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HIDRÁULICA APLICADA Capítulo 1: CONCEITOS BÁSICOSCONCEITOS BÁSICOS Prof. Dr. John Kenedy de Araújo Tipos e regimes de escoamentos Escoamento laminar: quando as partículas movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, lâminas ou camadas, cada uma delas preservando sua identidade no meio. É preponderante a ação da viscosidade do fluido no sentido de amortecer a tendência de surgimento da turbulência. Escoamentos em baixas velocidades ou em fluidos muitoEscoamentos em baixas velocidades ou em fluidos muito viscosos; Escoamento turbulento: quando as partículas movem-se em trajetórias irregulares, com movimento aleatório, produzindo uma transferência de quantidade de movimento entre regiões da massa líquida. É a situação mais comum nos problemas práticos da Engenharia. Tipos e regimes de escoamentos Escoamento unidimensional: é aquele em que as suas propriedades, como pressão, velocidade, massa específica etc., são funções exclusivas de somente uma coordenada espacial e do tempo, isto é, são representadas em termos de valores médios da seção.; Escoamento bidimensional: quando as partículas escoamEscoamento bidimensional: quando as partículas escoam em planos paralelos segundo trajetórias idênticas, não havendo variação do escoamento na direção normal aos planos. Tipos e regimes de escoamentos Escoamento rotacional: as partículas do líquido, numa certa região, possuem rotação em relação a um eixo qualquer; Escoamento irrotacional: quando não há movimento de rotação. Escoamento permanente: as propriedades e características hidráulicas, em cada ponto do espaço, não variam com o tempo; Escoamento não permanente ou variável: as propriedades e características hidráulicas, em cada ponto do espaço, variam com o tempo. Tipos e regimes de escoamentos Escoamento uniforme: é aquele no qual o vetor velocidade, em módulo, direção e sentido, é idêntico em todos os pontos, em um instante qualquer, ou 0V s ∂ = ∂ � Em que o tempo é mantido constante e ∂∂∂∂s é um deslocamento em qualquer direção. De forma prática, o escoamento é considerado uniforme quando todas as seções transversais do conduto forem iguais e a velocidade média em todas as seções, em um determinado instante, for a mesma. Se o vetor velocidade variar de ponto a ponto, num instante qualquer, o escoamento é dito não uniforme. s∂ Tipos e regimes de escoamentos Escoamento em superfície livre: é aquele em que o líquido está sempre em contato com a atmosfera, qualquer que seja a seção transversal. Esta é a situação do escoamento em rios, córregos ou canais. Como características deste tipo de escoamento, pode-se dizer que ele se dá necessariamente pela ação da gravidade e que qualquernecessariamente pela ação da gravidade e que qualquer perturbação em trechos localizados pode dar lugar a modificações na seção transversal da corrente em outros trechos. Tipos e regimes de escoamentos Escoamento em conduto forçado: ocorre no interior das tubulações, ocupando integralmente sua área geométrica, sem contato com o meio externo. A pressão exercida pelo líquido sobre a parede da tubulação é diferente da atmosférica e qualquer perturbação do regime, em uma seção, poderá dar lugar a alterações de velocidade eseção, poderá dar lugar a alterações de velocidade e pressão nos diversos pontos do escoamento, mas sem modificações na seção transversal. Tal escoamento pode ocorrer pela ação da gravidade ou através de bombeamento Escoamento fluvial: quando a velocidade média do líquido num canal, em uma seção, é menor que um certo valor crítico, regime torrencial, quando a velocidade média, em uma seção, é maior que um certo valor crítico. Volume elementar Volume: dm dm dρ ρ= → = ∀ Massa específica: d dA ds dA dn∗∀ = ⋅ = ⋅ dm dm d d ρ ρ= → = ∀ ∀ Nível de referência Equação Fundamental da Dinâmica F dm da= ⋅∑ � � somatório das forças: s nF F F= +∑ ∑ ∑ � � � aceleração: Nível de referência 2 s n V ds V a s dt t V a r ∂ ∂ = ⋅ + ∂ ∂ = − aceleração: Expansão da série de Taylor ( ) ( ) ( ) ( )0 0 0 ! m m m f zf z z z m ∞ = = −∑ ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )220 0 0 2ou ...1! 