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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
Nesta aula 5, vamos exercitar o emprego dos sinais de 
pontuação. O uso adequado deles é extremamente relevante para o 
significado de uma frase. 
Quem acompanha as provas elaboradas pelo Cespe já deve ter 
percebido o quanto essa banca examinadora explora esse assunto, 
principalmente o que diz respeito ao uso da vírgula. É compreensível que seja 
assim, pois o uso da vírgula requer atenção especial, em virtude de sua 
variabilidade de aplicações e efeitos. 
Para você ter apenas uma ideia do que isso significa, leia alguns 
exemplos extraídos da campanha dos 100 anos da Associação Brasileira de 
Imprensa (ABI): 
1 – Vírgula pode ser uma pausa... ou não. 
– Não, espere. 
– Não espere. 
2 – Ela pode sumir com seu dinheiro. 
– R$ 23,4. 
– R$ 2,34. 
3 – Pode ser autoritária. 
– Aceito, obrigado. 
– Aceito obrigado. 
4 – Pode criar heróis. 
– Isso só, ele resolve. 
– Isso só ele resolve. 
5 – E vilões. 
– Esse, juiz, é corrupto. 
– Esse juiz é corrupto. 
6 – Ela pode ser a solução. 
– Vamos perder, nada foi resolvido. 
– Vamos perder nada, foi resolvido. 
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2
7 – A vírgula muda uma opinião. 
– Não queremos saber. 
– Não, queremos saber. 
Uma vírgula muda tudo. 
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua 
informação. 
Detalhes Adicionais: 
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA 
DE QUATRO À SUA PROCURA. 
 
Se você é mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER. 
Se você é homem, colocou a vírgula depois de TEM. 
 
Entendeu a importância de sabermos pontuar adequadamente uma 
frase? 
Ainda que a vírgula seja o sinal de pontuação com a maior 
frequência nas provas de concurso, convém resolvermos questões que 
envolvam todos aqueles que são alcançados pelo edital do seu concurso. 
 
(...) 
 
(...) 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
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3
1. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com a supressão 
da vírgula logo após a palavra “pedagógica” (l.20), seriam preservados o 
sentido e a correção gramatical do texto. 
Comentário – Veja que questão interessante. A oração após a vírgula 
(“podendo eleger...”) é coordenada aditiva reduzida de gerúndio. Ela é 
equivalente a: ...cada escola criaria seu plano de ação pedagógica e poderia 
eleger um desses eixos... As coordenadas aditivas traduzem fatos imediatos, 
ações subsequentes a outras. Veja outro exemplo (colhido em Cegalla, 2008, 
página 413): “A mãe aconchegou a criança e a beijou, largando-a, em seguida. 
[largando-a, em seguida = e a largou, em seguida]”. Na questão da prova, a 
coordenada aditiva, por ser reduzida, veio sem a conjunção característica. 
Lembre-se de que a vírgula deve separar orações coordenadas assindéticas 
(ou seja, aquelas que não são introduzidas por conjunções). 
Resposta – Item errado. 
 
(...) Os 
 professores são avaliados em quatro frentes: recebem notas 
 dos alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo 
22 cumprimento das metas acadêmicas. Aos melhores, é 
 concedido bônus no salário. 
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações). 
2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O emprego de vírgula logo após 
“alunos” (l. 21) justifica-se por isolar elementos de mesma função 
gramatical. 
Comentário – Muitos candidatos (e até alguns professores) erraram essa 
questão porque confundiram função gramatical com classe gramatical. 
Realmente, a classe gramatical das palavras diz respeito ao campo de estudo 
da morfologia (substantivo, adjetivo, verbo etc.), e não à área de atuação da 
sintaxe (sujeito, adjunto adnominal, adjunto adverbial etc.), e a vírgula não se 
presta, rigorosamente, a separar elementos de mesma classe gramatical. Mas 
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4
acontece que dizer “função gramatical” é o mesmo que dizer função 
sintática. 
No item sob análise, as vírgulas separam elementos (“dos 
alunos”, “dos pais”) que funcionam como objetos indiretos da forma verbal 
“recebem”. 
Resposta – Item certo. 
 
1 Um Brasil com desemprego zero. Um Brasil bem 
 distante das estatísticas que apontam para uma taxa de 
 desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 
4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais, 
 formais e informais. Cerca de 30 cidades devem integrar esse 
 Brasil fora das estatísticas. São exceções e prova viva da 
7 força empreendedora do interior e de seu papel empregador. 
 E representam, ainda, a força do agronegócio, o avanço ao 
 consumo da classe C e os efeitos na economia dos programas 
10 de transferência de renda, afirmou Luiz Carlos Barboza, 
 diretor do SEBRAE Nacional. 
O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações). 
3. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” (l. 
2) é adjetiva explicativa. 
Comentário – O que temos na passagem sob análise (“que apontam para 
uma taxa de desocupação em torno de 9%”) é, na verdade, uma oração 
subordinada adjetiva restritiva. Isso pode ser percebido não só pelo seu valor 
semântico – que restringe o substantivo “estatísticas” –, mas também pela 
ausência de vírgulas antecedendo o pronome relativo. Caso a oração destacada 
fosse de natureza explicativa, deveria ser delimitada pela vírgula. 
Resposta – Item errado. 
4. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O emprego de vírgula após 
“Barboza” (l. 10) justifica-se por isolar o aposto subseqüente. 
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5
Comentário – O termo “diretor do SEBRAE Nacional” nos explica quem é “Luiz 
Carlos Barbosa”, servindo como aposto explicativo. Esse tipo de termo deve 
surgir obrigatoriamente isolado do restante do texto. 
Resposta – Item certo. 
 
 (...) 
 Não me resolveria, é claro, a pôr em prática no 
10 segundo ano de administração a equidade que torna o 
 imposto suportável. Adotei-a logo no começo. A receita em 
 1928 cresceu bastante. E, se não chegou à soma agora 
13 alcançada, é que me foram indispensáveis alguns meses para 
 corrigir irregularidades muito sérias, prejudiciais à 
 arrecadação. 
Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do 
município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. 
Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51. 
5. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) A colocação de vírgula 
logo após “equidade” (l.10) não prejudicaria a correção gramatical nem 
alteraria o sentido original do texto. 
Comentário – A vírgula depois de “equidade” transformaria a oração adjetiva 
restritiva em explicativa. Isso não causaria incorreção gramatical; mas 
alteraria o sentido original do texto. Com a vírgula, a oração “que torna o 
imposto suportável” deixa de particularizar o significado de “equidade” e o 
generaliza. Com a vírgula, a informação é a de que toda e qualquer equidade 
torna o imposto suportável. 
Resposta – Item errado. 
 
1 A questão mais importante para entender a reforma 
 tributária é saber por que a estamos propondo. Não é um 
 projeto que sai do nada, mas que herda muito das discussões 
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6
4 realizadas sobre o tema desde o início da década passada no 
 Brasil. Naturalmente este tem algumas diferenças em relação 
 aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo 
7 longo de transição, um modelo importante para viabilizar 
 política e tecnicamente sua implantação. 
Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos 
de Problemas Brasileiros, nº 391, jan./fev./2009 (com adaptações). 
 
6. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Assinale a opção em 
que a colocação de vírgula(s) em trecho do texto atende à prescrição 
gramatical e preserva o sentido original. 
A) A questão, mais importante para entender a reforma tributária é, saber 
por que a estamos propondo. (l.1-2) 
B) Não é um projeto, que sai do nada, mas que herda muito, das discussões 
realizadas sobre o tema, desde o início da década passada no Brasil. (l.2-
5) 
C) Naturalmente, este tem algumas diferenças em relação aos projetos 
anteriores. (l.5-6) 
D) A principal é que prevê um prazo longo de transição, um modelo, 
importante para viabilizar política e tecnicamente, sua implantação. (l.6-
8) 
Comentário – Alternativa A: o sujeito da locução “é saber” é toda a expressão 
“A questão mais importante para entender a reforma tributária”. Ambos 
(sujeito e locução verbal) foram indevidamente fragmentados pelas vírgulas. 
Alternativa B: a primeira vírgula serviu para isolar a oração 
“que sai do nada” e imprimir a ela um caráter explicativo, diferente do sentido 
restritivo original. Além disso, a terceira vírgula separou indevidamente o 
verbo “herda” do seu complemento “das discussões realizadas sobre o tema”. 
A última não gera problemas ao texto, pois isola segmento de caráter 
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7
adverbial (mesmo estando no final do período, é possível que venha depois de 
vírgula). 
Alternativa C: O vocábulo “Naturalmente” funciona como 
adjunto adverbial. Sua antecipação recomenda o emprego da vírgula, que pode 
até ser dispensado quando o adjunto adverbial é pequeno e não constitui uma 
oração. É por isso que no original ele não surgiu isolado. 
Alternativa D: a primeira vírgula separou o nome “modelo” do 
seu adjunto “importante”, o que não deve ocorrer. A segunda separou 
indevidamente o verbo “viabilizar” do seu objeto: “sua implantação”. Que fique 
bem claro que a vírgula não deve separar o nome do adjunto nem do 
complemento, e nem o verbo do seu objeto. 
Resposta – C 
 
1 Um governo, ou uma sociedade, nos tempos 
 modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta 
 como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a 
4 própria ideia de democracia. 
 (...) 
Rogério Gesta Leal. Poder político, estado e sociedade. 
Internet: <www.mundojuridico.adv.br> (com adaptações). 
7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 3, seriam preservadas as relações 
semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção 
gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a 
precede. 
Comentário – Para confirmar a veracidade do que a banca alega, sugiro 
reescrever a passagem já com as alterações. 
Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está 
vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo em 
face da Idade Antiga e Média: a própria ideia de democracia. 
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8
Verifica-se, assim, que a retirada da expressão “a saber” e da 
vírgula não prejudica o texto em nada. Lembre-se de que a vírgula é 
empregada para separar expressões de caráter explicativo (por exemplo; isto 
é; ou seja; a saber etc.). Uma vez que a expressão “a saber” foi eliminada do 
trecho, perdeu a vírgula sua finalidade. 
Resposta – Item certo. 
 
1 A despeito da retórica que chama atenção para 
 avanços obtidos pelo país no plano econômico, é mais do que 
 evidente que o Brasil ainda se enquadra no elenco dos 
4 chamados países em desenvolvimento, com índices 
 verdadeiramente escandalosos em termos de qualidade de vida, 
 saúde e educação, com significativa parcela da população 
7 alijada do que os estudiosos costumam designar como mínimo 
 existencial para uma vida digna. 
 Ressalte-se que a doutrina diverge quando se trata de 
10 estabelecer a acepção do termo democracia. Apesar das 
 divergências acerca de conceitos, teses ou doutrinas, há 
 consenso de que a democracia constitui a melhor forma de 
13 governo de um Estado, visto que impede atos de violência e de 
 intolerância, buscando a integração e a inclusão. Cumpre 
 acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão 
16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as 
 instituições democráticas. 
 Nessa linha de pensamento em que se procura reverter 
19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na 
 Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição 
 essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no 
22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com 
 promoção do integral acesso à justiça. (...) 
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para 
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9
a inclusão social rumo à concretização do estado democrático 
e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
8. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010 – adaptada) Quanto à 
pontuação empregada no texto, assinale a opção correta. 
A) O emprego de vírgula logo após o vocábulo “Brasil” (l.3) manteria a 
correção gramatical do texto. 
B) Caso se desejasse intensificar a ênfase ao que se destaca no texto, seria 
correto empregar vírgula logo após o termo “Ressalte-se” (l.9). 
C) A vírgula empregada logo após o vocábulo “que” (l.15) é obrigatória. 
D) A supressão da vírgula logo após “pública” (l.19) manteria a correção 
gramatical e o sentido original do texto. 
Comentário – Alternativa A: vejamos como ficaria o trecho com a vírgula: 
“evidente que o Brasil, ainda se enquadra...”. Que tal? Pode a vírgula causar 
separação entre sujeito (“o Brasil”) e verbo (“enquadra”)? É claro que não! Por 
isso a alternativa está errada. 
Alternativa B: novamente, vamos reescrever o trecho já com a 
tal vírgula: “Ressalte-se, que a doutrina...”. Repare que incorreríamos no 
mesmo erro anterior: separar sujeito e verbo. Aqui, o pronome “se” é 
apassivador, o verbo ressaltar está na voz passiva sintética e o sujeito é o 
segmento seguinte: “que a doutrina diverge”. Opção incorreta. 
Alternativa C: a vírgula após a conjunção integrante “que” 
serve para delimitar a intercalação de segmento de valor semântico adverbial. 
Experimente retirá-la e você notará que a vírgula após “social” (l. 16) passa a 
causar separação indevida entre o verbo “acrescentar” e o seu objeto direto 
(oracional): “Cumpre acrescentar que no enfrentamento do desafio de inclusão 
social, emerge...”. Por isso a vírgula é mesmo obrigatória. 
Alternativa D: o termo “a defensoria pública” funciona como 
sujeito do verbo “precisa”. Entre eles surgiu uma oração subordinada adjetiva 
reduzida de particípio. Como o valor semântico dela é explicativo, cumpre que 
seja obrigatoriamente separada por vírgulas. Por isso a supressão da vírgula 
após “pública” causaria prejuízo ao texto. Ressalte-se que as orações adjetivas 
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restritivas não são separadas por vírgulas e que elas conferem ao texto sentido 
diverso do das explicativas. 
Resposta – C 
 
1 A História não é feita apenas de brados retumbantes, 
 de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso. 
 Existiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino 
4 Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em 
 Jataí, Goiás? Ali, depois dos discursos, JK se colocou à 
 disposição para ouvir perguntas de eleitores. Foi quando 
7 Antônio Soares Neto, o Toniquinho, quis saber se o candidato 
 cumpriria o dispositivo da Constituição (de 1946) que previa 
 a mudança da capital para o Planalto Central. JK assumiu na 
10 hora o compromisso, como desejava a plateia. E cumpriu a 
 promessa. 
 Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília, 
13 é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de 
 atração do litoral. 
 Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu 
16 interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em direção ao 
 Centro-Oeste e ao Norte. 
O Globo, 21/4/2010 (com adaptações). 
9. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010) Em relação ao emprego dos 
sinais de pontuação no texto acima, assinale a opção correta. 
A) A vírgula após “interior” (l.16) justifica-se porque isola um aposto 
oracional. 
B) A vírgula na linha 1 justifica-se por isolar adjunto adverbial subsequente. 
C) A expressão “em 4 de abril de 1955” (l.4) está entre vírgulas por ser um 
dos elementos de uma enumeração. 
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11
D) O termo “o Toniquinho” (l.7) está isolado por vírgulas por se tratar de 
vocativo. 
E) O emprego de vírgula logo após “Brasília” (l.12) justifica-se porque isola 
adjunto adverbial anteposto à oração principal. 
Comentário – Alternativa A: a vírgula foi empregada para separar oração 
coordenada sindética aditiva com sujeito (“a fronteira agrícola”) diferente da 
anterior (“o Brasil”). A vírgula normalmente não é usada para separar orações 
coordenadas aditivas; mas isso é possível quando a conjunção vem repetida ou 
quando os sujeitos são diferentes. Exemplos: 
a) E estuda, e trabalha, e luta, e vence. 
b) José chegou, e Pedro foi embora. 
Alternativa B: a vírgula separa expressão de caráter 
explicativo: “grandes decisões” esclarece o sentido de “brados retumbantes”. 
Alternativa C: a expressão indicada é um adjunto adverbial 
(de tempo) isolado. 
Alternativa D: realmente um vocativo deve ser isolado pela 
pontuação: 
José, vem aqui! 
Mas o caso aqui é outro. O termo “o Toquinho” é aposto 
(explicativo) de “Antônio Soares Neto”. 
Alternativa E: assertiva correta; a vírgula se presta a tal 
emprego, como exposto na questão anterior (letra C). 
Resposta – E 
 
