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TEMPO E ESPAÇO DOS SUJEITOS E INSTI	TUIÇÕES ESCOLARES
(PERÍODO IMPERIAL)
Catia R. FRASSON
Kenia C. Frasson RODRIGUES
UNINTER
Resumo
Este trabalho tem como objetivo analisar a influencia histórica do Período Imperial na educação brasileira atual, focalizando o período do Império (1822 a 1889). A Reflexão incorpora uma analise histórico-comparativa acerca do sentido do direito a educação e dos principais marcos e principais documentos legais gerado nesse período. O estudo realizado observou a inserção da gratuidade e da obrigatoriedade na legislação. Vale ressaltar que a gratuidade foi explicitada na Constituição Política do Império do Brasil, de 1824. Com o ato adicional em 1834, descentralizou a administração publica, ficando a educação primaria a carga das províncias. Assim a gratuidade não se efetivou na sua totalidade em algumas delas no período estudado. Apesar da explicação do direito a educação, enquanto dever do Estado, só ter sido realizado no nível federal com a Constituição de 1969, o presente trabalho indica que em nível inicial (nas províncias), houve inserções já no Período Imperial.
Palavras-chave: Período Imperial. Influência do Período Histórico. Obrigatoriedade.
Introdução
 O Período Imperial da história brasileira inicia-se no ano de 1824, quando D. Pedro I proclama a independência e outorga a primeira Constituição do Brasil, na qual se estabelecia que a educação primária fosse gratuita para todos os cidadãos no país.
 Para melhorar o sistema educacional, no ano de 1823 é criado no país o chamado Método Lancaster (Método do Ensino Mútuo) no qual um aluno já treinado ensinava a grupos de até dez alunos, sob a vigilância de um professor-inspetor; este modelo usado em 1823 existe até os dias atuais, com as devidas adaptações, sendo conhecido na atualidade como o sistema de monitoria.
 Avançando na organização da educação no país, em 1826 o imperador determina por meio de uma lei a existência de quatro graus para instrução: Pedagogias, Liceus, Ginásios e Academias. Em 1827 foi instituída a lei sobre Educação Primária e a determinação da fundação de Escola de Primeiras Letras em todo país.
 Em 1837 é criado, na cidade do Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II com a função de se tornar o modelo de ensino no país, no entanto, até o final do Império esta escola não conseguiu se organizar de forma efetiva para se tornar a referência educacional do Brasil.
 Assim, em 1889, com o fim do Período Imperial no Brasil, apesar de propostas interessantes não havia surgido nada de concreto na educação brasileira, fazendo com que as ações educacionais se mantivessem escassas e divididas sem a ocorrência de um sistema de educação efetivo e com qualidade.
O Período Imperial e a Educação Brasileira
 A partir de 1822, no Período Imperial havia grande dificuldade na sistematização da educação elementar, pois a população em sua maioria era agrária e não havia interesse das elites para a educação popular. O ensino nesse tempo era preparatório para ingressar nos cursos superiores. O Império necessitava de um grupo político forte, por isso foram criados cursos para a formação jurídica e gestão. Nas faculdades de Direito, os bacharéis obtinham formação em juristas e advogados e também na “aprendizagem do poder”, pois muitos desses estudantes faziam parte dos grupos políticos. O governo, com todos os incentivos para a educação, criava uma hierarquização, pois a criação do Imperial Colégio Dom Pedro II, dos cursos de Medicina e Direito, deixava claro a distinção social e a intenção de formação de uma elite privilegiada.  
 Em 1 de março de 1822 através de decreto, instituiu-se a primeira escola com método de Lancaster. A Constituição outorgada pela Assembléia Constituinte no artigo 179, dizia que a instrução primária era gratuita a todos os cidadãos.
 Em 1827 foram aprovadas muitas leis em respeito à educação, mas essas foram complexas e incompletas, mas mesmo assim houve um fortalecimento de uma perspectiva político-cultural para a construção da nação brasileira e do Estado Nacional que via na instrução umas das principais estratégias civilizatórias do povo brasileiro e de governabilidade. Instruir as classes inferiores e formar as classes superiores era tarefa fundamental do Estado e, ao mesmo tempo, condição mesma de existência deste Estado e da Nação, conforme defendiam as elites imperiais.
 Após as leis de 1827, outro importante marco no processo de escolarização no Brasil foi o Ato Adicional de 1834. Este “ato” era um conjunto de normas legais que modificava a constituição de 1824. No que se refere à educação, o Ato Adicional estabelecia que as Assembléias Provinciais tivessem competência para atuar e estabelecer leis sobre o ensino elementar e secundário e que o Estado Imperial cuidaria do ensino superior em todo o território nacional e dos demais níveis de ensino apenas no município da Corte.
