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Classificação da propriedade, propriedade resolúvel e propriedade fiduciária

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Propriedade
Classificação da propriedade: 
Plena: Quando estão presentes todos os elementos da propriedade, isto é, quando o titular da propriedade possui todos os elementos da propriedade.
LEMBRETE: Elementos da propriedade (Art. 1.228, CC):
Usar – se servir da coisa e utilizá-la da maneira que entender, podendo excluir terceiros.
Gozar ou usufruir – o poder de receber os frutos naturais e civis da coisa e de aproveitar economicamente de seus produtos.
Dispor – Transferir a coisa, gravá-la de ônus e aliená-la a outrem a qualquer título.
Reaver – reivindicá-la das mãos de quem injustamente a possua.
Limitada: Quando recai sobre a propriedade algum ônus ou quando pertence ao devedor sem transmissão da posse ao credor. Na limitada ocorre o fenômeno do desmembramento, passando um ou alguns dos elementos serem exercido por outra pessoa.
Ex: Usufruto, ou seja, os direitos de usar e gozar da coisa irão passar para o usufrutuário, permanecendo o proprietário com o direito de dispor e de reivindicar. 
Hipoteca: direito real de garantia que grava coisa imóvel pertencente ao devedor sem transmissão da posse.
Propriedade resolúvel:
Conceito: É quando o título de aquisição está subordinado a uma condição resolutiva ou a termo. A propriedade deixa de ser plena e passa a ser limitada. 
“É quando o título de aquisição está subordinado a uma condição resolutiva ou advento do termo” – Carlos Roberto Gonçalves 
Ela se extingue com ocorrência de uma condição resolúvel ou de um termo final.
Termo: evento certo e futuro seja ele por força de declaração ou por determinação legal.
OBS: Termo: é a cláusula que subordina os efeitos do ato a um acontecimento FUTURO e CERTO.
Condição resolúvel: subordina a ineficácia do ato a um evento FUTURO E INCERTO. Enquanto a condição não se realizar, o ato vigorará, podendo exercer-se desde a celebração deste o direito por ele estabelecido, mas, verificada a condição, para todos os efeitos extingue-se o direito a que ela se opõe.
Natureza jurídica: 
Existe controvérsia doutrinaria.
1ª corrente: Seria a propriedade resolúvel de domínio de natureza especial. Os princípios essenciais do direito de propriedade a ela se aplicam. É considerada um instituto da propriedade sendo sistematizado junto com os direitos reais. 
2ª corrente: A propriedade resolúvel é um caso de aplicação das regras gerais relativa à condição e ao termo, previstas na Parte Geral do Código Civil e dos princípios relativos à dissolução de contratos.
O nosso código civil de 2002 adota a primeira corrente. Regula a propriedade resolúvel como modalidade da propriedade. 
Causas de resolução da propriedade: São exceções ao princípio de que o direito da propriedade é perpétuo e irrevogável.
Pelo implemento da condição ou pelo advento do termo : art. 1.359
- A condição ou termo referido constam do título constitutivo da propriedade. O terceiro adquirente conhece ou poderia conhecer mediante analise do título a existência da condição de termo resolutivo aptos a findar o domínio sobre a coisa adquirida. 
- O terceiro assume o risco de perder a coisa, caso possua condição ou termo, devendo suportar o prejuízo resultante, sem reclamar danos.
- Operam retroativamente (ex tunc) e todos os direitos constituídos em sua pendência se desfazem, como se jamais tivessem existido. 
Exemplos:
Se alguém adquirir imóvel cuja escritura possui pacto de retrovenda, não poderá reclamar se o primeiro alienante exercer seu direito de retrato antes do prazo de três anos. Resolve-se o domínio do terceiro e o primeiro alienante poderá reivindicar o imóvel. 
Venda a estranho pelo condômino sem respeitar o direito de preferência assegurado aos consortes. Qualquer deste pode exercer o aludido direito em seis meses (art. 504, CC), havendo para si quota vendida e resolvendo-se a propriedade do adquirente estranho.
Fideicomisso: o testador dispõe que a herança passe a determinada pessoa (fiduciário). O fiduciário tem a propriedade resolúvel de um bem por certo tempo, sob determinada condição ou termo ou até sua morte. Desta forma, transmite-se a propriedade ao fideicomissário.
Alienação fiduciária em garantia: Forma de garantia do pagamento de uma dívida. O devedor fiduciário recebe a posse direta da coisa alienada até o pagamento do débito, tendo o credor fiduciário a posse indireta. O devedor pode usar e fruir o bem. Caso não haja o pagamento, o credor pode realizar a venda judicial ou extrajudicial, aplicando o valor para a satisfação do crédito.
Doação com cláusula de reversão: o doador determina que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver o donatário. 
Resolução por causa superveniente: art. 1.360, CC
Exemplificando: Se alguém recebe um imóvel em doação e depois o aliena, o adquirente será considerado proprietário perfeito caso, posteriormente, o doador resolva revogar a doação por ingratidão (art. 557,CC). A revogação ocorrerá, mas o terceiro não pode ser prejudicado por causa superveniente que não podia prever. Neste caso, o doador só poderá cobrar o valor da coisa ao donatário, pois esta continuará pertencendo o adquirente de boa-fé. 
Propriedade fiduciária: Art. 1.361, CC – Art. 1.368, CC. 
Conceito: É constituída mediante negocio jurídico de disposição condicional, subordinado a uma condição resolutiva, pois a propriedade fiduciária cessa em favor o alienante, uma vez, verificado o implemento da condição resolutiva exigida da condição resolutiva, não exige nova declaração de vontade do adquirente ou do alienante, nem requer a realização de qualquer ato novo. O alienante, que transferiu fiduciariamente a propriedade, readquire-a pelo pagamento da dívida. Ler: Art. 1.361, CC.
- Tem por objeto bem móvel, infungível e alienável.
Partes:
Fiduciário: Credor - recebe o domínio do bem móvel em garantia do pagamento. Possui a posse indireta. 
Fiduciante: Devedor - é o possuidor, tem a posse indireta.
ATENÇÃO: 
Não ocorre a tradição real, mas a ficta pelo constituto possessório. O domínio.
O domínio do credor é resolúvel vez que se resolve automaticamente em favor do devedor alienante com o pagamento, sem a necessidade de outro ato, uma vez paga a última parcela. 
O fiduciário pode ser pessoa física ou jurídica.
“O contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem que já integrava patrimônio do devedor.” 
O bem dado em garantia não pode ser substituído.
Modos de constituição: Art. 1.361, 1.362, 1363, CC
A propriedade fiduciária é um negócio jurídico formal. Deve observar os requisitos do art. 1.361, parágrafo 1 º do CC, para que se torne hábil a produzir efeitos no mundo jurídico.
O contrato deve ter forma escrita, o instrumento pode ser público ou particular e conter: Ler: Art. 1.362.
o total da dívida , ou sua estimativa;
o prazo, ou a época do pagamento;
a taxa de juros, se houver;
a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua identificação.

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