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Capítulo 4 
MODELOS E RECEITAS
“O que os objetos são, em si mesmos, fora da maneira como a nossa sensibilidade os recebe, permanece totalmente desconhecido para nós. Não conhecemos coisa alguma a não ser o nosso modo de perceber tais objetos – um modo que nos é peculiar e não necessariamente compartilhado por todos os seres...”. 
 Kant 
 
Os objetos são a priori o que são e a essência deles, o que eles são, não pode ser compreendida por nós, tornam-se desconhecidos para nós. Não conhecemos nada a não ser a forma de percepção das coisas pelos nossos sentidos a qual é principalmente individual, mas pode ou não ser compartilhada por todos os seres. 
 Neste capítulo Rubem cita o antigo pensamento grego que foi quebrado pela criação de métodos, os quais deu ao homem a capacidade de manipular as coisas, como ele cita, o homem foi capaz de manipular as estrelas, os satélites, os planetas, o sistema solar. Essa manipulação esta fundamentada inicialmente na imaginação, ou seja, quando o cientista analisa uma determinada questão a partir de um modelo. Tais modelos são criados pela ciência e são construídos a partir de conceitos, por meio deles, torna-se possível descrever o comportamento dos acontecimentos, construir soluções para resolver problemas, dando assim ao homem a capacidade de previsão do que irá acontecer logo em seguida. Quando um modelo se torna obsoleto, um novo modelo é desenvolvido afim de que supere as limitações apresentadas por modelos anteriores. O autor cita o exemplo de Kleper quando ele através de seu modelo nega o modelo geocêntrico de Ptolomeu. O autor conclui que as mudanças de modelo são necessárias para a compreensão do problema e ressalta que o progresso da ciência depende da ocorrência de anomalias, as quais forçam o trabalho científico na busca de solução assim, Rubens Rubens diz que ensinar ciência é ensinar modelos. E que esses modelos nunca são descrições definitivas dos fenômenos, sejam visíveis ou invisíveis
Capítulo 5 
DECIFRANDO MENSAGENS CIFRADAS
Neste capítulo Rubem Alves fala sobre o fascínio humano pelo desafio. Aborda Kepler e sua busca por desvendar o movimento dos planetas como uma mensagem cifrada, ou uma harmonia musical, como o mesmo (Kepler) comparou tal fenômeno. Entretanto, segundo Rubem, Kepler era uma espécie de “cientista místico”, atribuindo a si próprio a descoberta da linguagem dos céus, a mensagem de Deus. Pitagóricos, em contrapartida, buscavam a “matematização” da natureza. Fizeram da harmonia dos planetas de Kepler uma relação matemática. A matemática, então, é um artifício para forçar a natureza a se revelar, uma vez que ela detém as respostas para as perguntas que fazemos a ela, mas sem se explicar espontaneamente. Galileu tentava encontrar uma língua que fosse falada ao mesmo tempo pelos homens e pela natureza, possibilitando assim, o entendimento do que ela nos fala, como uma chave desvendando seus segredos. O conhecimento da natureza por perguntas teleológicas, ou seja, pela finalidade de cada elemento, dá sentido à vida das pessoas, mas impede a correção e a experimentação das mesmas. Assim, ao colocar o universo no mundo matemático, Galileu impediu que essas perguntas fossem feitas, tirando o sentido humano do mundo. A matemática, então, se torna uma espécie de linguagem universal, a possível língua da natureza. Para compreender o mundo, como o autor aborda, é necessário o abandono dos sentidos e a busca do entendimento pela razão como forma de decifrar o que a observação nos oferece. Galileu, ao contrário da ciência moderna, negava os fatos e impunha regras à natureza, forçando-a a responder a seus pressupostos imaginários. Rubem, então, incita o leitor a pensar como Galileu, a favor da conversão das respostas da natureza em relações matemáticas, e como a ciência moderna, que não despreza os dados, mas usufrui de cada detalhe para entender o mundo, e a decidir qual dessas ideias é a correta. A pergunta inteligente é o começo da conversa com a natureza. A experimentação é o método de forçá-la a responder. Porém, sua resposta se limita a “sim” ou “não”. A pergunta, ou hipótese, já determina o que buscar, ou seja, a resposta. Quando as perguntas não são boas, as respostas não tem serventia. Algumas hipóteses, porém, não podem ser testadas e somente a observação pode ser utilização para se chegar a uma conclusão plausível. Rubem finaliza dizendo que, na ciência moderna, não importa o que as coisas são, mas como elas se comportam.
