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RESUMO PARA OAB DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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COMENTADO POR ALLAN FRANCIS DA COSTA SALGADO 
ACESSE NOSSO CANAL: 
https://www.youtube.com/channel/UCaGmsBMAUlZadt0nUFa
aj2g 
Acesse a vídeo aula desta matéria: 
https://www.youtube.com/watch?v=ez43c-U6q_c 
 
Pessoal no nosso canal ministramos o curso do novo cpc 
inteiramente gratuito e comentamos leis penais, informativos 
e passamos macetes de concursos 
 
 
RESUMOS PARA OAB - DIREITO ADMINISTRATIVO 
DIREITO ADMINISTRATIVO – RESUMO PARA OAB 
 
Princípio da moralidade: É um princípio autônomo. É passível de controle pelo judiciário. A 
moralidade é autônoma da legalidade. 
Ex: súmula vinculante nº 13 STF, proíbe a nomeação de parentes até o 3º grau, seja por afinidade, 
consangüinidade. 
Essa súmula é fundamentada na moralidade e impessoalidade. 
Princípio da publicidade: como regra os atos da administração devem ser públicos (não pode 
ser sigiloso). 
Publicidade de ofício: publicidade que a administração tem que fazer independentemente de 
pedido. Não será sempre por diário oficial. Diário oficial não é a única forma, pode ser “local 
apropriado”, ou seja, para municípios de menor porte, em regra, é o mural do salão de entrada – 
átrio da prefeitura. Tem municípios que é na frente da secretaria da fazenda. É onde estará fixado 
o mural, cada município tem sua particularidade. 
a) Atos gerais e de efeitos externos: é obrigatório, já tem que colocar no diário oficial. É geral porque 
é um ato para todos, para todo um grupo. Edital de concurso. Licitação 
b) Atos onerosos para a administração: gasto, contratos, licitação ainda que seja hipótese de 
dispensa. Nomeação de um servidor; 
c) Quando a lei obriga: ainda que não seja oneroso, nem geral de efeitos externos, será de ofício. 
Publicidade à pedido: a administração não é obrigada a fazê-lo de ofício, só se alguém pedir. 
Lei 12.527/11 – Lei do acesso a informação: Quando forem atos de interesse coletivo ou geral, 
é obrigado a estar na internet. Isso é uma publicidade de ofício. 
É proibida a solicitação dos motivos pelo qual se está se pedindo a informação. 
Tem prazo geral para a resposta para dar a informação solicitada: 20 dias, prorrogável por mais 
10 dias. Depois de 20 dias, se não justificou a publicação já cabe mandado de segurança. 
A exceção da publicidade é o sigilo. E possível como exceção hipóteses de sigilo. 
O sigilo hoje é sempre temporário/provisório, com base na lei 12.527/11. 
Não há mais hipóteses de sigilo permanente, vejamos: 
ULTRA SECRETO: 25 anos 
SECRETO: 15 anos 
RESTRITO: 05 anos 
Questões de risco a saúde, risco de vida, epidemias, risco as relações e contratos internacionais, 
risco a inteligência, à fiscalização, no máximo de 25 anos. 
Princípio da eficiência: envolve o agir da administração, com base no binômio custo/benefício. 
Significa basicamente, que com o menor custo a administração tem que satisfazer o maior 
interesse público. 
Economicidade de custo: material, econômico e pessoal. 
Este princípio, por entendimento majoritário, não é autônomo. Não pode ir contra a lei, tem que 
estar alicerçado na lei. Celso Antonio Bandeira de Mello, Alexandre Santos de Aragão, Alexandre 
de Morais e Di Pietro defendem esse entendimento. 
Possui 02 áreas de atuação. 
Estrutura da Administração: custo benefício 
Ação do agente público: economizar em pessoal. 
PRINCÍPIOS IMPLICITOS DA ADMINISTRAÇÃO – NÃO ESCRITOS 
É inerente ao sistema 
Princípio da motivação: não está escrito na Constituição, decorre da consagração do Estado 
Democrático. Administração presta conta motivando os seus atos, explicando porque. 
Os atos administrativos devem conter as razões de fato e de direito que justificam a sua realização, 
é a congruência/relação entre o fato e o direito aplicado. 
Motivação não se confunde com motivo. 
Motivo: é o próprio fato que justifica o ato. Ex: dirigir a 80 km/h 
Motivação: é a exteorização dos motivos. É escrever no ato o motivo. 
O motivo SEMPRE existe para a realização de um ato administrativo. 
Os atos administrativos como regra tem motivação, não é sempre. Exemplos que não precisam 
de MOTIVAÇÃO: nomeação e exoneração de cargo de comissão, ou designação ou destituição 
de função gratificada. (art 37, II ss CF/88) 
Os atos que precisam de motivação, segundo entendimento majoritário: os atos administrativos 
em geral, como regra, salvo a exceção do artigo 37 CF/88. Seja ato vinculado ou discricionário, 
ambos tem que ter motivação, tem que estar escrito, expresso no ato. 
Vinculado: lei só dá um caminho, uma escolha, um jeito. Ex: multa para velocidade acima de 80 
km/h. 
Discricionário: a lei dá escolha, dá duas hipóteses ou mais. 
O entendimento minoritário: José dos Santos Carvalho Filho, só tem que ter motivação as 
hipóteses expressamente previstas em lei, mais precisamente o artigo 50 da Lei 9.784/99. 
A solução é: se na prova não estiver escrito o artigo 50 da Lei 9.784/99, a resposta correta é que 
todos os atos, sejam vinculados ou discricionários, salvo exceção constitucional, são motivados. 
A motivação dos atos administrativos pode ser meramente “aliunde”, “per relationen” ou ainda 
“meramente remissiva”. Aqui significa que a motivação não precisa estar na própria decisão, 
diferentemente do que ocorre no judiciário que na decisão dos juízes é necessária a motivação. 
Pode ser aliunde, não precisa ser contextual, pois está no próprio bojo. 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
Noção básica de poderes: os poderes são prerrogativas/linhas de conduta da administração para 
o seu agir, sua ação. 
Prerrogativas: condição de superioridade, poderes. 
Os poderes administrativos têm a natureza instrumental (não se confundem com os poderes do 
estado, executivo, legislativo e judiciário). 
Os poderes do estado são estáticos e não instrumentais como os poderes da administração. 
A visão moderna da um nome dúplice são poderes/deveres. 
A conseqüência da visão de poder/dever, é que não se pode renunciar aos poderes 
administrativos, sendo IRRENUNCIÁVEIS. 
Delegar poder não é renunciar, é transferir. Aqui não se fala em renúncia. 
Prerrogativas da Administração: 
1) Poder hierárquico: é a verticalização da administração. A administração está organizada em 
patamares de hierarquia. A administração está organizada com vínculo de subordinação. Além de 
verticalizada, pode anular e revogar os seus atos (faceta da revisão). A administração pode revisar 
os atos que ela faz, revogando e anulando-os. Ela pode controlar e fiscalizar os atos 
administrativos. Pode ainda delegar e avocar. É o chefiar. 
 
