Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRESIDENTE DA REPÚBLICA Dilma Rousseff MINISTRO DA EDUCAÇÃO Fernando Haddad GOVERNADOR DO ESTADO Wilson Martins REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Luiz de Sousa Santos Júnior SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ Átila Lira SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA DO MEC Carlos Eduardo Bielschowsky DIRETOR DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EaD Hélio Chaves COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL Celso Costa COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA À DISTÂNCIA DA UFPI Gildásio Guedes Fernandes SUPERINTENDENTE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO ESTADO Eliane Mendonça CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS DIRETOR Antonio Fonseca dos Santos Neto COORDENADOR DO CURSO NA MODALIDADE EAD José Iran Nobre de Sena COODENADORA DE MATERIAL DIDÁTICO DO CEAD/UFPI Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira DIAGRAMADOR Joaquim Carvalho de Aguair Net 2 Este texto é destinado aos estudantes aprendizes que participam do programa de Educação à Distância da Universidade Aberta do Piauí (UAPI), vinculada ao consórcio formado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Centro Federal de Ensino Tecnológico do Piauí (CEFET-PI), com apoio do Governo do estado do Piauí, através da Secretaria de Educação. O texto possui duas unidades que tratam de: Unidade 1- etapas do projeto monográfico. Unidade 2- Estrutura material do projeto monográfico. Na Unidade 1, apresentaremos ao leitor uma breve e concisa visão sobre os elementos constituintes do projeto monográfico. Na Unidade 2, apresentaremos ao leitor a visão geral da parte material do projeto monográficoo. 3 UNIDADE I: PROJETO DE PESQUISA: DEFINIÇÕES 1. Monografia..............................................................................10 2. O trabalho monográfico sob dois aspectos..........................10 3. Exigências básicas no trabalho monográfico.......................10 4. Projeto monográfico..............................................................11 4.1. Delimitação do tema.............................................................11 4.1.1. No momento da delimitação do tema ............................12 4.1.2. Levantamento bibliográfico..............................................13 4.1.2.1. Leitura...........................................................................13 4.1.2.1.1. Fases da leitura............................................................13 4.1.2.1.2. Análise de textos.........................................................14 4.1.3. Documentação........................................................................14 4.2.. Problematização e referencial teórico....................................14 4.2,1. Definição de problematização.................................................15 4.3. Referencial teórico.....................................................................15 4.3.1. Exemplo de problematização e referencial teórico.........15 4.4. Objetivos e Hipóteses.........................................................21 4.4,.1. Definição de objetivo.......................................................21 4.4.2. Os objetivos se dividem...................................................21 4.4,2,1, Objetivos: relação dos verbos..........................................22 4.4.2,2, Exemplo de objetivos.......................................................22 4.4.3. Hipóteses..........................................................................23 4 4.4.3.1 exemplo de Hipóteses.....................................................23 4.5. Justificativa.........................................................................24 4.5.1. Exemplo de justificativa...................24. 4.6. Metodologia.........................................32 4.6.1. Exemplo de metodologia..................32 4.7. Cronograma.........................................34 .4.7,1. Exemplo de cronograma...............36 4.8. Referências bibliográficas.................38 4.8.1. Exemplo referências bibliográficas..38 BIBLIOGRAFIA..............................................42 WEBBIBLIOGRAFIA....................................43 ATIVIDADES E EXERCÍCIOS........44 UNIDADE II: ESTRUTURA MATERIAL DO PROJETO MONOGRÁFICO 2. Elementos pré-textuais..................................47 2.1. Capa...........................................................47. 2.1.1 Deve conter................................................47 5 2..1.2 Exemplo de capa......................................48. 2..2. Folha de rosto.............................................48 1.2.2.1. Deve conter...........................................................................48 2.2.2, Exemplo folha de rosto.........................................................49 1.3 2.3. Sumário..................................................................................49. 1. 2.3.1. Definição de sumário...........................................................49 2.3.2. Exemplo de sumário...........................................................49 2.4. Aspectos gráficos do projeto monográfico .........................50 3. Aspectos bibliográficos............................................................51 3.1. Tipos de Citação....................................................................51 3.1.1 Citação direta ou transcrição.............................................51 3.1.2. Citação indireta ou conceitual.............................................52 3.2. Regras de apresentação das referencias bibliográficas..........53 3.2.1. Regras devem ser seguidas nas referências bibliográficas......53 4. Exemplo da parte gráfica..........................................................53 5. Elementos textuais............................................................6 5.1. .Redação provisória..............................................................76 5.2. Redação definitiva...............................................................76 BIBLIOGRAFIA...............................................................................77 WEBBIBLIOGRAFIA......................................................................79 ATIVIDADES E EXERCÍCIOS......................................................80 ANEXO I – NBR 10520........................................................110 ANEXO II- NBR 6023:,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,124, 6 UNIDADE I PROJETO MONOGRÁFICO: DEFINIÇÕES RESUMO: o projeto monográfico tem sua organização com base nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), seguindo certa estrutura. Para tanto, tem-se que planejar: a delimitação do tema, o levantamento bibliográfico, a documentação da bibliografia, a filtragem da bibliografia, a problematização do tema, os objetivos, a justificação do tema, a metodologia, o referencial bibliográfico, o cronograma. 7 UNIDADE I: PROJETO MONOGRÁFICO:DEFINIÇÕES 1. Monografia......................................................................................10 2. O trabalho monográfico sob dois aspectos......................................10 3. Exigências básicas no trabalho monográfico....................................10 4. Projeto monográfico........................................................................11 4.1. Delimitação do tema.....................................................................11 4.1.1. No momento da delimitação do tema ........................................12 4.1.2. Levantamento bibliográfico........................................................13 4.1.2.1. Leitura.....................................................................................13 4.1.2.1.1. Fases da leitura.....................................................................13 4.1.2.1.2. Análise de textos...................................................................14 4.1.3. Documentação............................................................................14 4.2.. Problematização e referencial teórico...........................................14 4.2,1. Definição de problematização....................................................15 4.3. Referencial teórico.........................................................................15 4.3.1. Exemplo de problematização e referencial teórico....................15 4.4. Objetivos e Hipóteses....................................................................21 4.4,.1. Definição de objetivo.................................................................21 4.4.2. Os objetivos se dividem.............................................................21 4.4,2,1, Objetivos: relação dos verbos..................................................22 4.4.2,2, Exemplo de objetivos.............................................................22 4.4.3. Hipóteses..........................................................................;;;;;;;;;23 8 4.4.3.1 Exemplo de Hipóteses...........................................................................................23 4.5. Justificativa................................................................................................................24 4.5.1. Exemplo de justificativa........................................................................................24. 