 (...) Ao estabelecer a obrigatoriedade na 
 realização dos exames pré-admissional, periódico e 
7 demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais 
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12
 voltados à identificação do nexo da causalidade entre os danos 
 sofridos e a ocupação desempenhada. 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
10. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A vírgula logo depois de 
“trabalhador” (l.7) é opcional e sua retirada preservaria a correção 
gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem 
função de marcar já estão separados pela conjunção “e”: “exames 
pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador” (l.6-7). 
Comentário – Tenha cuidado para não cair no “conto do vigário”! A vírgula foi 
usada para indicar a antecipação da oração subordinada adverbial (temporal) 
“Ao estabelecer...”. Por isso o emprego dela é obrigatório. Compare este caso 
com o da letra C da questão 13. 
Resposta – Item errado. 
 
11. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte é 
adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o 
quanto à correção gramatical. 
Esta ferramenta está disponível a custo mínimo para partidos candidatos 
cabos eleitorais e cidadões comuns. A eleição de 2010 será também um 
teste para a qualidade dos eleitores, para a obediência às leis do país e 
para o uso adequado das novas tecnologias em favor da democracia. 
Comentário – Em virtude do objetivo da aula, permito-me comentar apenas o 
que é pertinente à pontuação. 
No período inicial, surgiu uma enumeração de elementos 
coordenados entre si: “partidos candidatos cabos eleitorais e cidadões 
comuns”. A vírgula deve ser usada para separá-los, com exceção do último 
termo, que normalmente surge articulado pela conjunção aditiva e: “partidos, 
candidatos, cabos eleitorais”. 
Resposta – Item errado. 
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13
 
1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus 
 produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa 
 forma, contribuem para o crescimento econômico do país. 
4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor 
 supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza 
 imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente, 
7 que o mais longo período da história da vida humana foi 
 orientado pela cooperação e solidariedade, valores 
 fundamentais para a sobrevivência da espécie. (...) 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 
12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A vírgula logo depois de “solidariedade” 
(l.8) é obrigatória porque a oração que a segue tem valor explicativo e 
corresponde a que são valores (...). 
Comentário – Sim, o emprego da vírgula reveste-se de obrigatoriedade, pois 
o segmento seguinte explica, esclarece uma característica própria do 
significado dos vocábulos “cooperação” e “solidariedade”. Compare, por 
exemplo, com o comentário da questão anterior e certifique-se de que a 
vírgula tem mesmo o propósito de separar termos e expressões de valor 
semântico explicativo. 
Resposta – Item certo. 
 
13. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir é 
adaptado do editorial d’O Estado de S. Paulo de 22/4/2010. 
Julgue-o quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão. 
Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate 
a dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no 
primeiro trimestre e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o 
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14
país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas 
1.297 casos da doença. 
Comentário – Importa-nos discutir aqui o erro de pontuação. 
Os termos “mais de 34 mil casos da doença” e “15 mortes” 
funcionam como objetos diretos da forma verbal “houve”. A vírgula não pode 
separá-los do verbo, como ocorreu na oração “houve mais de 34 mil casos da 
doença, no primeiro trimestre e 15 mortes”. Ou a vírgula é retirada, ou outra é 
acrescentada depois do adjunto adverbial “no primeiro trimestre”, para 
caracterizar o correto isolamento dele, assim: “houve mais de 34 mil casos da 
doença, no primeiro trimestre, e 15 mortes”. 
Resposta – Item errado. 
 
 (...) A ocultação, pela 
13 indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por 
 seus produtos provavelmentecustou tantas vidas quanto as 
 destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados 
16 Unidos da América durante uma década inteira; e outros 
 produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada 
 ano, mais mortes do que essas. 
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., 
São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações). 
14. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Não haveria prejuízo para o 
sentido original do texto nem para a correção gramatical caso a expressão 
“a cada ano” (L.17-18) fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, 
para imediatamente depois de “e” (L.16). 
Comentário – O deslocamento da locução adverbial de tempo mantém o 
significado original e realmente recomenda o emprego das vírgulas, por causa 
da intercalação. 
Resposta – Item certo. 
 
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15
Nos itens a seguir, são apresentados trechos adaptados de jornal de 
grande circulação. Julgue-os quanto à correção gramatical. 
15. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A legislação brasileira proíbe 
que menores de catorze anos trabalhem, mas, segundo dados do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia, em 2008, um total de 
993 mil crianças entre cinco e treze anos nessa situação. Em uma faixa 
etária mais ampla, até dezessete anos, quando se espera que os jovens 
ainda estejam estudando, foram contabilizados, ao todo, 4,5 milhões de 
crianças e adolescentes no exercício de algum tipo de trabalho. 
Comentário – Não se verifica erro aqui. Destaque para a utilização das 
vírgulas. 
Resposta – Item certo. 
 
16. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Visto apenas pelo ângulo 
econômico, o problema da exploração da mão de obra infantil, é ao 
mesmo tempo reflexo e impecílio para o desenvolvimento. Quando 
crianças e adolescentes deixam de estudar para entrar precocemente no 
mercado de trabalho, trocam um futuro mais promissor pelo ganho 
imediato. 
Comentário – A vírgula depois de “infantil” causou separação indevida entre 
sujeito e predicado; a palavra “impecilho” grafa-se assim: empecilho. 
Resposta – Item errado. 
 
17. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo após 
o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o autor do 
texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos 
voltados para a expansão da produção e para o aumento da 
produtividade. 
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16
Comentário – A ausência de vírgula faz surgir orações (subordinadas 
adjetivas restritivas) que limitam e distinguem o alcance semântico do 
substantivo “investimentos”. Caso uma vírgula fosse empregada, as orações 
teriam natureza semântica explicativa. 
Resposta – Item certo. 
 
 (...) O movimento da 
 vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a 
 ocorrer em ritmo quase esquizofrênico, determinando os 
10 valores fugidios de uma ordem temporal marcada pela 
 efemeridade. Como tentativas de acompanhar essa velocidade 
 vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade 
13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a 
 fluidez das relações interpessoais. (...) 
Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial. 
In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações). 
18. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A ausência de vírgula depois 
de “vertiginosa” (l.12) indica que a oração iniciada por “que marca” (l.12) 
restringe a ideia de “velocidade vertiginosa” (l.11-12). 
Comentário – A oração é subordinada adjetiva restritiva e, por isso, não deve 
ser separada do termo a que se refere por meio de vírgula. 
Resposta – Item certo. 
 
19. (Cespe/UERN/Agente Técnico Administrativo/2010) “Quase dois terços da 
área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a 
exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de 
826.000 km², destruída.” 
O segmento “que é de 826.000 km²” está entre vírgulas porque é um 
aposto. 
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17
Comentário – O segmento apontado tem natureza explicativa, por isso deve 
estar entre vírgulas; mas ele não é um aposto. O pronome relativo “que” e o 
verbo “é” denunciam que o segmento é uma oração adjetiva. 
Resposta – Item errado. 
 