a)Decorrência da hierarquia é revisar, anulando ou revogando 
 
b)Delegar ou avocar: a partir do art. 11 da Lei 9.784/99. No âmbito federal, podem dois membros 
da mesma hierarquia delegar. Ex: dois ministros a mesma esfera. 
A regra geral é a delegação. Qualquer matéria em âmbito federal pode ser delegada, só não pode 
delegar o que a lei proíbe. Art 11. Art 3 traz expressamente hipóteses em que não cabe delegar. 
I – matéria de competência exclusiva daquela autoridade. É própria daquela autoridade. 
II – atos de natureza normativa. Ex: decretos, portarias, resoluções. 
III – Decisão de recurso administrativo. 
IV – quando a lei proíbe. 
 
c)Chefiar 
 
A fiscalização está dentro da hierarquia. Não decorre de previsão legal, é inerente aos poderes da 
fiscalização. A fiscalização é absoluta, plena. 
 
Não se exerce poder hierárquico da administração central, em relação a administração indireta. 
Administração central não exerce poder sobre a indireta, somente poder de controle 
Administração indireta possui autonomia gerencial, administrativa e orçamentária. 
A administração direta/central, não pode anular ou revogar atos da indireta, SALVO se houver 
previsão legal. Só pode exercer poder de tutela, controle ou finalidade. Só pode controlarresultados. 
Indireta: ex: autarquia, fundação, sociedade de economia mista. 
Presidente da republica não pode nesses casos. 
 
Ler a lei 9.784/99 
 
2) Disciplinar: prerrogativa/dever da administração para instaurar processo administrativo e em 
decorrência disso punir os agentes públicos e os particulares com vínculo especial, que cometem 
infrações administrativas disciplinares. 
 
Instaurar processo administrativo: SEMPRE terá que envolver previamente processo 
administrativo para aplicar sanção disciplinar, com contraditório e ampla defesa. É ATO 
VINCULADO. 
 
Afastamento provisório de um servidor: é apenas para assegurar/acautelar a investigação – não é 
sanção disciplinar. É ATO DISCRICIONÁRIO. 
 
Sanção/punir: somente ao final. Depois de instaurado o processo, verificado a culpa. APLICAÇÃO 
DA SANÇÃO DISCIPLINAR É ATO VINCULADO. 
Na esfera administrativa federal, a sanção a ser aplicada geralmente é uma só. 
 
Graduação: demissão, advertência ou suspensão(5 a 30 dias). É ATO DISCRICIONÁRIO. 
 
A tipificação da sanção: os tipos administrativos costumam ser abertos, diferentemente do direito 
penal, envolvendo conceitos jurídicos indeterminados, não há precisão/exatidão/esgotamento. É 
ATO DISCRICIONÁRIO. 
Ex: concessão de licenças em razão do “interesse público”. O que é interesse público? 
 
Vinculado: aquele que a lei só dá um caminho/trajeto. 
Discricionário: facultativo, tem opções. Juízo de conveniência e oportunidade. 
 
Agentes públicos e agentes políticos: agente políticos (legisladores, chefes do executivo, 
promotores, juízes), agente públicos(estatutários, celetistas-CLT, empregado público, contratados 
emergenciais/temporários) se submetem ao poder disciplinar, desde que em relação a suas 
funções administrativas. 
 
Particulares com vínculo especial: toda e qualquer pessoa que tenha no mínimo um contrato com 
a administração. Submetem-se ao poder disciplinar. Ex: licitação, concessionária, mesários, 
alunos de escola pública. 
 
Diferença entre “poder disciplinar” e “poder penal do estado”: no disciplinar a sua base será a 
legislação administrativa. No penal, será a administração penal. Aqui não há bis in idem, pois são 
legislações diversas. Um usa o processo administrativo e o outro processo penal (judiciário). Seu 
objetivo é a regulação interna da legislação, e o penal é a regulação da sociedade como um todo. 
 
Nos processos administrativos, é uma escolha ter advogado. 
Nos processos administrativos disciplinares – Súmula 343 STJ 
STJ Súmula nº 343 - 12/09/2007 - DJ 21/09/2007 
Obrigatoriedade - Presença de Advogado - Processo Administrativo Disciplinar 
É obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo disciplinar. 
 
Súmula vinculante nº 5 - STF- A FALTA DE DEFESA TÉCNICA POR ADVOGADO NO PROCESSO 
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NÃO OFENDE A CONSTITUIÇÃO. 
 
A RESPOSTA CORRETA É A DO STF! 
Se houver insuficiência de provas de autoria no direito penal, desconstitui a sanção nas outras 
esferas. 
 
3) Poder de polícia: O poder disciplinar tem que ter vínculo especial com a administração, ao menos 
um contrato. Para ter poder de polícia pode ser um vínculo genérico – basta estar dentro do 
território de competência da administração pública. 
 
É um poder/dever de limitar/condicionar os particulares em relação aos seus bens, atividades e 
direitos, no exercício do INTERESSE PÚBLICO. 
É a possibilidade de limitar as liberdades ou as faculdades do direito de propriedade. 
 
Possibilidade de transferir poder de polícia para particular: NÃO HÁ possibilidade, segundo o STF. 
A atividade preparatória, que vem antes, ou a atividade de mera execução, que vem depois do 
poder de polícia, pode ser transferida para particulares. 
Ex: controladores de velocidade no trânsito. O pardal é atividade preparatória do poder de polícia, 
são empresas privadas que cuidam disso. 
 