4.6. Metodologia.........................................;.....................................................................32 4.6.1. Exemplo de metodologia.......................................................................................32 4.7. Cronograma...............................................................................................................34 .4.7,1. Exemplo de cronograma.......................................................................................36 4.8. Referências bibliográficas........................................................................................38 4.8.1. Exemplo referências bibliográficas......................................................................38 BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................42 WEBBIBLIOGRAFIA...................................................................................................43 ATIVIDADES E EXERCÍCIOS.................................................................................44 9 PROJETO DE MONOGRAFIA 1. Monografia: Etimologicamente, a palavra monografia tem como significado dissertar sobre um único assunto. Em outras palavras, a sua origem significa: mónos (um só) e graphein (escrever). Portanto, ao se tratar do trabalho monográfico, tem que ter presente à mente que se vai dissertar sobre um único tema de forma bem delimitada, profunda e exaustiva. 2. O trabalho monográfico sob dois aspectos: - estrito: quando ele é segundo a forma de uma tese, ou seja, quando o conteúdo apresenta uma contribuição ao saber científico que seja original e relevante. -. lato: quando, embora resulte de uma pesquisa científica, não é exigido um grau elevado de originalidade. 3. Exigências básicas no trabalho monográfico. Pense, reflita e escolha um tema geral e um orientador que se encontre dentro da linha escolhida pertinente ao tema. A escolha do tema geral do trabalho monográfico está diretamente relacionada com o aspecto da empatia e simpatia, porquanto de nada adianta escolher um tema complexo se não se tem afinidade com o mesmo. Portanto, tem-se que escolher um tema relacionado a aquilo que se identifica. 4. Projeto monográfico: VOCÊ SABIA: PROJETO É SINÔNIMO DE PLANEJAME NTO MONO/GR A FIA: ESCREVE R EXAUSTI VAMENT E EM TORNO DE UM TEMA 10 1. O projeto monográfico é um trabalho acadêmico que descreve as fases e os procedimentos de um processo de investigação científica a ser realizado. A elaboração de um projeto de pesquisa necessita, para que seus resultados sejam satisfatórios, basear-se em planejamento cuidadoso e reflexões conceituais sólidas alicerçadas em conhecimentos já existentes. O projeto de pesquisa representa a normatização do tema escolhido para o trabalho monográfico, porquanto prevê a profundidade e os rumos que a Monografia pretende alcançar. Todo projeto monográfico tem sua organização com base nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), seguindo certa estrutura. Para tanto, tem-se que se pensar: delimitação do tema, levantamento bibliográfico, documentação da bibliografia, filtragem da bibliografia, problematização do tema, objetivos, justificação do tema, metodologia, referencial bibliográfico, cronograma. 4.1 Delimitação do tema A escolha do tema é de fundamental importância para o trabalho monográfico. Ela é o objeto da pesquisa, porquanto, nessa fase, é necessário, ao procurar o tema, proceder com afinco e dedicação. 4.1.1. No momento da delimitação do tema tem-se como preocupação: A) detectar a área da Filosofia que mais se tem afinidade como, por exemplo, Ética. Cumpre salientar que a escolha do tema deverá ser decorrência de pesquisas bibliográficas. O orientador poderá indicar e auxiliar o orientando na busca pela bibliografia adequada (livros, artigos, teses, dissertações etc..). VOCÊ SABIA: DELIMIT AR É SINÔNIM O DE DEMARC AR VOCÊ SABIA: NA MONOGR AFIA É NECESSÁ RIO CIRCUNS CRE-VER O TEMA 11 B) . o recorde do tema escolhido como, por exemplo, a Filosofia de John Rawls. Em um projeto monogrráfico torna-se necessária a limitação da amplitude do tema como, por exemplo, nota-se que na filosofia de Rawls há vários aspectos abordados como: razão pública, bens primários, equilíbrio reflexivo, posição original etc.... Portanto nesse universo teórico ainda cabe mais um recorde que poderá ser: JOHN RAWLS E A REVOLUÇÃO COPERNICANA KANTIANA C) o recorde do tema acima citado deverá ser levado em consideração se, por meio dele, há toda uma problematização. D) a clareza e a precisão daquilo que se pretende estudar, porquanto todo e qualquer tema encerra inúmeras possibilidades. Para tanto, tem-se que proceder com um recorde em se tratando do tema geral, pois, como é um trabalho monográfico (dissertar sobre um único tema), não é possível se trabalhar com um tema de demasiada amplitude. Portanto, torna-se necessário fazeruma monografia sobre um assunto cuidadosamente delimitado. .4.1.2. Levantamento bibliográfico Quando se define o tema tem-se que fazer o levantamento bibliográfico. Nele tem-se que fazer a leitura de artigos, livros, teses, dissertações etc. 4.1.2.1. Leitura VOCÊ SABIA: DOCUMEN TAÇÃO É SINÔNIMO DE FICHAME NTO 12 Embora o mundo se encontre em constante progresso tecnológico, é inegável a importância da leitura, porquanto ela ainda é fundamental, principalmente, para as pessoas que convivem em um ambiente acadêmico. Segundo Galliano: Não basta ser alfabetizado para realmente saber ler. Há leitores que deixam os olhos passarem pelas palavras, enquanto sua mente voa por esferas distantes. Esses lêem apenas com os olhos. Só percebem que não leram quando chegam ao fim de uma página, um capítulo ou um livro. Então devem recomeçar tudo de novo porque de fato não aprenderam a ler. É preciso ler, mas, também é preciso saber ler. Não adianta orgulhar-se que leu um livro rapidamente em algumas dezenas de minutos, se ao terminar a leitura é incapaz de dizer sobre o que acabou de ler. 4.1.2.1.1. Fases da leitura Segundo Cervo e Bervian1, a leitura informativa tem as seguintes fases: A) Leitura de pré-reconhecimento ou pré-leitura – fornece visão global do assunto, faz com que o leitor tenha um “primeiro encontro” com o texto. Ela apenas significa uma aproximação do assunto o qual, nessa fase, encontra-se difuso. B) Leitura seletiva – objetiva selecionar as informações que interessam à elaboração do trabalho monográfico. C) Leitura crítica ou reflexiva – exige análise, comparação, diferenciação e julgamento das idéias contidas no texto. D) Leitura interpretativa – exige a correlação das teorias ou autores estudados com a procura de solução referente à problematização proposta no trabalho monográfico, porquanto é em tal leitura que se julga o material coletado. 4.1.2.1.2. Análise de textos: Analisar é decompor um texto completo em suas partes para melhor estudá-las. Tal ação consiste em: A) Sublinhar 1 CERVO; BERVIAN, Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários, p. 85. 13 B) Esquematizar C) Resumir ou reconstituir o texto decomposto pela análise. 4.1.3. Documentação Documentação e fichamento têm o mesmo significado. Ao documentar o pesquisador necessita fichar os textos sob forma de síntese como, também, as suas críticas pessoais. Os fichamentos, então, constituirão os dados que subsidiarão as várias etapas do projeto monográfico como, também a própria monografia em suas partes lógicas (Introdução, Desenvolvimento e Conclusão). 4.2.. Problematização e referencial teórico 4.2.1. Definição de problematização: Problematizar é especificar um ponto que se sente a necessidade de resolvê-lo. Em outras palavras, problematizar é aquilo que gera o propósito ou a discussão em relação à temática escolhida, portanto, é uma questão, um enunciado que interroga com o fito de se alcançar uma boa conclusão. Nesse sentido, a problematização encerra algo que necessita efetuar, de uma forma nítida, o problema em foco que se objetiva solucionar, resolvendo-o ou minorando-o, buscando no aparato acadêmico um aprofundamento teórico. Nessa perspectiva, a problematização não se constitui em um simples problema, mas é algo que decorre de determinados argumentos lógicos e com suficientes subsídios teóricos. Torna-se necessária, então, a clareza sobre o problema teórico que se tentará discutir e resolver. No entanto, não basta somente discutir o problema, é fundamental que se elenque as várias possibilidades de resolvê-lo. Portanto, em um VOCÊ SABIA: PROBLEM ATIZAÇÃO NÃO SIGNIFICA , SOMENTE, PROBLEM A. 14 trabalho monográfico o tema que se fez a opção tem, necessariamente, que encerrar um problema. Tal procedimento se origina, fundamentalmente, de discussões teóricas por partes de autores consagrados em se tratando do tema que se propõe resolver. Em outras palavras, a elaboração da problematização não acontece por meio do vazio, ela é originada atráves de discussões mediante referenciais bibliográficos. 