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CAPÍTULO 38 – SISTEMA RESPIRATÓRIO 1. Sistema Respiratório Trato respiratório superior (compartimento nasolaringofaríngeo) – conduto respiratório, condicionador de ar (37°C), umidificar e filtrar o ar. Trato respiratório inferior (compartimento traqueobrônquico e alveolar) Artérias e veias pulmon a res, vasos linfáticos, nervos, tecido conjuntivo dos espaços per i brônquicos e per i vasculares, septos interlob u lares e pleuraZona condutora: paredes espessas para não haver difusão de gases (traqueia, brônquios e bronquíolos membranosos) – porção não parenquimatosa do pulmão, 15-17 gerações Zona de transição: funções conduto- Parênqu i ma pulm o narras e respiratórias (bronquíolos respira- tórios e ductos alveolares. Zona respiratória: função respiratória (alvéolos) Pulmão: - Lóbulo pulmonar primário: distal ao bronquíolo respiratório (sacos, ductos e alvéolos, vasos, nervos e tecido conjuntivo) - Lóbulo pulmonar secundário: envolvido por septo de tecido conjuntivo -- Segmentos Broncopulmonares: forma piramidal, separados por septo conjuntivo. **Triângulo de segurança: local seguro para drenagem de tórax (evita tecido mamário e lesão da artéria torácica). Borda anterior do músculo grande dorsal, borda lateral do peitoral maior, linha horizontal que passa pelo mamilo. ***Toracotomia ou toracocentese: procedimentos realizados na borda superior das costelas para evitar vasos, nervos e pontos de inserção muscular. Pleura: - Folheto parietal Espaço virtual seroso, pressão negativa (capilaridade: impossibilita separação) - Folheto visceral (pleura diafragmática, pleura mediastínica) - Ligamento triangular do pulmão 2. Circulação pulmonar: 1. Grande circulação (própria) – aa brônquicas (ramos da aorta torácica) 2. Pequena circulação (geral) – artéria pulmonar -- Pressão arterial menor que em outras partes sistêmicas (medição: Ecocardiograma) --- Confirmação de Hipertensão Pulmonar: > = 25 mmHg (confirmação: método invasivo: Cateterismo) ---- Pressão dos capilares alveolares: 7 mmHg (fatores modificantes: fase do ciclo cardíaco sístole ou diástole; estados patológicos - hipovolemia; posição do corpo- deitado ou em pé) Fluxo sanguíneo pulmonar: Zona I: ausência de fluxo (pressão alveolar > pressão capilar) Indivíduos saud á veisZona II: fluxo intermitente – presente na sístole/ ausente na diástole (capilar na sístole > pressão alveolar > pressão capilar diastólica) – Porções superiores do pulmão Zona III: fluxo contínuo (pressão capilar > alveolar) – Base do pulmão (pressão hidrostática da coluna de sangue) Ápice pulmonar: alvéolos maiores (menor possibilidade de dilatação) Zona II: perfusão intermitente Shunt fisiológicoBase pulmonar: alvéolos menores (possibilidade de dilatação) Zona III: perfusão contínua (pressão capilar > alveolar) [] – Ocorre vasoconstrição (ao contrário de outras áreas do corpo) - Sangue vai para áreas mais ventiladas – melhor utilização -- Veias pulmonares: NÃO possuem válvulas Pressão do átrio esquerdo -- pressão do sistema venoso pulmonar e capilar = Edema e dispneia. --- Tecidos não respiratórios do pulmão recebem irrigação das Artérias Brônquicas (ramos da artéria torácica) - pressão aa brônquicas > pressão aa pulmonares - Hemoptises: 95% dos casos 3. Respiração: Ventilação: - Objetivo: leva o ar até o alvéolo, distribui de forma adequada (entra em contato com os capilares) - Mecanismo: ação dos músculos respiratórios (músculos esqueléticos) - Músculos Inspiratórios: diafragma, intercostais externos, paraes- ternais, escaleno, esternocleidomastoideo, trapézio, peitorais e abdominais. ( Processo ativo) - Músculos Expiratórios: (Processo passivo) expiração forçada não é passsiva. - Controle: centro respiratório no bulbo - Doenças que afetam a ventilação: --Aumentam a carga de trabalho dos músculos respiratórios re- pentinamente (asma brônquica aguda) --Elevam o trabalho da respiração pela obstrução ao fluxo(DPOC) -- Fraqueza dos músculos respiratórios por doenças neuromuscu lares (síndrome de Guillain-Barré e Miastenia Gravis) Relação ventilação/perfusão: Perfusão: base > ápice (20 vezes maior que ápice) Ventilação: base > ápice (4 vezes maior) – alvéolos são menores na base (maior capacidade de complacência) - Alterações na V/Q: Efeito shunt: alvéolo hipoventilado e normalmente perfundido. Obs: Shunt fisiológico na base: SEMPRE perfundido (Zo- na III - Fluxo constante), mas nem sempre ventilado (ape- sar de sua capacidade de complacência ser maior). Shunt: o alvéolo não está ventilado, mas continua perfundido. Ex: alvéolo atelectasiado. Efeito espaço morto: volume de ar alveolar que não participa das trocas gasosas na hipoperfusão do alvéolo, que, no entanto, está normoventilado. Ex: Hipovolemia (pressão capilar < alveolar) Espaço morto: alvéolo não perfundido, porém, ventilado. Áreas superiores do pulmão Zona I: sem fluxo Zona II: fluxo intermitente (diástole não tem fluxo) Espaço morto fisiológico = Espaço morto anatômico + Efeito do espaço morto + Espaço morto alveolar Espaço morto fisiológico/ volume corrente = volume inspirado que não participa da hematose (30 -33% do volume corrente) Todas as afecções que aumentam a insuflação alveolar ou diminuem perfusão (hipoperfusão) = espaço morto fisiológico diminuição da ventilação alveolar, menor eliminação de no ar expirado e tendência à hipercapnia. - Consequências das alterações em V/Q: Hipoxemia predominantemente (efeito shunt) Produção de hipercapnia (efeito espaço morto) - Objetivo: trocas gasosas (diferença de pressão parcial dos gases envolvidos) Difusão: Movimento dos gases de uma região para a outra (processo passivo) - Objetivo: Transporte de e Participação da circulação sistêmica Fatores que interferem na taxa de difusão dos gases pela membrana respiratória: 1. Espessura da membrana – edema pulmonar ou doença intersticial = difusão dificultada e hipoxemia 2. Área de superfície de membrana – remoção de partes do pulmão, destruição do pulmão por enfisema. 3. Coeficiente de difusão dos gases: 20 vezes > DPOC: hipoxemia (primeiro sinal), hipercapnia (estágios avançados) 4. Diferença de pressão entre os lados da membrana Síndrome de Guillain-Barré ou na miastenia gravis (pulmão normal, musculatura comprometida) – ar atmosférico não consegue penetrar nos alvéolos para que haja diferença de pressão. **Difusão dificultada em pulmões enfermos: fibrose intersticial (espessamento da membrana alvéolo capilar), enfisema (destruição das paredes dos septos alveolares) Respiração celular: reações mitocondriais para geração de energia Projeção Pulmonar na parede torácica: - Linha de início a 3cm superior às clavículas (ápice) - Desce medialmente até o ângulo de Louis - Segue direção inferior (paralelamente à linha medioesternal) até o nível das quartas articulações costocondral - Pulmão direito: continua verticalmente até a 6ª articulação costocondral. - Pulmão esquerdo: desce até alcançar a linha paraesternal na 5ª art costocondral Desce medialmente até a 6ª art. Cc. - Posição de expiração: (Borda inferior) linha levemente curva de convexidade inferior (6ª articulação articulação costovertebral no nível do processo espinhoso da 10ª vértebra torácica) - Linha sobe, cruzando articulações costovertebrais 7ª vértebra cervical (processo espinhoso) - Posição de inspiração: Descida 2 vértebras de cada ponto demarcado. - Fissura oblíqua: 3ª vértebra torácica, curva-se inferiormente (segue 6ª