Buscar

Apostila -Lucro real e Lalur

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA * LUCRO REAL
 * LALUR
PROFESSOR: QUEIROZ 
 Toledo. 2011
Demonstrações Financeiras
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão, ao fim de cada período de incidência do imposto, apurar o lucro líquido mediante a elaboração, com observância das disposições da lei comercial:
Segundo a Lei 6.404/76, art. 176, com alteração dada pela Lei 11.638/07, ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício; 
I - Balanço Patrimonial; 
II - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA ou DMPL; 
III - Demonstração do Resultado do Exercício - DRE; 
IV- Demonstração dos Fluxos de caixa - DFC (com Patrimônio Líquido superior a R$ 2.000.000,00); 
V- Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado - DVA.
Escrituração - Lei 6.404/76
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos.
Lucro Real - Normas Básicas de Apuração
.
1. Fundamento
O IRPJ - Lucro Real e CSLL deverão ser apurados em periodicidade trimestral ou anual. Optando pela apuração anual, o contribuinte estará obrigado ao pagamento mensal calculado em base estimada (presunção de lucro sobre a receita mensal), sendo-lhe facultada a redução ou suspensão através de balancete e apuração específica, em qualquer mês do ano-calendário.
2. Lucro Real Anual
Como vimos, a regra geral prevista na Lei nº 9.430/96, é o regime de apuração trimestral. No entanto, é permitido o regime anual, com levantamento do lucro real somente em 31 de dezembro, ficando o contribuinte obrigado ao pagamento mensal do IRPJ e CSLL em base de estimativa mensal, calculados a partir da receita mensal auferida, nos mesmos moldes da apuração do lucro presumido, sendo-lhe permitida a suspensão ou redução a partir do levantamento de lucro real periódico em qualquer data do ano-calendário. No lucro real trimestral não cabe esta opção.
3. Deduções do IRPJ Devido
Do imposto calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, este apurado a partir do lucro líquido segundo as normas das leis comerciais e ajustado por adições, exclusões e compensações admitidas pela legislação tributária, poderão ser deduzidos:
a) os incentivos fiscais como, Projetos Culturais e Artísticos, doações aos Fundos da Criança e do Adolescente e Atividades Audiovisuais, observados os limites e prazos fixados na legislação vigente;
b) os incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados com base no lucro da exploração;
c) o imposto de renda pago ou retido na fonte, incidente sobre receitas computadas na determinação do lucro real;
d) do imposto de renda calculado em base estimativa, pago mensalmente (no caso de lucro real anual);
e) do imposto de renda da pessoa jurídica pago indevidamente em períodos anteriores, ainda que compensado no decurso do ano-calendário com o imposto de renda devido, apurado com base na estimativa de lucro.
4. Adicional do IRPJ 
De acordo com os arts. 2º e 4º da Lei nº 9.430/96, a pessoa jurídica, inclusive instituições financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas, sujeitar-se-ão ao adicional de imposto de renda, calculado à alíquota de 10% (dez por cento) sobre a parcela excedente a:
I - R$ 240.000,00 do lucro real anual;
II - R$ 20.000,00, do lucro estimado mensal; e 
III - R$ 60.000,00, do lucro real trimestral.
O adicional incide, inclusive, sobre os rendimentos tributáveis de pessoa jurídica que explore atividade rural (Lei nº 9.249/95, art. 3º, § 3º). No caso de atividades mistas, a base de cálculo do adicional será a soma do lucro real apurado nas atividades em geral com o lucro real apurado na atividade rural.
Nota: 
O prazo de recolhimento do adicional do IRPJ é o mesmo da parcela normal, não havendo código específico para esse fim.
5. Prazos e Formas de Recolhimento do IRPJ e CSLL
O IRPJ e a CSLL, apurados com base no lucro real trimestral serão recolhidos até o último dia útil do mês seguinte ao encerramento do trimestre. Estes pagamentos serão efetuados em quota única, sendo facultada a opção de pagamentos em até três quotas mensais, e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que corresponder.
Nota: Nenhuma quota poderá ser inferior a R$ 1.000,00 e quando o imposto for inferior a R$ 2.000,00, este deverá ser pago em quota única.
As quotas sofrerão os seguintes acréscimos:
* 1ª quota - valor original;
* 2ª quota - valor original, acrescido de 1%;
* 3ª quota - valor original, acrescido da taxa SELIC do mês anterior + 1% referente ao mês do pagamento.
Por sua vez, a apuração do lucro real anual será precedida de recolhimentos mensais, em bases estimadas, até o último dia útil do mês seguinte ao fato gerador.
6. Ajustes ao Lucro Líquido na Determinação do Lucro Real e Contribuição Social sobre o Lucro
6.1 Provisões Dedutíveis
Na determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro somente serão dedutíveis as provisões:
I - para o pagamento de férias de empregados; 
II - para pagamento de décimo - terceiro salário;
6.2 Bens Extrínsecos à Produção ou Comercialização - Tratamento
Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro é vedada a dedução:
I - das contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços; (observando a nova contabilidade de contratos de arrendamento mercantil financeiro)
II - de despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis, exceto se instrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços.