2! f z z z f z z zf z f z z z ∂ − ∂ − = + + + ∂ ∂( )1! 2!z z∂ ∂ dx . p pressão na face direita: 2D p dxp p x ∂ = + ∂ tensão na face de cima: 2C dy y τ τ τ ∂ = + ∂ dy x y τ Resultante das forças na direção +s a) Força de pressão: 1 1 2p pdF p ds dA s ∂ = − ∂ 2pdF 2 1 2p pdF p ds dA s ∂ = + ∂ 1 2sp p p pdF dF dF dsdA s ∂ = − = − ∂ 1p dF Resultante das forças na direção +s b) Força de cisalhamento: 1 *1 2c dF dn dA n τ τ ∂ = + ∂ 1c dF 2 *1 2c dF dn dA n τ τ ∂ = − ∂ 1 2 * sc c c dF dF dF dndA n τ∂ = − = ∂ 2c dF Resultante das forças na direção +s c) Componente do peso na direção s: ( )cos cos cossdW dW dm g gdθ θ ρ θ= − = − ⋅ = − ∀ θθθθ αααα ∂∂∂∂s ∂∂∂∂n ∂∂∂∂z mas: portanto: s zdW gd s ρ ∂= − ∀ ∂ cos z s θ ∂= ∂ sdW dW . αααα∂∂∂∂z Resultante das forças na direção +s Portanto: s ss p c s F dF dF dW= + +∑ sp pdF dsdA s ∂ = − ∂ * sc dF dndA n τ∂ = ∂ s zdW gd s ρ ∂= − ∀ ∂ *p zτ ρ∂ ∂ ∂= − + − ∀∑ *s p zF dsdA dndA gd s n s τ ρ∂ ∂ ∂= − + − ∀ ∂ ∂ ∂∑ mas: d dA ds dA dn∗∀ = ⋅ = ⋅ então: s p zF g d s n s τ ρ∂ ∂ ∂ = − + − ∀ ∂ ∂ ∂ ∑ Resultante das forças na direção +s Portanto: s sF dm a= ⋅∑ ( )p z V ds Vg d d s n s s dt t τ ρ ρ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ − + − ∀ = ∀ ⋅ ⋅ + ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ Substituindo o somatório das forças, a massa e a aceleração : mas: 2 2 V ds V V V s dt t s t ∂ ∂ ∂ ∂ ⋅ + = + ∂ ∂ ∂ ∂ dividindo por ρρρρ : 1 1p z V ds Vg s n s s dt t τ ρ ρ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ − + − = ⋅ + ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ Resultante das forças na direção +s Portanto: No caso particular de um líquido ideal, em que não se manifestam os efeitos da viscosidade e cisalhamento: 21 1 2 p z V Vg s n s s t τ ρ ρ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ − + − = + ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ então: 2 2 p V Vgz s tρ ∂ ∂ + + = − ∂ ∂ efeitos da viscosidade e cisalhamento: 21 2 p z V Vg s s s tρ ∂ ∂ ∂ ∂ − − = + ∂ ∂ ∂ ∂ Resultante das forças na direção +s Se o movimento for permanente, isto é: e, portanto, a trajetória da partícula coincide com a linha de corrente, a equação fica: 0V t ∂ = ∂ que é a equação de Euler a uma dimensão equação fica: 2 0 2 dp Vgdz d ρ + + = Resultante das forças na direção +s A equação de Euler integrada entre dois pontos ao longo da trajetória fica: 2 2 1 2 p Vd gz cte ρ + + = ∫ que é a equação de Bernoulli para líquidos perfeitos e regime permanente, na qual a carga H, por unidade de peso do líquido, é constante ao longo de cada trajetória considerando o fluido como incompressível, a equação fica: 2 2 p VH z cte gγ = + + = Resultante das forças na direção +n a) Força de pressão: 3 *1 2p pdF p dn dA n ∂ = − ∂ 4p dF 4 *1 2p pdF p dn dA n ∂ = + ∂ 3 4 * np p p pdF dF dF dndA n ∂ = − = − ∂3pdF . Resultante das forças na direção +n b) Componente do peso na direção n: cos cosndW dWsen dW gdθ α ρ α= − = − = − ∀ θθθθ∂∂∂∂s ∂∂∂∂n mas: αααα portanto: n zdW gd n ρ ∂= − ∀ ∂ cos z n α ∂ = ∂ ndW ∂∂∂∂z . αααα Resultante das forças na direção +n Portanto: nn p n F dF dW= +∑ * np pdF dndA s ∂ = − ∂ n zdW gd n ρ ∂= − ∀ ∂ *p zρ∂ ∂= −− ∀∑ *n p zF dndA gd s n ρ∂ ∂= − − ∀ ∂ ∂∑ mas: d dA ds dA dn∗∀ = ⋅ = ⋅ então: n p zF g d n n ρ∂ ∂ = − + ∀ ∂ ∂ ∑ Resultante das forças na direção +n Portanto: n nF dm a= ⋅∑ ( ) 2p z Vg d d n n r ρ ρ ∂ ∂ − + ∀ = ∀ ⋅ − ∂ ∂ Substituindo o somatório das forças, a massa e a aceleração : se a curvatura das linhas de corrente for desprezível: 2p z Vg n n r ρ ρ∂ ∂+ = ∂ ∂ esta equação permite determinar a distribuição de pressão na direção normal à linha de corrente, desde que se conheça a distribuição da velocidade na mesma r→∞ ( ) 0p gz n ρ∂ + = ∂ p gz cteρ+ =
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