4.3. Referencial teórico Quando se trata de referencial teórico, isso significa a relação que se faz entre as teoriaa de vários autores. Para tanto, aponta-se as visões de vários autores consagrados sobre o assunto em pauta. Em outras palavras, mostram-se as convergências e divergências de suas visões. 4.3.1. Exemplo de problematização e referencial teórico DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA E REFERENCIAL TEÓRICO O problema básico da filosofia kantiana é o de fornecer uma unidade para a razão. Kant divide este problema em duas dimensões: uma dimensão teórica ou epistemológica e outra prática ou ética. A parte epistemológica do problema kantiano está presente na Crítica da Razão Pura. Esta parte teórica, por sua vez, está dividida em duas questões a saber: a primeira diz respeito à possibilidade da metafísica como ciência e a segunda sobre como são possíveis a física e a matemática como ciência. A questão que Kant pretende é saber sobre a possibilidade do conhecimento a priori, ou seja, fundar uma necessidade sintética para o conhecimento e que, ao O referencial teórico pode ser chamado de revisão de literatura, pressupost os teóricos, marco teórico, etc 15 mesmo tempo, seja universal e necessária. As palavras-chave para tal resposta são aquelas que Kant chamou de revolução copernicana kantiana, ou seja, a afirmação de que o sujeito é parte ativa na elaboração do objeto, efetuando, assim, a sua constituição. Desta maneira, o sujeito só pode conhecer aquilo que ele representa, ou seja, aquilo que ele percebe e sintetiza. Em outras palavras, isto significa que a razão só percebe aquilo que ela mesma produz segundo seu próprio projeto. Kant, desta maneira, detecta a existência de juízos sintéticos a priori , isto é, juízos universais e necessários que podem ampliar os nossos conhecimentos. A parte ética da filosofia kantiana é aquela em que Kant mostra que a razão pura é prática por si mesma e que ela nos fornece a lei em que toda a moralidade é alicerçada. Ela pode ser vista nos livros: Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Crítica da Razão Prática e Metafísica dos Costumes. Neles Kant passa a ter como preocupação a fundamentação da ética. Ele procura desvelar em que consiste a universalidade e a necessidade do dever. A consciência do dever é um Faktum da Razão. A Razão é autônoma e, por sua vez, dita a sua própria lei que vem na forma de um imperativo, tendo em vista que os seres não são somente racionais, mas que, também, são dotados de razão e sensibilidade (impulsos, paixões etc.), a lei tem que adquirir um caráter de imperativo. Neste sentido, nós podemos constatar que há uma tentativa por parte de Kant de fundamentar em uma única base tanto à moralidade quanto o conhecimento. Em ambos os casos, esta fundamentação não é metafísica, mas, sim, uma possibilidade de legitimidade da razão, colocando o sujeito como centro fundador de possibilidades, Kant 16 operando, desta forma, uma espécie de revolução copernicana.2 Dentro deste contexto, nós vimos que a referência a Kant ocupa um papel expressivo textual na obra de Rawls. Muitas críticas apareceram em virtude da analogia da teoria deRawls com a concepção kantiana relativa ao sujeito moral.3 Para rebater estas críticas e outras que surgiram em relação à sua teoria da justiça, Rawls publica outros escritos. Por este motivo, nós podemos falar em duas etapas não excludentes do pensamento rawlsiano:4 1°- é aquela onde Rawls escreve Uma Teoria da Justiça; 2°- é a fase seguinte a Uma Teoria da Justiça onde o filósofo de Harvard tenta responder às criticas feitas a sua obra acima citada. A segunda fase do pensamento de Rawls é constituída por vários escritos. Tendo em vista o nosso foco central de interesse, que é a discussão sobre uma possível revolução copernicana rawlsiana, nós vamos nos ater somente a alguns escritos de Rawls que são eles: 1- O Construtivismo Kantiano na Teoria Moral, publicado em 1980; 2 -Justiça como Eqüidade: Política e não Metafísica, publicado em 1985; 3 - O Liberalismo político, publicado em 1993. No artigo O Construtivismo Kantiano5, a filosofia rawlsiana inicia um processo de aprofundamento dos conceitos originários apresentados em TJ, tais como: 2 PORTA, A Filosofia A Partir de Seus problemas, p. 107. 3 Como por ex. as de Michael Sandel e as de Charles Taylor dentre outras. 4 OLIVEIRA, Rawls, Procedimentalismo e Contratualismo, p.. 3. 5 RAWLS, Justiça e Democracia, p. 43. 17 1°- a racionalidade agora significa uma teoria da escolha racional e ela está subordinada ao conceito de razoabilidade.Logo, no escrito acima citado, o autor fala em ser humano razoável como elemento fundador de sua teoria e, não mais, como em TJ em ser humano racional; 2°- os Bens Primários não são mais aquilo que satisfaz às necessidades vitais, como em TJ, mas são aquilo indispensável à realização pelo ser humano de sua personalidade moral no sentido kantiano. Vale a pena aqui ressaltar que, apesar das reformulações que a teoria rawlsiana sofreu, ainda é clara a influência do pensamento kantiano quanto à questão da elaboração do conceito de justiça de Rawls. Neste sentido, nós vimos um Rawls afirmando a questão da autonomia moral dos cidadãos em uma sociedade bem ordenada, mostrando a questão da natureza da pessoa no sentido kantiano que ele já esboçou em TJ, comparando a sua Posição Original, o desinteresse que lá ocorre e o Véu de Ignorância ao imperativo categórico kantiano, dentre outras influências. Contudo, no artigo O Construtivismo Kantiano, Rawls ainda permanece com algumas imprecisões vistas em TJ como àquelas sobre as crenças morais, defendendo que as concepções de pessoa e sociedade são construídas. Daí decorre a necessidade de Rawls em explicar a sua teoria como política e não metafísica. No escrito A Teoria da Justiça como Eqüidade: uma teoria política e não metafísica6, o autor abandona completamente o conceito de racionalidade visto em TJ, como também a sua ambição universalista. Com isto exclui uma referência à Verdade, limitando o campo de aplicação da sua teoria da justiça às 6 RAWLS, Justiça e Democracia, p. 199. 18 sociedades democráticas, afirmando que o objetivo da mesma é aquele prático, baseado em uma razão pública e fazendo um diferencial entre a sua teoria da justiça como eqüidade em relação ao liberalismo kantiano. Neste sentido a teoria da justiça como eqüidade não pode ter a pretensão de ser a única base das instituições democráticas, nem a mais apropriada e nem a única correta. Em contrapartida, a justiça como eqüidade tenta mostrar uma concepção que está enraizada nas idéias intuitivas básicas da cultura pública de uma democracia, onde nela o valor da autonomia completa está concretizada em uma sociedade bem ordenada.7 Em um escrito posterior, no livro intitulado O Liberalismo Político Rawls reformula, em partes, o seu pensamento filosófico político. Nele ele continua vendo a justiça como um problema de imparcialidade, tal como é apresentado em TJ, mas modifica alguns aspectos da sua teoria precedente quando constata que é pouco realista a concepção de uma sociedade bem ordenada, como, também, vê que as sociedades modernas são compostas por doutrinas abrangentes, muitas vezes incompatíveis entre si. Em linhas gerais, nós podemos constatar que, embora Rawls cite outros filósofos e ele mesmo faça modificações no conteúdo de suas obras, a teoria da justiça rawlsiana é kantiana em sua natureza como cita o autor da mesma, onde ele afirma a abdicação do caráter de originalidade da sua teoria , procurando características estruturais que já se encontram na teoria de Kant. 7 Associação de pessoas organizada de maneira tal que favoreçam o interesse de seus membros, regulada por uma concepção de justiça que se aplica de uma maneira efetiva. 