Capítulo 8
A CONSTRUÇÃO DOS FATOS 
Rubem Alves começa o capítulo falando sobre as relações causais e exemplifica sua existência com fatos e fenômenos cotidianos, comuns a todas as pessoas. Aborda tais relações como um dueto causa/efeito, no qual a causa ou estímulo gera um efeito ou reposta, quando aplicado ao objeto, ambiente ou pessoa. O funcionamento desse sistema que transforma uma dada causa na resposta requerida não é sabido, ou, como pensava o movimento positivista, não é necessário “dizer mais que aquilo que os fatos nos autorizam”.
 Segundo Rubem, o conhecimento das causas dá àqueles que o possuem bastante poder
em relação às coisas e aos outros. “Quem sabe que causa provoca o comportamento
indesejável e que causa provoca o comportamento desejado tem o segredo da engenharia do comportamento: desliga-se o fio, no primeiro caso, e liga-se o fio, no segundo caso...”
Fazendo um paralelo com a psicologia, é o que educadores, pais, religiosos, etc., fazem: necessitam de uma reposta e sabem o estímulo necessário para alcança-la, sem necessariamente conhecer quais são as engrenagens que transformam tal estímulo na resposta requerida. Para o conhecimento científico, essas relações causais são fatos: algo proporcionou tal resposta de acordo com tal estímulo. Os fatos em si, segundo o autor, nada significam. Para a ciência, conhecer como o fato ocorreu, fazer perguntas e encontrar as repostas para entender o processo que torna os fatos inteligíveis. Os mesmos fatos adquirem diferentes sentidos, dependendo do contexto em que são colocados. Ou seja, o conhecimento dos fatos não exige reflexão, ele se encontra aquém do conhecimento científico. A partir do momento em que deixamos de simplesmente usá-los e passamos a querer entende-los, começamos a fazer interpretações, pois os fatos em si não oferecem explicações. Os fatos são apenas insumos para a ciência, ou seja, não servem para nada até o momento em que sejam interpretados. Entretanto, interpretações, segundo Rubem, não são totalmente imparciais e sofrem influências de efeitos causais já conhecidos, intrínsecos desde o momento do nascimento de cada pessoa
Capítulo 9 e 10
A IMAGINAÇÃO E AS CREDENCIAS DA CIÊNCIA
Nesses capítulos, Rubem trata sobre a imaginação, sua relação com a ciência, as credenciais da ciência para o julgamento da realidade. Através de citações relacionadas a Gauss, o autor afirma que pessoas inovadoras conseguem evoluir seu pensamento por meio de saltos aleatórios, ou seja, imaginações, estalos lúdicos, conclusões, e, posteriormente, ensinam aos demais, os destituídos de “asas”, o caminho que descobriram ou desenvolveram para chegar à tais constatações. Ou seja, cientistas tem visões de processos que nem eles mesmos conseguem entender e, de posse das mesmas, testam e aplicam o racional para confirmar a aplicabilidade pela realidade. Essa visão mostra que cientistas trabalham com o “irreal” e o transformam em algo real, racional para a resolução das questões científicas, por meio de testes. Ou seja, não há um desenvolvimento progressista, o desenvolvimento da teoria é feito regressivamente, da conclusão ou do “produto acabado” para o início do problema. Cientistas são “fazedores de quebra-cabeças” cuja tarefa é buscar aspeças que faltam para finalizar o modelo imaginado. Mas a imaginação abre espaço para interpretações subjetivas da realidade, entrando, aí, a questão da credencial da ciência. Com a valorização da objetividade por pensadores como Nietzsche e Weber, cientistas foram “treinados” a serem seres frios e irracionais, a enxergar o mundo “acima da tempestade de sentimentos” que permeia o ser humano, da selvageria irracional relacionado ao sentir. Entretanto, teorias nascem com sonhos, fantasias, visões “místicas”, não há como negar que a imaginação deve estar encrustada no caráter do cientista. A questão é que de nada adianta ter imaginação e resolver problemas se o cientista não parar para pensar sobre a origem de seus próprios pensamentos” a fim de provar sua teoria imaginativa. A produção de conhecimento requer a busca sem fim da verdade credenciando os vários estágios dessa busca. A credencial de uma declaração é a “falsificabilidade”, ou seja, tudo pode ser falsificado ou desmentido com contra teorias, pois não existem métodos que permitam a conclusão acerca da verdade definitiva. O cientista não pode jamais ter a pretensão de possuir a verdade absoluta. O mundo é visto de diferentes formas por diferentes seres e por diferentes olhos. O que garante que a visão sensorial de um ser humano seja diferente de um animal qualquer? A diferença é que o ser humano processa, pensa, usa essas sensações para tentar entender o mundo a sua volta.

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