Buscar

ANALISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO
FACULDADE DO ESPÍRITO SANTO – UNES
DISCIPLINA: CLÍNICA COMPORTAMENTAL
PROF. Msc. RUY ANDERSON S. MARTINS
ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO
ANÁLISE FUNCIONAL = identificação das relações entre eventos ambientais e as ações do organismo.
Especificar a OCASIÃO* em que a resposta ocorre, A PRÓPRIA RESPOSTA e as CONSEQUÊNCIAS reforçadoras.
CONTINGÊNCIAS DE REFORÇO = quando há relação de dependência entre eventos.
OCASIÃO = ANTECEDENTES
os antecedentes podem ser:
1 – Estímulos Eliciadores
2 – Estímulos Discriminativos
3 – Operação Estabelecedora*
4 – Regras e Autorregras (Sd ou OE)
ESTÍMULO DISCRIMINATIVO
ESTÍMULO ELICIADOR
ESTÍMULO DISCRIMINATIVO: em uma contingência de três termos, os Sd sinalizam as condições sob as quais uma resposta tem consequências diferenciais. (R é compreendido em termos probabilísticos)
ESTÍMULO ELICIADOR: Respostas reflexas ou respondentes são eliciadas ou provocadas por um estímulo. Ex: um ruído alto elicia resposta de susto. (R é compreendido em termos causal, e não probabilístico). 
ESTÍMULO DISCRIMINATIVO
Os operantes não ocorrem indiscriminadamente. Eles podem ocorrer em algumas situações e em outras não, na presença de algum estímulo e não ocorrer na sua ausência. 
Em uma tríplice contingência (SD – R – C) os SD sinalizam as condições sob as quais uma resposta tem consequências diferenciais. 
O operante é considerado discriminativo quando a resposta emitida pelo organismo ocorre com alta frequência na presença de um Sd e não ocorre ou ocorre em baixa frequência na sua ausência ou presença de um outro Sd.
OPERAÇÃO ESTABELECEDORA
Além do SD, outras condições ambientais podem alterar a probabilidade de ocorrência dos operantes:
OE: refere-se aos eventos ambientais que tornam as respostas de uma classe operante mais prováveis de serem emitidas por aumentar a efetividade reforçadora ou diminuir a efetividade punidora da consequência. Em outras palavras, as OE estão relacionadas ao aumento da frequência de respostas.
REGRAS E AUTORREGRAS
Regra é um estímulo discriminativo verbal que descreve contingências (Skinner, 1982). A regra pode ser uma instrução, um conselho, uma ordem, uma exigência, uma proposta de benefício mútuo. 
Regras são antecedentes de comportamento de seguir regras, e esses comportamentos são denominados de comportamentos governados por regras [contraposição aos comportamentos modelados pelas contingências].
O comportamento de seguir regras sempre envolve duas contingências: uma a longo prazo, a contingência última, e outra a curto prazo, a contingência próxima ou reforço por seguir a regra (Baum, 1999). 
AUTORREGRAS
Seres humanos não apenas seguem regras apresentadas por outros, como também formulam e seguem suas próprias regras. Quando estas são formuladas ou reformuladas pelo indivíduo cujo comportamento passam a controlar, dizemos que são autorregras. Neste caso, uma parte do repertório do indivíduo afeta outra parte deste repertório. 
A formulação de novas regras é um mecanismo de mudança na clínica, é uma forma de facilitar o aparecimento de novos comportamentos que se espera que passem a ser controlados por suas consequências naturais. 
Se o cliente está seguindo uma regra que está em desacordo com as consequências naturais de suas ações, ele deve estar sendo reforçado por isso e é essa a dimensão que deve ser analisada com ele.
1º PASSO para realização da análise funcional:
IDENTIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE INTERESSE 
Para identificar relações entre variáveis ambientais e o comportamento de interesse, inicia-se com a descrição da situação antecedente e da subsequente, para verificar quais destes eventos exercem controle sobre a resposta analisada.
