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RESUMO ANTIMICROBIANO

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Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 1 
 
 
 
Faculdade de Medicina – campus Sobral 
Disciplina de Microbiologia Médica 
Profa. Camila Coelho 
 
Resumo de Antimicrobianos 
 
 
 
Alunos participantes: 
Alice Aguiar 
Ana Rochelle 
Mairla Maracaba 
Wirvig Dionnas 
 
 
Sobral-CE 
2011 
1. Introdução 
 
Entendemos que a Microbiologia é um universo denso de 
informações, que estão constantemente em atualização e vimos, 
assim, a necessidade de lançar este resumo com o objetivo de 
facilitar a compreensão dos estudantes a cerca de uma parte dessa 
disciplina. 
 Abordamos neste estudo os antibióticos mais utilizados na 
prática clínica e suas peculiaridades. Para isso, compilamos 
informações de diversos livros de Microbiologia, reunindo os 
conceitos principais presentes em cada um deles. 
Com este propósito, o livro oferece uma revisão completa das 
diferentes classes de antimicrobianos, com seus respectivos 
mecanismos e espectros de ação, meios de resistência das bactérias a 
esses fármacos, utilização clínica mais comum e efeitos adversos. 
Adotamos como assunto guia da obra os agentes 
antimicrobianos, devido à relevância do tema, pois são fármacos 
largamente utilizados, principalmente, por seu poder de ação e por 
agirem, em sua maioria, seletivamente em alvos exclusivos dos 
microrganismos ou, pelo menos, mais necessários aos 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 2 
 
microrganismos do que ao seres humanos, trazendo cura para 
doenças infecciosas, antes letais. 
A discussão apresentada sobre esses fármacos também visa 
atentar os leitores para o uso excessivo dos antimicrobianos, que 
proporciona aumento de patógenos resistentes e exige mais esforços 
para manter a eficácia desses agentes. 
 
2. Resistência aos antimicrobianos 
As bactérias podem ser resistentes ou sensíveis aos 
antimicrobianos. A resistência bacteriana pode ser: 
- natural: quando todas as bactérias da espécie são 
resistentes, sendo o mecanismo de resistência a ausência da estrutura 
alvo ou via metabólica alvo. 
- adquirida: somente parte das amostras de uma espécie é 
resistente. É um fenômeno espontâneo, a resistência é adquirida por 
alterações genéticas ou químicas da bactéria, como mutações, 
através de plasmídios ou trasnposons (regiões de DNA que podem se 
movimentar pelo genoma). 
 
Existem vários mecanismos diferentes pelos quais os 
microorganismos podem exibir resistência aos fármacos: 
1. Produção de enzima que destrói o fármaco ativo: 
no caso de estafilococos resistentes à penicilina G que produzem 
betalactamases que destroem o fármaco; bactérias Gram negativas 
resistentes aos aminoglicosídios que, devido a um plasmídeo, 
produzem enzimas de adenilação, fosforilação ou acetilação que 
destroem o fármaco. 
2. Alteração da permeabilidade ao fármaco: como a 
resistência às polimixinas que está associada à mudança na 
permeabilidade aos fármacos, assim como a resistência dos 
estreptococos aos aminoglicosídeos. 
3. Alteração dos sítios-alvo do fármaco: a resistência à 
eritromicina é devida a um receptor alterado na subunidade 50S do 
ribossomo, a resistência às penicilinas e cefalosporinas pode 
acontecer em função da perda ou alteração da PBP (proteína 
ligadora de penicilina). 
 
4. Modificação da via metabólica que seria inibida 
pelo fármaco: por exemplo, bactérias resistentes às sulfonamidas 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 3 
 
podem não utilizar o PABA extracelular e sim o ácido fólico pré-
formado, como as células dos mamíferos, não sendo atingidas pela 
sulfa. 
5. Bomba de efluxo: ocorre ejeção da droga para fora 
da célula antes que possa se tornar efetiva. 
 