19 Embora John Rawls em seu artigo O Construtivismo Kantiano afirme que a sua teoria da justiça é somente análoga à teoria kantiana8, nós procuraremos discutir se as suas raízes vão além do que o próprio Rawls possa admitir. Rawls em seu artigo A Teoria da Justiça como Eqüidade: uma teoria política e não metafísica afirma que a filosofia kantiana é uma doutrina moral abrangente e que a sua teoria da justiça não tem como objetivo algo metafísico e nem epistemológico9, mesmo ele argumentando desta forma, nós vamos analisar de onde vêm os procedimentos utilizados por sua filosofia para fundar os princípios de justiça alcançados através de uma razão pública10. Por este motivo, nós tentaremos discutir se a teoria rawlsiana parte da questão central da elaboração de uma unidade para a razão tendo como fundamento a filosofia kantiana, porém remodelando-a. Para tanto, nós veremos se o pensamento rawlsiano no livro Uma Teoria da Justiça toma como referência os aspectos abordados na teoria moral de Kant11 em sua mais legítima acepção,evidenciando o caráter abstrato do sujeito moral, operando, desta maneira, um individualismo relacionado à natureza humana, fornecendo, assim, margens, portanto, a uma interpretação metafísica de sua teoria.12 Desta maneira, nós vamos questionar se o autor sugere que o seu sujeito moral implícito em sua Posição Original13 toma o fato em suas particularidades como contingentes ficando, assim, a impressão que 8 RAWLS, Justiça e Democracia, p.. 48 9 RAWLS, Justiça e Democracia, p..211. 10 AUDARD, La Stratégie Kantienne de Rawls, p.. 30. 11 O sujeito moral kantiano deve ser considerado livre de toda a influência da sensibilidade, embora os seus atos produzam efeitos no mundo empírico. 12 ARAUJO, Império da Lei e Subjetividade, p.. 4. 13 isto é, ele recorre a um procedimento hipotético onde neste os participantes são homens livres, iguais e racionais com a finalidade de alcançarem um conceito de justiça com eqüidade. 20 este sujeito não depende destes fatos, mantendo desta forma, a visão de sujeito comum a ele e a Kant. No artigo Uma teoria da justiça como Eqüidade: uma teoria política e não metafísica a teoria rawlsiana sofre modificações no sentido de que aqui há uma mudança do conceito de racionalidade. Com isto, nós nos perguntamos se Rawls pretende evitar qualquer semelhança com o idealismo transcendental kantiano14 quando ele afirma que a Posição Original é um artifício de representação,onde o conceito de pessoa moral é dividido em dois planos:1°- a razoabilidade do sujeito moral; 2°- a racionalidade do sujeito moral. Porém, Rawls, neste artigo, só propõe o seu conceito de pessoa moral tomando como base o primeiro plano; quanto ao segundo plano ele se abstém de afirmar ou negar qualquer coisa.15 Se visto desta maneira, cabe a pergunta se a teoria rawlsiana continua kantiana. Logo, se a situação for como a acima citada,o que nós podemos questionar é: 1°- se o liberalismo deontológico de Rawls pode ser sustentado sem uma referência às dificuldades associadas ao sujeito moral kantiano? 2°- se o pensamento rawlsiano se apresenta eficaz para dissolver as lacunas entre os ideais normativos e a realidade social imperante, ou seja, será se o procedimento de Rawls terá os mesmos embaraços sentidos pela doutrina moral kantiana em relação à liberdade e o dever-ser? Para tanto, nós vamos abordar a correlação entre o dever e a liberdade na teoria da justiça de John Rawls à luz da sua apropriação da filosofia moral kantiana tentando questionar se o consenso justaposto, o equilíbrio reflexivo e a razão pública vistos no O 14 Transcendental não significa o que ultrapassa a experiência, mas aquilo que a antecede, através da razão pura, sem outra finalidade que não seja a de possibilitar o conhecimento da experiência. 15 KIRSCHBAUM, John Rawls: Justiça Imparcial e Seus Limites, p. 63. 21 Liberalismo Político podem, de certa forma, solucionar para a filosofia rawlsiana as dificuldades enfrentadas pela teoria kantiana. Com isto, nós vamos nos perguntar se o construtivismo político na teoria de Rawls é uma reformulação procedimental tanto dos juízos sintéticos a priori quanto do modelo deontológico kantiano do imperativo categórico e se a decorrência da Posição Original pode ser vista como uma interpretação procedimental da concepção kantiana da autonomia e do imperativo categórico dentro de uma estrutura de uma teoria empírica. Logo,nós tentaremos discutir se agir tomando como referência os princípios de justiça é agir conforme um imperativo categórico, analisando de que forma o Véu de Ignorância suprime qualquer maneira de heteronomia, vendo se o desinteresse mútuo contido na Posição Original pode ser considerado semelhante à concepção de autonomia kantiana e averiguando se o recurso de construção procedimental rawlsiano do imperativo categórico é um objetivo que Rawls se fornece para superar o dualismo kantiano entre natureza e liberdade 4.4. Objetivos e Hipóteses 4.4.1.. Definição de objetivo Em ampla medida o termo objetivo significa um norte que se pretende seguir. O objetivo é iniciado com um verbo. Ele é referente às ações que se busca realizar. Para tanto, deve-se levar em consideração os limites daquilo que se pode alcançar, para que não se almeja algo que esteja fora do alcance, porquanto no trabalho monográfico os objetivos sempre devem ser alcançados. Portanto, a monografia 22 tem, necessariamente, uma meta a ser atingida. Tal meta deve constar no projeto de pesquisa como, também, tem que ser perseguida no trabalho monográfico. 4.4.2. Os objetivos se dividem em: A) gerais; manifesta o rumo do conhecimento acadêmico desejado, englobando pesquisa e monografia como uma proposta ampla. B) específicos; tem como função cumprir o objetivo geral. O projeto deve contemplar um objetivo para cada item do trabalho monográfico (capítulo, parte ou seção). 4.4.2.1. Objetivos: relação dos verbos Objetivos Gerais Avaliar, analisar, aplicar, apreciar, comparar, compreender, conhecer, considerar, crer, demonstrar, desenvolver, reconhecer, saber, usar, aceitar, assumir, cooperar, gostar, interessar-se por, julgar, manifestar, prever, reforçar Objetivos Específicos Anotar, apontar, caracterizar, calcular, coletar, determinar, deduzir, definir, descrever, detectar, discriminar, distinguir, dizer, desdobrar, especificar, aumentar, explicar, estruturar, estabelecer, escolher, elaborar, exemplificar, formular, grupar, identificar, indicar, listar, planejar, preparar, relacionar, responder, representar, selecionar, transferir, aplicar, assimilar, classificar, contrastar, diferenciar, enunciar, escolher, exemplificar, listar, formular, localizar, responder, resolver, selecionar, sintetizar. 23 4.4,2,2. Exemplo de objetivos I – OBJETIVO 1- Dimensionar em que medida há influência da doutrina kantiana no pensamento rawlsiano; 2- analisar se o construtivismo político é uma reformulação dos juízos sintéticos a priori e do imperativo categórico kantiano, 3- averiguar se o pensamento rawlsiano de O Liberalismo Político é tão kantiano quanto o do Uma Teoria da Justiça; 4.4.3. Hipóteses; A hipótese é considerada uma proposição testável que contém, em suposição, a solução do problema. Ela é de natureza criativa. A Hipótese pode ser sinônimo de suposição 24 função da hipótese, no projeto monográfico, é propor uma provável resposta para o problema que se pretende abordar. Ela necessita de todo um embasamento teórico e deve ser formulada de tal forma que possa servir de orientação durante a condução do trabalho monográfico. Para isso, ela deve ser formulada de modo claro e conciso, sem ambigüidade gramatical. 4.4.3.1. Exemplo de hipóteses: • HIPÓTESE 1 • A teoria rawlsiana é kantiana desde Uma Teoria da Justiça até O liberalismo Político. •HIPÓTESE 2 •Rawls se propõe a efetuar uma unidade para a razão seguindo o modelo kantiano, porém remodelando-o. •HIPÓTESE 3 •A tentativa da teoria rawlsiana é operar uma nova revolução copernicana kantiana. 4.5. Justificativa JUSTIFIC AR É FORNEC ER RAZÕES 25 No projeto monográfico, a justificativa é constituída pela argumentação sobre a relevância do estudo. Na justificativa retomam- se a problematização e o objetivo, evidenciando a importância da abordagem. Em ampla medida, justificativa pode-se definir como as causas da escolha do tema do trabalho monográfico. Tal parte do projeto consiste em justificar a causa da escolha do problema em foco. 4.5.1. Exemplo de justificativa; O AUTOR John Rawls surgiu no cenário filosófico como um reabilitador da filosofia política no século XX. A teoria rawlsiana mostrou uma ruptura na história mais recente da filosofia prática. Ela reabilitou as questões morais reprimidas durante muito tempo e apresentou-as como objeto de pesquisas científicas sérias.16 Rawls enfrentou explicitamente as correntes da filosofia prática, mais precisamente, o utilitarismo, o 16 HABERMAS, A Inclusão do Outro: estudos de teoria política, p.. 66. 