20. (Cespe/CEF/Advogado/2010) “No final do ano passado, o Conselho 
Nacional de Justiça e o Supremo Tribunal Federal (STF) lançaram a 
campanha Começar de Novo para sensibilizar a população para a 
necessidade da recolocação, no mercado de trabalho e na sociedade, do 
preso libertado após cumprimento da pena.” 
A retirada da vírgula empregada logo após “sociedade” prejudicaria a 
correção gramatical do texto. 
Comentário – Sim, pois ela encerra o isolamento do adjunto adverbial “no 
mercado de trabalho”, que surgiu intercalado entre o nome “recolocação” e o 
seu complemento “do preso libertado”. 
Resposta – Item certo. 
 
21. (Cespe/BRB/Advogado/2010) “O mundo moderno, caracterizado pela 
globalização, pela revolução tecnológica e pelo avanço irrestrito da 
Internet, sinaliza uma crise mundial complexa, multidimensional, cujas 
facetas afetam inexoravelmente nossa saúde, nosso modo de vida e a 
qualidade do meio ambiente e das relações sociais,políticas e 
econômicas.” 
Uma forma correta de se evitar a repetição da conjunção e no primeiro 
período sintático do texto seria a substituição de sua ocorrência depois de 
“vida” por vírgula, deixando-se todos os termos da enumeração iniciada 
por “nossa saúde” separados por vírgula. 
Comentário – Vamos proceder à substituição: ...cujas facetas afetam 
inexoravelmente nossa saúde, nosso modo de vida, a qualidade do meio 
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18
ambiente e das relações sociais, políticas e econômicas. Os termos sublinhados 
constituem o objeto direto do verbo “afetam”. Normalmente, a conjunção 
aditiva e articula o último elemento de mesma função sintática; mas a 
utilização da vírgula não constitui erro e, no caso em análise, evita a repetição 
da conjunção. 
Resposta – Item certo. 
 
22. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes de Repasse e Parcelamento/2010) 
“No entanto, nem tudo está perdido. Nós, humanos, podemos ser apenas 
pobres mortais, mas temos uma ferramenta que nos permite controlar, se 
não o tempo, nossa própria existência. Essa ferramenta se chama 
consciência” 
As vírgulas que separam o vocábulo “humanos” do restante da oração 
poderiam ser omitidas sem que houvesse prejuízo para a correção 
gramatical do texto. 
Comentário – O vocábulo “humanos” funciona como aposto explicativo. 
Obrigatoriamente, esse termo sintático deve ser isolado por vírgulas. 
Resposta – Item errado. 
 
1 O poder político é produto de uma convenção, não 
 da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente 
 com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus 
 direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, 
 na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de 
7 sociedade, o homem não é um ente isolado, avesso ao 
 contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade 
 conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da 
10 espécie. De outro lado, a sociedade política visa à 
 preservaçãoda propriedade. 
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19
 (...) 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, 
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 
23. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 10, preserva-se a correção 
gramatical do texto ao se substituir o ponto logo depois da palavra 
“espécie” pelo sinal de dois-pontos, fazendo-se o necessário ajuste da 
letra inicial maiúscula da preposição “De”. 
Comentário – Vamos fazer o que o examinador disse: “De um lado, a 
sociedade conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da espécie: de 
outro lado, a sociedade política visa à preservação da propriedade”. O que 
você achou? Ficou esquisito, não é mesmo? 
O segmento anunciado pelos dois-pontos não constitui uma citação 
– Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai 
senão por mim”. (João 14:6) –, não se caracteriza por ser o discurso direto de 
um personagem: 
Sempre que o professor entra em sala ele diz: 
– Essa moleza vai acabar. 
–, não é uma enumeração – A dupla articulação da linguagem 
caracteriza-se: a) pela combinação e b) pela comutação. – e não esclarece ou 
explica foi dito anteriormente – Todos já sabiam: ele não seria eleito. –, não é 
uma oração subordinada substantiva apositiva – Só espero uma coisa: que 
você estude. 
No mesmo parágrafo, o ponto no final de cada período é 
mesmo indicado para exprimir uma pausa mais longa entre as frases. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi 
 a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha 
 de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente 
4 atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real, 
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20
 nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e 
 imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos, 
7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência 
 prematura de seus produtos. (...) 
Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida 
Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações). 
24. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a 
coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao 
se substituir a vírgula logo depois de “modismos” (l. 6) por ponto-e-
vírgula. 
Comentário – A vírgula empregada imediatamente após o vocábulo 
“modismo” serve para destacar a oração reduzida de particípio “Obcecados por 
conveniência, velocidade e modismos”, que surgiu antecipada. O emprego do 
ponto e vírgula faria surgir leve desvio gramatical, por separar incorretamente 
a oração subordinada de sua principal. Releia as orientações sobre os casos 
recomendados de emprego do ponto e vírgula. 
Resposta – Item errado. 
 
 (...) 
 Modernidade seria assegurar a todos os habitantes 
 do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício 
13 dos direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a um 
 modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população 
 alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo, 
16 bibliotecas, parques públicos. Modernidade, para os que 
 pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação 
 rápida e democrática da justiça; são instituições públicas 
19 sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões 
 econômicas. 
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade 
nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações). 
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25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no 
último período sintático do texto, apresenta a dupla função de deixar 
claras as relações sintático-semânticas marcadas por vírgulas dentro do 
período e deixar subentender “Modernidade” (l.16) como o sujeito de “é 
sistema” (l.17), “são instituições” (l.18) e “é o controle” (l.19). 
Comentário – Eis o último período sintático do texto: “Modernidade, para os 
que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e 
democrática da justiça; são instituições públicas sólidas e eficazes; é o controle 
nacional das decisões econômicas”. 
A clareza a que a banca examinadora se refere tem a ver com 
os termos que já estão separados pelas vírgulas. Como elas já foram utilizadas 
para marcar o isolamento de termos internos pertencentes a um mesmo 
segmento (“Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário 
eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça”), o sinal de ponto e 
vírgula serviu então para acentuar a relação existente entre as orações 
coordenadas constituídas por “é sistema”, “são instituições”, “é o controle” e o 
sujeito delas: “Modernidade”. 
Repare que a clareza das relações sintático-semânticas não 
seria acentuada se, em todo o período, fossem utilizadas apenas vírgulas: 
“Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com 
aplicação rápida e democrática da justiça, são instituições públicas sólidas e 
eficazes, é o controle nacional das decisões econômicas”. 
Resposta – Item certo. 
 
 (...) Os sintomas são conhecidos: uma 
10 ilusão de invulnerabilidade, que gera otimismo e pode levar 
 a riscos; um esforço coletivo para neutralizar visões 
 contrárias às teses dominantes; uma crença absoluta na 
13 moralidade das ações dos membros do grupo; e uma visão 
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22
 distorcida dos inimigos, comumente vistos como iludidos, 
 fracos ou simplesmente estúpidos. 
 (...) 
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta 
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 
26. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Nas linhas 11, 12 e 13, o uso do sinal de ponto e 
vírgula, para separar termos de enumeração, preserva a hierarquia de 
informações, já que há necessidade de emprego de vírgula na 
estruturação sintática de alguns desses termos. 
Comentário – Você deve notar que o Cespe explora frequentemente a 
utilização de ponto e vírgula e de travessões para acentuar a hierarquia de 
informações constantes num período, principalmente quando há elementos 
intercalados e já separados por vírgulas. Realmente, em casos semelhantes, a 
utilização de travessão e de ponto e vírgula torna as relações sintáticas mais 
claras. 
Resposta – Item certo. 
 