Os mecanismos de resistência podem ainda ser diferenciados 
por sua origem: 
1. Origem não-genética da resistência: como em 
microorganismos metabolicamente inativos que são resistentes a 
maioria dos antibióticos, pois esses necessitam da replicação ativa 
das bactérias para agir, exemplo: micobactérias. Contudo, ao iniciar 
a replicação, esses microorganismos passam a ser sensíveis. Esse 
tipo de resistência acontece também com bactérias que perdem a 
estrutura alvo ao longo das gerações, como as bactérias sensíveis à 
penicilina que perdem a parede celular. Os microorganismos podem 
também infectar o hospedeiro em locais onde o antibiótico é inativo, 
como bactérias intracelulares (Legionella pneumophila) e 
antibióticos que não penetram nas células (aminoglicosídeos). 
2. Origem genética da resistência: a maioria dos 
micróbios resistentes surge por alteração genética e posterior seleção 
por antimicrobiano. 
 Resistência cromossômica: ocorre em conseqüência de 
mutação espontânea em algum locus que controla a 
suscetibilidade a um antimicrobiano específico que atua como 
mecanismo de seleção, favorecendo o crescimento de mutantes 
resistentes. A resistência mediada por mutações é geralmente 
simples, atinge apenas um antimicrobiano, porque dificilmente 
uma célula bacteriana sofre mutação simultânea para duas ou 
mais drogas. 
 Resistência extracromossômica: ocorre quando as bactérias 
têm elementos genéticos extracromossômicos que conferem 
resistência, como plasmídeos. A resistência mediada por 
plasmídeos pode ser simples, mas a maioria é múltipla, 
tornando a bactéria resistente a vários fármacos. Isso se deve à 
presença de genes de resistência para diferentes 
antibacterianos em um só plasmídeo. Pode haver ainda dois ou 
mais plasmídeos R em uma só bactéria o que contribui para 
amostras com múltipla resistência. 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 4 
 
Tanto a resistência cromossômica como a extracromossômica 
podem ser transferidas de uma bactéria para outra. A transferência 
pode ser por conjugação, transdução ou transformação entra 
bactérias da mesma espécie ou de espécies distintas. 
 
3. Inibidores da síntese da parede celular 
 
β-lactâmicos, Glicopeptídeos, Polipeptídeos 
 BETALACTÂMICOS 
 Quimioterapia é o tratamento de moléstias com substâncias 
químicas. Algumas são sintetizadas em laboratório e, por isso, são 
chamadas quimioterápicas; outras são produzidas por seres vivos e 
são chamadas antibióticos. Estes são produzidos, em sua maioria, 
por microorganismos que fazem a síntese total ou parcial da 
molécula e, neste caso, são concluídos posteriormente em 
laboratórios (antibióticos semi-sintéticos). A maioria dos antibióticos 
usados na clínica é produzida por bactérias do gênero Streptomyces e 
alguns por fungos dos gêneros Penicillium e Cephalosporium. 
O que caracteriza, quimicamente, os antibacterianos 
betalactâmicos é a presença do anel β-lactâmico em sua estrutura 
molecular, o qual é composto por três átomos de carbono e um de 
nitrogênio, conforme se observa na figura 1. 
 
Integram este grupo as penicilinas, as cefalosporinas, os 
monobactâmicos e as carbapenemas. 
MECANISMO DE AÇÃO DOS BETALACTÂMICOS 
 Todos os betalactâmicos bloqueiam a etapa final da síntese de 
peptidoglicano, o que quase sempre resulta na morte da bactéria (são 
bactericidas), quando esta se encontra na fase de divisão 
(crescimento). Esses fármacos inibem as transpeptidases (proteínas 
de ligação da penicilina, PBP) que fazem a junção de dois açúcares 
(N-acetil glicosamina e N-acetil murâmico), bloqueando, dessa 
forma, a síntese de peptidoglicano, componente da parede celular. 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 5 
 
Isso, por sua vez, ativa as autolisinas que degradam a paredecelular, 
o que resulta na morte da célula bacteriana por lise osmótica, uma 
vez que, com a falta da barreira normal (parede celular) e com a 
elevada pressão osmótica intracelular que ocorre normalmente no 
interior da célula bacteriana, há entrada de água na célula, 
provocando sua ruptura. 
MECANISMO DE RESISTÊNCIA DAS BACTÉRIAS 
AOS BETALACTÂMICOS 
 As bactérias podem se tornar resistentes aos antibióticos 
betalactâmicos por três mecanismos gerais: 
 Prevenção da interação entre o antibiótico e a PBP alvo: este 
mecanismo é visto somente em bactérias Gram-negativas, 
porque estas possuem uma membrana externa que recobre a 
camada de peptidoglicano. A penetração dos antibióticos 
nestas bactérias requer trânsito através dos poros da membrana 
externa. Mudanças nas proteínas que formam os poros 
(porinas) podem alterar o tamanho e a carga desses canais e 
resultar na exclusão do antibiótico. 
 Modificação das PBP- alvo: esta resistência se dá pela 
aquisição de uma nova PBP (p. ex., resistência à meticilina em 
Staphilococcus aureus) ou por modificação de uma PBP 
existente através de recombinação (p. ex., resistência à 
penicilina em Streptococcus pneumoniae) ou por uma mutação 
de ponto (resistência à penicilina em Enterococcus faecium). 
 Hidrólise dos antibióticos pelas betalactamases: as bactérias 
podem produzir betalactamases, que inativam os 
betelactâmicos. Já foram descritas mais de 200 betalactamases 
diferentes. Algumas são específicas para penicilinas 
(penicilinases), cefalosporinas (cefalosporinases) ou 
carbapenemas (carbapenemases), enquanto outras têm um 
amplo espectro de atividade, incluindo algumas capazes de 
inativar a maioria dos antibióticos betalatâmicos 
(betalactamases de espectro ampliado- ESBL, produzidas 
geralmente por Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli). 
 