 Uma outra característica que iria marcar a história da educação, no Brasil, ao longo do Período Imperial, seria o seu caráter elitista e excludente. Elitista porque estava voltada para a educação de alguns poucos e excludente porque excluía os escravos e grande parte dos pobres (negros ou brancos) e das mulheres. 
 As mulheres, apesar de terem o direito assegurado a freqüentar as escolas de primeiras letras desde 1827, iriam ver surgir a primeira escola secundária feminina apenas em 1858 e obteriam acesso à Faculdade de Direito somente em 1881. Sua presença nos cursos de formação docente das Escolas Normais iria crescer apenas nos anos 1870, quando rapidamente assumiriam a maioria das vagas.
 Percebe-se, portanto, que desde o início da história do Brasil a educação esteve a serviço do sistema político econômico da sociedade na qual está inserida. Suas limitações e avanços dependem das conveniências apropriadas para tal modelo. No contexto do Brasil Imperial, assim como em qualquer outro período, podemos listar estas limitações e a partir delas estabelecer parâmetros comparativos para se constatar a finalidade da educação naquela época.
 A partir de 1840 os relatórios ministeriais consideram como uma necessidade o estabelecimento da instrução obrigatória. Dessa forma a educação surgiu como um direito fundamental de todos os cidadãos tornando gratuita a todos, mas o regulamento de 1854 estabeleceu isso de um modo tão impreciso e vago que se pode dizer que o ensino não é obrigatório no Brasil. Portanto estes termos se tornam assunto de reivindicações que provém de vários setores da sociedade.
 Ainda assim, houve muitos protestos, pois mesmo a educação sendo gratuita e obrigatória era visível a distinção social e a dificuldade de negros e mestiços conseguirem estudar. Os critérios fundamentais para o exercício de direitos de cidadãos contavam pelas posses de atributos mais caros, o que excluía os escravos, que até 1850 representava a maior parte da população. As escolas públicas eram estabelecimentos considerados de excelência e as vagas eram disputadas por exames seletivos e as instituições geralmente freqüentadas por estudantes de classe alta. 
 A escola como formadora da identidade nacional precisava de professores e a contratação destes era feita a cada 20, 25 alunos. A fiscalização era realizada através de lista de presenças, visita de inspetores e relatórios. A presença nas aulas era obrigatória e os pais que não mandavam os filhos iam para a lista de pais omissos.  Com o passar dos anos, a falta de alunos, a falta de estrutura nas escolas e a falta de professores contribuíram para a queda do sistema educacional da época.
Conclusão
 O Professor no Império Brasileiro, de maneira geral era formado pela prática e pela vontade, no entanto, somente esta prática não poderia ser considerada suficiente para a formação de um bom professor.
 Analisando o Período Imperial Brasileiro, podemos concluir que esse momento histórico deixouheranças na educação que podem ser percebidas ate hoje em nossas escolas, as principais características foram:
- Sistema de ensino por monitoria;
- Ensino obrigatório e gratuito;
- Inserção das meninas (mulheres) nas escolas;
- Escolas primárias noturnas para jovens e adultos;
- Concurso para admissão de professores;
- Criação do ensino normal (magistério) para formação de professores;
- Criação de jardins de infâncias junto com as escolas normais com a finalidade assistencial (cuidar dos filhos pequenos da classe trabalhadora) e promover local de estágio para futuros professores;
- Má remuneração dos professores, (baseado no fato de que o país era muito grande, então seriam necessários muitos professores, conseqüentemente a verba seria dividida entre todos eles).
 Ao olhar o estado da educação brasileira é possível perceber que, em muitos aspectos, ainda permanecemos ligados às heranças estruturais da organização escolar que pesquisamos. Desse modo percebemos a importância da Formação do bom Professor e do desenvolvimento especial da educação primária que é a base essencial para a qualidade exigida nos demais níveis.
Referências
ALMEIDA, J. R. P. História da Instrução Pública no Brasil (1500-1889). Tradução: Antonio chizzotti. São Paulo: EDUCA; Brasília, DF: INEP/ MEC, 1989.
 PORTAL EDUCAÇÃO – disponível em http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34878/periodo-imperial-historico-da-educacao-no-brasil#ixzz42F9V7cEJ
Zichia, Andreia de Carvalho, O direito a educação no Período Imperial; um estudo de suas origens no Brasil, 129f, Dissertação de mestrado.
Cordiolli, Marcos Antonio, Sistemas de ensino e políticas educacionais no Brasil, Curitiba, Ibpex, 2011.
Gonçalves, Nadia Gaiofatto, Constituição histórica da educação no Brasil, Curitiba, Intersaberes, 2012.
RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira: a organização escolar. 20. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2008.

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