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Direito Administrativo I - Resumo Geral

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Direito Administrativo I – Resumo Geral.
DIREITO ADMINISTRATIVO: É o ramo do Direito que regula as funções administrativas do Estado, independente de ser exercida pelo Poder Executivo ou não.
- A função administrativa é a atividade desenvolvida pela Administração e pode ser exercida de duas formas:
 I. Administração Pública Direta ou Centralizada: ocorre quando o próprio ente federativo (União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios) for o responsável pela realização da sua atividade, ou seja, é exercida de forma centralizada e é composta por órgãos públicos. Ex: Ministérios,Secretarias, Superintendências, Coordenadorias.
II. Administração Pública Indireta ou Descentralizada: surge através da descentralização da atividade exercida pelos entres federativos, permitido pelo art. 37, XIX da CF, que autoriza a criação de entidades, vinculadas ao ente federativo que as criou, que terão atribuições para o exercício da função administrativa. Possuem personalidade jurídica própria. Ex: Autarquias; Empresas Públicas; Sociedades de Economia Mista e fundações públicas.”
A desconcentração é a distribuição de atividade de forma interna, fazendo surgir a subordinação em razão da hierarquia, dentro da Adm. Púb. Direta e não possuem personalidade jurídica própria.
-> Assim, para os entes federativos criarem as entidades da Adm. Púb. Indireta, serão observados 3 princípios:
I. Princípio da Vinculação: estabelece um vinculo entre o ente e a entidade criada, sem, contudo impor subordinação por serem pessoas jurídicas distintas. 
II.Princípio da Especialidade: impõe que entidade criada exerça uma atividade específica da Adm. Púb.
III. Princípio da Reserva Legal: a criação das entidades criadas da Adm. Púb. Indireta ocorre apenas através de lei, conforme estabelecido da CF.
Entidades Administrativas da Adm. Púb. Indireta
Autarquias: São pessoas jurídicas de direito público. Criadas por lei específica. Com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública. Não estão sujeitas a lei da falência. Ex: INSS (Instituto Nacional de Segurança Social )- Ministério da Previdência Social; BACEN (Banco Central) – Ministerio da Fazenda; IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos naturais renováveis)- Ministério do Meio Ambiente.
Empresas Públicas: São pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização de lei específica, sob qualquer forma jurídica (Ltda, S/A, etc) e com capital exclusivamente público, para a exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos.  Ex: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT; Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO; Caixa Econômica Federal – CEF; Instituto Nacional de Seguro Social. 
Soc. De Economia Mista: são pessoas juridicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização legal, sob a forma de sociedade anônima e com capitais públicos e privados, para a exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos. Ex: Banco do Brasil S/A e a PETROBRÁS (Petróleo Brasileiro S/A).
Fundações: É uma pessoa jurídica composta por um patrimônio personalizado, destinado pelo seu fundador para uma finalidade específica. Pode ser pública ou privada (não integra a Administração indireta). Ex: Fundação Ayrton Senna.
CARACTERÍSTICAS:
Princípios Administrativos (Art. 37, caput): A Administração Pública quando do exercício da função administrativa deverá observar os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
Princípio da legalidade: A Administração Pública poderá realizar somente os atos autorizados em lei. Deverá interpretar o princípio de forma ampla, observando os demais atos normativos, como resoluções, portarias, normas de serviço, etc.
Princípio da impessoalidade: Neste princípio deve-se observar 2 sentidos: o 1ª é no sentido de que o agente público representa a pessoa da Administração Pública manifestando seus atos, não se confundindo com a pessoa que o pratica. O 2ª sentido é que este principio impõe ao agente público a prática de seus atos sempre com a finalidade pública, ou seja, o interesse que se busca não é a do agente e sim o interesse público.
