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INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO Exercícios com vista à AP2 8,9,10,11

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Exercícios com vista a AP2
Aula 8:
1. A importância do Poder Constituinte para o nosso Direito.
R: O Estado liberal precisava de uma lei básica, um código supremo, uma espécie de pacto ou contrato entre o povo e o Estado, cujo objetivo é o de registrar a formação e a limitação básica do Estado diante do indivíduo. Enfim, sua instituição buscava traçar as normas de ação do governo.
2.Conceitos e titularidade do Poder Constituinte.
R: *É a norma fundamental que cria, organiza e mantém a ordem jurídica do Estado, este emana do povo e legitima a criação da lei fundamental do Estado. É o poder de construir e reconstruir o ordenamento jurídico do Estado.
*O poder (titularidade) pertencia à nação. Hoje em dia, no entanto, é comum encontrarmos referências que estabelecem ser este poder pertencente ao povo. É o caso da constituição brasileira, que em seu art. 1º, parágrafo único, assim determina: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição”.
3.A diferença entre Assembleia Nacional Constituinte e Congresso Constituinte.
R: *A Assembleia Nacional Constituinte é eleita exclusivamente para criar uma nova constituição. Possui o poder originário.
*Congresso Constituinte: não é eleito exclusivamente para criar uma nova constituição, mas também pode fazê-lo. Possui poder originário em alguns casos e poder derivado.
4. Poder Constituinte originário.
R: Poder originário (também denominado genuíno, primário ou de primeiro grau) O poder originário é o poder de elaborar uma constituição.
5.Constituição Promulgada e Constituição Outorgada.
R: *Promulgada são as constituições elaboradas de forma legítima, surgem da Assembleia Nacional Constituinte. 
*Outorgada são as constituições elaboradas de forma legal, surgem normalmente de revoluções.
6.Constituição Legitima e Constituição Legal.
* Legítima é a constituição elaborada de acordo com os princípios legais instituídos para a sua criação e que representa as aspirações populares. Em consequência, as constituições promulgadas tendem a ser legítimas.
* Legal é aquela elaborada de acordo com a lei. Em consequência, as constituições outorgadas tendem a ser legais.
7. Tipos de Poder Constituinte Derivado.
R: * Reformador: objetiva criar condições permanentes para modificação do texto constitucional, adaptando-o às novas necessidades sociais, políticas e culturais.
* Revisional: objetiva a reavaliação do texto constitucional após um determinado período de vigência, visando à mudança de seu conteúdo por um procedimento específico.
* Decorrente: refere-se aos estados-membros da Federação, respeitando os princípios constitucionais. Visa à estruturação das constituições dos estados-membros, resultando do poder de auto-organização que foi estabelecido pelo poder constituinte originário.
8. Conceito de controle da constitucionalidade.
R: O controle da constitucionalidade faz uma filtragem constitucional. Serve para observar se as leis e normas estão compatíveis com a Carta Magna.
9. Peculiaridades do Poder Constituinte Derivado Reformador.
R: Para você entender melhor, é o poder de reformular a redação de um artigo (há exceções, como as cláusulas pétreas).
10. Peculiaridades do Poder Constituinte Derivado Revisional.
R: Esta revisão está prevista na própria constituição, seguindo regras estabelecidas pelo poder constituinte originário.
11. Diferenças entre REFORMA e REVISÃO.
REFORMA: 
	Aprovação exige 3/5 dos votos, maioria simples, dos respectivos membros da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
	Aprovação em dois turnos, em cada casa legislativa.
	Permanente.
	Sofre restrições do art. 60.
REVISÃO:
	Aprovação por maioria absoluta dos membros do Congresso (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, ADCT).
	Aprovação em um só turno, em sessão unilateral.
	Exercido uma única vez.
	Para uns, ele é irrestrito; para outros, só pode referir-se aos assuntos que foram objeto do ADCT.
12. Cláusulas Pétreas
R: Dispositivo constitucional que não pode ser alterado nem mesmo por Proposta de Emenda Constitucional.
13. Peculiaridade do Poder Constituinte Derivado Decorrente.
R: Em suma, determina a autonomia das federações na forma de sua constituição (dos estados, do Distrito Federal e até os municípios, estes na forma de lei orgânica). 
14. Modos de exercícios do Poder Constituinte.
	Assembleia constituinte: reunião dos representantes do povo;
	Aclamação: manifestação unânime através da qual os membros componentes de um determinado órgão aprovam uma proposição (bastante incomum em nosso país);
	Referendum constituinte: instrumento de consulta popular, que no Brasil se dá por votação semelhante à escolha de representantes em época de eleição;
	Aprovação dos estados-membros, nos Estados federais. Os senadores, indiretamente, representam os seus estados respectivos; logo, há uma participação indireta dos interesses dos estados federados.