PENICILINAS 
O que diferencia as várias penicilinas é o radical R ligado ao 
ácido 6-amino-penicilânico (Fig. 1). Algumas penicilinas são 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 6 
 
sintetizadas integralmente pelos fungos do gênero Penicillium, como 
as penicilinas G (Benzetacil®) e V; outras são sintetizadas a partir 
do ácido 6-amino-penicilânico, previamente produzido pelo fungo e, 
posteriormente, modificado em laboratório. Estas que são as 
penicilinas semi-sintéticas (amoxicilina, ampicilina, carbenicilina, 
ticarcilina, piperacilina) apresentam vantagens em relação às 
naturais (possuem espectro ampliado para Gram-negativos, além de 
conservarem o espectro da penicilina G natural, Katzung 10ª edição) 
e são mais prontamente absorvidas e mais estáveis. 
Vários tipos de bactérias produzem β-lactamases 
(penicilinases), que são enzimas que rompem o anel β-lactâmico, 
inativando, dessa forma, algumas penicilinas do ponto de vista 
antibacteriano. Essas bactérias são ditas resistentes à penicilina. 
Algumas substâncias, como ácido clavulânico, sulbactam e 
tazobactam, têm sido utilizadas em associação com antibióticos para 
desempenharem o papel de “inibidores suicidas”. Essas substâncias 
contêm o anel β-lactâmico bastante estável e alta afinidade pelas 
betalactamases, ligando-se irreversivelmente a elas. Por conta disso, 
protegem os antibióticos contra a ação dessas enzimas, deixando-os 
livres para agirem. Vale ressaltar, porém, que a ação antibacteriana 
desses inibidores das betalactamases (ácido clavulânico e 
sulbactama) é baixa. 
Espectro de atividade: 
 Penicilinas G e V: ativas contra os estreptococos β-
hemolíticos e maioria das outras espécies; atividade limitada 
contra estafilococos; contra meningococos e maioria dos 
anaeróbios Gram-positivos; pouca atividade contra bastonetes 
Gram-negativos aeróbios e anaeróbios. 
 Penicilinas resistentes às penicilinases (meticilina, nafcilina, 
oxacilina, cloxacilina e dicloxacilina): semelhante ao das 
penicilinas naturais, exceto pela atividade aumentada contra 
estafilococos. 
 Penicilinas de amplo espectro (ampicilina, amoxicilina, 
ticarcilina): atividade contra cocos Gram-positivos equivalente 
à das penicilinas naturais; ativa contra alguns bastonetes 
Gram-negativos, sendo a piperacilina a mais ativa. 
 Betalactâmico com inibidor das betalactamases (ampicilina-
sulbactam, clavulonato de amoxicilina, piperacilina-
tazobactam): atividade semelhante à dos betalactâmicos 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 7 
 
naturais; melhor atividade contra estafilococos produtores de 
betalactamase e alguns bastonetes Gram-negativos; nem todas 
as betalactamases são inibidas; a piperacilina-tazobactam é a 
mais ativa. 
Uso clínico 
A penicilina G constitui o fármaco de escolha na maioria das 
infecções causadas por estreptococos, pneumococos, meningococos, 
espiroquetas, clostrídios, bastonetes Gram-positivos aeróbios, 
estafilococos não-produtores de penicilinase, gonococos e 
actinomicetos. Constitui-se num tratamento satisfatório para 
faringite pós-estreptococos do grupo A e sífilis primária. A infecção 
por estafilococos produtores de βlactamase constitui a única 
indicação para o uso das penicilinas resistentes à penicilinase 
(oxacilina, nafcilina). 
A amoxicilina+clavulonato mostra-se eficaz contra 
Haemophilus influenzae produtor de betalactamase. A piperacilina é 
mais eficaz contra bastonetes Gram-negativos aeróbios, 
especialmente pseudomonas, associada ao inibidor de betalactamase 
tazobactam, tem maior atividade contra os bastonetes Gram-
negativos produtores de betalactamase. 
Efeitos colaterais: 
Causam reações de hipersensibilidade. A incidência da 
hipersensibilidade à penicilina é desprezível em crianças, mas pode 
atingir 1 a 5% entre adultos nos EUA. As reações anafiláticas agudas 
potencialmente fatais são muito raras (0,5%). Podem ocorrer reações 
alérgicas na forma de choque anafilático típico, reações típicas da 
doença do soro (urticária, edema das articulações, edema 
angioneurótico, prurido, dificuldade respiratória 7 a 12 dias após a 
administração de penicilina) e uma variedade de erupções cutâneas, 
febre, nefrite, eosinofilia e vasculite. 
CEFALOSPORINAS 
São produzidas por fungos do gênero Acremonium (antigo 
gênero Cephalosporium) e têm sido sucessivamente modificadas, 
gerando produtos de primeira, segunda, terceira e quarta gerações. 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 8 
 