Exercício do poder de polícia: 
Legislar e sancionar sobre regras legislativas não pode. 
A atividade de consentimento pode 
 
Limites do poder de polícia: 
 
1) Limites da lei - só pode ser exercido dentro das regras de competência da lei. (art. 5º, II CF/88) – 
ninguém é obrigado ou desobrigado de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 
2) Direitos e garantias fundamentais 
3) Princípio da proporcionalidade/razoabilidade: proibição de excesso. Ex: aplicar o máximo da 
sanção 100 mil, para uma empresa pequena, com orçamento de 10 mil. Pela lei, seria o certo, 
mas pela proporcionalidade não, pois seria excesso. 
4) Direito: o direito (princípio da juridicidade, não só a lei mas sim o ordenamento jurídico, com seus 
princípios, jurisprudência e costumes, etc.) 
 
4) Regulamentar: é a prerrogativa poder/dever (visão dúplice) de explicar a lei e viabilizar a sua 
aplicação. 
A administração não pode inovar na norma jurídica, não pode ser fonte primária de direitos. Não 
pode criar, extinguir e limitar direitos. 
Ex: lei diz que idosos podem ter transporte gratuito. Não pode estender para as grávidas. 
 
O poder regulamentar é fonte secundária, infra-legal, subordinado a lei, pois viabiliza o que a lei 
determinou. 
Não pode ser extra legem(diverso do que a lei diz), ultra legem(mais do que a lei determina) ou 
praeter legem(decreto sem lei). 
Exceção: não pode ser praeter legem como regra. Existe exceção de decreto sem lei, na lacuna 
da lei – art. 84, VI CF/88 (o presidente pode estruturar e organizar a administração pública federal, 
desde que não aumente despesas, nem venha a criar ou extinguir órgãos públicos) 
A doutrina entende que este decreto pode alterar as competências de determinados pontos. A 
questão de competência hoje não é exclusiva da lei, para reestruturar pode ser por decreto. 
 
Não é, portanto criar é explicar a lei (via decreto regulamentar): é a administração 
explicando/detalhando conceitos jurídicos indeterminados da lei. 
É criar o procedimento para aquilo criado na lei, irá procedimentalizar a lei. Ex: vai dizer como 
aplica o vale transporte idoso, através de apresentação da carteirinha. 
 
Para fazer as opções que a lei dá, o PODER REGULAMENTAR, pode servir para a 
DISCRICIONARIEDADE que a lei dá. 
Ex: lei 10.520 diz que é uma faculdade usar o pregão para bens e serviços comuns. A 
administração federal via poder regulamentar diz que no âmbito federal é obrigatório. 
 
OBS: deve ser secundum legem, segundo a lei, não pode ser contra legem, contra a lei. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Envolve uma manifestação, declaração de vontade realizado pela administração pública e 
particulares no exercício, de funções públicas, regido pelo regime jurídico administrativo, 
controlável pelo poder judiciário. 
 
Todos os poderes do Estado (legislativo, executivo e judiciário) exercem/realizam atos 
administrativos. 
O executivo exerce atos adm no exercício da função típica, os demais são no exercício da função 
atípica. 
Função típica é a chamada função precípua, é a mais importante/principal. 
A função do executivo é administrar. 
Legislativo: legislar e fiscalizar, não administrar. Atipicamente eles administram. Ex: concurso 
público, nomeação. 
Judiciário: não tem a administração como atividade principal, tem função de julgar, mas realiza 
fatos administrativos. 
Particulares no exercício de funções administrativas reguladas pelo regime jurídico 
administrativo, lei 9787, farão serviços públicos. Ex: concessionárias e permissionárias do 
serviço público. 
 
Ato administrativo é sempre regulado pelo direito administrativo 
Atos da administração não são sempre regulados pelo direito administrativo. Os atos da 
administração são de direito administrativo e de direito privado. 
 
Todos os atos são passíveis de controle de legalidade pelo judiciário (seja vinculado ou 
discricionário) 
O mérito do ato administrativodiscricionário não cabe ser controlado pelo judiciário (ou seja, o 
juízo de conveniência e oportunidade). 
O administrador vai escolher qual a mais correta e oportuna opção. 
 
Atributos do ato administrativo: envolve as prerrogativas (elementos que dão condição de 
superioridade para a administração em relação ao particular). 
 
Ato negocial: não tem poder de império. Ex: alvará, autorização, é o particular que pede. 
 
1) Imperatividade/coercibilidade: atributo da adm de impor atos administrativos, 
independentemente da aceitação dos destinatários do ato. 
Não é um atributo sempre presente nos atos administrativos. 
Sempre depende de Lei. Só existe se tiver lei contemplando. Não cabe impor nada, se a lei não 
permite impor. (art. 5º, II CF/88) 
 
2) Autoexecutoriedade: a própria administração executa os atos administrativos sem depender de 
terceiros para realizar o ato. 
 
Aqui depende de lei, como regra, mas não é absoluto. Há exceções: casos de urgência. 
Ex: exercício do poder de polícia pode derrubar uma casa sem ingressar com ação judicial. 
 
Também é um atributo que não está sempre presente, poderá não existir. 
Ex: multas. 
 
3) Presunção de legalidade e veracidade: os atos adm se presumem de acordo com a lei, a adm 
não precisa fazer prova. A presunção dos atos é de acordo com o direito/juridicidade/legitimidade. 
Essa presunção significa a inversão do ônus da prova. O sujeito tem que provar o contrário, a 
palavra da administração tem presunção de veracidade. É um presunção júris tantum, há prova 
em contrário. 
 
A presunção estará SEMPRE presente nos atos administrativo, inclusive nos ato privados. 
 
É um tributo que não necessita de lei. 
 
ELEMENTOS/REQUISITOS/PRESSUPOSTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
É o esqueleto do ato, é o que forma o ato, é o corpo do ato. Não é o que dá superioridade, os 
atributos dão prerrogativas. 
 