Nota: Consideram-se intrinsecamente relacionados com a produção ou a comercialização:
a) os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidade;
b) os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração;
c) os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, instalados em estabelecimento da empresa;
d) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, utilizados no transporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda, de matéria-prima, produtos intermediários e de embalagem aplicados na produção;
e) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizados pelos cobradores, compradores e vendedores nas atividades de cobrança, compra e venda;
f) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitários, as bicicletas e motocicletas utilizados nas entregas de mercadorias e produtos vendidos;
g) os veículos utilizados no transporte coletivo de empregados;
h) os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos;
i) os bens móveis e imóveis próprios, locados pela pessoa jurídica que tenha a locação como objeto de sua atividade;
j) os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil nos termos da Lei nº 6.099/74, pela pessoa jurídicaarrendadora;
l) os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel, pela pessoa jurídica que tenha por objeto essa espécie de atividade.
6.3 Gastos de Alimentação
Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro é vedada a dedução de despesas com a alimentação de sócios, acionistas e administradores.
As despesas com alimentação somente poderão ser dedutíveis quando fornecidas pela pessoa jurídica, indistintamente, a todos os seus empregados.
A dedutibilidade referida independe da existência de Programa de Alimentação do Trabalhador e aplica-se, às cestas básicas de alimentos fornecidas pela empresa, desde que indistintamente a todos os empregados.
É nosso entendimento que a preocupação do legislador quanto aos gastos de alimentação de dirigentes restringe-se àqueles de difícil justificativa, ou quando carecem de relatórios pormenorizados que devem corroborar os registros contábeis desse tipo de gastos.
6.4 Contribuições e Doações
Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, é vedada a dedução das despesas com doações e contribuições não compulsórias.
 No entanto, essa vedação não se aplica, nos casos de:
a) contribuições destinadas a custear seguros e planos de saúde e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica;
b) doações efetuadas:
* a projetos culturais de que trata a Lei nº 8.313/91;
Na hipótese, a dedutibilidade das doações está condicionada a que:
a) a entidade civil beneficiária tenha sido reconhecida de utilidade pública por ato formal de órgão competente da União, exceto quando se tratar de entidade que preste exclusivamente serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora;
b) as doações em dinheiro sejam feitas mediante crédito em conta corrente bancária diretamente em nome da entidade beneficiária;
c) a doadora mantenha em arquivo, à disposição da fiscalização, cópia da declaração segundo modelo aprovado pela Secretaria da Receita Federal, através da IN nº 87/96, fornecida pela entidade beneficiária, em que esta se compromete a aplicar integralmente os recursos recebidos na realização de seus objetivos sociais, com identificação da pessoa física responsável pelo seu cumprimento, e a não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto.
Nota: 
Estas condições estão arroladas no art. 28 da IN SRF nº 11/96.
6.5 Dedução de Perdas no Recebimento de Créditos
As perdas no recebimento de crédito decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real, seguindo-se as regras expostas nos art. 24 a 28 da IN SRF nº 93/97.
7. Prejuízos Fiscais - Compensação
Para fins de determinação do lucro real, o lucro líquido, trimestral, anual ou periódico, depois de ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda, poderá ser reduzido pela compensação de prejuízos fiscais em até, no máximo, trinta por cento.
Os prejuízos fiscais são compensáveis independentemente do prazo previsto na legislação vigente à época de sua apuração. Ou seja, o prejuízo fiscal de um trimestre só poderá ser compensado com o lucro real dos trimestres subseqüentes e ainda, limitado a 30% do lucro real.
Os prejuízos apurados anteriormente a 31.12.94, somente poderão ser compensados se, naquela data, fossem ainda passíveis de compensação, na forma da legislação então aplicável.
O limite de redução de 30% não se aplica aos prejuízos fiscais decorrentes da exploração de atividades rurais, bem como aos apurados pelas empresas industriais titulares de Programas Especiais de Exportação aprovados até 3 de junho de 1993, pela Comissão para Concessão de Benefícios Fiscais a Programas Especiais de Exportação - nos termos do art. 95 da Lei nº 8.981 com a redação dada pela Lei nº 9.065, ambas de 1995.
No lucro real anual (estimativa mensal), os prejuízos poderão ser compensados integralmente com lucros apurados dentro do próprio ano-calendário.
8. Lucros Distribuídos - Isenção
São isentos de tributação, na fonte e na declaração de ajuste, os valores pagos a beneficiárias pessoas físicas ou jurídicas, a título de lucros apurados em balanços, por empresas tributadas com base no lucro real (Lei nº 9.249/95, art. 10).
Estimativa Mensal - Lucro Real Anual
 