26 intuicionismo racional , o perfeccionismo e o comunitarismo. O utilitarismo é , para Rawls, uma teoria frágil, pois ele como ética do fim dominante, termina por encontrar-se em embaraços ao procurar um único fim para as atividades humanas. Desde modo, ou ele define o prazer de modo tão amplo que assim não pode vir a ser o critério para a decisão racional ou o define de modo tão restrito que este não se constitui o único fim. O utilitarismo falha, também, na medida em que não explicita os termos liberdade e igualdadee suas relações. O intuicionismo racional, por sua vez, Rawls o critica por justificar as normas de uma forma epistemológica, assegurando que existem princípios materiais a priori que conhecemos por intuição. Neste sentido, as normas morais são consideradas como verdadeiras e elas devem ser aceitas universalmente por sua evidência sem fazer referência ao sujeito. Desta forma, o intuicionismo acaba por retroceder a um estágio antes do kantiano, incorrendo, assim, em uma heteronomia, onde os homens não elegem os princípios de sua convivência, mas que, pelo contrário, são regidos por princípios já dados. Em relação ao perfeccionismo, o professor de Harvard afirma que ele é heterônomo na medida em que determina o bem antes do justo , considerando o bem moral como a elevação ao máximo da capacidade mais própria do homem. Desta maneira, o perfeccionismo se caracteriza como uma doutrina metafísica ou ontológica.17 Por fim, a reação rawlsiana ao comunitarismo ocorre pelo fato deste negar o pressuposto de uma razão comum a todos os homens. 17 ORTS, La Justificacion Ética Del Derecho como Tarea Prioritária de La Filosofia Política, p. 132. 27 Dentro deste contexto, Rawls vai adotar uma postura na qual ele vai prescindir das teorias acima citadas e das justificações metafísicas, fato que nós vamos notar cada vez mais transparente no desenvolvimento do seu pensamento e que vai culminar com duas etapas na filosofia de Rawls e diferentes enfoques em seus trabalhos em relação à sua teoria da justiça que é visto desde que os seus primeiros trabalhos apareceram no começo da década de cinqüenta até as suas últimas publicações nos anos noventa . O professor de Harvard efetuou um largo processo de ampliação e revisão de sua teoria da justiça que demorou décadas. Deste processo, segundo Habermas, decorrem resultados corretos essenciais e que, Rawls, mesmo sem recorrer aos pressupostos fundamentais da filosofia transcendental kantiana, ele propõe uma leitura própria e intersubjetivista do conceito de autonomia visto em Kant.18 Logo, com base em tudo o que foi citado anteriormente, nós podemos constatar que Rawls é um dos grandes teóricos do século XX e XXI e dele ainda temos muito o que comentar e refletir. O TEMA Em linhas gerais,o que vai nos interessar aqui nesta pesquisa é a apropriação feita por Rawls em relação aos conceitos kantianos e a sua tentativa de, também, conseguir uma unidade para a razão tal qual aquela vista na filosofia de Kant. Para isto, cumpre aqui salientar que Rawls lê Kant não com uma atitude dissidente como Schopenhauer, mas com originalidade fiel e criativa.19 Mais especificamente, neste sentido, nós vamos tentar mostrar como a teoria rawlsiana será uma tentativa de 18 HABERMAS, A Inclusão do Outro: estudos de teoria política, p.. 65. 19 BELLO, Kant Ante El espejo de La Teoria de John Rawls, p.. 177. 28 inserir a doutrina kantiana, propriamente dita, na sociedade, mantendo, assim, o núcleo de alguns conceitos kantianos remodelando-os.Dentro deste contexto, nós acreditamos que vamos ampliar as descobertas sobre o pensamento rawlsiano na medida em que nós vamos averiguar se John Rawls, à sua maneira, desejou assim elaborar uma revolução copernicana segundo o modelo kantiano, utilizando, para isto, de subsídios conceituais pertencentes à filosofia de Kant tais como os juízos sintéticos a priori, imperativo categórico e razão prática. O primeiro trabalho de Rawls foi Uma Teoria da Justiça publicada em 1971. Neste escrito John Rawls tinha como objetivo generalizar e elevar em um relevante grau de abstração a teoria do contrato social baseada em Locke, Rousseau e Kant,tentando elaborar uma teoria moral sistemática que conta com elementos éticos, jurídicos, políticos, econômicos, psicológicos, metodológicos e lógicos com a finalidade de construir uma filosofia moral dando ênfase aos conceitos de liberdade e igualdade. Neste sentido, ele tenta elucidar quais são os princípios resultantes de um procedimento construtivo.20 Por este motivo, convém mencionar que a teoria rawlsiana tem como fundamento geral buscar os princípios primeiros das sociedades democráticas. Para tanto, em linhas gerais, nós podemos constatar que, embora ele cite outros filósofos, a teoria da justiça rawlsiana é kantiana em sua natureza como cita o autor da mesma, onde ele afirma a abdicação do caráter de originalidade da sua teoria, procurando características estruturais que já se encontram na teoria de Kant. 20 ORTS, La Justificación Ética Del Derecho como Tarea Prioritária de La Filosofia Política, p.. 129. 29 O § 4021 de Uma Teoria da Justiça fornece uma visão panorâmica da influência que Kant teve neste livro. Neste parágrafo John Rawls afirma que o princípio da liberdade22 e a prioridade deste princípio decorrem da noção de autonomia kantiana. Com isto ele admite que a verdadeira força da doutrina kantiana reside no fato de que os princípios morais, além de serem objetos de uma escolha racional, devem ser acatados em condições que caracterizem os homens como tais, ou seja, seres humanos racionais, livres e iguais. Dentro deste quadro, Rawls acredita fazer uma comparação da Posição Original23 com a doutrina kantiana. Para isto outro recurso utilizado é aquele que Rawls denomina de Véu de Ignorância24. Este procedimento é o que vai garantir a manutenção da imparcialidade no momento da escolha dos resultados objetivados pela teoria. Logo, o Véu de Ignorância vai suprimir a heteronomia e vai ajudar a ampliar a concepção moral kantiana, pois os princípios escolhidos serão aplicados na Estrutura Básica da Sociedade25 na distribuição de Bens Primários. Desta maneira, os princípios de justiça são análogos ao imperativo categórico. 21 RAWLS, Uma Teoria da Justiça, p. 275. 22 isto é, aquele que diz que cada pessoa deve ter igual liberdade máxima e que cada pessoa deve ter igual direito de acesso ao sistema total mais extenso de liberdades básicas compatível com um sistema de liberdade similar para todos, 23 é um procedimento figurativo que permite representar os interessados de cada um de maneira tão eqüitativa que as decisões daí decorrentes serão elas próprias eqüitativas. 24 é aquele que ele pede que imaginemos um grupo formado por pessoas que embora tenham uma sabedoria geral são ignorantes em relação as suas individualidades e este grupo não tem nem conhecimento dos seus fatos particulares nem dos outros. Eles sabem que têm metas, mas ignoram a utilidade delas. 25 ou seja, aquela que regula a distribuição dos Bens Primários e são passíveis de escrutínio por estes mesmos princípios de justiça, justamente porque a forma como são distribuídos influencia fortemente a possibilidade dos indivíduos desenvolverem seus planos de vida. 30 Contudo, Rawls afirma que a parte que falta na doutrina kantiana é aquela do conceito de expressão, pois embora as pessoas na Posição Original possam ser consideradas como o nôumeno perante o mundo, elas desejam expressar a escolha dos princípios de justiça em sua vida como seres inseridos na sociedade Desta forma, a Posição Original pode ser considerada como uma interpretação procedimental dos juízos sintéticos a priori,da concepção kantiana de autonomia e do imperativo categórico dentro da estrutura de uma teoria empírica. Em suma, no § 40 de Uma Teoria da Justiça26, Rawls afirma que: 1°- Entre sua teoria e a doutrina kantiana há um afastamento em vários aspectos, porém em TJ27 ele só vai destacar dois que são os seguintes: 1.1 - o nôumeno é escolha coletiva, onde isto não anula os interesses da pessoa; 1.2 - os indivíduos estão sujeitos às condições da vida humana, logo há restrições naturais que devem ser levadas em consideração quando se trata da questão da liberdade. 1.3 - e conclui afirmando que o seu objetivo em TJ é remodelar os dualismos kantianos aplicando-os a uma teoria empírica, onde o que ele chama de interpretação da doutrina de Kant é uma interpretação da justiça como eqüidade, daí o por quê que ele afirma ser sua teoria análoga mas não idêntica à doutrina kantiana. Desta maneira, Rawls acredita que os indivíduos, de maneira deliberada e não coercitiva, possam agir conforme os princípios de justiça aplicados às instituições. Neste sentido, ele distingue claramente 26 RAWLS, Uma Teoria da Justiça, p. 275. 