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Gerenciamento do Escopo Giovana Luiza Pereira Magalhães, MSc, PMP Carlos Magno da Silva Xauier, MSc, PMP 3.1. CONCEITOS PRINCIPAIS o Gerenciamento do Escopo do Projeto abrange os processos de ge- renciamento requeridos para que tenhamos a certeza de que a equipe do projeto realizará todo e somente o trabalho necessário para que o projeto seja bem-sucedido. Os processos de gerenciamento do escopo do projeto, detalhados no Capítulo 5 do Guia PMBOK Quarta Edição, são: • Coletar os requisitos - o processo de definição e documentação do projeto e das caracteristicas e funções do produto necessárias para satisfazer todas as necessidades e expectativas das partes in- teressadas. • Definir o escopo - o processo de desenvolvimento detalhado do projeto e do produto. • Criar EAP - o processo de subdivisão das entregas do projeto em componentes menores e de melhor gerenciamento. • Verificar o escopo - o processo de formalização da aprovação das entregas do projeto que estejam completadas. • Controlar o escopo - o processo de monitoramento do status do projeto, do escopo do produto e das mudanças no escopo do pro- jeto. 52 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS 3.1 .1. Coleta de Requisitos o gerente de projetos é o responsável por iniciar o planejamento do projeto. Após a aprovaçáo da alta administração, o gerente e sua equipe podem iniciar o planejamento com a Coleta de Requisitos das partes in- teressadas. Após o registro dos requisitos, o gerente do projeto e sua equipe se mobilizam para Definir o Escopo, ou seja, criar a declaração de escopo, plano onde as entregas do projeto e o trabalho necessário para criar estas entregas estão descritos em detalhes. O gerente de projetos pode decidir como a equipe irá coletar os re- quisitos das partes interessadas, definir o escopo e como a Estrutura Analitica do Projeto será elaborada e finalizada. Com base no Termo de Abertura do Projeto e numa lista com as principais partes interessadas, o gerente do projeto e a sua equipe agen- dam e conduzem entrevistas, workshops e outros eventos para coleta- rem os requisitos das partes interessadas com relação ao negócio, necessidade de treinamento; os impactos do projeto em outras áreas da organização; e outras questões fundamentais ao plano de gerenciamento do escopo. O resultado deste primeiro processo de gerenciamento do es- copo pode ser descrito em 3 documentos: Documento de Requisitos, Pla- no de Gerenciamento de Requisitos e Matriz de Requisitos. 3.1.2. Definição de Escopo Como escopo, devemos fazer referência à diferença existente entre escopo do produto e do projeto. Essa confusão ocorre com muita fre- quência e nas mais diversas áreas de aplicação. O escopo do produto está relacionado ao conjunto de características e funções que o produto final deve possuir. Em geral, ele é solicitado pelo cliente ou desenvolvido em conjunto com ele e registrado em um documento de requisitos do produto. Por outro lado, existe um trabalho que deve ser realizado para que seja construído um produto final com um conjunto de característi- cas e funções definidas nos requisitos. Nesse caso, falamos do escopo do projeto, cujo registro do escopo encontra-se no plano de gerenciamento do projeto. O processo está fundamentado na idéia de que uma descrição clara sobre o trabalho a ser realizado é insuficiente para o controle do escopo no dia a dia do projeto. É necessário que se transforme essa descrição de escopo em produtos, entregas ou resultados concretos do trabalho reali- zado. A partir dessa definição, poderemos acompanhar e controlar o es- copo do projeto. GERENCIAMENTO DO ESCOPO 53 Além de fornecer uma baseline (base de referência) em termos de es- copo do projeto, para que possa ter o escopo mensurado em seu desem- penho e controlado, este processo possui outras finalidades: • Melhorar a precisão das estimativas de custo, duração e recursos. • Facilitar as designações de responsabilidades. 