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Trauma Raquiomedular

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Trauma Raquiomedular
Isabel Lemos
É a lesão da medula espinhal, que pode ser completa ou incompleta. Apenas aproximadamente em 20% dos casos a lesão medular não decorre de traumatismos, sendo secundária a processos degenerativos/ patológicos tais como tumores, malformações, diabetes.
A grande maioria dos casos de trauma raquiomedulares é decorrente de acidentes. Pode ser por acidentes automibilisticos, ferimentos por armas de fogo, quedas entre outros.
Os locais mais comuns de lesão medular são as áreas das vertebras C5, C6 e C7, além da junção das vertebras torácicas e lombares T12 e L1.
Mecanismos de lesão
Hiperflexão: Causada por desaceleração 
súbita do movimento.
Hiperextensão: Movimento com a cabeça para 
Trás e para baixo. A medula é esticada e 
Torcida.
Carga axial: Resulta de uma carga vertical.
Carga Lateral: Força aplicada lateralmente.
Como é feito o diagnóstico
Nos casos de trauma fechado, ou seja, onde não houve nenhum tipo de lesão penetrante e o paciente não possui nenhum déficit neurológico, o diagnóstico dificilmente é estabelecido. Esse é um dado bastante importante, pois todo o indivíduo politraumatizado é um candidato a ter TRM até que se prove o contrário.
É muito importante saber nessa fase qual foi o mecanismo do trauma, isto é, como o indivíduo se machucou, como foi encontrado, se estava consciente, se era capaz de mobilizar os membros, se queixou de dor ou dormência, etc. Então, após uma história colhida de maneira correta, o exame neurológico detalhado deverá ser realizado.
 Após o exame clínico, exames complementares deverão ser realizados. A radiografia simples da coluna, apesar de como o próprio nome diz ser simples e barata constitui um dos exames mais fundamentais para pacientes com TRM.
Outras alternativas são a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância nuclear magnética (RNM).
Avaliação Neurológica
 A American Spinal Injury Association (ASIA) e a International Medical Society of Paraplegia (IMSOP) estabeleceram juntamente um padrão para se avaliar a gravidade da lesão medular, estabelecendo padrões de atendimentos nos grandes centros de trauma. Esta escala consiste nas avaliações das transecções medulares a serem classificadas:
a) Completa: nenhuma função motora ou sensitiva esta preservada nos segmentos sacros S4 e S5.
b) Incompleta: a função sensitiva, mas não motora, esta preservada abaixo do nível neurológico e se estende até os segmentos sacros S4 e S5.
c) Incompleta: a função motora esta preservada abaixo dos níveis neurológicos e a maioria dos músculos importantes abaixo do nível neurológico tem uma gradação muscular menor que 3.
d) Incompleta: a função motora esta preservada abaixo do nível neurológico e a maioria dos músculos importantes abaixo do nível neurológico tem uma gradação de 3 ou mais.
e) Normal: a função motora e sensitiva esta normal.
Riscos do traumatismo
Os riscos estão diretamente relacionados com o grau de extensão, intensidade e gravidade da lesão. Porém, nos TRM, existe um outro aspecto que é crucial em relação aos riscos. Quanto mais cranial (alta) for a lesão mais grave será o quadro neurológico, porque a medula espinhal é a continuação do nosso cérebro, e é dela que partem as raízes nervosas que vão dar motricidade e sensibilidade do nosso corpo (do pescoço para baixo).
Formas de tratamento
Diante de um trauma, o tratamento de indivíduos com TRM se inicia no local do acidente. A imobilização do pescoço e coluna, bem como o transporte do paciente sobre pranchas rígidas devem ser sempre realizados. O agravamento da condição neurológica pode ocorrer se, no local do trauma, as medidas básicas de atendimento forem negligenciadas. Isso é chamado "segundo trauma". Na verdade, esta lesão foi decorrente da imperícia do tratamento, e poderia ter sido facilmente evitada.
O tratamento cirúrgico dos TRM é bastante específico, onde cada lesão necessita de um procedimento diferenciado. Atualmente apesar de todos os avanços da medicina, o tratamento cirúrgico se limita à tentativa de restauração da anatomia óssea da coluna vertebral, evitando a compressão do tecido nervoso. A medula espinhal deve estar livre de qualquer compressão que possa existir sobre ela. Materiais (placas, hastes, parafusos, etc) feitos a partir de ligas metálicas de última geração - por exemplo, titânio - são usados com o objetivo de promover estabilização do eixo de sustentação do corpo.
A Fisioterapia torna-se relevante para o lesado raquimedular desde a fase de hospitalização, com seguimento após a alta hospitalar, para melhorar as condições físicas, prevenir deformidades e promover a independência funcional dos pacientes. 
O exercício físico promove efeitos fisiológicos benéficos com o aumento do fluxo sanguíneo, a melhor distribuição do oxigênio na interface célula-capilar e gera mudanças significativas no sistema cardiovascular pelo aprimoramento do sistema de transporte, da extração e da utilização do oxigênio, enquanto que no sistema respiratório melhora a função pulmonar com o aumento do volume corrente, da capacidade pulmonar e da capacidade de difusão. Benefícios psicológicos também ocorrem e promovem sensação de bem-estar, melhoram a auto estima e a qualidade de vida.
Referências 
Fisioterapia Neurofuncional – Trauma Raquiomedular. Site: http://gustavofisio.blogspot.com.br/2011/06/trauma-raquimedular-trm.html

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