1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso 
 da técnica, com transformações profundas das noções de espaço 
 e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse 
4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no 
 homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento 
 de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. (...) 
Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto 
Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia 
das Letras, p. 14-5 (com adaptações). 
27. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A oposição de ideias introduzida pela 
conjunção “mas” (l.3) impede que, em lugar do ponto e vírgula (l.3), seja 
utilizado o sinal de ponto; por outro lado, o uso da vírgula depois de 
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23
“técnica” (l.2) também impede que, no lugar de ponto e vírgula (l.3), seja 
usadaoutra vírgula. 
Comentário – Cunha e Cintra (2008:668) ensinam que se costuma utilizar 
ponto e vírgula antes das conjunções adversativas (mas, porém, todavia, 
contudo, no entanto etc.) e das conclusivas (logo, portanto, por isso, etc.) 
para acentuar a ideia de oposição existente entre orações. Ele também é 
utilizado para separar partes de um período, das quais uma pelo menos esteja 
subdividida por vírgula. A utilização do ponto, que faria surgir outro período, 
em nada comprometeria a oposição de ideias introduzida pela conjunção 
adversativa “mas”. A utilização da vírgula no lugar do ponto e vírgula é 
possível, mas isso não causaria o mesmo efeito entre nas relações sintáticas. 
Resposta – Item errado. 
 
(...) 
 
(...) 
28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) O sinal de 
dois-pontos empregado após a palavra “eixos” (l.19) introduz uma oração 
explicativa. 
Comentário – Observe que o segmento logo após o sinal de dois-pontos nem 
sequer traz um verbo: “trabalho, ciência, tecnologia e cultura”. Como, pois, 
pode ser uma oração? Na verdade, a pontuação foi empregada para anunciar a 
enumeração dos eixos. 
Resposta – Item errado. 
 
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24
1 Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi 
 a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha 
 de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente 
4 atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real, 
 nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e 
 imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos, 
7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência 
 prematura de seus produtos. (...) 
Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida 
Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações). 
29. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a 
coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao 
se substituir o ponto empregado logo depois de “tecnologia” (l. 4) pelo 
sinal de dois-pontos, escrevendo-se a palavra seguinte com letra 
minúscula. 
Comentário – A informação contida no fragmento textual “Foi ela que nos 
viciou na vida de tempo real, nos supermercados 24 horas, no acesso à 
informação farta, exata e imediata” fornece-nos o esclarecimento, a explicação 
ou conclusão do que foi dito no período anterior. Não há, portanto, prejuízo 
para a coerência da argumentação nem para a correção gramatical ao 
empregar os dois pontos em substituição ao ponto, o qual faz surgir uma 
pausa maior entre os dois períodos. 
Resposta – Item certo. 
 
(...) Os 
 professores são avaliados em quatro frentes: recebem notas 
 dos alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo 
22 cumprimento das metas acadêmicas. Aos melhores, é 
 concedido bônus no salário. 
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações). 
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30. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Na linha 20, o sinal de dois-pontos é 
empregado para indicar que, subseqüentemente, há uma explicação. 
Comentário – O segmento “recebem notas dos alunos, dos pais e do diretor e 
ainda outra pelo cumprimento das metas acadêmicas” esclarece quais são as 
quatro frentes de avaliação dos professores. 
Resposta – Item certo. 
 
 (...) 
7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre 
 o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe 
 é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 
10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os 
 outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma 
 unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. 
 (...) 
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. 
In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações). 
31. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de dois-pontos, na linha 
9, anuncia que uma consequência do que foi dito é explicitar a pergunta 
proposta pela sociologia. 
Comentário – Volte ao item IV e confirme que os dois pontos servem para 
esclarecer, explicar ou concluir o que foi dito. No texto, eles introduzem a 
indagação da sociologia a respeito da concepção com que ela trabalha. 
Resposta – Item certo. 
 
1 Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos 
 nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. 
 Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, 
4 seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano 
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26
 como um contínuo devir de experiências individuais 
 intransferíveis. (...) 
Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a 
ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo 
Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações). 
32. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 4, o sinal de 
dois-pontos tem a função de introduzir uma explicação para as orações 
anteriores; por isso, em seu lugar, poderia ser escrito porque, sem 
prejuízo para a correção gramatical do texto ou para sua coerência. 
Comentário – Não há problema para a coerência do texto, pois o emprego da 
conjunção porque preserva o valor semântico explicativo. Mas a utilização do 
conectivo no lugar do sinal de dois-pontos faria surgir uma vírgula 
imediatamente antes para separar a oração coordenada sindética explicativa: 
“Ao mesmo tempo, [como] seres humanos, somos indivíduos, 
porque vivemos nosso ser cotidiano...”. 
A esse respeito, leiam-se as lições dos consagrados Cunha e 
Cintra em Nova gramática do português contemporâneo (2008:658-661): 
“A vírgula marca uma pausa de pequena duração. Emprega-se 
não só para separar elementos de uma oração, mas também orações de um só 
período. 
(...) 
2. Entre orações, emprega-se a vírgula: 
(...) 
2º) Para separar as orações coordenadas sindéticas, salvo as 
introduzidas pela conjunção e: 
– Não me disseste, mas eu vi. (A. Abelaria, QPN, 19.) 
Ou elas tocavam, ou jogávamos os três, ou então lia-se alguma 
cousa. (Machado de Assis, OC, II , 497.) 
Não comas, que o tempo é chegado. (J. Saramago, MC, 356.)” 
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27
Pasquale e Ulisses, em Gramática da língua portuguesa 
(1998:471), também concordam com esse ensinamento, pois afirmam: 
“Separam-se por vírgula as orações coordenadas assindéticas e 
as orações coordenadas sindéticas (grifo nosso), com exceção 
das introduzidas pela conjunção e que não tenham sujeito 
diferente do da oração anterior”. 
Resposta – Item certo, conforme o gabarito oficial. Melhor seria a anulação. 
 
(...) 
 
(...) 
33. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na linha 6, a 
substituição do travessão por dois-pontos prejudicaria a correção 
gramatical do texto. 
Comentário – O travessão separou adequadamente uma enumeração que nos 
ajuda a entender melhor, por meio da exemplificação, o sentido da expressão 
“3.000 toneladas de lixo”. O sinal de dois-pontos também é adequado para tal 
finalidade, observe: ...3.000 toneladas de lixo...: guimbas de cigarro, palitos 
de picolé, cocô de cachorro e restos de alimentos. Portanto a substituição em 
nada prejudicaria o texto. 
Resposta – Item errado. 
 
1 O uso do espaço público nas grandes cidades é um 
 desafio. Sobretudo porque algumas regras básicas de boa 
 convivêncianão são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de 
4 um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo 
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 entrar a qualquer preço, sem esperar e dar passagem aos 
 demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 
7 de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam 
 o convívio urbano em uma experiência ruim. A saída é a 
 educação. Convencidos disso, empresas e governos estão 
10 bombardeando a população com campanhas de 
 conscientização — e multas, quando só as advertências não 
 funcionarem. Independentemente da estratégia, o senso de 
13 urgência para uma mudança de comportamento na sociedade 
 brasileira veio para ficar. 
 (...) 
Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. 
In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações). 
34. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 11, a presença da conjunção “e” 
torna desnecessário o uso do travessão, que tem apenas a função de 
enfatizar a aplicação de “multas”; por isso, a retirada desse sinal de 
pontuação não prejudicaria a correção nem a coerência do texto. 
Comentário – A retirada do travessão prejudicaria a coerência do texto. 
Note: “Convencidos disso, empresas e governos estão bombardeando a 
população com campanhas de conscientização e multas, quando só as 
advertências não funcionarem”. Sem a devida pontuação, informa-se que o 
bombardeio é com campanhas de conscientização e multas – noção de 
concomitância –, o que não é verdade. O texto afirma que “A saída é a 
educação”; as multas ocorrem somente se “as advertências não funcionarem” 
– elas são uma consequência, uma atitude extrema. 
Resposta – Item errado. 
 