Princípio da moralidade: É aquele que impõe ao administrador agir com boa-fé, não praticando atos amorais, o que se espera é a boa conduta. Os atos praticados que infringirem ao principio da moralidade são considerados atos de improbidade administrativa (art.37, parágrafo 4º).
Princípio da publicidade: O princípio impõe a publicação dos atos, como também que os atos sejam públicos, ou seja, que o administrador possa ter acesso aos atos praticados.
Princípio da eficiência: É aquele no qual a Administração Pública espera do gestor a prática de atos que vão atingir uma finalidade pública de forma a satisfazer a o administrado, ou seja, da melhor maneira possível.
Princípios Reconhecidos: A Administração Pública além da observância dos princípios arrolados no art. 87 da CF, também deverá observar alguns princípios reconhecidos pelo ordenamento jurídico do Direito Público.
Princípio da supremacia do interesse Público sobre o interesse privado: quando a Administração Pública, no exercício de seus atos, impõe ao particular, a sua vontade, devido o seu poder de império, no qual lhe confere uma posição superior ao particular, que deverá se submeter à vontade da Administração. Ex: atos de desapropriação.(Cf. art. 37, XXIV, CF)
Princípio da indisponibilidade do interesse público: O administrador não poderá dispor do interesse público para satisfazer seu interesse pessoal, uma vez que exercício da função administrativa é sempre de interesse público.
Princípio da autotutela: é o princípio que autoriza que a Administração Pública possa rever seus próprios atos, para revogá-los ou anulá-los, podendo agir de ofício ou mediante provocação. 
A revogação ocorre em razão da conveniência e oportunidade, vez que não apresenta nenhum vício. 	
A anulação somente ocorre em razão da ilegalidade, ou seja, apresenta vício. O poder judiciário somente poderá anular os atos administrativos praticados por outra administração pub. O poder judiciário poderá anular os atos administrativos praticados por uma outra Administração, não podendo praticar a revogação, salvo aos seus próprios.
Princípio dda continuidade do serviço público: Impõe que a atividade pública seja prestada de forma contínua e ininterrupta, de modo a atender seus administrados. A lei 8987/95 apresenta a segunda hipótese deste princípio que diz que o serviço público poderá ser interrompido sem que configure descontinuidade se do serviço em razão de questões técnicas ou de inadimplência.
Princípio do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório: O princípio do devido processo legal impõe a adm púb quando do desempenho de sua atividade, deverão estes, serem embasados na lei. Uma vez violado o princípio da legalidade, consequentemente teremos uma violação do devido processo legal. Já o princípio do contraditório e da ampla defesa, assegura aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Não é necessário haver acusação, basta que exista certa lide administrativa, na qual se manifeste alguma controvérsia, par que surja a necessidade de aplicabilidade imediata desse princípio. Cf. art. 5º LV.
Princípio da legalidade: Princípio que impõe a obrigação do devido processo legal. 
Princípio da proporcionalidade: Este princípio impõe ao administrador observar a adequação para a prática do ato, à necessidade e a proporcionalidade no sentido estrito.
Poderes Administrativos: Para o exercício da função administrativa são atribuídas algumas prerrogativas chamadas de poderes. Tais poderes serão sempre utilizados em observância pelo agente executor do ato,uma vez que não observados poderá ensejar abuso de poder. Que são classificadas de duas formas:
Abuso de poder na modalidade excesso: ocorre quando o agente exorbita das suas atribuições, onde o ato praticado invade a competência de outro.
Abuso de poder na modalidade desvio de finalidade: quando o agente público, busca uma finalidade particular através da pratica de um ato, ou seja o interesse privado
Os poderes conferidos a Administração Pública são: 
Poder regulamentar: É a prerrogativa dada a Administração Pública para que possa normatizar o exercício da sua atividade administrativa. Se manifesta tbm através de Decretos Regulamentares expedidos pelos chefes do Poder Executivo, sempre para o fiel cumprimento das leis. (art. 84, VI CF). Em regra não se aplica o decreto autônomo, não pode ser delegado, mas existem tem exceções: 
-> a 1ª, apresentada no art. 84,vi da cf, onde os Chefes do Poder Executivo podem expedir regulamentos para a organização da Administração Pública. -> A 2ª se encontra no art 103-B, §4º da C onde o CNJ poderá expedir regulamento com a finalidade de organizar a função administrativa exercida de forma atípica pelo Pode Judiciário.