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE COMPORTAMENTO-ALVO (Sturney, 1996)
Selecionar o problema mais aversivo para o cliente;
Selecionar como comportamento-alvo aquele que apresente perigo físico ao cliente e\ou a outros;
Selecionar comportamentos-alvo, sem o tratamento dos quais o cliente teria um prognóstico pobre;
Selecionar o comportamento que é fácil de mudar para assegurar cooperação do cliente;
Selecionar um comportamento-chave, aquele que produz maior mudança entre diversos comportamentos-alvo;
Ensinar comportamentos incompatíveis funcionalmente relacionados que aumente a adaptação ao ambiente, ou que sejam importantes para o desenvolvimento de outros comportamentos.
O COMPORTAMENTO DE INTERESSE DEVE SER ENUNCIADO EM TERMOS DE AÇÕES DO PARTICIPANTE E EM CLASSE(S) DE AÇÕES
TERMO DE AÇÕES (EXEMPLO): A jovem faz chá para o pai, cozinha para o namorado, leva de carro membros de sua família aos lugares que eles pedem. 
CLASSE DE AÇÕES: Agradar a todos.
			PARA QUE UMA DEFINIÇÃO SEJA COMPLETA, É ACONSELHÁVEL IDENTIFICAR EXEMPLOS E NÃO-EXEMPLOS.
NÃO EXEMPLO: Procurar um emprego.
COMPORTAMENTOS INDIVIDUAIS SÃO MEMBROS DE CLASSES FUNCIONAIS
CLASSE DE AÇÕES = são agrupamentos de comportamentos que compartilham a mesma função, mesmo que com topografias diferentes.
A identificação destas classes requer repetidas observações de diversos comportamentos e dá-se pela constatação de regularidade de funções de diferentes formas [topografia] de comportamentos abertos ou encobertos.
PODEM SER FOCO DE INTERESSE A OMISSÃO OU NÃO OCORRÊNCIA DE UM DADO COMPORTAMENTO (Matos, 1999b)
EX: FALTA DE HABILIDADES SOCIAIS. 
ESTRATÉGIA: fortalecer comportamentos adaptados que sejam funcionalmente equivalentes àqueles que estão causando problemas e, para isso, é necessário desenvolver novos repertórios de comportamentos que possam substituir os problemáticos. Às vezes o repertório já existe, mas não está sendo devidamente reforçado.
O 2º PASSO é: IDENTIFICAR E DESCREVER O EFEITO COMPORTAMENTAL
ANÁLISE DAS RESPOSTAS: 
 a frequência com que ocorre, duração ou intensidade.
3º PASSO:
Identificação de relações ordenadas entre variáveis ambientais e o comportamento de interesse, assim como a identificação de relações entre o comportamento de interesse e os outros comportamentos existentes. 
Descrição da situação antecedente e da subsequente (consequências); isto é, quais eventos são condições antecedentes e quais são as consequências. 
AS RESPOSTAS CONTROLADAS PELOS ESTÍMULOS CONSEQUENTES SÃO CHAMADAS DE OPERANTES:
R-C
Dois tipos de consequências são chamados de reforços: aquelas em que uma resposta produz a apresentação de um estímulo (reforço positivo) e aquelas em que uma resposta produz a remoção (reforço negativo ou fuga) ou o adiamento de um estímulo (reforço negativo - esquiva).
Ambos os tipos de consequências produzem o aumento da frequência da resposta. 
Em contexto clínico é preciso perguntar: Há falta de consequências apropriadas?
ANÁLISE DE OEs em estudos relacionados à depressão 
(Dougher e Hackbert, 2000)
Os comportamentos depressivos são, geralmente, antecedidos por três condições:
1 – níveis insuficientes de reforçamento;
2 – a perda de uma gama de reforçadores;
3 – persistente punição ou altos níveis de estimulação aversiva.
A 3ª condição funcionaria como OE para os comportamentos depressivos como: chorar excessivamente, autodepreciação, formulação de regras falsas sobre si mesmo, esquiva social, abuso de álcool e outras drogas, sono, etc. Além de potencializar os efeitos reforçadores de comer, dormir, isolar-se, consumir álcool e outras drogas. 
“Fazer uma análise funcional é identificar o valor de sobrevivência de determinado comportamento” 
(Matos, 1999b, p.11 citado por Meyer.)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?