 (...) 
7 No estado de repouso e de movimento dos objetos — esta 
 casa parada, aquela pedra atirada que cai, o movimento do 
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 sol, da lua, no céu — estão intimamente associados 
10 os conceitos de lugar que ocupam sucessivamente os 
 corpos, de espaço e de tempo. 
 (...) 
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e 
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 
35. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) O uso dos travessões, nas 
linhas 7 e 9, marca a inserção de uma informação que também poderia 
ser assinalada por duas vírgulas; mas, nesse caso, o texto não deixaria 
clara a hierarquia de informações em relação aos termos da enumeração 
já separados por vírgulas. 
Comentário – A afirmação está correta. Para isolar palavras, expressões 
explicativas, frases intercaladas, você pode utilizar tanto travessões quanto 
vírgulas, e até parêntese. 
Quero que você perceba que os travessões podem conferir 
mais clareza à frase, principalmente quando o segmento isolado já contém 
termos separados por vírgulas. Compare o texto original com a reescritura 
abaixo, em que foram utilizadas vírgulas no lugar dos travessões. 
“No estado de repouso e de movimento dos objetos, esta casa 
parada, aquela pedra atirada que cai, o movimento do sol, da 
lua, no céu, estão intimamente associados os conceitos de 
lugar que ocupam sucessivamente os corpos, de espaço e de 
tempo.” 
Dessa forma, a hierarquia de informações não é ressaltada. O 
Cespe gosta de explorar essa relação. Fique atento. 
Resposta – Item certo. 
 
1 Vale a apena rever certas crenças que se têm 
 multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. 
 Diferentemente do que alguns autores propõem, sublimá-las 
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4 não gera benefícios para a pessoa — essa atitude, aliás, tende 
 mais a trazer-lhe prejuízos à saúde. (...) 
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 
36. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) O travessão empregado logo 
após “pessoa” (l.4), usado para destacar a informação final do enunciado, 
pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula. 
Comentário – O uso de travessão e ponto e vírgula acentua a hierarquia de 
informações constantes em um período. 
Cabe enfatizar também que o sinal de ponto e vírgula, que 
indica uma pausa maior do que a vírgula e menor do que o ponto, é muito 
usado entre orações que possuem sujeitos distintos. Em “essa atitude, aliás, 
tende mais a trazer-lhe prejuízos à saúde”, o sujeito é o termo “essa atitude”; 
em “sublimá-las não gera benefícios para a pessoa”, o sujeito (sob forma de 
oração) é “sublimá-las”. 
Resposta – Item certo. 
 
1 A característica central da modernidade, não seria 
 demais repetir, é a institucionalização do universalismo — e 
 seu duplo, a igualdade — como princípio organizador da esfera 
4 pública. (...) 
Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos 
na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio 
de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações). 
37. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) De acordo com as normas de 
pontuação, seria correto empregar, nas linhas 2 e 3, vírgulas no lugar dos 
travessões; entretanto, nesse caso, a leitura e a compreensão do trecho 
poderiam ser prejudicadas, dada a existência da vírgula empregada após 
“duplo”, no interior do trecho destacado entre travessões. 
Comentário – Para separar segmento textual intercalado ou de valor 
semântico explicativo, tanto os travessões quanto as vírgulas podem ser 
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utilizados. O uso dos travessões realmente é recomendado nas condições 
explicitadas no enunciado. 
Resposta – Item certo. 
 
38. (Cespe/UERN/Agente Técnico Administrativo/2010) “Único bioma de 
ocorrência exclusiva no Brasil, que já ocupou 10% do território nacional, a 
caatinga experimenta um processo acelerado de desmatamento — que 
pode significar a desertificação do semiárido nordestino.” 
Prejudica-se a correção gramatical ao se substituir o travessão por 
vírgula. 
Comentário – O travessão separa oração adjetiva explicativa. Lembre-se de 
que a vírgula também pode separar segmento textual de natureza explicativa. 
Por isso a substituição não prejudica a correção gramatical. 
Resposta – Item errado. 
 
1 O real não é constituído por coisas. Nossa 
 experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar 
 que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 
4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à 
 nossa percepção e às nossas vivências. Assim, por exemplo, 
 costumamos dizer que uma montanha é real porque é uma 
7 coisa. No entanto, o simples fato de que uma coisa possua um 
 nome e de que a chamemos montanha indica que ela é, pelo 
 menos, uma coisa-para-nós, isto é, que possui um sentido em 
10 nossa experiência. 
 (...) 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
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32
39. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Como, no primeiro parágrafo, os 
parênteses demarcam a inserção de uma informação, a sua substituição 
por duplo travessão preservaria a coerência e a correção do texto. 
Comentário – A informação referida, “sejam elas naturais ou humanas”, 
possui no contexto valor semântico explicativo, por isso surgiu isolada pelos 
parênteses. Que não reste dúvidas de que os parênteses, os travessõese as 
vírgulas podem isolar termos e orações intercaladas de natureza semântica 
explicativa. 
Resposta – Item certo. 
 
40. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010) As opções que se seguem 
apresentam trechos adaptados do editorial do Jornal do Brasil de 
19/4/2010. Assinale a opção em que os sinais de pontuação são 
empregados corretamente. 
A) A boa notícia para os novos beneficiários do progresso do país é que o 
salário médio de quem está entrando no mercado aponta tendência de 
alta, com o chamado aumento real (já descontado o INPC). 
B) No último trimestre, houve aumento de 4,37% em relação ao mesmo 
período de 2009, com o valor médio saindo de R$ 782,53 para R$ 816,70. 
Há previsões de que o país, atinja um crescimento anual na casa dos 2 
milhões de postos no ano de 2010. 
C) Mais gente empregada, produzindo significa perspectiva de geração de 
riqueza, crescimento no produto interno bruto mais gente ocupada e longe 
do desespero e das tentações do crime, um povo com a autoestima em 
alta. 
D) Não faltam estudos que mostram, um melhor desempenho escolar das 
crianças quando elas não têm de ver o pai em casa, de braços cruzados, 
abatido, porque não tem uma fonte de renda para sustentar sua família. 
E) Não é preciso pesquisar muito para perceber que, com mais gente 
trabalhando, os gastos com assistência social e mesmo com remédios 
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contra doenças de fundo nervoso, são significativamente reduzidos 
quando as pessoas estão mais ocupadas com trabalho. 
Comentário – Alternativa A: está perfeita. A vírgula depois de “alta” separa 
segmento de natureza adverbial que indica a causa do aumento do salário 
médio. O que surge entre parênteses possui valor semântico explicativo, 
esclarece o que vem a ser o “aumento real”. Ressalte-se que expressão com 
esse sentido pode ser isolada também por travessões ou vírgulas. 
Alternativa B: a vírgula que separa o sujeito “o país” do verbo 
“atinja” está mal empregada. Nunca ouse separar por meio da pontuação o 
sujeito do verbo. Isso é um erro grosseiro. 
Alternativa C: faltou uma vírgula entre o adjetivo “bruto” e o 
pronome indefinido “mais” para separar adequadamente a sequência de 
expressões que funcionam como complementos do verbo “significa” (significa o 
quê?): “perspectiva de geração de riqueza, crescimento no produto interno 
bruto, mais gente ocupada e longe do desespero e das tentações do crime, um 
povo com a autoestima em alta”. A vírgula deve separar termos coordenados 
que exercem a mesma função sintática na oração. 
Alternativa D: também caracteriza erro grosseiro a separação 
do verbo e do seu objeto por meio da pontuação: “estudos que mostram [o 
quê?], um melhor desempenho”. Não deve haver essa vírgula. 
Alternativa E: não importa a extensão do sujeito, ele não deve 
ser separado do verbo por meio da pontuação: “os gastos com assistência 
social e mesmo com remédios contra doenças de fundo nervoso, são 
significativamente reduzidos”. 
Resposta – A 
 