 Primeira Geração: cefalexina (Keflex®), cefalotina 
(Keflen®); 
 Segunda Geração: cefaclor (Ceclor®), cefuroxime 
(Kefurox®) 
 Terceira Geração: ceftriaxona (Rocefin®), ceftazidima 
(Fortaz®); 
 Quarta geração: cefepima (Maxcef®), cefpirona (Cefrom®). 
Obs.: Cefalosporinas de terceira geração divididas quanto à 
atividade contra pseudomonas: 
 Subgrupo sem atividade anti-pseudomonas: ceftriaxona, 
cefotaxima e cefodizima. 
 Subgrupo com atividade anti-pseudomonas: ceftazidima e 
cefoperazona. 
 
 Espectro de atividade: 
 Cefalexina, cefalotina: atividade equivalente à da oxacilina 
contra bactérias Gram-positivas; alguma atividade contra 
Gram-negativo (p. ex., E. coli, Klebsiella, Proteus mirabilis). 
 Cefaclor, cefuroxime: atividade equivalente à da oxacilina 
contra bactérias Gram-positivas; atividade melhorada contra 
Gram-negativos para incluir Enterobacter, Citrobacter e 
outras espécies de Proteus. 
 Ceftriaxona, ceftazidima: atividade equivalente à da oxacilina 
contra bactérias Gram-positivas; atividade melhorada contra 
Gram-negativos para incluir Pseudomonas. 
 Cefepima, cefpirona: atividade equivalente à da oxacilina 
contra bactérias Gram-positivas; atividade marginalmentemelhorada contra Gram-negativos. 
 Uso clínico: 
 A cefalexina, cefradina e cefadroxilapodem ser utilizadas 
nas infecções dos tratos urinário e respiratório. A cefazolina 
constitui um fármaco de escolha para profilaxia cirúrgica. 
Algumas cefalosporinas de segunda geração por via oral 
(cefaclor, cefproxil, cefuroxima axetil) podem ser utilizadas no 
tratamento da sinusite e otite causadas por H. influenzae, incluindo 
cepas produtoras de betalactamases. 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 9 
 
As cefalosporinas de terceira geração são muito úteis no 
tratamento da bacteremia hospitalar por Gram-negativos 
(ceftazidima). A ceftazidima também pode salvar a vida de pacientes 
com melioidose (infecção pela Burkholderia pseudomallei). A 
cefotaxima, ceftriaxona ou ceftizoxima, via intravenosa, podem ser 
usadas para o tratamento de escolha da sepse e meningite por 
bactérias Gram-negativas. 
Efeitos colaterais: 
 Podem produzir reações de hipersensibilidade, como 
anafilaxia, febre, erupções cutâneas, nefrite, granulocitopenia e 
anemia hemolítica. A freqüência da alergia cruzada entre penicilina 
e cefalosporina é de cerca de 5%. Pode ocorrer tromboflebite após 
injeção intravenosa. 
MONOBACTÂMICOS 
Foram originalmente detectados em extratos de cultura de 
Chromobacterium violaceum. Um dos monobactâmicos atualmente 
sintetizados em laboratório é o aztreonam (Azactam®), que tem 
como característica principal sua resistência à ação das penicilinases 
e cefalosporinases, além de amplo espectro de ação. 
Espectro de atividade: 
 Aztreonam: ativo contra alguns bastonetes Gram-negativos, 
mas inativos contra anaeróbios cocos Gram-positisos. 
Indicação: 
Os pacientes com alergias à penicilina mediada por IgE 
podem tolerar o aztreonam sem qualquer reações, à exceção dos 
exantemas cutâneos e distúrbios mínimos da aminotransferase, não 
foi relatada toxicidade significativa. 
CARBAPENEMAS 
Originalmente produzidos por Streptomyces, estes 
betalactâmicos semi-sintéticos têm amplo espectro de ação. 
Imipenem (Tienam®) e meropenem (Meronem®) são produtos de 
emprego terapêutico. 
 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 10 
 