1. Introdução
Desde 1997, em face de Lei nº 9.430/96, o Imposto de Renda das empresas e a Contribuição Social sobre o Lucro, apurados conforme os regimes de Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, deverão observar as seguintes normas básicas:
I - o regime de apuração será trimestral e o recolhimento será efetuado no último dia útil do mês seguinte ao do trimestre de competência, podendo ser parcelado em até três quotas;
II - adotado o pagamento por estimativa mensal, o lucro real deverá obrigatoriamente ser levantado em 31 de dezembro;
III - continua vigente o art. 35 da Lei nº 8.981/95, o qual prevê a possibilidade de suspensão ou redução do pagamento mensal em base estimada, mediante a apuração do denominado lucro real periódico (art. 230, RIR/99);
2. Acréscimos à Base de Cálculo
Serão acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive:
I - os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;
II - os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;
III - os ganhos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
IV - a receita de locação de imóvel, quando não for este o objetivo social da pessoa jurídica;
V - os juros calculados à taxa SELIC, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
VI - as variações monetárias ativas.
VII - os rendimentos das aplicações financeiras, não tributadas.
3. Valores Não Integrantes da Base de Cálculo
Não integram a base de cálculo do imposto de renda estimativo mensal:
I - as receitas provenientes de atividade incentivada, na proporção do benefício de isenção ou redução do imposto a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro real, fizer jus;
II - as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
III - a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;
IV - os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;
4. Deduções do Imposto Devido
Para efeito de pagamento por estimativa, a pessoa jurídica poderá deduzir, do imposto apurado no mês:
I - o valor dos incentivos fiscais de dedução do imposto relativos a:
* Programa de Alimentação do Trabalhador;
* Doações aos Fundos da Criança e do Adolescente;
* Atividades Culturais ou Artísticas; e
* Atividade Audiovisual, observados os limites e prazos previstos na legislação de regência;
II - o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido;
III - o imposto de renda pago indevidamente em períodos anteriores:
a) se pago até 1995, atualizado pela variação da UFIR até 31.12.95 e acrescido dos juros calculados pela taxa SELIC, a partir de 01.01.96;
b) se pago a partir de 01.01.96, acrescido dos juros de quetrata a alínea anterior.
5. Adicional do IRPJ em Base Estimada
No regime de estimativa, será devido o adicional do IRPJ, à alíquota de 10%, sobre o excedente a R$ 20.000,00 da base de cálculo mensal.
Exemplo: Base de cálculo: R$ 85.000,00 = Lucro contábil
IRPJ = R$ 85.000,00 x 15% + (R$ 65.000,00 x 10%)
6. Suspensão ou Redução do IRPJ Estimado Mensal
É facultado à pessoa jurídica:
I - suspender o pagamento do imposto, desde que demonstrem que o valor do imposto devido, calculado com base no lucro real do período em curso é igual ou inferior à soma do imposto de renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado.
II - reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença positiva entre o imposto devido no período em curso, e a soma do imposto de renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado.
A diferença verificada, correspondente ao imposto de renda pago à maior, no período abrangido pelo balanço de suspensão, não poderá ser utilizada para reduzir o montante do imposto devido em meses subseqüentes do mesmo ano-calendário, calculado com base nas regras de presunção de lucro.
Caso a pessoa jurídica pretenda suspender ou reduzir o valor do imposto devido, em qualquer outro mês do mesmo ano-calendário, deverá levantar novo balanço ou balancete.
Para os efeitos de suspensão ou redução do pagamento mensal do IRPJ e CSL:
I - considera-se período em curso, aquele compreendido entre 1º de janeiro ou o dia de início de atividade e o último dia do mês a que se referir o balanço ou balancete;