-> A 3ª e última se encontra no art. 130-A, §2º, I da CF, no qual o Conselho Nacional do Ministério Público está autorizado a expedir regulamentos para o exercício para o exercício da função administrativa na esfera do MP.
Poder Hierárquico: Permite a Administração Pública distribuir a sua atividade de forma hierárquica, será organizado com órgãos superiores e subalternos, no qual se observa a sujeição, razão pela qual teremos a avocação, a delegação e o controle.
Poder Disciplinar: É conferido a Administração Pública aplicar sanções, em regra a seus servidores, ou de forma excepcional para aqueles que contratam com a Administração Pública. A Administração Pública quando na atuação do exercício do Poder Disciplinar, deverá observar alguns princípios, dentre eles o da legalidade e o devido processo legal.
Poder de Polícia: É conferido a Administração Pública que lhe permite restringir direitos individuais, como também bens e serviços. Este poder possui 3 características: -> Discricionariedade: permite que a atuação da adm púb de acordo com a sua conveniência e oportunidade. 
-> Coercibilidade: é a imposição da prática do ato para o administrado. Ou seja, a administração pública exerce coerção, quando da pratica de seu ato, em relação ao administrado. 
-> Auto-executoriedade: é a característica que permite a Administração Pública executar os seus próprios atos administrativos, sem a necessidade de nenhuma autorização do Poder Judiciário.
PS: O exercício do Poder de Polícia nem sempre terá característica da auto executoriedade, em razão de nem sempre a Administração Pública poder executar o ato praticado. 
Agentes Públicos: (Art. 327, CP) “Considera-se funcionário público para os efeitos penais, quem, embora transitóriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública.’’
*Art. 175, CF: “ Incumbe ao Poder Público na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Assim, podemos classificar agentes públicos em:
Agentes Políticos: são aqueles que exercem uma atividade estabelecida em uma norma legal, ou seja, estabelecidas na Constituição. Ex: Pres. da República, os Parlamentares, Governadores, etc.
Agentes Administrativos: são aqueles que exercem atividades administrativas, de forma a movimentar a estrutura dos entes administrativos. Sua nomeação em regra, será para o exercício dos cargos efetivos ou comissionados. Ex: Servidores Públicos.
Agentes Honoríficos: são aqueles que de forma eventual e sem remuneração exercem função da Administração Pública. Em regra, o agente honorífico prestará de forma transitória, uma função relevante da adm púb. Ex: mesário, jurado, conciliador.
Agentes Delegados: são aqueles que exercem uma atividade na administração pública, em razão de uma autorização contratual ou legal. Este agente exerce uma função numa empresa concessionária de serviços públicos (cf art. 175, CF), ou ainda aquele aprovado em concurso público para exercíco notarial ou de registro (cf. art. 236, CF)
ATOS ADMINISTRATIVOS: São as manifestações, unilateral, de vontade da Administração Pública, que tem por objeto produzir atos jurídicos. Os atos administrativos possuem elementos necessários para a sua validade. 
Os ELEMENTOS são: Competência, finalidade, forma, motivo e objeto. 