Espectro de atividade: 
 Imipenem e meropenem: antibióticos de amplo espectro 
ativos contra a maioria das bactérias Gram-positivas e Gram-
negativas aeróbias e anaeróbias exceto estafilococos resistentes à 
oxacilina, a amioria dos Enterococcus faecium e alguns bastonetes 
Gram-negativos (p. ex., algumas Bulkholderia, Stenotrophomonas e 
algumas Pseudomonas). 
Indicações: 
 Pode ser indicado para as infecções causadas por 
microorganismos resistentes a outros fármacos. 
 Efeitos adversos: 
Os efeitos adversos do imipenem consistem em vômitos, 
diarréia, exantemas e reações no local de infusão. a obtenção de 
níveis excessivos em pacientes com insuficiência renal pode resultar 
em convulsões. 
 
 
GLICOPEPTÍDEOS 
 
O Mecanismo de ação dos glicopeptídeos é o bloqueio da 
incorporação no peptideoglicano das subunidades N- acetilmurâmico 
e N-acetilglicosamina, ao se ligar a estas moléculas. Tem ação 
Bactericida e seus principais exemplos são: Vancomicina, 
Teicoplanina. 
Espectro de atividade: 
Usados nas infecções estafilocócicas sistêmicas e graves 
(EV) e infecções por outras Gram-positiva resistentes aos β-
lactâmicos. É inativa contra Gram-negativos. Resistência em 
Enterococcus (aquisição do gene VanA) - grande impacto 
 
Uso Clínico 
 No caso de endocardite ou sepse enterocócica, a 
Vancomicina pode ser eficaz se associada a uma penicilina. 
 
Efeitos colaterais 
Surdez, tromboflebite, exantemas 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 11 
 
POLIMIXINAS 
Fazem parte do grupo de polipeptídeos, caracterizados pela 
presença de uma cadeia de aminoácidos e são produzidos pelo 
Bacillus polimyxa; agem causando dano à membrana plasmática das 
bactérias pela interposição de moléculas de antibiótico na 
membrana, o que provoca sua desorganização, com saída dos 
componentes celulares e morte da bactéria. Como exemplo desse 
grupo temos a polimixina B, um antibiótico bactericida efetivo 
contra bactérias gram-negativas, utilizada, principalmente, para 
infecções por Pseudomonas. 
4. Inibidores da síntese protéica 
Aminoglicosídeos, Macrolídeos, Tetraciclinas e Clorafenicol 
AMINOGLICOSÍDEOS 
O principal antibiótico desse grupo é a estreptomicina, a 
partir da cultura de Streptomyces griseus. Outros antibióticos de 
estrutura semelhante são neomicina, canamicina (e seu derivado 
sintético, a amicacina), gentamicina, tobramicina. 
São amino açúcares que exercem sua ação atravessando a 
membrana externa bacteriana (no caso das bactérias Gram-
negativas), a parede celular e a membrana citoplasmática até o 
citoplasma, onde inibem a síntese protéica bacteriana se ligando 
irreversivelmente às proteínas ribossômicas 30S. Esta ligação 
apresenta dois defeitos: produção de proteínas aberrantes como 
resultado de leitura errada do RNAm e interrupção da síntese 
protéica por causa da liberação prematura do ribossomo do RNAm. 
Os aminoglicosídeos são bactericidas e são comumente usados para 
tratar infecções sérias causadas por muitos bastonetes Gram–
negativos (Enterobacteriaceae, Pseudomonas, Acinetobacter) e 
alguns microorganismos Gram – positivos; a estreptomicina é 
utilizada no tratamento da tuberculose; a amicacina tem a melhor 
atividade. A neomicina é altamente tóxica quando utilizada por via 
parenteral, logo seu uso pode ser principalmente de forma tópica ou 
oral. A penetração através da membrana plasmática requer energia ( 
processo aeróbio). Logo os anaeróbios são resistentes aos 
aminoglicosídeos. Enterococos e estreptococos são resistentes aos 
aminoglicosídeos, pois esses medicamentos não são capazes de 
penetrar pela parede celular. Uma solução para isso é administrar 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 12 
 