costela), termina perto da borda inferior do pulmão (6ª articulação costocondral) - Membro superior em abdução e mão posicionada na parte posterior da cabeça: borda medial da escápula = fissura oblíqua. - Fissura horizontal: inicia na oblíqual na 6ª costela (linha médio axilar borda anteriordo pulmão),final: 4ª cartilagem costal. **Referêcia: Ângulo esternal = 2 ª costela Linhas e regiões torácicas: Linhas torácicas verticais: - Face anterior do tórax: 1. Linha medioesternal = plano médio 2. Linha esternal lateral: margem lateral do esterno 3. Linha hemiclavicular: ponto médio da clavícula - Face lateral: 1. Linha axilar anterior (início: prega axilar anterior) = margem inferior do peitoral maior 2. Linha axilar posterior (prega axilar posterior – tubérculo da crista ilíaca) = músculo grande dorsal 3. Linha axilar média - Face posterior do tórax: 1. Linha vertebral 2. Linha escapular (ângulo inferior da escápula) Pontos para procedimentos invasivos: **Descompressão de pneumotórax hipertensivo: linha hemiclavicular / segundo espaço intercostal ** Toracocentese: Linha escapular imediatamente inferior ao ângulo da escápula (sétima costela ou sétimo espaço intercostal) Linhas torácicas horizontais: - Face anterior do tórax: 1.Linha da terceira articulação condroesternal 2. Linha da sexta articulação condroesternal 3. Linhas Claviculares - Face lateral do tórax: 1. Linha da sexta articulação condroesternal - Face posterior: 1. Linha escapular superior (borda superior da escápula) 2. Linha escapular inferior (borda inferior da escápula) Regiões da face anterior do tórax 1. Região esternal: corresponde à superfície do esterno, podendo ser dividida em superior e inferior pela linha da terceira articulação condroesternal. 2. Região infraclavicular (direita e esquerda) – limitada lateralmente pela borda anterior do músculo deltoide, medialmente pela linha esternal lateral, superiormente pela linha clavicular e inferiormente pela linha da terceira articulação condroesternal. 3. Região mamária (direita e esquerda) – limitada superiormente pela linha da terceira articulação condroesternal, medialmente pela linha esternal lateral, lateralmente pela linha axilar anterior e inferiormente pela linha da sexta articulação condroesternal. 4. Região inframamária ou hipocondríaca (esquerda e direita) - limitada superiormente pela linha da sexta articulação condroesternal, inferomedialmente pela margem costal e lateralmente pela linha axilar anterior Regiões da face lateral do tórax 1. Região axilar linha da sexta articulação condroesternal 2. Região infra-axilar 3. Região axilar (direita e esquerda) - limitada pelo côncavo axilar, pela linha axilar anterior, pela linha axilar posterior e pela linha da sexta articulação condroesternal. 4. Região infra-axilar (direita e esquerda) - limitada pela linha da sexta articulação condroesternal, pela linha axilar anterior, pela linha axilar posterior e pela arcada costal Regiões da face posterior do tórax 1. Região supraescapular - limitada medialmente pela linha vertebral, superolateralmente pela borda superior do músculo trapézio e inferiormente pela linha escapular superior. 2. Região supraespinal e infraespinal: projeção da escápula superiormente e inferiormente à sua espinha. 3. Região interescapulovertebral – limitada medialmente pela linha vertebral, superiormente pela linha escapular superior, lateralmente pela borda mediai da escápula e inferiormente pela linha escapular inferior. 4. Região infraescapular é limitada superiormente pela linha escapular inferior, medialmente pela linha vertebral, lateralmente pela linha axilar posterior e inferiormente pela borda inferior do tórax
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