27 A partir daqui nós chamaremos o livro de John Rawls Uma Teoria da Justiça de TJ. 31 princípios adotados pelas instituições daqueles adotados pelos indivíduos. Os princípios adotados pelas instituições devem ser passíveis de consentimento, isto é, os indivíduos de uma sociedade têm que ter a possibilidade de conciliarem os mesmos com seus planos de vida em conformidade com princípios individuais. Logo, em TJ, Rawls acreditou ter dado conta da universalidade da justiça como paradigma fundamental de uma sociedade.28 Desta maneira, a teoria da justiça como eqüidade exposta em TJ pode ser vista como uma doutrina abrangente em oposição a uma concepção política da justiça, porque ela objetiva ser aplicada a todos os sujeitos e a todas as formas de vida. Nela Rawls procura desvelar as idéias fundamentais que estão presentes no senso comum como: as de Liberdade, as de igualdade, a de cooperação social e a de pessoa. Esta obra rawlsiana suscitou inúmeras críticas , porém na presente pesquisa este não será nosso foco central de interesse. Contudo, nós vamos discutir as decorrências das autocríticas de Rawls pertinentes à sua teoria e afirmar que mesmo quando ele aceita as suas próprias críticas, isto não faz com que ocorra uma ruptura em sua teoria e que seria um equívoco imaginar a existência de duas fases distintas no pensamento do citado filósofo. O que ocorre é que Rawls revê alguns conceitos originários de sua teoria da justiça com o intento de aprofundar as teses centrais da mesma. Entretanto, cumpre aqui notar que a publicação de TJ em 1971 levou ao renascimento da filosofia moral e política norte-americana, pois com ela foram suscitados temas que geraram inúmeras indagações, inaugurando um 28 RIBEIRO, John Rawls: A Virtude nas Instituições, p.. 154. 32 processo daquilo que podemos chamar de desenvolvimento do pensamento rawlsiano, levando Rawls a optar como fundamento de sua teoria o fato de que a característica básica das sociedades modernas é o pluralismo, constatação vista em O Liberalismo Político e que o conduz à seguinte questão: como uma sociedade estável e justa de cidadãos livres e iguais pode viver em harmonia quando está profundamente dividida por doutrinas abrangentes? Rawls responde a isto com uma redefinição de contrato e de sociedade bem ordenada. Portanto, ele explica que uma sociedade bem ordenada tem uma concepção de justiça advinda de um consenso justaposto de doutrinas razoáveis e gerais onde os cidadãos se unem para afirmar uma mesma concepção política, baseada em suas próprias doutrinas que, embora distintas, convergem para um mesmo ponto. Desta maneira, Rawls no O Liberalismo Político tem como procedimento um tipo diferente de construtivismo onde as faculdades da reflexão e do julgamento se desenvolvem no quadro de uma cultura comum que as forma. Dentro deste contexto, ele afirma que os princípios de justiça além de serem políticos, são, também, o resultado de um procedimento de construção. Os princípios de justiça, neste caso, utilizam certas concepções puramente políticas da pessoa e da sociedade para elaborarem uma concepção de um regime constitucional justo que possa ser admitido por quem detém diferentes concepções abrangentes. Sendo assim, a idéia de sociedade consiste em um sistema eqüitativo de cooperação que se estende ao longo do tempo de geração a geração. 33 A concepção de pessoa é a do cidadão livre e igual que tenha a capacidade de elaborar, revisar e perseguir racionalmente concepções do Bem. Para Rawls as concepções de pessoa e sociedade são idéias fundamentais que os cidadãos compartilham na cultura política, ainda quando eles têm doutrinas abrangentes diferentes. O Rawls do LP29 é mais restrito quanto à aplicação de sua teoria da justiça, isto é, ele delimita o seu campo às sociedades democráticas modernas. Nelas ele enfatiza a sua legislação e evidencia a característica que elas devem ter como um padrão de correção que é a razoabilidade conforme situações concretas onde a justiça é exigida.30 Em TJ, Rawls tem um projeto muito ambicioso em relação à sociedade, isto é, nós notamos que ele se propõe como tarefa a função de encontrar, dentro da multiplicidade da sociedade, um princípio único de justificação. Nós vimos que, nesta etapa de seu pensamento, o autor de TJ parece buscar uma verdade absoluta sobre a definição das normas que norteiam a sociedade democrática como tal. Em TJ há uma ênfase muito grande em relação ao descobrimento dos dois princípios fundamentais de sua teoria que são eles: princípio da liberdade e princípio da igualdade e da diferença, os quais seriam aplicados a todos os sujeitos e a todas as formas de vida. Diferentemente da sua teoria em TJ, em LP, Rawls afirma que a razoabilidade é mais aceitável do que a verdade moral.31 Apesar de tudo o que foi visto acima, o Rawls de TJ não é mais kantiano do que em LP, embora nós pudéssemos pensar o contrário, porque em TJ ele busca um elevado grau de abstração em sua teoria 29 A partir daqui o livro de John Rawls intitulado O liberalismo Político passa a ser chamado de LP. 30 OLIVEIRA, Rawls, Procedimentalismo e Contratualismo, p. 4. 31 RAWLS, O Liberalismo Político, p. 174. 34 política e, em contrapartida, em LP ele é mais delimitado no sentido de que os axiomas do pluralismo e das tolerâncias intentam derivar os interesses em comuns da participação e da constituição da unidade comum dos cidadãos32, apesar disto, nós vimos que em LP, dentre outros fatores, Rawls quando faz uma alusão à questão da razão pública ele é fortemente influenciado pela distinção que Kant faz da razão pública e privada no seu artigo O Que é O Iluminismo.33 Apesar da reformulação da teoria da justiça vista em LP, isto é, mesmo ele partindo de um sistema e de uma prática de argumentação que tem como subsídio a diversidade e se dirige a ela desde a perspectiva da imparcialidade,34 isto ainda não garante a superação de Rawls em relação ao sistema kantiano, pois, neste escrito, o próprio Rawls afirma que no argumento sobre a objetividade das concepções políticas, eleé essencialmente kantiano.35 Com todo o exposto, nós acreditamos que em LP há uma possibilidade de revolução rawlsiana no sentido kantiano, pois Rawls neste escrito fornece a real aplicabilidade na sociedade da teoria kantiana, isto é, fornece uma teoria que nela contem as condições para propor uma realização possível,36 dentro de um procedimento que tem como unidade a razão pública esta fundamentando a ação e o conhecimento, ou seja, fundando tanto os juízos sintéticos a priori quanto o imperativo categórico. Neste sentido, a teoria rawlsiana toma os conceitos com características análogas, mas não idênticas. Desta forma, nós vimos que Rawls coloca a razão pública como referência de unidade para a superação dos dualismos kantianos entre 32 SCHIAVELLO, Due Concezioni della Ragione Pubblica a Confronto, p. 2. 33 THIEBAUT, Sujeto Liberal y Comunidad: Rawls y la Unión Social, p. 25. 34 FLORES, Teoria da Justiça de John Rawls, p.. 7. 35 RAWLS, O Liberalismo Político, p. 166. 36 ROUANET, Justiça como Eqüidade: Uma Proposta Brasileira, p.. 2. 35 fenômeno e liberdade,tudo isto decorrendo de uma concepção de pessoa, de sociedade e de uma representação satisfatória destas concepções, isto é, a razão teórica, neste caso, formando as crenças e os juízos requeridos na formulação dos primeiros princípios de justiça e a aplicabilidade dos mesmos, ocorrendo através de uma forma similar ao imperativo categórico. 4.6. Metodologia A metodologia tem como proposta facilitar o cumprimento dos objetivos. É necessário descrevê-la, apontando quais os meios escolhidos que serão utilizados no desenvolvimento do trabalho monográfico e sua sistematização. Na pesquisa documental deve prever as diversas fontes e os seus respectivos autores. 