conjuntamente um inibidor da parede celular (penicilina, ampicilina, 
vancomicina ). Os aminoglicosídeos são ototóxicos e nefrotóxicos. 
A resistência aos aminoglicosídeos pode ocorrer por: A. 
Alteração do sítio de ligação ribossômico, B. Menor incorporação do 
antibiótico para o interior da célula, C. Excreção aumentada do 
antibiótico, D. Modificação enzimática do antibiótico. Com 
freqüência, a resistência é mediada por plasmídeos. 
MACROLÍDEOS 
O principal representante dessa classe é a eritromicina, 
produzida pelo Streptomyces erythreus. Esta droga age 
principalmente contra bactérias Gram-positivas, cocos Gram- 
negativos, espiroquetas e alguns bacilos Gram- negativos. Também 
são dessa categoria a azitromicina, claritromicina, roxitromicina e 
o cetolídeo telitromicina. São antibióticos bacteriostáticos com um 
amplo espectro de atividade.Tem sido usado para tratar infecções 
respiratórias como Legionella, Mycoplasma e Chlamydia ( 
causadoras de pneumonia ). Também são usadas para tratar 
infecções por Campylobacter e bactérias Gram – positivas em 
pacientes alérgicos à penicilina; também usada na faringite 
estreptocócica. A maioria das bactérias Gram – negativas é resistente 
aos macrolídeos. Azitromicina e Claritromicina também são usadas 
para tratar infecções por micobactérias. É vantajoso usar 
macrolídeos porque tem um maior espectro de ação, maior vida 
média e maior concentração nos tecidos, dose única diária, além de 
ser pouco tóxica. 
Os macrolídeos exercem sua ação por se ligarem 
reversivelmenteao rRNA 23S da subunidade 50S do ribossomo 
bacteriano, o que bloqueia o alongamento do peptídeo. A resistência 
ocorre por: A. metilação do RNAr 23S, B. Inativação do antibiótico 
por enzimas, C. Mutações. 
TETRACICLINAS 
A característica deste grupo, produzidas por bactérias do 
gênero Streptomyces é o tetra anel. Esses antibióticos são a 
tetraciclina, doxiclina, minociclina. A principal característica 
dessas drogas é a capacidade de se difundir para o interior das 
células do hospedeiro, o que permite sua utilização no tratamento de 
Agentes Antimicrobianos Profa. Camila Coelho 
Microbiologia Página 13 
 
patógenos intracelulares. São bacteriostáticos de amplo espectro que 
inibem a síntese protéica por se ligarem reversivelmente à 
subunidade 30S dos ribossomos. São efetivas no tratamento de 
infecções por Chlamydia, Mycoplasma, Rickettsia e algumas outras 
bactérias Gram- positivas e Gram-negativas. O espectro de atividade 
é muito semelhante ao dos macrolídeos. Não usar tetraciclinas em 
gestantes e crianças. 
A resistência à tetraciclina pode ocorrer por: A. Menor 
penetração do antibiótico no interior das células, B. Por bomba de 
efluxo, C. Alteração do sítio ribossômico, D. Modificação 
enzimática. 
CLORAFENICOL 
Produzido pelo Strepmomyces venezuelae, o cloranfenicol 
tem uma estrutura relativamente simples. Atualmente já é sintetizado 
em laboratórios, assim como o seu análogo, o tiafenicol. É muito 
ativo contra bactérias anaeróbias estritas; é uma droga de escolha 
para o tratamento da febre tifóide; também atua na meningite 
causada por Haemophilus influenzae. O clorafenicol tem um 
espectro de ação semelhante ao das tetraciclinas, porém seu uso é 
limitado nos EUA por interromper a síntese protéica de células da 
medula óssea humana e pode produzir discrasias sanguíneas como a 
anemia aplásica (1 em cada 24.000 pacientes tratados). Em recém – 
nascidos, causa a Síndrome Cinzenta, caracterizada por distensão 
abdominal, palidez cianótica, colapso vasomotor, respiração 
irregular e morte. Exerce um efeito bacteriostático ligando– se 
reversivelmente na subunidade 50S do ribossomo, bloqueando a 
síntese protéica e o alongamento do peptídeo. 
A resistência ao cloranfenicol é observada em bactérias que 
produzem uma acetiltransferase que formam um produto modificado 
incapaz de se ligar a subunidade 50S. Menos comumente, a 
resistência também pode ocorrer por mutações cromossômicas. 
5. Inibidores da síntese de ácidos nucléicos 
(DNA/RNA) 
 