	Revolução: revolta generalizada que derruba o poder instituído.
AULA 9:
15. Principais direitos fundamentais garantidos constitucionalmente pelo Estado.
R: 
• à vida – o Estado não pode tirar a vida do governado nem ninguém pode dispor da vida de outra pessoa, daí a proibição da adoção da pena de morte no Brasil (Art. 5º, XLVII), da eutanásia e do aborto livre;
• à liberdade – por exemplo, liberdade de locomoção, do exercício profissional, de reunião, de ir e vir;
• à igualdade – todos são iguais perante a lei, sem distinção de sexo, raça, cor, trabalho, religião e convicções políticas;
• à segurança – é proibida a tortura e também a inviolabilidade da moradia, da correspondência;
• à propriedade – proteção à propriedade literária, científica e artística, direito à herança.
16. A evolução histórica dos direitos do homem.
	Nasceram as declarações de direitos dos movimentos revolucionários de inspiração liberal.
	No dia 4 de julho em 1776, foi criada a Declaração de Independência dos Estados Unidos, que iniciou com uma Declaração de Direitos.
	Na França, em 26 de agosto de 1789, foi publicada a famosa Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão.
17. Características dos direitos humanos. Enumeração e significados.
R: Características: 
	a imprescritibilidade: não tem prazo de validade. 
	a inalienabilidade: uma pessoa não pode transferir seus direitos a outra. 
	a irrenunciabilidade: não se pode renunciar seus direitos.
	a universalidade: são comum a todos os indivíduos. 
18. As três gerações de direitos. Peculiaridades de cada um.
R: Classificação quanto ao tipo de direitos:
	Geração: Direitos e garantias individuais e políticos clássicos (liberdades públicas), surgiram com a Magna Charta (o direito à vida, o direito à liberdade, o direito à honra, o direito à dignidade).
	Geração: também chamados de metaindividuais, coletivos ou DIFUSOS, compreendem os direitos sociais, os direitos relativos à saúde, educação, previdência e assistência social, lazer, trabalho, segurança e transporte.
	Geração: Já os direitos de 3ª geração são os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade; são frutos das lutas sociais e das transformações sócio-político-econômicas.
19. Diferença entre direito difuso e direito coletivo.
R: Podemos entender direitos difusos como aqueles que não se destinam a um indivíduo em particular mas a uma determinada comunidade ou Estado. Eles são, dessa forma, coletivos, porque dependem de um esforço coordenado em nível mundial para que possam ser realizados.
Aula 10
20. Conceito e objeto de estudo do Direito Administrativo.
R: Direito Administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar, concreta, direta e imediatamente, os fins desejados pelo Estado.
21. Importância da Administração Pública.
R: A administração pública, do ponto de vista
organizacional, tem sido entendida majoritariamente como um conjunto de ÓRGÃOS e ENTES estatais que produzem serviços, bens e utilidades em prol da coletividade. Dela depende a execução das decisões políticas do Governo, que visam a cumprir os objetivos do Estado, descritos no texto constitucional.
22. As principais funções do Estado Brasileiro.
R: 
Estado possui três funções principais :
• a função legislativa, voltada à elaboração das normas que disciplinarão a vida em sociedade.
Esta função é exercida pelo Poder Legislativo, representado no Brasil pelo Congresso Nacional, no âmbito federal; pelas Assembleias Legislativas, na esfera estadual; pelas Câmaras de Vereadores, nos municípios; e pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
• a função jurisdicional ou judiciária, que consiste na interpretação e na aplicação do Direito em situações concretas, exercida pelo Poder Judiciário, por meio dos juízes e tribunais competentes. Aplicação de sansões disciplinares em casos de transgressão de alguma lei.
• a função administrativa, que busca essencialmente o atendimento das necessidades materiais do povo (elemento humano do Estado), sobretudo pela prestação de serviços públicos.
As três funções principais do Estado equivalem-se em ordem de relevância. No entanto, como o próprio nome sugere, é a função administrativa que interessa especialmente ao Direito Administrativo.
23. A diferença entre ÓRGÃO público, ENTIDADE Pública e ENTE Público ou Federativo.
	Ó R G Ã O S Centros autônomos de competências, institucionalizados para a emanação da vontade e de decisões do Estado. Expressam, assim, a vontade concreta e o agir do Estado. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado.
	E N T E S Pessoas jurídicas dotadas de personalidade jurídica própria. Essas serão estudadas, em detalhes, na próxima aula.
24. Princípios da Administração Pública.
R:
O princípio da legalidade
Significa sujeição aos mandamentos da lei, o que equivale a dizer que o administrador público não pode se afastar ou desviar dela, sob pena de praticar ato inválido e de expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.