1) Competência: só pode fazer o ato a autoridade competente. 
A competência como regra é dependente de lei, salvo a hipótese do decreto autônomo que permite 
alterar competências (art. 84, VI CF/88) 
 
a) A COMPETÊNCIA: é irrenunciável, a autoridade não pode deixar de exercê-la, mas pode ser 
delegada ou avocada a sua execução. (mera transferência da execução). 
Agente de fato: é aquele que tem vício na investidura/ingresso com a administração pública. O 
que levaria a não ter competência. Ex: cidadão fez concurso, passou, foi nomeado, tomou posse, 
ficou durante 05 anos realizando atos administrativos. Posteriormente esse concurso é anulado. 
Se admitem os efeitos jurídicos por ele realizados, ainda que viciada a competência. 
O ato será mantido com base na TEORIA DO ÓRGÃO, aquela que diz que quem age perante os 
terceiros não é a pessoa viciada, mas sim a administração/ente/órgão. É o agir impessoal. 
Distinguir agente de fato com usurpação de função: a usurpação é a ausência de investidura, não 
há vício, não tem efeito nenhum. Ex: cidadão chega no estabelecimento comercial e passa uma 
multa. Ele não tem nada a ver com a administração. É usurpação de função. 
 
b) A FORMA: 
a. Em sentido restrito: é a exteorização do ato - de acordo como a lei manda. Como regra, a lei 
manda ser escrita. 
Forma eletromecânico: declaração imperativa de vontade do estado, auto executória, presunção 
de veracidade. Ex: semáforo 
Forma pictório: pintura/desenho/imagem. Ex: placas de trânsito 
Sonoro: apitos do guarda de trânsito. Ex: silvos. 
Gestos: mímica: ex: indicação de guarda de trânsito. 
Verbal: aceitação do servidor. Ex: posse 
Eletrônico: pregão eletrônico. 
 
b. Em sentido amplo: significa as solenidades/formalidades do ato. (art. 22, lei 9.784/99 – processo 
administrativo federal). Os atos administrativos como regra não dependem de forma/solenidades 
previstas em lei, salvo lei em sentido contrário. 
Os atos administrativos em sua forma baseiam-se no princípio do informalismo/formalismo 
moderado. 
 
c) FINALIDADE: a finalidade do ato administrativo é o interesse público. Se não tiver interesse 
público ele será inválido. A finalidade aqui é abstrata – interesse público. 
A finalidade abstrata do interesse público NÃO VARIA, será sempre o interesse público. 
A finalidade concreta é variável, cada ato tem sua finalidade. 
 
d) OBJETO: a conseqüência jurídica, o efeito jurídico produzido pelo ato. É o conteúdo do ato. Ex: 
criar ou extinguir, vinculado a lei – discricionariedade. 
 
e) MOTIVO: o fundamento de fato e de direito que ensejou o ato. Ex: motivo da nomeação? A 
existência de vagas. 
 
ATO VINCULADO E ATO DISCRICIONÁRIO (análise dos requisitos em relação a estes) 
ATO VINCULADO: todos os requisitos nele contidos só têm um caminho a ser seguido pela 
administração – não há opção/escolha. 
ATO DISCRICIONÁRIO: somente os requisitos COMPETÊNCIA, FORMA e FINALIDADE são 
invariáveis, não tem escolha. 
A opção/escolha do ato discricionário está no MOTIVO ou OBJETO. (mérito) 
Não existe mérito nos atos vinculado, porque nos vinculados não há escolha, inclusive o objeto ou 
motivo. 
Ex: no ato discricionário, forma, competência e finalidade são vinculados. 
 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
1) ANULAÇÃO: é a extinção do ato administrativo ilegal – quem tem competência para anular: 
administração ou judiciário. A administração e o judiciário para anular tem um prazo: 5 anos. (art. 
54 – lei 9784/99 – prazo da administração), (decreto 20.910 – ação judicial). 
Efeitos: ex tunc – retroage tudo desde a origem. 
 
2) REVOGAÇÃO: extinção do ato administrativo em razão de juízo de conveniência e oportunidade. 
Não envolve ilegalidade.Aqui o ato é legal, só não é mais conveniente. 
Quem tem competência para revogar: somente a administração, salvo o judiciário em relação aos 
seus próprios atos (quando ele é a administração). 
Efeito: ex nunc. Tudo o que passou é mantido, só se extingue da data da revogação para frente. 
 
O ato de revogação é discricionário e só incide sob atos discricionários. Não existe revogação de 
ato vinculado. 
 
3) REVERSÃO/CONVERSÃO: é alteração/transformação de um ato administrativo originariamente 
ilegal em outro ato de grau inferior, porém que atinge os requisitos de legalidade. 
Ex: administração faz uma concessão de serviço público, realiza a licitação não na modalidade 
única e exclusiva de serviços públicos – CONCORRÊNCIA, e fizeram tomada de preço. Aqui a 
transformação de tomada de preço se transformou em permissão. 
 
4) CADUCIDADE: é a extinção de um ato originariamente legal, mas em razão de mudanças 
legislativas supervenientes, ele perde os requisitos de validade que o integravam. 
Ex: alvará autorizado, mas com lei nova faltaram requisitos. Haverá caducidade. 
 
5) RENÚNCIA: extinção do direito por vontade do cidadão 
 
6) CASSAÇÃO: extinção de ato administrativo originariamente legal, porém que deixa de preencher 
os requisitos de validade para a sua manutenção. 
 
Ex: alvará, (mas não é por causa de lei superveniente), de um estabelecimento comercial, que o 
transforma em uma boate. O alvará não era pra boate, era para bar somente. 
 
CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADDMINISTRATIVOS: É a sanação/cura de vício que envolvia o 
ato administrativo. 
 
Há duas possibilidades: Dividida em espécies: 
 
a) CONVALIDAÇÃO TEMPORAL/TÁCITA: é aquela do artigo 54, da lei 9784/99, - o ato viciado 
ilegal, mas em razão dos 05 anos transcorridos, não pode mais a administração anulá-los. Não 
precisa de um ato administrativo convalidatório, basta o transcurso do tempo. Decai o direito da 
administração de anular o ato ilegal. Admite a convalidação tanto do ato NULO quanto do 
ANULÁVEL. Admite convalidação para todos os vícios, graves e leves; 
 
a. VÍCIOS NULOS - Graves: vício de competência exclusiva, mas foi feito por autoridadediversa; 
Vício de forma essencial: 
Vício de finalidade: interesse público 
Objeto 
Motivo 
 
b. VÍCIOS DE ANULABILIDADE – LEVES 
 
Vícío de competência não exclusiva: não foi feito pela autoridade competente, mas poderia ser 
delegada. 
Forma não essencial: 
 
b) CONVALIDAÇÃO MATERIAL: é aquela que depende do tipo de vício. Aqui só convalida os 
anuláveis. Aqui não depende de tempo. 
Vícío de competência não exclusiva: não foi feito pela autoridade competente, mas poderia ser 
delegada. 
Forma não essencial: 
Para validar, precisa de ato convalidatório. 
 