Competência: São as atribuições descritas pela lei para a prática do ato administrativo. A lei estabelece o limite de atuação do agente administrativo para a prática do ato. A característica principal da competência é a sua irrenunciabilidade, vez que não pertence ao agente e sim ao cargo que ele ocupa. A competência deverá ser exercida ao pelo agente ocupante do cargo, com atribuição legal e estará sempre vinculado ao ato. Todavia, poderá existir a substituição de competência, onde o ato administrativo poderá ser praticado por agente diferente, que se dá através de duas situações: 1. DELEGAÇÃO: é a autorização legal para que um agente público diverso promova a prática de um ato que não seria de sua competência. A delegação se dá entre agentes públicos em igualdade hierárquica ou de um agente público de nível superior para outro de nível inferior; 2.AVOCAÇÃO: é a prática de ato realizado por agente que se encontra em nível hierárquico superior que atrai pra si, prática de ato administrativo de atribuição de agente que se encontra em nível inferior.
Finalidade: É o elemento do ato administrativo que impõe ao agente a busca do interesse público, uma vez que a função administrativa do Estado tem por objetivo, gerir interesses de toda coletividade. A finalidade do ato adm. será sempre vinculada.
Forma: Os atos adm obedecerão uma forma estabelecida pela lei que em regra será escrita. Porém, em algumas exceções os atos adm poderão ter outra forma, como, visual, sonora e até mesmo gesto humano. A forma escrita permite um maior controle, sendo esta sempre que possível a opção do agente na manifestação de vontade.
Motivos: São as razões de fato e de direito que autoriza a Administração Pública a promover a prática do ato. Deve-se observar que os atos administrativos apresentarão sempre motivo, todavia os administrados poderão justificar a prática do ato no qual chamamos motivação , que significa a justificativa apresentada para a realização do ato, escolhendo razoes de fato ou de direito, quando da edição do ato administrativo.
Objeto: Representa o conteúdo material, exteriorizado do ordenamento jurídico com a prática do ato adm, ou seja, é a vontade concretizada do administrador.
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: Independentemente de seus elementos de formação para que sua validação, os atos administrativos possuem atributos para a sua aplicação que são: 
PRESUNÇÃO DE LEGITMIDADE: Os atos administrativos pressupõem-se legítimos e verdadeiros, a presunção é pela prática de quem poderia editar e que observou ordenamento jurídico, se mostrando ainda verdadeiro nas suas ações. A presunção é relativa e não absoluta, vez que são passíveis, em regra pelo controle judicial.
IMPERTIVIDADE: Os atos administrativos gozam desse poder para a imposição de sua aceitação pelo administrado, em razão da supremacia. A Administração Pública não está em igualdade de condições com o seu administrado, pois exerce o seu poder de império, o que lhe possibilita a imposição unilateral dos seus atos. 
AUTOEXECUTORIEDAE: É o atributo que permite a Administração Pública executar os seus próprios atos adm, sem a necessidade de autorização do Poder Judiciário, como por exemplo: na desapropriação ou na execução de uma multa.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Atos vinculados e discricionários: 
Vinculados: são os atos que o administrador deverá manifestar asua vontade em conformidade com a lei. A lei estabelece os requisitos e condições para a sua realização. Não podendo o administrador ela se afastar. Os atos administrativos vinculados apresentam todos os seus requisitos de validade vinculados. Com por exemplo: a nomeação para um cargo efetivo. (Art. 37,II,III e §2º) 
Discricionários: são os que a Administração pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade e de seu modo de realização. O dispositivo normativo permite certa margem de liberdade para a atividade pessoal do agente público, especialmente no que tange à conveniência e oportunidade, elementos do chamado mérito administrativo.
Atos unitários e gerais: 
Unitários: São dirigidos a destinatários certos e criam uma situação jurídica particular. Produzem efeitos no caso concreto como nas nomeações, demissões, licenças, desapropriações, etc. 
Geram direitos subjetivos para seus destinatários e criam encargos administrativos. 
Se praticados ilegalmente, admitem anulação pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário.
Gerais: São expedidos sem destinatário certo e se dirigem a todos que se encontrem na mesma situação abrangida pela norma. São os regulamentos, as portarias, as circulares, as instruções.