O princípio da moralidade
Diz respeito tanto à moral administrativa – imposta ao agente público para a sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve – quanto à moral comum, imposta ao homem para sua conduta externa, que acaba por se refletir na administração pública. O princípio da moralidade transmuta-se no princípio da PROBIDADE ADMINISTRATIVA.
O princípio da impessoalidade
Significa que o agente público deve ser impessoal em suas decisões, despido de qualquer inclinação, tendência ou preferência subjetiva, mesmo em benefício próprio. Sob esse prisma, tal princípio identifica-se com o princípio fundamental da igualdade.
Para a maioria dos autores, o princípio da impessoalidade apresenta-se também como uma faceta do clássico princípio da finalidade, que impõe ao administrador público que só pratique um ato visando seu fim legal, que é unicamente aquele que a norma de direito indica como objetivo do ato, de forma impessoal.
O princípio da publicidade
Trata da divulgação dos atos dos agentes públicos. A princípio, todos esses atos devem ser publicados no Diário Oficial, só se admitindo sigilo nos casos de segurança nacional, investigações policiais ou por interesses superiores da administração pública, que serão preservados em processo previamente declarado sigiloso.
O princípio da eficiência
Significa que os agentes públicos devem gerir os interesses públicos de modo a alcançar a melhor realização possível, para a plena satisfação dos administrados, com os menores custos para a sociedade.
25. Diferença entre o princípio da legalidade aplicável na esfera pública e o aplicável na esfera privada.
R: Agindo nas brechas da lei. Na esfera pública, só se pode fazer o que a lei determina. Na esfera privada, pode-se fazer tudo o que a lei não proíbe.
26. Probidade Administrativa.
R: É a norma que rege a conduta do administrador público como elemento subjetivo do serviço público. Significa agir de forma correta, honrosa, seguindo os princípios morais.
A improbidade administrativa gera Sansões:“a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário (nota: aos cofres públicos).
27. Princípio da impessoalidade e princípio da igualdade.
R: Significa que o agente público deve ser impessoal em suas decisões, deve agir segundo o princípio da igualdade. A igualdade é um dos valores supremos que se buscam em uma sociedade justa e democrática.
28. Pressupostos do princípio da Eficiência
R: O princípio da eficiência tem os seguintes pressupostos:
• plena satisfação dos administrados.
• menor custo para a sociedade.
AULA 11
29. Níveis da Administração Pública Brasileira.
• Administração federal;
• Administração estadual ou distrital; e
• Administração municipal.
30. A divisão da Administração pública em Direta e Indireta.
Administração direta = Presidência da República + ministérios
Administração indireta = autarquias + empresas públicas + sociedades de economia mista + fundações públicas.
R: Em janeiro de 1967, Castello Branco impôs uma nova Constituição. Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. A Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação, além de rever a ESTRUTURA ADMINISTRATIVA do país.
Desde já, guarde que os elementos que compõem a administração direta são chamados órgãos públicos. Já a administração indireta compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
• autarquias;
• empresas públicas;
• sociedades de economia mista;
• Fundações públicas.
31. Entidades da Administração Pública Indireta.
• Autarquias;
• Empresas públicas;
• Sociedades de economia mista;
• Fundações públicas.
32. Órgãos Públicos: conceito e classificação.
R: O órgão público é um elemento despersonalizado, ou seja, sem personalidade jurídica própria, que integra a estrutura de um ente federativo (União, estados, municípios ou Distrito Federal), que é a pessoa jurídica de Direito Público. Logo, toda a sua atividade é atribuída à pessoa jurídica a que ele se vincula.
São classificados quanto sua posição:
	Podem ser independentes, autônomos, superiores e subalternos.
Quanto à sua estrutura:
	Podem ser simples, quando não possuem outros órgãos em sua estrutura, ou compostos, quando reúnem em sua estrutura, outros órgãos menores.
Quanto à sua atuação funcional:
	Podem ser singulares, que são aqueles que atuam e decidem através de um único titular, que é seu chefe e representante.
	Colegiados, que são aqueles que atuam e decidem pela manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus vários titulares.
33. Características das entidades da Administração Pública Indireta.
R: Tabela da Pagina 12
34. Os diversos tipos de fundação.
R: São de três tipos:
	Fundações de direito público: espécie em extinção, que hoje se confunde com a autarquia, também denominadas fundações autárquicas. São apenas duas nos dias de hoje Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Universidade de Brasília (UnB).
	Fundações públicas: detêm personalidade jurídica de direito privado. Esta é uma modalidade especial, em que apenas as formalidades de instituição são do âmbito do Direito Civil (escritura pública de constituição e inscrição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas), sendo totalmente regidas, nos demais assuntos, pelo Direito Administrativo. 
	Fundações de direito privado: também detêm personalidade jurídica de direito privado, mas são totalmente regidas pelo Código Civil.

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