3.1.3. DeclaraCjãodo Escopo (Scope Statement) Declaração de escopo é um plano que define o escopo do projeto, ou seja, o que precisa ser realizado. Serve como referência para decisões fu- turas do projeto e para confirmar ou desenvolver um entendimento co- mum entre os stakeholders sobre o escopo do projeto. Como uma das características de um projeto, citadas pelo Guia PMBOK Quarta Edição, é a elaboração progressiva, deve-se compreender que a declaração do es- copo pode e deve ser revisada ou detalhada no decorrer do projeto de for- maa refletir as mudanças no escopo do projeto. A confecção da declaração do escopo é baseada em técnicas, como análise do produto, análise de custo e beneficio, identificação de alternati- vas e avaliações especializadas. É desenvolvida a partir de informações for- necidas pelo patrocinador (iniciador). Segundo o Guia PMBOK Quarta Edição, esse documento deve incluir, entre outros, direta ou indiretamente: . • Características do produto ou serviço do projeto: um breve resu- mo da descrição do produto. • Os resultados principais (deliverables) do projeto: uma lista dos principais resultados em um nível mais sumarizado do projeto. A entrega desses resultados, quando completa e satisfatória, signifi- ca a completude do projeto. • Os objetivos do projeto (project objectives): mais conhecidos por profissionais de planejamento como metas. São critérios quantifi- cáveis que obrigatoriamente devem ser alcançados, para que o projeto possa ser considerado um projeto de êxito. Eles devem possuir um atributo, unidade de medida e um valor (relativo ou absoluto). Um exemplo de objetivos do projeto: tempo ou prazo (atributo) máximo de 320 (valor) dias (unidade de medida). De forma resumida, a declaração do escopo é uma referência para: • Acordar, com os principais stakeholders, sobre o propósito e os objetivos do projeto. 54 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS • Confirmar ou criar um entendimento comum sobre o escopo do projeto entre os stakeholders. • Controlar mudanças de escopo. • Tomar decisões futuras para o projeto. 3.1.4. Cria(jão da Estrutura Analítica do Projete Com base na técnica de decomposição que se consegue dividir os principais produtos do projeto em nível de detalhe suficiente para auxi- liar a equipe de gerenciamento do projeto na definição das atividades do projeto. A decomposição envolve os seguintes passos: 1. Identificar os resultados principais do projeto, incluindo o seu próprio gerenciamento., 2. Decidir se o nível de detalhe de cada resultado principal é o ade- quado para desenvolver estimativas de custo e duração. 3. Identificar os componentes constituintes para cada um dos re- sultados principais considerados com nível de detalhe ainda ina- dequado. 4. Verificar a precisão da decomposição realizada. Algumas observações: • Os resultados principais identificados devem estar organizados de acordo com a forma de organização que se quer impor ao projeto. Uma forma comum de organizá-Ias é por fase do ciclo de vida do projeto. • Caso se decida que os resultados principais ou componentes estão em nível de detalhe adequado para o término das entregas, pas- sa-se direto para o passo 4 citado acima. • Os componentes dos produtos também devem possuir caracterís- ticas como: tangibilidade e mensurabilidade. • A verificação da precisão da decomposição pode ser feita questio- nando-se alguns pontos do processo. Algumas dessas questões podem ser encontradas no próprio Guia PMBOK Quarta Edição. A Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é um termo utilizado como tradução para, em inglês, Work Breakdoum. Structure - WBS. De acordo com o Guia PMBOK Quarta Edição, a EAP é um agrupamento orientado a i í I ~.---L GERENCIAMENTO DO ESCOPO 55 produtos de elementos do projeto que organiza e define o escopo total do trabalho. Essa definição nos deixaclaro que todo o trabalho do projeto deve estar representado de alguma forma na EAP e, caso não esteja, não é trabalho a ser realizado pelo projeto. A EAP é orientada a produtos ou deliverables. Ainda segundo o Guia PMBOKQuarta Edição, deliverables são produtos, itens ou resul- tados tangíveis, mensuráveis e verificáveis que, obrigatoriamente, devem ser produzidos para que um projeto, ou parte dele, seja considerado concluído. Em outras palavras, são elementos menores que, para estru- turar melhor o trabalho, devem ser: a) gerenciáveis, podendo ter auto- ridade e responsabilidade estabelecidas para cada um desses elemen- tos; b) integráveis, para que o projeto possa ser visto corno o conjunto dos elementos; c) mensuráveis, para que se possa medir o progresso do escopo. Por que construir a EAP? A resposta é simples. De acordo com o Prac- tice Standardfor Work Breakdown Structure, em termos de gerenciamen- to, a EAPé um apoio efetivo durante toda a vida do projeto, por exemplo: • Separa