Atos administrativos simples, composto e complexo:
Simples: decorre da vontade de um único órgão, seja ele singular ou colegiado - exemplo: nomeação pelo Presidente da República, decisão de um Conselho, etc.
Composto: manifestação de dois ou mais órgãos, em que um edita o ato principal e o outro será acessório, ratificando o ato. Exemplo: nomeação de ministro do Superior Tribunal feito pelo Presidente da República e que depende de aprovação do Senado. A nomeação é o ato principal e a aprovação o acessório.
Complexo: decorre da manifestação de dois ou mais órgãos; de duas ou mais vontades que se unem para formar um único ato. Exemplo: Decreto do prefeito referendado pelo secretário.
FORMAS DE EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO: A Administração Pública pode extinguir os atos administrativos segundo sua manifestação de vontade, através de três formas:
Cassação: é o desfazimento do ato administrativo em razão do não cumprimento de alguma condição por parte do administrado para criação do ato administrativo.
 Revogação: ocorre quando a adm pub revê seu ato, em razão do interesse público superveniente, resolve por conveniência e oportunidade desfazer o ato administrativo. Na revogação o ato se encontra perfeito, razão pela qual o efeito da revogação será ex-nunc (não retroativo). OBS: o Poder Judiciário não poderá revogar os atos realizados por outra administração pública, salvo seus próprios. 
Anulação: é o desfazimento do ato administrativo em virtude da ilegalidade apresentada em virtude da não observação de alguma imposição da lei para edição do ato administrativo. O ato de revogação gera efeito ex-tunc (retroativo). 
 CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: A adm púb poderá rever os atos que contenham vícios, poderá também sanar os seus defeitos, uma vez observado o interesse público e a estabilidade das relações jurídicas, poderá convalidar o ato administrativo como por exemplo se encontra autorizado na norma do art. 55 da lei 9784/99.
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: O Poder Judiciário somente poderá anular os Atos Administrativos produzidos por outra Adm Pub. Não podendo entretanto realizara sua revogação, vez que a revogação caracteriza-se como exercício do gestor administrativo. Ao promover a anulação, o Poder Judiciário deverá observar duas irregularidades:
Ilegalidade: diz respeito a edição do ato administrativo sem a observância da lei, ou seja, violação do dispositivo legal.
Ofensa ao direito: ocorre quando a adm púb deixa de observar critérios de direito.
O Poder judiciário poderá anular os atos administrativos mesmo que não haja ilegalidade, desde que seja observada 3 teorias: 
Teoria do desvio de finalidade: será observada quando da edição do ato adm a finalidade não for de interesse púb.
Teoria dos Motivos determinantes: impõe que a motivação apresentada para a edição do ato deve estar vinculada ao elemento motivo. Caso isto não ocorra, haverá o controle pelo Judiciário. 
Violação dos princípios administrativos: se apresenta em razão da inobservância da Administração Pública a um dos princípios do Direito, impostos para o exercício da função administrativa.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS:
Atos Normativos: aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei; estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma legal. Exs.: Decretos, Regulamentos, Regimentos, Resoluções, Deliberações, etc. 
Atos Ordinatórios: visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração. Exs.: Instruções, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de Serviço, Ofícios, Despachos. 
Atos Negociais: aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do particular; visa a concretizar negócios públicos ou atribuir certos direitos ou vantagens ao particular. Ex.: Licença; Autorização; Permissão; Aprovação; Apreciação; Visto; Homologação; Dispensa; Renúncia; 
Atos Enunciativos: aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto; NÃO SE VINCULA A SEU ENUNCIADO. Ex.: Certidões; Atestados; Pareceres. 
Atos Punitivos: atos com que a Administração visa a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos administrados ou de servidores. É a APLICAÇÃO do Poder de Policia e Poder Disciplinar. Ex.: Multa; Interdição de atividades; Destruição de coisas; Afastamento de cargo ou função.

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