II - considera-se imposto devido no período em curso, o resultado da aplicação da alíquota do imposto sobre o lucro real, acrescido do adicional, e deduzido, quando for o caso, dos incentivos fiscais de dedução e de isenção ou redução;
III - considera-se imposto de renda pago, a soma dos valores correspondentes ao imposto de renda:
a) pago mensalmente;
b) retido na fonte sobre receitas ou rendimentos computados na determinação do lucro real do período em curso, inclusive o relativo aos juros sobre o capital próprio;
c) pago sobre os ganhos líquidos;
d) pago a maior ou indevidamente em anos-calendário anteriores.
O resultado do período em curso deverá ser ajustado por todas as adições determinadas e exclusões e compensações admitidas pela legislação do imposto de renda, observadas as demais disposições legais, inclusive quanto ao adicional e lucro inflacionário realizado.
Os balanços ou balancetes somente produzirão efeitos para fins de determinação da parcela do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro, devidos no decorrer do ano-calendário.
A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes periódicos deverá ser transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, observando-se o seguinte:
I - a cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto de renda, o contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em curso, desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário;
II - as adições, exclusões e compensações, computadas na apuração do lucro real, correspondentes aos balanços ou balancetes, deverão constar, discriminadamente, na Parte A do LALUR, para fins de elaboração da demonstração do lucro real do período em curso, não cabendo nenhum registro na Parte B do referido Livro.
6.1 Exemplo de Suspensão
A partir do comentado podemos exemplificar a seguinte forma de suspensão do pagamento mensal do IRPJ e CSL:
* Imposto devido cfe. Lucro Real do período de Jan a Maio: R$ 25.000,00
* Imposto pago relativo à competência Jan a Abril: 		R$ 32.000,00
* Valor pago a maior: 						R$ 7.000,00
Na hipótese, poderia deixar de ser recolhido o IRPJ do mês de maio, a vencer em junho, visto que o acumulado já pago excede o devido até maio.
6.2 Exemplos de Redução
* Imposto devido cfe. Lucro Real do período de Jan a Maio 	R$ 35.000,00
* Imposto pago relativo à competência Jan a Abr: 		R$ 29.000,00
* Saldo a pagar: 				 			R$ 6.000,00
7. Contribuição Social sobre o Lucro - Estimativa
Adotado o regime de estimativa para o IRPJ mensal, a CSL seguirá a mesma sistemática, ou seja, calculada com base na receita bruta, lembrando que a forma de apuração é idêntica àquele do regime do lucro presumido, Se for utilizado o procedimento do balancete de suspensão ou redução da estimativa mensal para o IRPJ, o mesmo será aplicado à CSLL.
8. Livros Diário e LALUR - Formalidades
 A não-escrituração do livro Diário e do LALUR, até a data fixada para pagamento do imposto do respectivo mês, implicará a desconsideração do balanço ou balancete para efeito da suspensão ou redução do imposto mensal, ensejando o lançamento pelo valor indevidamente reduzido ou suspenso.
Nota: 
No caso de lançamento de ofício, no decorrer do ano-calendário, será observada a forma de apuração da base de cálculo do imposto adotada pela pessoa jurídica. As infrações relativas às regras de determinação do lucro real, verificadas nos procedimentos de redução ou suspensão do imposto devido em determinado mês, ensejarão o lançamento pelo valor indevidamente reduzido ou suspenso. 
Quando a pessoa jurídica mantiver escrituração contábil de acordo com a legislação comercial e fiscal, inclusive a escrituração do LALUR, demonstrando a base de cálculo do imposto relativa a cada mês, o lançamento será efetuado com base nas regras do lucro real mensal.
CSLL - Normas de Apuração - Lucro Real
1. Regimes de Apuração
A Contribuição Social sobre o Lucro - CSL, instituída pela Lei nº 7.689/88 (IN SRF nº 390 de 2004) possui critérios próprios de apuração de sua base de cálculo, tendo em vista o regime tributário adotado pela pessoa jurídica no que toca ao Imposto de Renda. Isto posto, adotada determinada forma de se recolher o IRPJ durante o ano-calendário, será a mesma para o pagamento da CSLL.