o deliverable em suas partes componentes para assegurar que o plano de gerenciamento do projeto cumprirá o escopo apro- vado do projeto e irá atender aos objetivos globais do mesmo. • Auxilia na decomposição do projeto em elementos simples, forne- cendo um dos principais métodos de gerenciamento de projetos complexos. • Auxilia no planejamento e na designação de responsabilidades. • Auxilia na definição dos recursos necessários (características, ha- bilidades etc.). • Auxilia na localização do estado atualizado em termos de alocação de recursos, estimativas de custos, gastos e desempenho. A construção da EAP auxilia os stakeholders ou partes interessa- das (estudados no Capítulo 1, 2 e ainda nos Capítulos 7, 8 e 10), do pro- jeto a desenvolverem urna visão clara do produto final do projeto e do processo que irá produzi-lo. Além disso, a EAP fornece urna base para a construção da matriz de responsabilidades, rede de atividades (Diagra- ma de Rede do Projeto) e cronograma, estimativas de custo, análise de riscos, estrutura organizacional, além da coordenação de objetivos e controle. Geralmente, os níveis superiores refletem as principais áreas do projeto e as fases do ciclo de vida. À medida que subdividimos o trabalho 56 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS em elementos menores e o organizamos em níveis, aumentamos o grau de descrição do trabalho e, portanto, dos detalhes do projeto. A subdi- visão do trabalho deve ocorrer até que se chegue a elementos menores nos níveis críticos de gerenciamento do projeto, ou seja, níveis onde o trabalho é realizado e gerenciado. Nesses níveis, o trabalho deve ser estimado de forma realista. Chamamos o trabalho nesse nível de pacote de trabalho. Baseado no Guia PMBOK Quarta Edição, pacote de trabalho, ou uiork:package, "é um produto (ou deliverable) no nível mais baixo da EAP". Os pacotes de trabalho podem existir em qualquer nível da EAP desde que esteja no nível mais baixo de uma ramificação da EAP. O pa- cote de trabalho funciona também como um instrumento para monito- ramento e acompanhamento do progresso do trabalho do projeto. A EAP segundo o Practice Standardfor Work Breakdown Structure: • Define a hierarquia dos deliverables, o que significa que a realiza- ção de um conjunto de elementos em um nível inferior produz o trabalho do nível superior imediatamente relacionado. • Auxilia na obtenção de todo o trabalho exigido para alcançar o ob- jetivo final do projeto e os deliverables, portanto trabalho que não está na EAP é considerado trabalho não necessário ao projeto. • Fornece uma representação gráfica do escopo do projeto, permi- tindo a visualização de tudo o que deve ser feito. • Fornece uma estrutura para todos os deliverables durante todo o ciclo de vida do projeto. • Fornece um meio para integrar e avaliar desempenho de prazo e custo . • Fornece uma associação entre escopo e os stakeholders respon- sáveis. • Facilita o relato e a análise do progresso do projeto e dados atuali- zados. • Fornece uma estrutura para especificar os objetivos de desempe- nho do projeto. 3.1.5. Passospara a ElaboraCjãode uma EAP Veremos, a seguir, uma estratégia para elaboração de uma EAP, uti- lizando a técnica top-down (de cima para baixo). Vamos ilustrar tomando como exemplo um projeto de construção de uma bicicleta. GERENCIAMENTO DO ESCOPO 57 1. Colocar no primeiro nível (nível O)da EAP o nome do projeto 2. Colocar no segundo nível (nível 1, também chamado de primeiro nível de decomposição) as fases que estabelecem o ciclo de vida do projeto Figura 3.2: O segundo nível da EAP (nível 1) Esse é o mais comum e mais fácil método de iniciar o desen- volvimento da EAP. Uma grande vantagem é que a EAP resultan- te pode ser usada como modelo (template) para muitos projetos que gerem o mesmo tipo de produto. O Guia PMBOK Quarta Edi- ção sugere que as fases do ciclo de vida do projeto possam ser usadas como primeiro nível de decomposição, com os subprodu- tos do projeto repetidos no segundo nível. Porém, não quer dizer que esta seja sempre a melhor forma de decompor inicialmente o projeto. Além da possibilidade da decomposição inicial ser por fases, assim como a decomposição em qualquer nível da EAP, pode ser também por subprodutos (ex.: decompor uma bicicleta em suas partes principais); por sistema funcional (ex.: sistema elétrico, sistema hidráulico, sistema mecãnico ...); por localização fisica (ex.: região nordeste, região sul ...); por unidade administrativa a executar (ex.: divisões, departamentos ...) ou até mesmo por cli- ente (ex.: de acordo com a fiscalização/recebimento dos subpro- dutos). 