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Letícia Fonseca Castro Aula 6 Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos e Educação Popular * Apresentação da aula 3.2. Conceitos freireanos de autonomia, conscientização e libertação. A concepção problematizadora da educação e de libertação. Conscientização: consciência crítica e consciência ingênua. 3.3. A EJA e a Educação Popular numa perspectiva freireana. Breve histórico do processo de alfabetização de jovens e adultos no Brasil. Paulo Freire e o sentido da alfabetização. * * A concepção problematizadora da educação e de libertação Pedagogia libertadora: estudos e propostas de Paulo Freire. Contrapõe-se à concepção “bancária” de educação. - Os educandos têm o papel de receber os depósitos e arquivá-los. * * Educação “bancária” Paulo Freire nos alerta que nessa concepção de educação os grandes arquivados são os homens, pois estão alijados da busca, da práxis, e sem isto “os homens não podem ser”. Ambos, educador e educando, arquivam-se nesse processo equivocado de educação isento de criatividade e de potencial transformador. * * Concepções: Bancária X Problematizadora/Libertadora Concepção Bancária: reflete a sociedade opressora, mantendo e estimulando a contradição. Os homens são vistos como seres da adaptação, bem ajustados. Concepção Problematizadora/ Libertadora: parte do pressuposto de que os homens são seres da busca e sua vocação ontológica é humanizar-se. * * Reconhece que a realidade é mutável, é indagadora, ama o diálogo e nutre-se dele. Conscientização é mais do que saber o que se passa ao seu redor, é acima de tudo um processo histórico. O homem se cria, se realiza como sujeito, porque esta resposta exige dele reflexão, crítica, invenção, eleição, decisão, organização, ação. Freire (1980) Consciência crítica * http://kobieta.onet.pl * Consciência ingênua Simplicidade na interpretação de problemas, tendência a aceitar formas massificadoras de comportamento, satisfaz-se com as experiências, afirma que a realidade é estática e é propensa a cair no fanatismo. * http://s3.amazonaws.com * Autonomia Freire pontua a autonomia como um ponto de equilíbrio que estabelece a legitimidade da autoridade e liberdade. O fim da opressão do ser humano e a sua libertação e o respeito à dimensão humana do educando, passam pela construção da autonomia do mesmo, que deve “estar centrada em experiências estimuladoras da decisão e da responsabilidade, vale dizer, em experiências respeitosas da liberdade” (FREIRE, 1997, p. 121). * * * Interessou-se em conhecer mais sobre o conceito de autonomia, em Paulo Freire? Você pode ler a obra: Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paulo Freire. A obra completa está disponível em: http://forumeja.org.br/files/Autonomia.pdf * Alfabetização de jovens e adultos no Brasil A alfabetização de jovens e adultos acompanha a história da educação no Brasil, que por sua vez, acompanha a história dos modelos políticos e econômicos. EJA ganhou maior destaque após a ditadura militar de Getúlio Vargas em 1945, em que o país vivenciava a efervescência política da redemocratização. * * Em 1947, é lançada a Campanha de Educação de Adultos: concepção de que o analfabetismo era a causa e não o efeito da situação econômica, social e cultural do país. Visão do adulto analfabeto como incapaz e marginal. Em 1950 a campanha se extinguiu. Paulo Freire: sua pedagogia inspirou os principais programas de Alfabetização e Educação Popular no início dos anos de 1960. * Alfabetização de jovens e adultos no Brasil * Paulo Freire e o sentido da alfabetização A alfabetização é um ato de criação construído por alfabetizando e educador. O papel do educador é fundamental: ensina, mas jamais anula o esforço criador do educando. É necessário tomar a alfabetização como consequência de uma ordem social injusta. • Compreender que o aprendizado da leitura e da escrita não pode ser feito como algo paralelo à realidade concreta dos alfabetizandos. * * Paulo Freire: propostas e ações para alfabetização Carteiras em círculos, não enfileiradas. Valorização do diálogo entre educador, educando e objeto do conhecimento. O conhecimento dos educandos deve ser transformado em palavras geradoras, para participação de todos. Apresentação de imagens relacionadas com os temas estudados como recursos facilitadores para o diálogo. O educador tem o papel de problematizar a situação, estimulando a relação dialógica. * * Reflexão Paulo Freire inverteu a lógica das décadas anteriores ao trabalhar com a concepção de que o adulto analfabeto não era a causa do subdesenvolvimento do país, mas era a sua consequência. Ele inverte também a visão do analfabeto como um sujeito sem cultura. A metodologia utilizada por Freire consistia em trazer a discussão do que é cultura e fazer com que as pessoas se reconhecessem como produtoras de cultura a partir de suas próprias situações cotidianas, nas quais a alfabetização e a concepção problematizadora de educação são utilizadas como instrumentos para a leitura do mundo em que se vive. * * Referências BARRETO, Vera. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte & Ciência, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997. ____________. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. GADOTTI, Moacir (org). Paulo Freire: uma biobibliografia. São Paulo: Cortez, 1996. * Letícia Fonseca Castro Atividade 6 Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos e Educação Popular * * Reflita sobre os conceitos que definem o que é consciência crítica e ingênua de acordo com Paulo Freire e estabeça uma comparação entre ambas. * * “A consciência crítica é a representação das coisas e dos fatos como se dão na existência empírica. Nas suas correlações causais e circunstanciais. A consciência ingênua (pelo contrário) se crê superior aos fatos, dominando-os de fora e, por isso, se julga livre para entendê-los conforme melhor lhe agradar” Freire (1994, p.113). Consciência crítica e consciência ingênua
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