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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN – DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA – A´REA2 CA´LCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 3 SEGUNDO EXERC´ICIO ESCOLAR PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013 7 Agosto de 2013 Respostas sem ca´lculos ou justificativas na˜o sera˜o aceitas. 1a Questa˜o: Calcule ∫∫ S √ 1 + x2 + y2 dS, sendo S a parte de uma superf´ıcie parametrizada por (2,5 pts) r(u, v) = u cos v~i+ u sen v~j+ v ~k, 0 ≤ u ≤ 1, 0 ≤ v ≤ pi. Resoluc¸a˜o: Uma vez que ~r(u, v) e´ uma parametrizac¸a˜o de S, temos que∫∫ S f dS = ∫∫ Dom(~r) f(r(u, v)) · ‖~ru × ~rv‖ dudv, onde f(x, y, z) = √ 1 + x2 + y2. Como ~ru = cos v~i + sen v~j e ~rv = −u sen v~i + u cos v~j+ ~k, obtemos ~ru × ~rv = sen v~i− cos v~j+ u~k, e portanto ‖~ru × ~rv‖ = √ (sen v)2 + (− cos v)2 + u2 = √ 1 + u2. Da´ı,∫∫ S √ 1 + x2 + y2 dS = 1∫ 0 pi∫ 0 √ 1 + (u cos v)2 + (u sen v)2 · √ 1 + u2 dv du = pi · 1∫ 0 (1 + u2) du. Assim, ∫∫ S √ 1 + x2 + y2 dS = 4pi 3 . 2a Questa˜o: Considere o campo vetorial em R3 − {(0, 0, 0)} definido por ~F(x, y, z) = ( x√ (x2 + y2 + z2)3 , y√ (x2 + y2 + z2)3 , z√ (x2 + y2 + z2)3 ) . a) Calcule o divergente do campo ~F. (1,0 pts) b) Calcule diretamente o fluxo de ~F atrave´s da esfera x2+ y2+ z2 = 1, em relac¸a˜o ao campo normal que aponta para fora da esfera. (1,5 pts) c) Explique porque na˜o e´ correto usar o Teorema da Divergeˆncia para efetuar o ca´lculo acima. (0,5pts) d) Calcule o fluxo de ~F atrave´s do elipsoide 4x2 + 9y2 + 6z2 = 36, em relac¸a˜o ao campo normal que aponta para fora do elipsoide. (1,0 pts) Sugesta˜o: Aplique o Teorema da Divergeˆncia a regia˜o do espac¸o limitada pelas superf´ıcies do elipsoide e da esfera x2 + y2 + z2 = 1. Resoluc¸a˜o: a) Chamando ~F = (F1, F2, F3), temos por definic¸a˜o, div(~F ) = ∂F1 ∂x + ∂F2 ∂y + ∂F3 ∂z . Assim, div(~F ) = [ x (x2 + y2 + z2)3/2 ] x + [ y (x2 + y2 + z2)3/2 ] y + [ z (x2 + y2 + z2)3/2 ] z , que apo´s ca´lculos chegamos a div(~F ) = (−2x2 + y2 + z2) + (x2 − 2y2 + z2) + (x2 + y2 − 2z2) (x2 + y2 + z2)5/2 = 0. b) Notando que ~n(x, y, z) = (x, y, z) e´ um campo normal unita´rio que aponta para fora da esfera S, temos que o fluxo de ~F em S e´∫∫ S ~F · ~dS = ∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫ S x2 + y2 + z2 (x2 + y2 + z2)3/2 dS. Como x2 + y2 + z2 = 1 em S, segue que∫∫ S ~F · ~dS = ∫∫ S dS = A´rea(S) = 4pi. c) O Teorema da Divergeˆncia so´ pode ser aplicado para campos vetoriais cu- jas