CONVALIDAÇÃO CLÁSSIVA (quando não mencionar, material e temporal): convalidação só para 
hipóteses de anulabilidade: competência não exclusiva e forma não essencial. 
 
PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL: (lei 9.784/99) 
 
Princípios nucleares: 
 
a) Ampla defesa 
b) Verdade material/real: significa que a administração pública pode fazer toda e qualquer prova que 
entender necessária para resolver o processo administrativo, independentemente de pedido das 
partes. O processo administrativo não se satisfaz com a mera regra formal. No processo 
administrativo é possível num recurso trazer fatos novos e provas novas. 
c) Impulso oficial/oficialidade: é possível em processo administrativo a renúncia e a desistência, 
porém se houver interesse público, a administração tem o dever de ir até o fim. Porque ela quem 
preside, é a responsável do processo, ainda que iniciado a pedido das partes. 
d) Irretroatividade da nova interpretação (art 2ª, 9.784/99): com base numa interpretação decidiu o 
processo, a nova interpretação não vai valer; 
e) 
f) Gratuidade: processos administrativos, não admitem como regra a custa de emolumentos. 
Recursos administrativos: súmula vinculante nº 21. Não pode se exigir depósito dos valores 
discutidos, para admitir recursos. 
 
 
FASES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 
1) INTRODUTÓRIA: o processo pode ser iniciado a pedido ou de ofício. 
Competência: competente é a autoridade previamente, fixada em lei. Não cabe autoridade post 
factum; 
 
2) RELATÓRIO: se resumo, restringe ao documento/peça elaborado pela comissão processante. 
Quando o processo é iniciado pela parte e não pela administração pública. Esse documento é uma 
peça informativo/opinativa, pois ele culmina com uma opinião. Esta opinião não é vinculativa, como 
regra não vincula a administração pública. A autoridade administrativa que julgar, pode ir contra a 
opinião processante; 
 
3) DECISÓRIA: a decisão da administração pode ser remissiva/aliunde, não precisa ter em seu 
contexto/bojo a motivação, pode estar só se referindo a outro documento. 
 
4) RECURSAL: meios de impugnação das decisões administrativas: 
 
a. Recurso: é o instrumento adequado para impugnar as decisões no curso do processo; Cabe 
a reformatio in pejus para recursos administrativos, a reforma da decisão para pior; (art 64, §único 
– lei 9.784/99) porém, tem que oportunizar nova manifestação ao recorrente. (princípio da 
legalidade, autotutela, verdade material); 
O prazo do recurso administrativo é de 10 dias. (art. 59 da lei) 
 
b. Revisão: A revisão pode ser feita a qualquer tempo, não tem prazo. A revisão é um instrumento 
utilizado pós recurso. O processo já está encerrado. É correto dizer que é um instrumento 
excepcional, utlizado em duas ocasiões, quais sejam: 
 
Hipóteses: 
1) Fato novo 
2) Inadequação da sanção aplicada: é a aplicação de sanção inexistente na lei para aquele fato. 
Não é a mera inconformidade 
Na revisão não cabe reformatio in pejus, não pode agravar, só beneficiar (art 65, §único) 
A revisão cabe de ofício, ou a pedido, e a qualquer momento 
Existe coisa julgada administrativa? Boa parta da doutrina diz que não, pois pode haver a revisão 
a qualquer momento. 
Não é como na rescisória. 
 
Efeitos dos recursos administrativos: 
O recurso administrativo em regra geral, não tem efeito suspensivo, pela razão da idéia de que os 
atos da administração se presumem legais, já tem eficácia imediata. 
Se houver risco de prejuízo grave a própria autoridade pode dar efeito suspensivo. 
Pode ser de ofício ou a pedido 
 
c. Reconsideração: é um instrumento de impugnação da decisão, para a própria autoridade 
julgadora. Não é para superior hierárquico. 
na esfera federal, o recurso tem reconsideração, é uma fase do próprio recurso. 
 
LICITAÇÕES: licitação é uma espécie de procedimento administrativo, como regra obrigatório. – 
princípio da obrigatoriedade de licitação. (art. 37, XXI, CF/88), utilizado pela administração quando 
pretende contratar terceiros, observada a isonomia, e obtenção de melhor proposta. 
Quem são terceiros que participam da licitação? Particulares ou entes públicos, notadamente 
da administração indireta de outro ente federado. 
OBJETIVOS DA LICITAÇÃO: 
1) ISONOMIA: garantir a isonomia entre os licitantes para não haver privilégios 
2) OBTENÇÃO DA MELHOR PROPOSTA: benefício para administração; 
3) PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL SUSTENTÁVEL: é uma finalidade em favor 
da sociedade. 
4) PRESERVAÇÃO AMBIENTAL POR INTERMÉDIO DAS LICITAÇÕES PÚBLICAS: política 
pública. 
 
Produto e serviço nacional: não é o feito por empresa brasileira. É aquele produzido/prestado no 
país, podendo ser uma empresa estrangeira. 
 
PRINCÍPIOS: 
 
 Princípio da MARGEM DE PREFERÊNCIA: significa que a adm pública pode pagar mais em favor 
dos bens e serviços nacionais, em desprestígio dos bens e serviços estrangeiros. Pode-se pagar 
até 25% a mais, desde que haja uma pesquisa em relação aquele produto e serviço para que se 
possa fazer a margem de preferência. 
 
Princípio da Isonomia 
 
Princípio da Publicidade: os atos da administração como regra são públicos. É o aspecto da 
transparência da publicidade. A publicidade como controle. O controle de uma licitação é público 
para que haja autotutela da administração e também dos licitantes. Para viabilizar o controle do 
MP e do Tribunal de Contas. O controle da licitação pelo TC é por amostragem, os demais, é se 
houver verificação da administração. 
 
Amostragem: não é obrigatório enviar todas as licitações, pega-se algumas de cada lugar e 
verifica-se se esta correto ou não.Não precisa passar tooodas, passa só algumas. 
Qualquer cidadão pode fiscalizar uma licitação, desde que não perturbe. Pode impugnar atos e 
todos outras atividades. 
 