3. Acrescentar um elemento, no segundo nível (também chamado de primeiro nível de decomposição), para conter os deliverables (subprodutos) necessários ao gerenciamento do projeto 8 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS Figura 3.3: O segundo nível da EAP com o elemento para o gerenciamento do projeto Não devemos esquecer que necessitamos gerar subprodutos que propiciem o planejamento, controle e encerramento do proje- to. O trabalho de gerenciamento deve ser previsto no escopo do projeto e, portanto, na EAP, podendo ficar à esquerda ou à direita. 4. Identificar os subprodutos necessãrios para que seja alcançado o sucesso do projeto em cada fase (ou outra forma de decomposi- ção citada acima no item 2). Nesse momento, devemos consultar os documentos de alto nível que guiam o escopo do projeto (Termo de Abertura do Proje- to e Declaração de Escopo) assim como entrevistar membros da equipe, clientes e usuãrios, de forma a identificarmos os subpro- dutos de cada fase. Caso o número de subprodutos no nível filho fique muito grande (mais de 8), eles devem ser agrupados, au- mentando em mais um nível a EAP. Em relação ao gerenciamento do projeto, devemos identificar os subprodutos que serão necessãrios aos macros processos de Planejamento, Controle, Execução e Encerramento do projeto. O Plano de gerenciamento do projeto é o grande deliverable do planejamento do projeto. É trabalho do gerente do projeto de- finir se o plano serã mais ou menos detalhado. Para o controle do projeto, podem ser necessãrios, por exemplo: • Reuniões, tais como as de partida do projeto (Kick-off Mee- ting) e de acompanhamento (walktroughs). • Relatórios de desempenho. Para o encerramento do projeto, podemos ter como subprodutos: • Relatório final do projeto. • Relatório de lições aprendidas. • Apresentação do projeto completo. GERENCIAMENTO DO ESCOPO 59 5. Para cada subproduto, verificar se as estimativas de custo e tem- po, assim como a identificação de riscos e a atribuição de respon- sabilidade para a execução do mesmo podem ser desenvolvidas neste nível de detalhe. Se a resposta for negativa, decompor o ele- mento da EAP subdividindo-o em componentesmenores, mais manejáveis, até que os subprodutos estejam defmidos em detalhe suficiente para suportar o desenvolvimento dos processos de geren- ciamento do projeto (planejar, executar, controlar e encerrar). Os elementos nos níveis mais baixos da EAP (aqueles que não foram decompostos), são denominados pacotes de trabalho (work packages), sendo a base lógica para a definição de ativida- des' designação de responsabilidades, estimativa de custos e planejamento de riscos. Atenção: não é necessário que a EAP seja simétrica, ou seja, que todos os subprodutos sejam decompostos até o mesmo nível. Quando um determinado elemento da EAP for contratado por uma empresa externa ao projeto, ele não necessita ser de- composto na EAP em subprodutos, uma vez que é incumbência do fornecedor jprestador de serviço fazê-lo. Da mesma forma, não são detalhados os elementos da EAP em que o gerente do projeto decida delegar o gerenciamento a algum membro da equi- pevtranaformando-o em um subprojeto. É responsabilidade do gerente desse subprojeto efetuar o de- talhamento. Algumas vezes o gerente do projeto, mesmo para ele- mentos da EAP terceirizados ou subprojetos, decide incorporar o detalhamento na EAP do projeto mestre. Esta decisão, de deta- lhar ou não, nos dois exemplos citados, dependerá do rigor ne- cessário de controle. Este rigor aumenta ou diminui em função dos fatores custos, prazos e riscos associados. A Figura a seguir apresenta o resultado da utilização dos passos acima para a elaboração de uma EAP no projeto de uma nova bicicleta. Nesse exemplo, a "Fabricação do Protótipo" será contratada externamente e, portanto, não foi detalhada. Apresentação do Relatório de Pesquisa Figura 3.4: A EAP elaborada pela técnica de decomposição ----~--~--~--~--- -----~------ '"o o Os: O cnm -I O;:cz»;:c cs: "U ;:c O "Tl 1iicn 6z ~ ms: o m;:c mz Oss:mz -I O Om "U ;:c O'-- ~ Ocn GERENCIAMENTO DO ESCOPO 61 6. Rever e refinar a EAP até que o planejamento do projeto possa ser completado. Após seguirmos os passos acima, teremos uma primeira ver- são da EAP. Esta EAP será utilizada como entrada para o plane- jamento de outras áreas do gerenciamento do projeto. Após termos uma versão da EAP em que foram levadas em considera- ção as necessidades das outras áreas de gerenciamento, deve- mos realizar uma validação da estrutura gerada. 