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monogamia é príncipio?

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Monogamia é princípio?
	A instituição famíliar sofre várias alterações no decorrer do tempo, antigamente, apenas o modelo tradicional era reconhecida como família que inevitavelmente resultava do casamento, atualmente em nossa cultura, a monogamia ainda está ligada constituição familiar, devido nosso país ser carregado de valores cristãos, o faz com que a monogamia se mostre como condição de modo de união conjugal mais apropriado para a conservação individual e, forma natural de aproximação sexual.
	Sendo assim, a legislação brasileira, influenciada por esses valores instituiu o casamento monogâmico, por um longo tempo, como a única forma de entidade familiar, e ainda estabelecia a fidelidade como dever conjugal. 
	O que não importa afirmar que ainda hoje a monagamia seja um princípio, haja vista, a mudança de paradigma do Estado brasileiro. Desta forma, não se encontra referências sobre a monogamia, previstas na Constituição Federal vigente. 
	Ainda assim alguns a observa como preceito decorre da interpretação das normas constitucionais. Diz -se que a monogamia é um princípio básico e organizador das relações da família conjugal ocidental. Contudo quando se discute outras formas de instituição familiar paralelas ou simultâneas ao casamento/união estável obrigatoriamente ocorre uma quebra da monogamia como principio, passando ser apenas marco regulatório do Direito Brasileiro.
	Concordamos que foi rompido o princípio da monogamia e, isto significou estabelecer outro código moral em relação aos parceiros.
 	A monogamia funciona como um ponto chave das conexões morais de determinada sociedade. Mas não pode ser uma regra ou princípio moralista, a ponto de inviabilizar direitos. A monogamia não constitui, hoje, princípio estruturante do estatuto jurídico das famílias, pois não subsiste em face dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da solidariedade, da igualdade substancial, da liberdade e da democracia. 
Conforme Stolze e Filho: (pag. 108)
A atuação do Estado não poderia invadir essa esfera de intimidade, pois, em uma relação de afeto são os protagonistas que devem estabelecer as regras aceitáveis de convivência desde que não violem a sua dignidade e nem a de terceiros. Nessa linha, por coerência lógica, preferimos simplesmente encarar a monogamia como uma característica de nosso sistema e não como princípio, visto a forte carga normativa deste último conceito.
	Ainda Berenice (pág. 61) afirma que é “Irreal negar que a sociedade ocidental contemporânea é, efetivamente, centrada em um modelo familiar monogâmico, mas não cabe ao Estado em efetivo desvio funcional se apropriar deste lugar de interdição.”
	Diante disso, é visível o posicionamento deste grupo ao não considerar a monogamia como princípio. 
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 5 ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais,2009. 
GAGLIANO, Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo Pamblona. Novo Curso de Direito Civil, Volume 6: Direito de Família- As famílias em perspectivas Constitucional.3 ed. rev. atual e ampl. São Paulo: Saraiva,2013.

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