Princípio do sigilo da proposta: o ato de entrega das propostas não pode ser público (a exceção 
do princípio da publicidade). É crime de licitações afrontar a publicidade. 
Existem modalidades de licitação que não adotam o princípio do sigilo das propostas: leilão, 
pregão (presencial), pregão eletrônico (não há sigilo). 
 
Princípio da vinculação ao instrumento convocatório (edital): instrumento convocatório é o que vai 
convocar os interessados. 
1) Edital 
2) Carta convite: 
Significa que tanto a administração quanto os licitantes, não podem fazer diferente do que consta 
no edital. Este princípio não impede alterar o edital, o que não pode é a administração fazer de 
outra forma. 
1) Mesmo prazo do edital anterior; 
2) Mesma publicidade do edital anterios: ex: jornal oficial e de grande circulação. 
Princípio do julgamento objetivo: a administração ao julgar uma licitação não pode adotar critérios 
subjetivos, na maior medida do possível, pois em áreas de trabalho envolvendo melhores técnicas, 
não há como fugir da subjetividade. 
Princípio da adjudicação compulsória: adjudicar: significa entregar algo a alguém, compulsória: 
entregar algo a alguém obrigatoriamente. Ao vencedor da licitação, obrigatoriamente tem que se 
entregar o objeto da licitação 
Este princípio gera mera expectativa de direito ao contrato,não é direito subjetivo ao contrato 
imediato. 
Significa que não há obrigação de contratação imediato, porém se tiver contrato, tem que contratar 
o vencedor. 
 
MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
Modalidade é diferente de tipo 
Modalidade: é o procedimento licitatório 
Tipo: é critério de julgamento, como será julgada a licitação. 
TIPO 
1) Menor preço: é a regra. Busca-se o menor preço; 
2) Melhor técnica: é para serviços de natureza predominantemente intelectual. 
3) Técnica e preço: também é para serviços de natureza predominantemente intelectual. Pondera-
se preço e melhor qualidade técnica. Faz-se uma ponderação aritmética entre técnica e preço; 
4) Maior lance ou oferta: serve para venda, alienação. 
 
MODALIDADES 
1) Concorrência: é o procedimento mais completo, tem todas as fases de uma licitação. 
 A concorrência é para qualquer interessado (não precisa ser cadastrado no cadastro de 
fornecedores da administração), qualquer interessado desde que preencha os requisitos do edital; 
 É cabível nas seguintes situações: 
o Obras e serviços de engenharia, acima de 1.500.000,00 (exclusiva da concorrência) 
o Para obras de serviço e engenharia cabe para qualquer valor (o caso acima é quando será 
exclusiva) 
o Compras e outros serviços que não os de engenharia (limpeza, informática, segurança) – acima de 
650.000,00 é exclusivo da concorrência 
o Para compras e outros serviços cabe para qualquer valor ( o caso acima trata quando será exclusivo 
da concorrência); 
o Quando envolver alienação ou compra de bens imóveis também é concorrência, independe do 
valor. 
o Concessão de direito real de uso: ex: mercado público, tem a propriedade da administração, mas 
pode emprestar o uso. 
o Concessão de serviços públicos, com base na 8987/95 só concorrência, entretanto existe lei que 
prevê leilão (legislação de provatização); 
 
2) Tomada de preço: vai ser a participação somente de cadastrados, ou que venham a se cadastrar 
até 03 dias antes da data da entrega das propostas. 
Por sua vez obras de serviço de engenharia – ATÉ 1.500.000,00 (pode escolher entre 
concorrência ou tomada de preço) 
Compras e outros serviços – ATÉ 650.000,00 (pode escolher entre concorrência ou tomada de 
preço) 
 
3) Convite: é a modalidade de licitação que envolve 03 fases básicas: 
 
a. Fase do convite: faz-se o convite propriamente dito, é a fase em que a administração convida as 
empresas interessadas. No mínimo 03 convidados. Qualquer interessado, não há necessidade 
que sejam integrantes do cadastro de interessados. 
b. Fase da afixação da carta convite em um local apropriado: depois de convidar a administração 
envia a carta para os interessados, depois ela tem que afixar no local apropriado definido no 
município; 
c. Fase da extensão do convite: aos demais interessados (só cadastrados), podem entrar na licitação 
para não ficar só nos convidados. Tem que manifestar até 24 horas antes da data do recebimento 
das propostas. Aqui não tem a possibilidade de virem a se cadastrar, já tem que estar cadastrado. 
 
 Obras e serviços: Até 150 mil (cabe também tomada de preço e concorrência) 
 Compras e outros serviços: até 80 mil (cabe também tomada de preço e concorrência) 
 
4) Leilão: quando a administração pretende alienar bens MÓVEIS inservíveis 
(desafetados/dominiais/dominicais – aqueles que não tem finalidade/destinação pública). 
 Bens móveis penhorados/empenhados. 
 Bens móveis legalmente apreendidos também são objeto de leilão: descaminho (que pode ser 
comercializado, entrou sem pagar imposto ex: cd, DVD original – não pode drogas); 
 Semoventes, animais com tração própria; bens imóveis – somente aqueles derivados de dação 
em pagamento(fora do juízo) e penhora(em juízo). 
 
5) Concurso: para seleção de trabalhos técnicos, científicos ou artísticos, mediante premiação ou 
pagamento em dinheiro. 
 
6) Pregão: bens e serviços comuns – não é pelo valor. Bens e serviços comuns são aqueles 
padronizados, assimilados, comuns no mercado. (várias empresas fornecem). 
 