Desde 1997, a CSLL e o IRPJ serão apurados pelos regimes de:
a) lucro real trimestral;
b) lucro presumido trimestral; ou
c) pagamento mensal por estimativa com apuração anual em 31 de dezembro.
LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real
Com previsão no art. 262 do RIR/99, a pessoa jurídica deverá:
a)	Lançar os ajustes do lucro líquido do período-base;
b)	Transcrever a demonstração do lucro real;
c)	Manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar 
em períodos-base subseqüentes, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos-base futuros e não constem na escrituração comercial;
d)	Manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos-base subseqüentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador e outros, previstos na legislação tributária.
O Lalur é dividido em Parte “A”, onde se encontram os ajustes do lucro líquido (adições, exclusões ou compensações) e a Parte “B”, onde se efetua o controle de valores que devem influenciar na determinação do lucro real e de períodos futuros e que não constem da escrituração comercial.
É dispensada a autenticação e registro do Lalur, no entanto, devem conter termos de abertura e encerramento, assinados pelo representante legal da empresa e pelo contabilista.
Através da IN SRF 11/96, temos que a demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes de suspensão ou de redução da estimativa mensal do imposto deverá ser transcrita no Lalur, observando-se o seguinte:
a)	A cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto de renda, o contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em curso, desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário;
b)	As adições, exclusõese compensações, computadas na apuração do lucro real, correspondentes aos balanços ou balancetes, deverão constar, discriminadamente, na Parte “A” do Lalur, para fins de elaboração da demonstração do lucro real do período em curso, não cabendo nenhum registro na Parte “B” do referido Livro;
c)	A não-escrituração do Lalur, até a data fixada para pagamento do imposto do respectivo mês, implicará a desconsideração do balanço ou balancete para efeito da suspensão ou redução, ensejando o lançamento do imposto pelo valor indevidamente reduzido ou suspenso.
Na Parte “B” do Lalur, concomitantemente com os lançamentos de ajuste efetuados na Parte “A” ou no final de cada período de apuração, serão efetuados os controles dos valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração subseqüentes.
Lembre-se que, no caso de levantamento de balanços ou balancetes para fins de suspensão ou redução da estimativa mensal do imposto, não cabe nenhum registro na Parte “B” do Lalur.
Ressalte-se que o Lalur é destinado a registrar valores que, por sua natureza eminentemente fiscal, não devam constar da escrituração comercial. Assim, não pode ser utilizado para suprir deficiências da escrituração comercial (registrar despesas não constantes da escrituração comercial ou insuficientemente registradas).
AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO NO LUCRO REAL - LIVRO LALUR – ADIÇÕES E EXCLUSÕES
Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período de apuração (Decreto-lei 1.598/77, art. 6, § 2):
I – os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real;
II – os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, devam ser computados na determinação do lucro real.
A determinação da base real exige demonstrações financeiras, ajustando-se o lucro líquido apurado no Demonstrativo de Resultados, após a CSLL e antes do IR, pelas adições, exclusões e compensações previstas na legislação.
		LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL (LALUR)
Os controles de adições, exclusões e compensações do Lucro Real são efetuados em Livro próprio para isto, chamado "Livro de Apuração do Lucro Real" (LALUR).
Este Livro contém duas partes:
PARTE "A" - É a parte aonde serão discriminados os ajustes, por data, ao Lucro Real, como: despesas indedutíveis, valores excluídos, e a respectiva Demonstração do Lucro Real. Exemplo:
	PARTE A  - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO                                         
	