4.6.1. Exemplo de metodologia A filosofia rawlsiana provocou diferentes críticas e comentários.37 Expor isto não é o que estamos nos propondo nesta presente investigação. Aqui vamos nos limitar a discutir sobre a apropriação de Rawls em relação à doutrina kantiana e as suas autocríticas. Para tanto, a presente pesquisa tomará como fontes primárias às obras de Rawls intituladas Uma Teoria Da Justiça, Justiça e Democracia e O Liberalismo Político. Nestes livros nós temos uma amostragem significativa da influência de Kant em relação a Rawls, bem como , também, do desenvolvimento do pensamento rawlsiano, da 37 Em relação a esse tema, um livro interessante é Chandran KUKATHAS & Philip PETTIT. La Teoria de La Justicia de John Rawls y sus críticos.Madrid, Tecnos, 2004.231p. A METODO LOGIA É A EXPLICA ÇÃO MINUCIO SA, DE TODA AÇÃO QUE SERÁ DESENV OLVIDA NO TRABAL HO DE PESQUIS A 36 elucidação de suas teses centrais e das retificações ocorridas no âmbito de sua teoria. A filosofia kantiana, a nosso ver, é precisamente a maior influência que teve a filosofia de Rawls.Estas afinidades conceituais do pensamento de John Rawls com o de Kant já foram apontadas por alguns autores, mas limitando-se somente a estas questões, sem atingir a compreensão dos objetivos subjacentes à teoria rawlsiana e sem dimensionar a forma maior que esta propõe; àquela intenção kantiana de fornecer uma unidade para a razão através das dimensões teóricas e práticas. Neste sentido, nossa preocupação aqui será a de investigar a apropriação por parte de Rawls dos fundamentos conceituais mais relevantes da filosofia kantiana como um todo para desenvolver a sua teoria moral. Para tanto, metodologicamente, nós tomaremos como centro de análise da nossa pesquisa o conceito rawlsiano de razão pública, na medida em que este é o alicerce fundamental de sua teoria . É na formulação deste conceito onde mais é evidenciado seu débito para com o sistema kantiano. O desenvolvimento da nossa pesquisa vai exigir que façamos uma contextualização histórica da teoria de Rawls no sentido de expor as suas críticas às correntes de filosofia prática da sua época. Essa contextualização não será exaustiva, porque este não é o centro do nosso interesse. Só vamos fornecer elementos pontuais em relação às linhas de pensamento que Rawls criticou e que são importantes na sua trajetória filosófica. Quanto a Kant não temos a pretensão de apresentar uma interpretação original da sua filosofia e nem de expor a totalidade de suas obras nós vamos nos preocupar em trazer á tona os elementos necessários e mais importantes para a filosofia moral rawlsiana. Em termos conceituais, nós vamos nos ater aos conceitos kantianos de razão, de imperativo categórico e de juízos sintéticos a priori presentes em seus livros como Crítica da Razão Pura, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Crítica da Razão Prática e Metafísica dos Costumes. Conforme as obras acima citadas, nós vamos evidenciar um desenvolvimento do pensamento rawlsiano tomando como referência a influência kantiana em dois aspectos: 37 1°- aqueles que Rawls, em todo o seu percurso, continuou preservando, embora os modificando, 2°- como, também, os distanciamentos da teoria rawlsiana em relação à kantiana; Em relação aos comentadores e intérpretes, nós utilizaremos aqueles que estão inseridos no debate filosófico Rawls- Kant.38 Por fim, nós gostaríamos de salientar que nossa pesquisa sobre a influência do pensamento kantiano na teoria de Rawls não está fechada sobre si mesma, mas é um estudo a mais sobre o problema das éticas deontológicas de cunho kantiano que vai tentar ter um posicionamento crítico feito por nossa parte sobre a originalidade, profundidade e fragilidade da filosofia moral de Rawls com a intenção de ampliar as análises já existentes sobre a teoria rawlsiana. 4.7. Cronograma 38 Ver Adela Cortina,1985; Habermas, 2004; Catherine Audard, 1993; Carlos Thiebaut, 1997; Nythamar Oliveira, 1999. 38 O cronograma pode aparecer no projeto sob a forma de texto ou tabela. Ele é caracterizado como o planejamento das etapas que se deve seguir no trabalho monográfico, as quais são distribuídas no tempo previsto para a realização da monografia. Assim, ele prevê a consecução das tarefas que permitirão alcançar os objetivos propostos, desde a escolha do tema até a redação final. 4.7.1. Exemplo de cronograma 39 ANO MÊS ATIVIDADE 2006 MAR/DEZ - Créditos em disciplinas 2006 JAN/JUN JUL/DEZ - Redação Final do Projeto de Tese - Redação de Tese 2007 MAR/DEZ - Redação de Tese 2007 JAN/JUN JUL/DEZ - Redação de Tese - Exame de Qualificação - Redação Final da Tese 2008 JAN/JUL - Redação Final da Tese 3.2.4.8. Referências bibliográficas REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFI CA È SINÔNIMO DE RELAÇÂO DOS NOMES DOS AUTORES UTILIZADOS NO TEXTO 40 Quando se fala em referências bibliográficas isso significa que todos os autores que estão listados no projeto de pesquisa devem ter sido utilizados no momento da elaboração do trabalho científico. Da mesma forma, todos os autores citados na monografia ou no projeto devem, nesse item, ser referenciados. 4.8.1. Exemplo de referências bibliográficas BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ARAUJO, Cícero. Império da Lei e Subjetividade. IN: NovosEstudos Cebrap. N. 54, 1999. P. 157- 168. AUDARD, Catherine. La Stratégie Kantienne de Rawls. IN: Magazine Littérarie. N. 20, Paris, 1993. BELLO, Eduardo. Kant Ante El espejo De la teoria de John Rawls. IN: Revista Daimon. N. 33, Espana, 2004. CASSIRER, Ernst. La Philosophie das Lumières. Paris: Fayard, 1966. CITTADINO, Gisele. Pluralismo, Direito e Justiça Distributiva. Rio de Janeiro: editora Lúmen Juris, 1999. 41 COMTE-SPONVILLE. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. São Paulo: Martins fontes, 1999. DE VLEESCHAUVER, H.J. La Deduction Transcendentale Dans L’Oeuvre de Kant. Paris; Libraire Ancienne Honoré Champion, 1934. DE VLEESCHAUVER. La Evolucion Del Pensamiento Kantiano: história de la uma doctrina. México: Universidad Autônoma de México, 1962. ESTEVES, Júlio. As Críticas ao Utilitarismo por Rawls. IN: Ética. Vol. 1, Florianópolis, 2002. FLORES, Imer. El Liberalismo Igualitário de John Rawls. IN: Revista Doxa. Vol. 4, Espana,1985. GONZÁLEZ, Carlos Pena. La Tesis Del Consenso Superposto y El Debate Liberal-Comunitario. IN: Revista de Estúdios Públicos. N. 82, Chile, 2005. GUERRA, Augusto. Introduzione a Kant. Roma: Editori Laterza, 1985. HABERMAS, Jürgen. A Inclusão do Outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2004, JIMÉNES, Paulina Gutierrez. Rawls y O Liberalismo Político. IN: Política y Gobierno. Vol. 4, México, 1997. LOMBARDI, Franco. La Filosofia Crítica: la formazione Del problema kantiano. Roma: Dispense Universitaries. A, 1943. 42 KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. IN: Coleção “ Os Pensadores”. São Paulo: abril cultural, 1974. KANT, I. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste, 1989. KANT, I. Crítica da Razão Prática. Lisboa. Edições 70, 1986. KIRSCHBAUM, Carlos. RAWLS, John. Justiça Imparcial e Seus Limites. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciência Política da USP. São Paulo, 2005. KRISCHE, Paulo J. A Cultura Política em John Rawls: contribuições e desafios à democracia. IN: Revista de filosofia Política- Nova Série. N. 2, Porto Alegre, 1998. KRISCHE, Paulo J. A. O Contrato Social , Ontem e Hoje. São Paulo: Cortez, 1993. KUKATHAS, Chandal & PETTIT, Philip. La Teoria da Justiça de John Rawls y sus críticos. Madrid: Tecnos, 2004. LINDBLOM, C. O Processo de Decisão. Brasília ed. UnB, 1987. MARQUES, Antonio. A Autonomia Kantiana Revisitada: Notas Sobre O Conceito de Construtivismo. IN: revista de Comunicação e Linguagens. N. 15, 1992. MERQUIOR, José Guilherme. Liberalismo Viejo y Nuevo. México: Fundo de Cultura, 1993. NINO, Carlos Santiago. Ética y Derechos Humanos. Buenos Aires: ed. Astrea, 1989. 43 NOGUERA, José Antonio. John Rawls. IN: Papers. N. 68, Barcelona, 2002. OLIVEIRA, Nythamar. Rawls e a Fundamentação de Uma Teoria da Justiça. IN: Simpósio Internacional sobre a Justiça. Florianópolis, 1997. OLIVEIRA, Nythamar. Hobbes, Liberalismoe Contratualismo. IN: Tractatus Ético-Politicus. Porto Alegre: Edipicrs, 1999. ORTS, Adela Corina. La Justificación Ética DeL Derecho Como Tarea Prioritária De La Filosofia Política: uma discusión desde John Rawls. IN: Revista Doxa. N.2 Espana, 1985. PORTA, Mario Ariel. A Filosofia A partir de Seus Problemas. São Paulo: Loyola,2202. REDONDO, Manuel Jiménez. Precisiones sobre Rawls. IN: revista Doxa. N. 3. Espana, 1986. RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça. São Paulo: Martins fontes, 2002. RAWLS, John. Justiça e Democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2002. RAWLS, John. Justiça Como Eqüidade: uma reformulação. São Paulo: Martins fontes, 2002. RAWLS, John. O Liberalismo Político. São Paulo: ed. Ática, 2000. RAWLS, John. O Direito dos povos. São Paulo: Martins Fontes, 2004. RIBEIRO, Paulo. John Rawls: A Virtude nas Instituições. IN: PHRÓNESIS. N. 2, Campinas, 2002, 44 ROAUNET, Luiz Paulo. Justiça Como Eqüidade: uma proposta brasileira. Trabalho apresentado no 3° Encontro Nacional da Associação Brasileira de Ciência política. Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2002. ROUANET, Luiz Paulo. Rawls e o Enigma da Justiça. São Paulo: Unimarco, 2002. SCHIAVELLO, A. Ética publica e pluralismo. Palermo: Editrice II Messaggero, 2001. SILVA, Reinaldo da. Iluminismo e Liberalismo Político: a razão comum de Condorcet no prisma conceitual de John Rawls. IN: Revista Impulso. N. 29. TORRETTI, Roberto. Manual Kant: estúdio sobre los fundamento de la filosofia crítica. Buenos Aires: Editorial Charcas, 1980. THIEBAUT, Carlos. Sujeito Liberal y Comunidad: Rawls y la unión social. IN: Enrahonar, N. 27, Madrid, 1997. VERNEAUX, Roger. Lãs três criticas: Immanuel Kant. Spain: Editorial Español, 1982. 