No âmbito federal é OBRIGATÓRIO o pregão para bens e serviços comuns com base em decreto 
presidencial. (ato do poder regulamentar). Lei 10.520/02 preferencialmente o eletrônico, pois é o 
que se mostra mais eficiente. 
O pregão não está previsto na lei 8.666/93, mas sim na 10.520/02 
O pregão envolve a alteração das fases da licitação. Numa licitação comum (concorrência/tomada 
de preço) primeiro vem a habilitação, depois o julgamento. No pregão primeiro julga/recebe 
proposta, e só depois habilita. Aqui se habilita só o vencedor. 
 
a) Presencial: 
b) Eletrônico: 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS: 
 
 Em regra esses contratos são onerosos, 
 Comutativos (envolve obrigações recíprocas) – a adm tem obrigações com o contratado e vice 
versa; 
 Signalagmáticos; 
 Unilaterais; 
 Geralmente são de adesão: as clausulas já vem prontas pela administração, o contratado só irá 
aderir. 
CLAUSULAS EXORBITANTES: são clausulas/prerrogativas da administração que 
exorbitam/diferenciam-se do direito comum, dando uma “vantagem” para a administração. Não se 
fala em isonomia pois a administração tem prerrogativas. 
CLÁUSULAS: 
 Alteração unilateral dos contratos: administração pode alterar contratos, através do princípio da 
mutabilidade, portanto a administração pode alterar contratos sem dar ciência a parte adversa – 
art 65, lei 8.666/99 o contratado fica OBRIGADO até 25% do valor original do contrato (não é 25% 
do bem). Essa alteração de 25% poderá ser para acréscimos ou reduções, todavia quando se 
tratar de REFORMA de edifícios e equipamentos poderá ser de 50% SOMENTE PARA 
ACRÉSCIMOS, para redução PERMANECE 25%; por acordo pode-se superar os limites legais 
para REDUZIR (que é sempre 25%), pode diminuir nesse caso para 50%, 60% etc. Para aumentar 
os 25% e os 50%, NÃO PODE NEM POR ACORDO, para evitar fraudes; 
 
 Exceção do contrato não cumprido; “exceptio non adimplet contractus”: é uma autorização para 
descumprir o contrato em razão do descumprimento precedente da parte contrária; a 
administração pode deixar de fazer sua parte, e não se poderá falar desse descumprimento 
durante 90 dias, não podendo a parte contrária invocar a “exceptio non adimplet contractus” (ou 
seja, durante 90 dias a parte contrária não pode deixar de cumprir sua parte); 
 
 Rescisão unilateral/ sanções unilaterais: (não dispensa de ampla defesa – processo administrativo): 
a adminsitração pode impor algo, e dar chance de defesa, e no final impor sua sanção; 
 
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (LEI 8.666/93) 
Contratos administrativos em geral – não são contratos de SERVIÇOS PÚBLICOS, CONCESSÃO, 
estes são regulados pela lei 8987/95, 
RESCISÃO: descumprimento do contratado, descumprimento do poder público, se a extinção for 
por interesse público – art 78, I ao XI lei de licitações – descumprimento do contratado, no inciso 
XII fala-se da rescisão através de ato discricionário – interesse público, conveniência e 
oportunidade. 
RESCISÃO POR INTERESSE PÚBLICO: tem que ser questões de alta relevância, de 
conhecimento público (não pode ser sigiloso), devidamente motivado e ainda tem que ser 
realizada pela máxima autoridade daquela esfera administrativa. Deverá ser realizada a rescisão 
dentro do procedimento administrativo que originou a licitação. 
FATO DA ADMINISTRAÇÃO – RESCISÃO POR DESCUMPRIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO: 
fato da administração, é quando ela deixa de cumprir alguma coisa no contrato, deixa de cumprir 
o contrato propriamente dito, a administração está vinculada ao contrato. Ex: desapropriação, 
deixa de fazer, assim não tem como construir anda naquele terreno. 
FATO DO PRÍNCIPE:a administração em outra esfera de competência, que não a contratual, 
realiza um ato administrativo que inviabiliza o contrato. Ex: criação de tributos. 
SERVIÇOS PÚBLICOS – LEI 8.987/95: é a atividade prestacional/agir/fazer pela administração 
ou por particulares via delegação, regido majoritariamente por normas de direito público (como 
regra), como exceção serviços públicos industriais e de comercio serão majoritariamente por 
normas privadas, previsto em lei. Aplica-se a teoria legalista/formalista de serviço público, no Brasil 
para ser serviço público tem que estar previsto em lei. Ex: lotéricas são serviço público, pagamento 
de contas. 
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO SERVIÇO PÚBLICO – LEI 8.987/95 (art. 6º) 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: na prestação dos serviços públicos não se pode interromper 
como regra, não se pode prestar por partes, tem que ser permanente e contínua. 
Exceção à interrupção: questões de ordem técnica, segurança nas instalações e inadimplemento 
do usuário – todas essas hipóteses se darão mediante aviso prévio. 
Exceção à interrupção: por questões de urgência - se darão sem aviso prévio. Ex: furacão, 
terremoto, etc. 
PRINCÍPIO DA MODICIDADE DA TARIFA: a administração tem que ter uma tarifa adequada 
(nem barata, nem cara), aquela que viabiliza o acesso e a contraprestação suficiente para a 
concessionária. É possível a cobrança de valores alternativos, acessórias, complementares para 
viabilizar as atividades. 
Fontes básicas de receita para a modicidade: a própria tarifa e os projetos associados alternativos. 
Segurança: artigo 6º, na prestação dos serviços públicos não podem ter riscos maiores do que 
aqueles inerentes a atividade. 
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS: 
CADUCIDADE: extinção pelo descumprimento total ou parcial pelo contratado. (a partir do artigo 
35 da lei) 
Requisitos 
 Instaurar procedimento administrativo; 
 A caducidade é feita por decreto; 
 Não envolve pagamento de prévia indenização – administração não precisa pagar administração 
prévia, porque aqui fala-se de erro do CONTRATADO, todavia a administração poderá pagar 
indenização sobre aqueles investimentos feitos e não ressarcidos – evitar locupletamento da ADM. 
Quando for pagar a indenização, vai ser descontado a multa pelo descumprimento do contrato; 
 
ENCAMPAÇÃO: extinção do contrato por interesse público. Nesta hipótese só pode ser realizada 
por lei. Precisa do legislador, não é ato exclusivo do prefeito/governador/presidente. Mediante 
PRÉVIA INDENIZAÇÃO. 
RESCISÃO: nos contratos de serviço público, é a extinção do contrato pelo descumprimento do 
contrato pelo poder concedente (administração). Se faz por decisão de sentença judicial 
TRANSITADA em julgado. Haverá indenização com a própria sentença, não há prévia 
indenização. 
SUBCONCESSÃO: Nos contratos administrativos de serviço público é cabível a subconcessão, a 
possibilidade de transferir a própria concessão para outrem: 
 autorizada no contrato; 
 expressamente autorizada pelo poder concedente; 
 mediante licitação: pode transferir mas precisa de licitação na modalidade concorrência. 
 Haverá a transferência da responsabilidade para a concessionária. 
 