3.1.6. Dicionário da EAP É o documento que define e/ou descreve o trabalho a ser realizado em cada elemento da EAP. Possui as descrições dos "pacotes de traba- lho" (elementos do nível inferior da EAP), podendo incluir outras in- formações de planejamento, tais como prazos, orçamentos, risco, quali- dade e pessoal designado. 3.1.7. Verificação do Escopo Segundo o Guia PMBOK Quarta Edição, a verificação do escopo é o processo de obtenção da aprovação formal do escopo do projeto por parte de seus stakeholders. Este processo deve ocorrer ao final de cada fase e do ciclo de vida do projeto a fim de revisar os deliverables (resultados principais) entregues e os resultados do trabalho, garantindo que o tra- balho foi realizado de maneira satisfatória. Quando a verificação é feita por fase do ciclo de vida do projeto, os produtos ou resultados da fase são observados. Caso esteja sendo realizada a verificação ao final do ciclo de vida do projeto, devem ser enfocados os deliverables e os resultados do projeto como um todo. Há, às vezes, alguma confusão entre verificação do escopo e o pro- cesso de controle de qualidade. Aprincípio, os dois processos podem uti- lizar a mesma técnica, ou seja, a inspeção para serem realizados, mas isso não significa que o enfoque dado aos processos seja o mesmo. Na re- alidade, são processos diferentes que podem ocorrer paralelamente, ou seja, ao mesmo tempo. A finalidade da verificação do escopo, já mencio- nada, é em relação à aceitação do trabalho realizado, enquanto o contro- le de qualidade ocorre para verificar o quanto os deliverables (resultados principais) do trabalho atendem aos padrões de qualidade exigidos pelo projeto. A verificação do escopo é feita por meio de inspeções ou auditorias que verificam os resultados do trabalho de forma a assegurar que eles fo- 62 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS ram completados, realizados correta e satisfatoriamente e estão confor- me os requisitos defmidos. Toda a documentação dos deliverables, como planos, especificações, documentos técnicos e desenhos, também deve estar completa, para que se possa, então, obter a aceitação formal por parte dos stakeholders. Entre os vários stakeholders do projeto, a aceita- ção do sponsor (patrocinador) do projeto e do cliente é a esperada neste momento. 3.1 .8. Controle do Escopo o gerenciamento de mudanças do escopo envolve processos, pro- cedimentos e padrões que são usados para gerenciar as mudanças do escopo. Este gerenciamento garante que sejam coletadas todas as infor- mações relacionadas aos interessados na alteração, além de ser realiza- da, para cada alteração proposta, uma avaliação de custos e beneficios. Sem gerenciamento de alteração formal é impossível garantir que as mudanças propostas de escopo tenham suporte nas metas fundamentais de negócio. Para garantir uma abordagem consistente ao gerenciamento de alteração do escopo, as organizações devem definir um plano em que conste a política de gerenciamento de mudanças e que cubra: • O processo de solicitação de mudança e a informação requerida para processar cada solicitação de mudança. • O processo usado para analisar o impacto e os custos da alteração e informações de rastreabilidade associadas. • O grupo da organização que avalia formalmente as solicitações de mudança. O processo de gerenciamento de mudanças do escopo consiste em um conjunto de procedimentos para documentação, relato,análise, custeamento, aprovação e implementação das mudanças no projeto. O processo de gerenciamento de alteração pode ser decomposto em três estágios, por exemplo: • Algum problema de escopo é identificado. Os requisitos são anali- sados usando a informação do problema e mudanças nos requisi- tos são propostas. • As mudanças propostas são analisadas para identificar quantos requisitos são afetados pela alteração e o preço em termos de custo e prazo para executar. GERENCIAMENTO DO ESCOPO 63 • É produzido um conjunto de correções no documento de escopo ou uma nova versão destes documentos. Isto deve, obviamente, ser validado usando os procedimentos usuais de verificação de qualidade. Uma vez que