicos em prol da educação e assistência social (arts. 197, 205), promover a cultura (art. 215), incentivar exportações, manter a capacidade contributiva (art. 145, §1º)
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Referências:
ALEXANDRINO, Marcelo. Manual de direito Tributário/Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 7 ed.rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense;São Paulo: Método, 2008.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 34 ed. Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Malheiros, 2013. 
Fontes: MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário.34 edição. Malheiros, 2013. - Sítios da internet sobre Direito Tributário - CF/88 - CTN

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