 
 
 (...) 
7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre 
 o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe 
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 é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 
10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os 
 outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma 
 unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. 
13 Estaríamos envolvidos, constantemente, em tramas 
 complexas de internalização do “exterior” e, também, de 
 rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. 
 (...) 
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. 
In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações). 
41. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego das aspas nos termos das linhas 
8, 14 e 15 ressalta, no contexto, o valor significativo não usual desses 
termos. 
Comentário – Leia o trecho e verifique que nele as palavras destacadas não 
possuem sentido irônico, não constituem citações, neologismos, 
estrangeirismos nem dão títulos a obras artísticas ou científicas. Na verdade, a 
questão revela outra funcionalidade das aspas: realçar o valor significativo de 
palavras no contexto em que se inserem. 
Resposta – Item certo. 
 
 (...) Mas qual estratégia 
 se deveria adotar para não sentir a raiva e, assim, fugir da 
16 armadilha que essa atitude representa para a saúde? A escolha 
 é, em geral, uma questão de personalidade, mas também sofre 
 a influência das circunstâncias pelas quais a pessoa está 
19 passando. “Eu não recomendaria gritar com o chefe. Essa não 
 é a melhor solução.”, diz uma cientista que liderou estudo a 
 esse respeito. 
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 
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35
42. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Mantém-se o respeito à 
coerência textual e às regras gramaticais ao se retirarem as aspas da 
citação final do texto, nas linhas de 19 a 21, reescrevendo-a do seguinte 
modo: Uma cientista que liderou estudo a esse respeito diz que não 
recomendaria gritar com o chefe, pois essa não é a melhor solução. 
Comentário – Usam-se aspas também em citações ou transcrições textuais, 
indicando diretamente (discurso direto) a fala de alguém. Foi isso o que 
ocorreu no texto em relação ao discurso de uma cientista. 
O que a banca propôs foi a paráfrase da passagem. O Cespe 
mudou o discurso direto pelo indireto. Neste, a fala da cientista foi reproduzida 
pelo autor da matéria, o que dispensou as aspas. 
Também é digna de nota a substituição do ponto após “chefe” 
pela vírgula, que agora une em um mesmo período as orações que constituem 
o discurso da cientista. Isso foi possível porque, no original, a segunda oração 
(“Essa não é a melhor solução”) serve de justificativa à anterior (“Eu não 
recomendaria gritar com o chefe”). 
Resposta – Item certo. 
 
 
 
(...) 
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36
43. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Letras/2011) As aspas em ‘nós e os 
outros’ são usadas para realçar ironicamente essa expressão, revelando o 
posicionamento crítico do autor em relação ao tema por ele tratado. 
Comentário – Ensinando sobre o adequado emprego dos sinais de pontuação, 
o consagrado gramático Cegalla (2008:434) diz que “Costuma-se aspear 
expressões ou conceitos que se deseja pôr em evidência”. O autor brinda-nos 
com os exemplos seguintes: 
Miguel Ângelo, “o homem das três almas”... (Carlos de Laet) 
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”. 
(Machado de Assis) 
País algum sobrevive sob o insensato refrão de que “é proibido 
proibir”. (Dom Eugênio Sales) 
Foi apenas nesse sentido que as aspas foram usadas na 
expressão apontada pelo examinador. 
Resposta – Item errado. 
 
Por hoje é só. Na próxima aula, resolveremos questões sobre 
concordância. Até lá! 
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Pontos Importantes da Matéria 
 
 
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Lista das Questões Comentadas 
(...) 
 
(...) 
1. (Cespe/Correios/Agentede Correios/2011 – adaptada) Com a supressão 
da vírgula logo após a palavra “pedagógica” (l.20), seriam preservados o 
sentido e a correção gramatical do texto. 
 
(...) Os 
 professores são avaliados em quatro frentes: recebem notas 
 dos alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo 
22 cumprimento das metas acadêmicas. Aos melhores, é 
 concedido bônus no salário. 
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações). 
2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O emprego de vírgula logo após 
“alunos” (l. 21) justifica-se por isolar elementos de mesma função 
gramatical. 
 
1 Um Brasil com desemprego zero. Um Brasil bem 
 distante das estatísticas que apontam para uma taxa de 
 desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 
4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais, 
 formais e informais. Cerca de 30 cidades devem integrar esse 
 Brasil fora das estatísticas. São exceções e prova viva da 
7 força empreendedora do interior e de seu papel empregador. 
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 E representam, ainda, a força do agronegócio, o avanço ao 
 consumo da classe C e os efeitos na economia dos programas 
10 de transferência de renda, afirmou Luiz Carlos Barboza, 
 diretor do SEBRAE Nacional. 
O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações). 
3. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” (l. 
2) é adjetiva explicativa. 
 
4. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O emprego de vírgula após 
“Barboza” (l. 10) justifica-se por isolar o aposto subseqüente. 
 
 (...) 
 Não me resolveria, é claro, a pôr em prática no 
10 segundo ano de administração a equidade que torna o 
 imposto suportável. Adotei-a logo no começo. A receita em 
 1928 cresceu bastante. E, se não chegou à soma agora 
13 alcançada, é que me foram indispensáveis alguns meses para 
 corrigir irregularidades muito sérias, prejudiciais à 
 arrecadação. 
Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do 
município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. 
Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51. 
5. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) A colocação de vírgula 
logo após “equidade” (l.10) não prejudicaria a correção gramatical nem 
alteraria o sentido original do texto. 
 
1 A questão mais importante para entender a reforma 
 tributária é saber por que a estamos propondo. Não é um 
 projeto que sai do nada, mas que herda muito das discussões 
4 realizadas sobre o tema desde o início da década passada no 
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40
 Brasil. Naturalmente este tem algumas diferenças em relação 
 aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo 
7 longo de transição, um modelo importante para viabilizar 
 política e tecnicamente sua implantação. 
Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos 
de Problemas Brasileiros, nº 391, jan./fev./2009 (com adaptações). 
6. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Assinale a opção em 
que a colocação de vírgula(s) em trecho do texto atende à prescrição 
gramatical e preserva o sentido original. 
A) A questão, mais importante para entender a reforma tributária é, saber 
por que a estamos propondo. (l.1-2) 
B) Não é um projeto, que sai do nada, mas que herda muito, das discussões 
realizadas sobre o tema, desde o início da década passada no Brasil. (l.2-
5) 
C) Naturalmente, este tem algumas diferenças em relação aos projetos 
anteriores. (l.5-6) 
D) A principal é que prevê um prazo longo de transição, um modelo, 
importante para viabilizar política e tecnicamente, sua implantação. (l.6-
8) 
 
1 Um governo, ou uma sociedade, nos tempos 
 modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta 
 como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a 
4 própria ideia de democracia. 
 (...) 
Rogério Gesta Leal. Poder político, estado e sociedade. 
Internet: <www.mundojuridico.adv.br> (com adaptações). 
7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 3, seriam preservadas as relações 
semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção 
gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a 
precede. 
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41
 