45 BIBLIOGRAFIAS CERVO, Amado L. e BERVIAN, Pedro A. (1983) Metodologia Científica : para uso dos estudantes universitários. 3.ed. São Paulo : McGraw-Hill do Brasil. CARVALHO, Maria Cecília M. de (Org). Construindo o saber. metodologia científica. fundamentos e técnicas. 3. ed. São Paulo : Papirus, 1991 ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 22 ed. São Paulo: Perspectiva, 2009. FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. GEWANDSNAJDER, Fernando. O que é método científico. São Paulo: Pioneira, 1989. HÜHNE, Leda Miranda. Metodologia científica: caderno de textos e técnicas. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1997. KOCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 12 ed. Petrópolis: Vozes, 1988. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1985. _____. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1986. _____. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2001. . OLIVEIRA, Maria Marly. Como fazer projetos, relatórios, monografias, dissertações e teses. 4 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008. 46 WEBIBLIOGRAFIA www.dominiopublico.gov.br http://www.scielo.br/ http://www2.unoescsmo.edu.br/portal/biblioteca/arq/Apost_Metod_Cie nt-1.pdf 47 1. Conforma bibliografia sugerida, defina os seguintes aspectos do projeto monográfico: 1.1. tema; 1.2. objetivos e hipótese; 1.3. justificativa; 1.4. metodologia; 1.5. cronograma; 1.6. referências bibliográficas Atividades e exercícios 48 UNIDADE II Estrutura Material do Projeto Monográfico 49 UNIDADE II Estrutura Material do Projeto Monográfico Resumo: o projeto monográfico é constituído de elementos textuais (redação provisória e definitiva) e de aspectos pré-textuais: (capa, folha de rosto, sumário, aspectos gráficos, formato do projeto monográfico, tipo de letra, espaçamento, margens e parágrafos, numeração das páginas)50 UNIDADE II: ESTRUTURA MATERIAL DO PROJETO MONOGRÁFICO 2. Elementos pré-textuais.................................................................47 2.1. Capa..........................................................................................47. 2.1.2 Deve conter.............................................................................47 2..1.2 Exemplo de capa....................................................................48. 2..2. Folha de rosto............................................................................48 1.2.2.1. Deve conter...........................................................................48 2.2.2, Exemplo folha de rosto.............................................................49 1.3 2.3. Sumário.................................................................................49. 1. 2.3.1. Definição de sumário..........................................................49 2.3.2. Exemplo de sumário.................................................................49 2.4. Aspectos gráficos do projeto monográfico ................................50 3. Aspectos bibliográficos..................................................................51 3.1. Tipos de Citação..........................................................................51 3.1.2 Citação direta ou transcrição...................................................51 3.1.2. Citação indireta ou conceitual...................................................52 3.2. Regras de apresentação das referencias bibliográficas..........53 3.2.2. Rregras devem ser seguidas nas referências bibliográficas...........................................................................53 4. Exemplo da parte gráfica................................................................53 6. Elementos textuais..................................................................56 51 5.1. .Redação provisória...................................................................76 5.2. Redação definitiva.....................................................................76 BIBLIOGRAFIA.................................................................................77 WEBBIBLIOGRAFIA........................................................................79 ATIVIDADES E EXERCÍCIOS..........................................................80 52 II- Estrutura Material do Projeto Monográfico O projeto monográfico, em sua parte material, segue uma estrutura obedecendo as normas técnicas elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 2. Elementos pré-textuais: 2.1. Capa 2.1.1. Deve conter: A) Nome do autor (margem superior,) B) Título do trabalho ( maiúsculo, negrito, centralizado) C) Instituição onde o trabalho foi executado (só as primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizada) PROJETO MONOGRÁ FICO: NADA É ALEATÓRI O 53 D) Cidade e ano de conclusão do trabalho ( negrito, maiúsculo e minúsculo, centralizado) 2..1.2 Exemplo de capa 2..2. Folha de rosto 2.2.1. Deve conter: A) Todos os elementos que fazem parte da capa adicionando os dados gerais de identificação do projeto 2.2.2 Exemplo de folha de rosto: Elnora Gondim JOHN RAWLS E A REVOLUÇÃO COPERNICANA KANTIANA PUCRS Porto Alegre-2005 Elnora Gondim JOHN RAWLS E A REVOLUÇÃO COPERNICANA KANTIANA Trabalho de Conclusão do curso de Licenciatura Plena em Filosofia sob a orientação do prof.... PUCRS Porto Alegre-2005 54 2.3 Sumário 2.3.1. Definição de sumário; Sumário vem do latim Summarium. Ele é uma relação ou lista no começo do trabalho científico, localizando o título das diferentes partes da publicação, "sumário": Em outras palavras, o sumário, segundo a ABNT, é a enumeração das principais divisões, seções e outras partes de um documento, na mesma ordem em que a matéria nele se sucede. Não se deve confundir sumário com índice. Este é a enumeração detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos, acontecimentos, etc., com a indicação de sua localização no texto. 2..3.2. Exemplo de Sumário SUMÁRI O É DIFERE N- TE DE ÌNDICE SUMÁRIO I- OBJETIVO E HIPÓTESES......................................... 10 . II- JUSTIFICATIVA ...................................................... 15 III- PROBLEMA E REFERENCIAL ........................... 19 III - METODOLOGIA..................................................... 20 IV. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO......................... 25 55 2. .4. Aspectos gráficos que o projeto monográfico deve conter: A) Tema B) Objetivos e Hipóteses C) Justificativa D) Delimitação do problema e referencial teórico E) Metodologia F) Cronograma de execução G) Bibliografia consultada. H) Formato do projeto monográfico: o projeto monográfico deve ser impresso em papel branco formato A4 (210 mm x 297mm). I) Tipo de letra, espaçamento, margens e parágrafos O texto deve ser digitado em espaço um e meio (1,5), utilizando a fonte Arial ou Times New Roman em tamanho 12. Os parágrafos devem iniciar 2,0 cm a partir da margem esquerda e não serão separados entre si por espaço. Um espaço será utilizado apenas para separação de títulos, subtítulos, tabelas, quadros, figuras etc. Espaço 56 simples deve ser usado apenas em Resumo, Abstract, tabelas longas, notas de rodapé, títulos com mais de uma linha e referências bibliográficas. Nas referências bibliográficas, o espaçamento entre linhas deverá ser simples (1,0), deixando um espaço em branco entre cada referência. As margens devem ter as seguintes dimensões: superior = 2,5 cm; inferior = 2,5 cm; esquerda = 4,0 cm; direita = 3,0 cm. Cada divisão que faz parte do sumário deve ser iniciada em página própria. Cada divisão deve conter o título alinhado à esquerda, sem pontuação, em letras maiúsculas (devendo ser destacado em negrito) e o primeiro parágrafo deve iniciar três espaços simples abaixo do título. J). Numeração das páginas Os números (sem pontuação) das páginas deverão ser centralizados na posição inferior da página, com margem inferior de 2 cm. As páginas preliminares (resumo, sumário, lista de tabelas e lista de figuras) recebem numeração em algarismos romanos seqüenciais (caixa baixa). As páginas de rosto e da comissão examinadora, embora implicitamente sejam consideradas as páginas de números “i” e “ii” , respectivamente, não têm seus números impressos. Após as páginas preliminares, as páginas subsequentes recebem numeração em algarismos arábicos. L). Estilo Emprega-se negrito ou itálico para palavras e frases em língua estrangeira, títulos de livros e periódicos, expressões de referência (ex: vide, in vitro) letras ou palavras que requerem destaque, nomes científicos de plantas e animais (somente em itálico) e títulos de capítulos ou de partes da monografia, dissertação ou tese (somente em negrito). Aspas devem ser reservadas para destacar citações textuais de outros
Compartilhar