Quinolonas, Rifamicina, Metronidazol 
 
 
QUINOLONAS 
 
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 Mecanismo de ação: efeito bactericida por inibição seletiva 
de um a enzima, DNA girase, necessária para replicação do 
DNA. 
 Ex: Ácido nalidíxico e oxolínico 
 Fluoroquinolonas : norfloxacina e ciprofloxacina são as 
mais usadas (gram positivos e gram negativos). São ativas 
contra bactérias anaeróbicas. Droga de amplo espectro. 
 Não recomendadas para mulheres grávidas e crianças 
pequenas – prejuízo ao crescimento ósseo 
 Ácido nalidíxico: uso limitado nas infecções do trato urinário 
(gram negativo). Ocorreu resistência rapidamente o que a 
colocou fora de uso. 
 Ativas microrganismos que causam infecções do trato 
respiratório inferior, trato intestinal, trato urinário, tecidos 
ósseos e tecidos moles 
 
 Mecanismos de resistência: 
 Mutações cromossômicas nas enzimas DNA girases 
 Mudanças nas proteínas da membrana externa da 
bactéria, resultando em uma entrada reduzida da droga na 
bactéria 
 Sistemas de efluxo: que eliminam a droga ativamente. 
 Ex. de bactérias resistente: Pseudomonas e Staphylococos 
 Efeitos adversos: náuseas, insônia, cefaléia e tontura. 
 
RIFAMICINAS 
 
 Mec. ação: bloqueio da síntese de mRNA pela RNA 
polimerase bacteriana sem afetar a RNA polimerase de 
células humanas 
Ex: Rifampicina 
 Ativas contra alguns cocos Gram-negativo e Gram positivo 
aeróbicos (incluindo estafilococos e estrepctococos), 
micobactérias, clamídias e bactérias entéricas. 
 Tratamento da tuberculose 
 Profilaxia em contato de pacientes com meningite causada 
por N. meningitidis ou H. influenzae 
 Não e útil no tratamento de ITU e bronquite crônica devido 
ao desenvolvimento da resistência 
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 Mec. de resistência: Mutações nas RNA polimerases. 
 Efeitos colaterais: surgimento de cor laranja-vermelho na 
urina, nas fezes, no suor e até na lagrima. 
 
METRONIDAZOL 
 
 Mec. ação: Ocorre redução do seu grupamento nitro pela 
nitroredutase bacteriana, levando a produção de compostos 
citotóxicos que rompem o DNA bacteriano. 
 Usos: Anaeróbias estritas, Giardia, Trichomonas, 
Gardnerella vaginallis, Campylobacter fetus, Helicobacter 
pylori 
 Diarréia associada a antibióticos causada por C. difficile 
 Mec. de Resistência: incorporação diminuída do antibiótico 
e eliminação dos compostos tóxicos antes que haja a 
interação com o DNA bacteriano. 
 Efeitos adversos: estomatite, diarréia e náusea 
 
 
 
 
6. Inibidores competitivos da síntese de 
metabólitos essenciais 
 
Sulfonamidas e Trimetoprim 
 
 
SULFONAMIDAS 
 
 Mec. ação: Inibe a síntese do ácido fólico na bactéria 
 Estrutura semelhante ao PABA (síntese do ácido Fólico) 
 Sinergismo com o trimetoprim 
 Bacteriostática 
 Usos: Gram positiva, Gram Negativa e alguns protozoários 
 Não atuam em infecções piogênicas 
 Mecanismos de resistência: 
 Exportação ativa da droga para fora da célula 
 Mutação cromossomal no gene que codifica o alvo da 
enzima, a dihidropteroato sintetase, que reduz a afinidade 
de ligação da droga 
 Efeito colateral: alergia e toxicidade (distúrbios GI, anemia, 
agranulocitose, hematúria, cristalúria). Alguns indivíduos 
podem desenvolver hipersensibilidade as sulfonamidas. 
 
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TRIMETOPRIM 
 
 Mec. de Resistência: Mutações no gene cromossômico que 
codifica a dihidrofolato-redutase, a enzima que reduz 
dihidrofolato para tetrahidrofolato 
SULFA-TRIMETOPRIM 
 Atuam na mesma rota metabólica, mas em diferentes sítios 
 Vantagens: 
1. Bactérias mutantes resistentes a uma das drogas serão 
inibidas pela outra droga 
2. As drogas podem atuar sinergicamente – quando usadas em 
combinação, causam efeito inibitório muito maior que 
quando usadas separadamente 
3. Amplo espectro de ação e reduz o aparecimento de linhagens 
resistentes 
 Usos: Gram positivas, gram negativas, ITU (E. coli), 
infecções TGI, pneumonia causada por Pneumocystis, alguns 
protozoários 
 Pseudomonas são resistentes 
 