1 A despeito da retórica que chama atenção para 
 avanços obtidos pelo país no plano econômico, é mais do que 
 evidente que o Brasil ainda se enquadra no elenco dos 
4 chamados países em desenvolvimento, com índices 
 verdadeiramente escandalosos em termos de qualidade de vida, 
 saúde e educação, com significativa parcela da população 
7 alijada do que os estudiosos costumam designar como mínimo 
 existencial para uma vida digna. 
 Ressalte-se que a doutrina diverge quando se trata de 
10 estabelecer a acepção do termo democracia. Apesar das 
 divergências acerca de conceitos, teses ou doutrinas, há 
 consenso de que a democracia constitui a melhor forma de 
13 governo de um Estado, visto que impede atos de violência e de 
 intolerância, buscando a integração e a inclusão. Cumpre 
 acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão 
16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as 
 instituições democráticas. 
 Nessa linha de pensamento em que se procura reverter 
19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na 
 Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição 
 essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no 
22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com 
 promoção do integral acesso à justiça. (...) 
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para 
a inclusão social rumo à concretização do estado democrático 
e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
8. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010 – adaptada) Quanto à 
pontuação empregada no texto, assinale a opção correta. 
A) O emprego de vírgula logo após o vocábulo “Brasil” (l.3) manteria a 
correção gramatical do texto. 
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42
B) Caso se desejasse intensificar a ênfase ao que se destaca no texto, seria 
correto empregar vírgula logo após o termo “Ressalte-se” (l.9). 
C) A vírgula empregada logo após o vocábulo “que” (l.15) é obrigatória. 
D) A supressão da vírgula logo após “pública” (l.19) manteria a correção 
gramatical e o sentido original do texto. 
 
1 A História não é feita apenas de brados retumbantes, 
 de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso. 
 Existiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino 
4 Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em 
 Jataí, Goiás? Ali, depois dos discursos, JK se colocou à 
 disposição para ouvir perguntas de eleitores. Foi quando 
7 Antônio Soares Neto, o Toniquinho, quis saber se o candidato 
 cumpriria o dispositivo da Constituição (de 1946) que previa 
 a mudança da capital para o Planalto Central. JK assumiu na 
10 hora o compromisso, como desejava a plateia. E cumpriu a 
 promessa. 
 Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília, 
13 é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de 
 atração do litoral. 
 Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu 
16 interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em direção ao 
 Centro-Oeste e ao Norte. 
O Globo, 21/4/2010 (comadaptações). 
9. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010) Em relação ao emprego dos 
sinais de pontuação no texto acima, assinale a opção correta. 
A) A vírgula após “interior” (l.16) justifica-se porque isola um aposto 
oracional. 
B) A vírgula na linha 1 justifica-se por isolar adjunto adverbial subsequente. 
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43
C) A expressão “em 4 de abril de 1955” (l.4) está entre vírgulas por ser um 
dos elementos de uma enumeração. 
D) O termo “o Toniquinho” (l.7) está isolado por vírgulas por se tratar de 
vocativo. 
E) O emprego de vírgula logo após “Brasília” (l.12) justifica-se porque isola 
adjunto adverbial anteposto à oração principal. 
 
 (...) Ao estabelecer a obrigatoriedade na 
 realização dos exames pré-admissional, periódico e 
7 demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais 
 voltados à identificação do nexo da causalidade entre os danos 
 sofridos e a ocupação desempenhada. 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
10. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A vírgula logo depois de 
“trabalhador” (l.7) é opcional e sua retirada preservaria a correção 
gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem 
função de marcar já estão separados pela conjunção “e”: “exames 
pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador” (l.6-7). 
 
11. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte é 
adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o 
quanto à correção gramatical. 
Esta ferramenta está disponível a custo mínimo para partidos candidatos 
cabos eleitorais e cidadões comuns. A eleição de 2010 será também um 
teste para a qualidade dos eleitores, para a obediência às leis do país e 
para o uso adequado das novas tecnologias em favor da democracia. 
 
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44
1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus 
 produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa 
 forma, contribuem para o crescimento econômico do país. 
4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor 
 supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza 
 imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente, 
7 que o mais longo período da história da vida humana foi 
 orientado pela cooperação e solidariedade, valores 
 fundamentais para a sobrevivência da espécie. (...) 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 
12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A vírgula logo depois de “solidariedade” 
(l.8) é obrigatória porque a oração que a segue tem valor explicativo e 
corresponde a que são valores (...). 
 
13. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir é 
adaptado do editorial d’O Estado de S. Paulo de 22/4/2010. 
Julgue-o quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão. 
Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate 
a dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no 
primeiro trimestre e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o 
país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas 
1.297 casos da doença. 
 (...) A ocultação, pela 
13 indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por 
 seus produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as 
 destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados 
16 Unidos da América durante uma década inteira; e outros 
 produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada 
 ano, mais mortes do que essas. 
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45
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., 
São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações). 
14. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Não haveria prejuízo para o 
sentido original do texto nem para a correção gramatical caso a expressão 
“a cada ano” (L.17-18) fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, 
para imediatamente depois de “e” (L.16). 
 
Nos itens a seguir, são apresentados trechos adaptados de jornal de 
grande circulação. Julgue-os quanto à correção gramatical. 
15. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A legislação brasileira proíbe 
que menores de catorze anos trabalhem, mas, segundo dados do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia, em 2008, um total de 
993 mil crianças entre cinco e treze anos nessa situação. Em uma faixa 
etária mais ampla, até dezessete anos, quando se espera que os jovens 
ainda estejam estudando, foram contabilizados, ao todo, 4,5 milhões de 
crianças e adolescentes no exercício de algum tipo de trabalho. 
 
16. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Visto apenas pelo ângulo 
econômico, o problema da exploração da mão de obra infantil, é ao 
mesmo tempo reflexo e impecílio para o desenvolvimento. Quando 
crianças e adolescentes deixam de estudar para entrar precocemente no 
mercado de trabalho, trocam um futuro mais promissor pelo ganho 
imediato. 
 
17. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo após 
o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o autor do 
texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos 
voltados para a expansão da produção e para o aumento da 
produtividade. 
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46
 
 (...) O movimento da 
 vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a 
 ocorrer em ritmo quase esquizofrênico, determinando os 
10 valores fugidios de uma ordem temporal marcada pela 
 efemeridade. Como tentativas de acompanhar essa velocidade 
 vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade 
13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a 
 fluidez das relações interpessoais. (...) 
Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial. 
In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações). 
18. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A ausência de vírgula depois 
de “vertiginosa” (l.12) indica que a oração iniciada por “que marca” (l.12) 
restringe a ideia de “velocidade vertiginosa” (l.11-12). 
 
19. (Cespe/UERN/Agente Técnico Administrativo/2010) “Quase dois terços da 
área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a 
exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de 
826.000 km², destruída.” 
O segmento “que é de 826.000 km²” está entre vírgulas porque é um 
aposto. 
20. (Cespe/CEF/Advogado/2010) “No final do ano passado, o Conselho 
Nacional de Justiça e o Supremo Tribunal Federal (STF) lançaram a 
campanha Começar de Novo para sensibilizar a população para a 
necessidade da recolocação, no mercado de trabalho e na sociedade, do 
preso libertado após cumprimento da pena.” 
A retirada da vírgula empregada logo após “sociedade” prejudicaria a 
correção gramatical do texto. 
 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
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21. (Cespe/BRB/Advogado/2010) “O mundo moderno, caracterizado pela 
globalização, pela revolução tecnológica e pelo avanço irrestrito da 
Internet, sinaliza uma crise mundial complexa, multidimensional, cujas 
facetas afetam

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