	DATA     
	H  I  S  T  Ó  R  I  C  O  
	 
	 ADIÇÕES 
	 EXCLUSÕES
	         
	NATUREZA DOS AJUSTES
	 
	 
	 
	05.10.2008
	MULTA registrada Livro Diário, fl. 108
	6.438,47
	 
	 
	31.10.2008
	MULTA registrada Livro Diário, fl. 115
	612,39
	 
	 
	29.11.2008
	MULTA registrada Livro Diário, fl. 129
	510,68
	 
	 
	18.12.2008
	MULTA registrada Livro Diário, fl. 137
	5.938,92
	13.500,46 
	 
	30.11.2008
	DIVIDENDOS recebidos registrados Livro Diário, fl. 130
	1.744,00
	 
	 1.744,00
	         
	TOTAL DAS ADIÇÕES E EXCLUSÕES 
	 
	        13.500,46 
	          1.744,00 
	31.12.2008
	DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL
	 
	 
	 
	  
	Período de 01.10.08  a  31.12.08 
	  
	  
	  
	 
	RESULTADO    DO     PERÍODO 
	 
	15.001,00
	 
	         
	A D I Ç Õ E S :
	 
	 
	 
	         
	MULTAS
	 
	        13.500,46 
	 
	         
	TOTAL DAS ADIÇÕES   
	 
	        13.500,46 
	 
	         
	 E X C L U S Õ E S :
	 
	 
	 
	 
	 DIVIDENDOS
	 
	1.744,00
	 
	 
	 TOTAL DAS EXCLUSÕES
	 
	 1.744,00
	 
	         
	LUCRO REAL ANTES DA COMPENSAÇÃO PREJUÍZOS
	 
	26.757,46
	 
	 
	COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS:
	 
	 
	 
	  
	Período base de 2006
	  
	(8.027,23)
	  
	  
	LUCRO REAL APÓS A COMPENSAÇÃO PREJUÍZOS 
	  
	18.730,23
	  
	  
	31 de Dezembro de 2010
	  
	  
	  
	 
	 
___________________________
Adalberto Dias - Sócio Gerente
	 
______________________
Sebastião A. Queiroz - Contador 
CRC ................................................ 
PARTE "B" - incluem-se os valores que afetarão o Lucro Real de períodos-base futuros, como, por exemplo: Prejuízos a Compensar, Depreciação Acelerada, etc.
Exemplo:
	PARTE B   -  CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LIQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
	 
	CONTA:
	PREJUÍZO FISCAL ANO CALENDÁRIO 2004
	DATA
	 H I S T Ó R I C O
	
	  Controle de Valores 
	
	
	Mês de Ref.
	Valor a Corrigir  
	 Coef. 
 