func¸o˜es componentes tenham derivadas parciais cont´ınuas no dom´ınio que conte´m a regia˜o simples delimitada pela superf´ıcie S. Pore´m, qualquer aberto que contenha a regia˜o limitada pela esfera dada, contera´, em particular, a ori- gem (0, 0, 0), onde o campo na˜o esta´ definido. d) Denote por Σ o elipsoide 4x2 + 9y2 + 6z2 = 36, e seja E a regia˜o do espac¸o delimitada pela esfera S e Σ. Assim, a fronteira de E e´ formada pela unia˜o S∪Σ. Como a orientac¸a˜o positiva e´ dada pela normal unita´ria que aponta para fora de E, temos que esta normal, por um lado, aponta para o exterior de Σ, e por outro lado, aponta para o interior de S (veja a figura). Logo, o campo normal unita´rio positivo de E restrito a S e´ o campo −~n. Assim, pelo Teorema de Gauss 0 = ∫∫∫ E div(~F ) dV = ∫∫ S∪Σ ~F · ~d(∂E) = ∫∫ S ~F · ~dS + ∫∫ Σ ~F · ~dΣ. Portanto, ∫∫ Σ ~F · ~dΣ = − ∫∫ S ~F · ~dS = − ∫∫ S ~F · (−~n) dS, de onde conclu´ımos pelo item b que∫∫ Σ ~F · ~dΣ = 4pi. 3a Questa˜o: Seja C a curva intersecc¸a˜o do cilindro de equac¸a˜o x2 + y2 = 1 com o paraboloide hiperbo´lico z = 2xy. a) Parametrize C positivamente. (0,5 pts) b) Calcule o rotacional do campo ~F(x, y, z) = (y + sen x)~i+ (z2 + cos y)~j+ x3~k. (1,0 pts) c) Calcule ∫ C (y + senx)dx+ (z2 + cos y)dy + x3dz. (2,0 pts) Resoluc¸a˜o: a) Como x e y satisfazem x2+ y2 = 1, podemos tomar a parametrizac¸a˜o x = cos t e y = sen t, com 0 ≤ t ≤ 2pi, e consequentemente teremos z = 2 sen t cos t. Ou seja, uma parametrizac¸a˜o para C e´ α(t) = (cos t, sen t, sen 2t), t ∈ [0, 2pi]. b) rot(~F ) = ~i ~j ~k∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z y + sen x z2 + cos y x3 = 2z~i− 3x2~j− ~k c) Pelo Teorema de Stokes∫ C (y + sen x)dx+ (z2 + cos y)dy + x3dz = ∫ C ~F · ~dα = ∫∫ S rot(~F ) · ~dS, onde S e´ qualquer superf´ıcie que tem C como fronteira. Em particular podemos tomar S como a parte do paraboloide hiperbo´lico que se encontra dentro do cilindro. S tem parametrizac¸a˜o ~r(x, y) = (x, y, 2xy) x2 + y2 ≤ 1. Assim, ∫∫ S rot(~F ) · ~dS = ∫∫ Dom(~r) rot(~F ) · (~rx × ~ry) dxdy = ∫∫ x2+y2≤1 ∣∣∣∣∣∣ 2z −3x2 −1 1 0 2y 0 1 2x ∣∣∣∣∣∣ dxdy = ∫∫ x2+y2≤1 (−8xy2 + 6x3 − 1) dxdy Usando coordenadas polares chegamos em∫∫ S rot(~F ) · ~dS = 2pi∫ 0 1∫ 0 (−8ρ3 cos θ sen2 θ + 6ρ3 cos3 θ − 1)ρ dρ dθ = 1∫ 0 ρ4 2pi∫ 0 (−8 cos θ sen2 θ + 6 cos3 θ)dθ dρ− 1∫ 0 2pi∫ 0 ρ dρ dθ A primeira integral da´ zero e a segunda e´ a a´rea do c´ırculo de raio 1. Assim,∫ C (y + sen x)dx+ (z2 + cos y)dy + x3dz = −pi.
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