o gerenciamento de mudanças do escopo em um proje- to envolve manipular grandes volumes de informações e passar estas in- formações entre os individuos de uma organização, é necessário manter a rastreabilidade de quais mudanças foram propostas, quais foram im- plementadas, quais estão sob considerações etc. As ferramentas para suporte ao gerenciamento devem prover: • Forinulários de solicitação de alteração em papel ou eletrônicos que possam ser preenchidos por diferentes participantes do pro- cesso. • Um banco de dados para armazenar e gerenciar estes formulários. • Um modelo de alteração que possa ser instanciado para que as pessoas responsáveis por cada estágio do processo saibam quem é o responsável pela próxima atividade do processo . • Transferências eletrônicas de formulários entre pessoas com res- ponsabilidades diferentes e notificação de correio eletrônico quan- do as atividades forem completadas. 3.1.9. Gerenciamento por Obietivos O Gerenciamento por Objetivos (Management By Objectiues - MBO) é uma filosofia administrativa que preconiza que uma organização deve ser gerenciada por objetivos. Segundo Mu1cahy, possui três passos: ~.~~:~ .••.~ Estabelecer objetivos realistas e não ambíguos . • 0· • c.~ ..•• : .,':~ • ·AV~, com periodicidade, se os objetivos estão sendo atingidos.; .~'Í'omai ações corretivas . .O Gerenciamento por Objetivos é, portanto, uma abordagem sistê- rriica muito utilizada para dirigir e controlar projetos, alinhando as me- tas do projeto às da organização, às das subunidades organizacionais e às metas individuais. É um gerenciamento proativo, orientado para re- sultados e focado em mudanças para melhorar a efetividade individual e organizacional. 64 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS 3.2. EXERCíCIOS RESOLVIDOS 1. Estudode Caso - Correspondência Eletrônica nos Correios S.A. Apartir da situação abaixo descrita, em uma empresa fictícia de en- trega de correspondências, vamos verificar como ficariam o Termo de Abertura do Projeto (Project Charten, a Declaração de Escopo e a Estru- tura Analítica do Projeto (EAP). SituaCjão A Presidência dos Correios S.A. vislumbrou a possibilidade da Empresa apresentar aos seus clientes um novo serviço, que foi denomi- nado de "Correspondência Eletrônica". Esse serviço consistiria em rece- ber documentos (contas, cartas, faturas, telegramas, propagandas etc.) dos clientes em meio magnético (e-mail, site dos Correios na Internet ou EDI - Electronic Data Interchange) para que fossem transmitidos eletro- nicamente às agências mais próximas dos destinatàrios, onde seriam impressos e entregues a eles com maior rapidez e segurança, reduzindo também o custo para os clientes. Os documentos recebidos nas agências não poderiam ser repassados para o destinatàrio final por meio eletrôni- co, sendo de responsabilidade da agência a impressão. Após ter sido proposto e aprovado pelo Conselho de Administração para inclusão no Plano Estratégico da empresa, o Presidente determi- nou ao Diretor Executivo que desenvolvesse um projeto que propiciasse aos Correios ter esse serviço disponível em seis meses, utilizando até R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) do orçamento do corrente ano. Determinou ainda que fizesse parte do projeto o estudo de viabilidade correspondente, em que o investimento tivesse o retorno financeiro cor- respondente em até 5 anos. Deveriam ser levantados os documentos, possíveis clientes, volumes de documentos, arquitetura de TI disponível e requisitos legais. A tecnologia utilizada deveria ser de ponta, garantin- do a integridade, autenticidade e segurança das correspondências. SoluCjão Primeiro passo: ODiretor Executivo da Empresa, após a determinação do Presidente de desenvolver o projeto, precisa emitir uma autorização para início do mesmo onde fique claro o alinhamento do projeto com o plano estratégi- co da empresa, o que deve ser produzido e a designação de um gerente para a condução do empreendimento. Além disso, deve haver uma desig- GERENCIAMENTO DO ESCOPO 65 nação de autoridade e responsabilidade para esse gerente e o estabeleci- mento de premissas (hipóteses) e restrições. O Diretor Executivo geraria então o Termo de Abertura do Projeto a seguir. 