	 Débito 
 
	 Crédito 
 
	 Valor Corrigido 
	 D/C 
 
	 
	 
	
	
	
	
	
	
	
	31.12.2008
	Prejuízo Fiscal n/ano, cfe. Página 05 - Parte A, d/livro
	12.08
	*
	*
	 
	18.033,20 
	18.033,20 
	 C 
Nota: os campos com asterisco (*) não são mais preenchidos a partir de 31.12.1995, data da extinção da correção monetária.
Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão atualizados monetariamente até essa data, observada a legislação então vigente, ainda que venham a ser adicionados, excluídos ou compensados em períodos de apuração posteriores (Lei 9.249/95, art. 6).
AS ADIÇÕES NA PARTE "A" DO LALUR
As adições, fundamentalmente, são representadas por despesas contabilizadas e indedutíveis para a apuração do Lucro Real, como multas indedutíveis, doações, etc.
Assim, uma empresa que apurou um lucro contábil de R$ 100.000,00, mas contabilizou despesas não aceitas como redutoras para fins fiscais,  de R$ 20.000,00, deverá ajustar o lucro contábil, via Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), uma vez que este lucro não pode e não deve ser alterado contabilmente. Desta forma procede-se a adição ao lucro contábil de R$ 20.000,00, na Parte "A"  do LALUR, o que produz, na prática, um efeito de anulação da despesa contabilizada. Este ajuste mantém o lucro contábil em R$ 100.000,00, porém, para fins fiscais o lucro aumentará para R$ 120.000,00, valor equivalente ao que representaria o lucro contábil, caso não tivessem sido contabilizadas as despesas não dedutíveis.
É de notar que não há, neste caso, nenhuma necessidade de controle a ser efetuado na Parte "B" do LALUR, pois a despesa é indedutível. O controle na Parte "B" far-se-ia necessário se a dedutibilidade fosse vinculada a um evento futuro, como por exemplo, de despesas com a constituição de provisões, que são dedutíveis apenas quando o fato provisionado ocorrer. Nesta última hipótese, a despesa seria adicionada e anotada na Parte "B" do LALUR, para ser excluída, quando efetivamente a perda provisionada se materializasse.
EXEMPLOS DE ADIÇÕES AO LUCRO REAL:
       Os lucros auferidos no exterior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas serão adicionados ao lucro líquido, para determinação do lucro real correspondente ao balanço levantado no dia 31 de dezembro do ano-calendário em que tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurídica domiciliada no Brasil (Art. 1, Lei 9.532/97);
        Os pagamentos efetuados à sociedade civil quando esta for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas (Decreto-lei 2.397/87, art. 4);
        Encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais previstos no Regulamento do Imposto de Renda;
        Perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia, realizadas em mercado de renda fixa ou variável (Lei 8.981/95, art. 76, § 3°);
       Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressalvado a hipótese em que são considerados saláriosindiretos (Lei 9.249/95, art. 13, inciso IV);
       Contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica (Lei 9.249/95, art. 13, inciso V);
        Doações, exceto as expressamente admissíveis como dedutíveis (Lei 9.249/95, art. 13, inciso VI);
        Despesas com brindes (Lei 9 249/95, art. 13, inciso VII);
       Perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações (Lei 8.981/95, art. 76, § 4°);
       Provisões, exceto a provisão de férias, 13º salário e as provisões técnicas obrigatórias das companhias de seguro e de capitalização;
     As participações nos lucros atribuídas a administradores e partes beneficiárias de sua emissão (art. 463 do Regulamento do IR);
      Multas por infração a norma legal, tais como multas de trânsito, multas de ofício (aplicadas na autuação pelo fiscal, não confundir com a multa de mora pelo pagamento em atraso do tributo, a qual é plenamente dedutível), outras multas pelo não cumprimento da lei ( entrega da DCTF, DIRF, DACON em atraso);
        Valor da variação cambial passiva, amortizada no ativo diferido, que tiver sido excluída em 2.001 do lucro real (art.2, parágrafo único da Lei 10305/01);
        Tributos com exigibilidade suspensa (§1º do art. 41 da Lei nº 8.981/95). Devem ser adicionados para fins do Lucro Real os tributos contabilizados em contas de resultado  do período e que foram suspensos por processo administrativo ou judicial de defesa, com ou sem depósito judicial.
        Observar que o Imposto de Renda  Pessoa Jurídica é indedutível de sua própria base de cálculo;