 
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 QUESTÕES 
1) A resistência bacteriana é grande motivo de preocupação 
atualmente. Como exemplo, podemos citar a recente 
descoberta da bactéria KPC, responsável por algumas 
mortes já documentadas no país. Sobre este preocupante 
fenômeno, assinale o item contendo a resposta correta. 
a. O principal mecanismo de resistência bacteriana é a 
produção de enzimas betalactamases, eficientes para 
bloquear a ação de quase todos os antibióticos. 
b. A modificação das proteínas ligadoras de penicilina-
alvo é um mecanismo exclusivos das bactérias Gram-
negativas. 
c. Algumas bactérias são naturalmente resistentes à ação 
de alguns antibióticos, processo denominado de 
resistêncianatural. 
d. Antibiótico como a oxacilina são inativados pelas 
betalactamases bacterianas. 
e. Existem dois itens corretos. 
 
2) Paciente, 32 anos, feminino, internada para investigação 
de febre de origem indeterminada (FOI), apresenta em 
uma das culturas realizadas a presença da bactéria 
Pseudomonas aeruginosa. O melhor antibiótico para tal 
microorganismo é: 
a. Cefalexina 
b. Ceftriaxona 
c. Oxacilina 
d. Cefalotina 
e. Ceftazidima 
 
3) Paciente, 18 anos, feminino, apresentando quadro 
infeccioso de celulite (estafilococos/ estreptococos) no 
membro inferior esquerdo, evoluindo sem melhora com o 
antibiótico prescrito para tratamento ambulatorial, 
denotando que a bactéria envolvida provavelmente seja 
produtora de betalactamase. Você avalia paciente e 
percebe piora clínica, decidindo indicar internação 
hospitalar para tratar com: 
a. Ampicilina 
b. Cefalexina 
c. Ceftrixona 
d. Oxacilina 
e. Meticilina 
 
4) Criança é atendida na Unidade Básica de Saúde do seu 
bairro e recebe o diagnóstico de impetigo (estreptococos). 
Diante disso, o melhor tratamento ambulatorial é: 
a. Penicilina G benzatina (Benzetacil®) 
b. Cefalotina 
c. Oxacilina 
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d. Penicilina V 
e. Ceftriaxona 
5) Descreva o mecanismo de ação de cada antibiótico 
inibidor da síntese protéica. 
6) Quais são os mecanismos de resistência de cada droga? 
7) Quando é recomendado o uso de cada medicamento? 
8) Que antibiótico inibidor de síntese protéica é utilizado no 
tratamento das Pneumonias Adquiridas na Comunidade? 
9) Que medicamento pode causar como efeito colateral 
anemia aplásica? 
10) Qual medicamento é a droga de primeira escolha no 
tratamento da febre tifóide? 
GABARITO: 1. C - 2. E - 3. D - 4. A 
 Caso clínico 1. 
Paciente de 72 anos, internação prolongada em terapia intensiva 
devido a choque cardiogênico, em uso de máscara facial, sonda 
vesical de demora e cateter venoso central. Evolui com febre alta, 
calafrios e urina francamente purulenta. O acesso central não 
apresenta sinais flogísticos. Obtidos urina e sangue para culturas. 
Gram de urina revela piócitos incontáveis e bastonetes gram- 
negativos. Com base nos padrões de sensibilidade/resistência 
antimicrobiana da unidade, iniciou-se ceftriaxona empiricamente. O 
resultado da urocultura e da hemocultura revelou crescimento de 
Klebsiella oxytoca produtora de ESBL (beta lactamases de 
espectro ampliado) sensível a ceftriaxona. Entretanto, após 72 horas 
de antibioticoterapia o paciente permanecia febril, com evolução 
para síndrome séptica. 
A conduta mais adequada é: 
a. Manutenção da ceftriaxona e intensificação das medidas de 
suportes; 
b. Manutenção da ceftriaxona, associação de vancomicina e 
coleta de novas culturas; 
c. Troca de ceftriaxona por ciprofloxacina ou carbapenemico; 
d. Troca de ceftriaxona por ciprofloxacina + vancomicina. 
e. Colher novas culturas e realizar teste de sensibilidade. 
 
 
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 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. JAWETZ; Melnick; Adelberg. Microbiologia Médica. 24ª 
edição. Editora Mc Graw Hill, Lange, 2009. 
2. TORTORA, G. J; Funke, B. R.; Case, C. L. Microbiologia. 8ª 
edição. Porto Alegre: Artmed, 2005. 
3. TRABULSI, L. R.; Alterthum, F. Microbiologia. 4ª edição. 
São Paulo: Atheneu, 2005. 
4. MURRAY, Patrick. Microbiologia Médica. 5ª Edição.

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