SUBCONTRATAÇÃO: é cabível nos contratos administrativos de serviço público. 
 Não se relaciona com a subconcessão. 
 São contratos da concessionária com terceiros para serviços secundários. 
 Não precisa de autorização; 
 É regido pelo direito privado; 
 Não envolve a transferência das responsabilidades; 
 Não precisa licitar, pois é mero contrato com terceiros. 
 
FORMAS DE DELEGAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
CONCESSÃO: 
 É para os serviços públicos de maior valor; 
 É obrigatória a licitação – não existe exceção; 
 Não há hipótese de dispensa e nem de inexigibilidade de licitação; 
 Por ser para os maiores serviços, só cabe a modalidade CONCORRÊNCIA com base na lei 
8.987/95 – OBS: se não vincularem a lei 8987 não será só concorrência. Em outras legislações 
(privatização e desestatização) também cabe a modalidade LEILÃO. 
 Pessoas jurídicas ou consórcio de empresas; 
 Não cabe revogação de concessão, por é a transferência dos maiores serviços públicos (revogar é 
ato administrativo unilateral por juízo de conveniência e oportunidade) 
 Cabe encampação, que é extinção por conveniência e oportunidade- desde que POR LEI e com 
prévia indenização; 
 
Espécies de concessão: 
 
 Comum: é a única da lei 8987/95; não há repasse de verba pública para a concessionária – a adm 
não dá dinheiro para a concessionária. A concessionária será paga pela tarifa do usuário, ou por 
fontes alternativas (ver modicidade da tarifa); nas concessões comuns não há prazo máximo e 
mínimo de contrato previsto em lei. O contrato específico tem que ter prazo certo; não há 
investimento e nem mínimo previsto em lei; não há repartição dos riscos entre concessionária e 
administração, é todo risco da concessionária. A administração não dá garantias. 
 
 Patrocinada: Lei 11.079/04. É uma espécie de parceria público-privada. Repassa dinheiro público 
em parte, a outra parte será a tarifa do usuário e/ou projetos associados alternativos. Há repartição 
dos riscos. A administração pode dar garantias de retorno. Aqui há prazo máximo e mínimo do 
contrato previsto em lei - máximo 35 anos, e não podem ser inferiores a 05 anos (mínimo 05). As 
concessões patrocinadas não podem ter investimento inferior a 20 milhões. 
 
 Administrativa: é também uma parceria público privada (PPP) da lei 11.079/04. Não há tarifa do 
usuário, aqui é somente dinheiro público. Aqui o restante das características são iguais à 
Patrocinada. Nas concessões de parceria (patrocinada ou administrativa) temos formação de 
sociedade de propósito específicos que irá gerir a parceria. Não é a concessionária que gere 
sozinha. 
 
PERMISSÃO: 
 É para serviços de médio porte 
 Não é só modalidade concorrência, pode tomada de preço e convite; 
 É obrigado a licitar SEMPRE; 
 Não há casos de dispensa e inexigibilidade; 
 Pode revogação – mero ato administrativo unilateral; SEM DIREITO A INDENIZAÇÃO, em princípio 
(o STF já disse que se não houver o ressarcimento do investimento realizado, caberá a 
indenização); 
 
AUTORIZAÇÃO: 
COMUM: 
 Cabe aos menores serviços públicos; 
 Não precisa licitação e nem contrato; 
 É ato administrativo unilateral, NÃO É CONTRATO; 
 Ex: porte de armas; autorização pra colocar guaritas de rua particular; 
 É precário; 
 Passível de revogação sem qualquer direito indenizatório. 
RESPONSABILIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO 
TEORIA PARA ATOS COMISSIVOS: 
 TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO, que enseja a responsabilidade objetiva do Estado; 
 Atos comissivos: administração AGE e causa um dano; 
 Não há necessidade de prova da culpa para obter a indenização da administração, basta provar a 
conduta, o dano e o nexo causal entre conduta e dano; 
 Envolve inversão do ônus da prova, é a administração que tem que provar que não agiu com culpa 
- provar uma excludente de sua responsabilidade; 
 Há presunção de culpa e de nexo causal; 
TEORIA DOS ATOS OMISSIVOS: 
 TEORIA DA CULPA CIVIL, que enseja a responsabilidade subjetiva; 
 Omissivo, administração deixa de fazer 
TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA: 
 É intermediária entre culpa objetiva e subjetiva; 
 Culpa civil é para hipóteses em que haja um agente público específico que se omitiu no caso 
concreto. Ex: servidor deveria ter feito algo e não o fez, bombeiro. 
 Culpa administrativa: não há agente específico, há a situação de um serviço genérico que deveria 
ser realizado e não foi. Não há individualização do agente.ex: bueiros entupidos. 
 
A quem se aplica o artigo 37, §6º CF – teoria do risco administrativo? À administração indireta de 
natureza pública, e também para as empresas privadas prestadorasde serviços públicos; 
 
Entes de adm indireta de natureza 
 
Excludentes de culpabilidade: culpa exclusiva do réu; caso fortuito e força maior, envolvem os 
eventos da natureza, ou atos humanos de terceiros. 
 
Dentro de caso fortuito, alguns doutrinadores incluem fatos internos da administração: ex: falha de 
motor 
ESSE CASO NÃO EXCLUI A RESPONSABILIDADE 
 
RESERVA DO POSSÍVEL: ausência ou limitação econômica de dinheiro e jurídica, para tudo. 
 
TEORIA DO MÍNIMO EXISTENCIAL: tem mínimos da dignidade da pessoa humana que a adm 
não pode invocar a reserva do possível: saúde, educação, alimentação. 
 
BENS PÚBLICOS 
 
DE USO ESPECIAL: tem destinação específica, não são utilizados por todo e qualquer usuário. 
Não são desafetados, mas podem vir a ser. Não podem ser alienados. 
 
DE USO COMUM: tem destinação irrestrita para todo e qualquer cidadão. Não significa que em 
situações extraordinárias não necessitem de autorização; ex: via pública para uma quermesse. 
Não são desafetados, mas podem vir a ser. 
 
 
DOMINICAIS. – é alienável, passível de negociação; sem finalidade pública. É o bem desafetado.

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