        Depreciação de carros de Luxo, barcos, apartamentos e outros bens utilizado pela Diretoria da empresa e que não estejam ligados intrinsecamente com a atividade da empresa ( inciso III art. 13. 9.249/96);
        Perda no recebimento de créditos que não estiverem em conformidade com os artigos 9º a 12 da Lei 9.430/96.
EXCLUSÕES AO LUCRO REAL
Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líquido do período de apuração (Decreto-Lei 1.598/77, art. 6, § 3º):
I – os valores cuja dedução seja autorizada pelo Regulamento e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;
II – os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, não sejam computados no lucro real;
III – o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitado a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas no Regulamento, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para compensação (Lei 9.065/95, art. 15 e parágrafo único).
As exclusões, em parte, são representadas pelas receitas não tributáveis contabilizadas. Excluem-se, também, os valores cuja tributação pode ser diferida, entre outras.
Adiante uma lista dos principais valores excluíveis, desde que atendido as particularidades da legislação que regem cada assunto:
Parcela de lucro de empreitada ou fornecimento contratado com pessoa jurídica de direito público, proporcional ao valor da receita não recebida, para contratos superiores a 12 meses.
Ganho de capital auferido na venda de bens do Ativo Imobilizado para recebimento do preço após o término do ano-calendário subseqüente ao da contratação.
Lucros e dividendos recebidos de participações societárias.
Resultado positivo da avaliação pela equivalência patrimonial.
Variações Cambiais Ativas (MP 2158-35, art. 30).
Variações Cambiais Passivas – Operações Liquidadas (MP 2158-35, art. 30). 
Amortização do deságio obtido na aquisição de participações societárias avaliadas pela equivalência patrimonial, enquanto não baixado o investimento.
Encargos financeiros auferidos após 2 meses do vencimento, relativos a créditos vencidos e não recebidos.
Parcelas das perdas apuradas nos mercados de renda variável que excederam os ganhos auferidos nas mesmas operações, adicionadas ao lucro líquido em período-base anterior, até o limite dos ganhos e perdas de operações da espécie computados no período-base.
Resultados positivos auferidos pelas sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislação específica.
Provisões indedutíveis adicionadas ao lucro líquido em período base anterior que tenham sido revertidas a credito do resultado do exercício ou utilizadas para débito de despesas dedutíveis.
Depreciação acelerada incentivada.
Amortização de ágio na aquisição de investimentos relevantes sujeitos á avaliação pela equivalência patrimonial e baixados no período-base.
Reversão de Provisões não dedutíveis (as quais em períodos anteriores foram adicionadas ao Lucro Real e estão sendo revertidas, a crédito das contas de resultado)
Aplicações na aquisição de Certificados de Investimentos em projetos de produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras.
Propaganda Eleitoral Gratuita, Lei 9.504, de 30/09/97, exclusão  para emissoras de rádio e televisão que transmitem programa eleitoral gratuito.
A partir de 01.01.2003, dispêndios realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica de produtos - artigo 39 da Lei 10.637/2002 (até 31.12.2005) e artigo 17 e seguintes Lei 11.196/2005 (a partir de 01.01.2006).
A partir de 04.12.2008, poderão ser excluídas as parcelas de contabilização de receitas advindas do Regime Tributário de Transição – RTT – ajustes decorrentes da Lei 11.638/2008, atendidos aos requisitos previstos nos artigos 15 e seguintes da Lei 11.941/2009. 
A partir de 04.03.2009, a empresas dos setores de tecnologia da informação - TI e de tecnologia da informação e da comunicação - TIC poderão excluir do lucro líquido os custos e despesas com capacitação de pessoal que atua no desenvolvimento de programas de computador (software), para efeito de apuração do lucro real, sem prejuízo da dedução normal. A exclusão fica limitada ao valor do lucro real antes da própria exclusão, vedado o aproveitamento de eventual excesso em período de apuração posterior. Base: art. 11 da Lei 11.908/2009. 
A partir de 05.06.2009, as receitas decorrentes de valores em espécie pagos ou creditados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao ICMS e ao ISS, no âmbito de programas de concessão de crédito voltados ao estímulo à solicitação de documento fiscal na aquisição de mercadorias e serviços. Base: art. 4º da Lei 11.945/2009. 
13

Continue navegando