1.2 Descrição do produto do projeto O projeto deve prover uma solução que permita o recebimento de documentos (contas, cartas, faturas, telegramas, propagandas etc.) dos clientes em meio magnético ie-mail, siie dos Correios na Internet ou EDI - Electronic Data Interchange) para que estes sejam transmiti- dos eletronicamente para as agências mais próximas dos destinatá- rios, onde sejam impressos e entregues aos mesmos, com maior rapi- dez e segurança, reduzindo também o custo para os clientes. Faz parte do escopo do projeto, o estudo de viabilidade correspon- dente, em que garanta que o investimento tenha o retorno financeiro correspondente (paybackperiod) em até 5 anos. Devem ser levantados os documentos envolvidos, possíveis clientes, volumes de documen- tos, arquitetura de TI disponível e requisitos legais. A tecnologia utili- zada deve ser de ponta, garantindo a integridade, autenticidade e segurança das correspondências. As correspondências para cidades com menos de 10.000 habitantes devem ser impressas na cidade mais próxima com mais de 10.000 habitantes. Os documentos recebidos nas agências não podem ser repassados para o destinatário final por meio eletrónico, sendo de responsabilidade da agência a impressão. Empresa Correios S.A. Nome do Projeto: Correspondência Eletrônica nos Correios Termo de Abertura do Projeto Elaborado por: Canos Magno da S. Xavier Data: 8/8/2005 Aprovado por: Diretor Executivo Versão: 01 1.1 Justificativa do projeto (necessidades do negócio) Com a crescente evolução da Tecnologia da Informação ie-mail, chat, videoconferéncia etc.), associada ãs telecomunicações (Internet, voz sobre IP, telefonia celular etc.), vem diminuindo, ano a ano, o volu- me de documentos transportados pelos Correios. Para que a empresa acompanhe e se valha dessa evolução tecnológica, é necessário buscar alternativas de serviços aos seus clientes. Desta forma, o serviço de "Correspondência Eletrônica" se posiciona como estratégico para a empresa, tendo sido aprovado pelo Conselho de Administração. 66 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS 1.3 Designação do gerente do projeto O Sr. Luiz Fernando será o gerente deste projeto, tendo autori- dade para utilizar os recursos financeiros da empresa, conforme li- mitação do orçamento do projeto e fluxo de caixa da empresa. Está autorizado também a recrutar pessoal dos departamentos da Agência Central e da Diretoria de Tecnologia da Informação. No caso de neces- sidade de correspondência oficial com órgãos do Governo Federal, Estadual ou Municipal, a Assessoria de Comunicações deve ser con- sultada. 1.4 Premissas (hipóteses) e restrições para o projeto Premissas (hipóteses) Restrições Será disponibilizado para a equipe do projeto, em regime de dedicação exclusiva, um profissional das seguintes áreas: marketing; logística e distribuição. Nos próximos seis meses será regulamentada a correspondência eletrônica dos Correios, passando a ter validade jurídica. Os Correios e os seus 10 maiores clientes terão suas assinaturas digitais criadas e certificadas em 3 meses. Implantação em 6 meses. Utilizar até R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) do orçamento do corrente ano. Retorno financeiro (payback period) em até 5 anos. 1.5 Ligações com outros projetos Este projeto tem forte ligação com o projeto de "Ampliação da Infra-estrutura da Rede de Computadores dos Correios". 1.6 Acompanhamento do projeto Ogerente do projeto deve criar, na intranet da empresa, um ambi- ente que contenha as informações necessárias para o acompanha- mento do projeto pelos principais envolvidos. ' Serão realizadas reuniões quinzenais, a nivel executivo, de acom- panhamento do projeto. Nessas reuniões, deve ser apresentado um re- lato do desempenho do projeto, contendo o realizado até o momento, comparação de tempo e custo em relação ao planejado e uma projeção atualizada para o término do projeto. l_ Rio de Janeiro, 08 de agosto de 2005.ASSINATURA DO DIRETOR EXECUTIVO"---- GERENCIAMENTO DO ESCOPO 67 Próximo passo: Com a emissão do Termo de Abertura do Projeto, o Gerente do Proje- to tem condições de iniciar o seu planejamento. Durante o processo de planejamento do Escopo, o gerente verifica qual seria a melhor estratégia para executar o projeto e quais seriam os resultados principais (delivera- bles) do mesmo, assim como os objetivos a serem alcançados. O plano que formaliza esse planejamento é a Declaração de Escopo, que deve ser assinada pelo gerente do projeto e pelos principais interessados, repre- sentando a concordãncia dos mesmos com o escopo. O Gerente do Projeto geraria então a Declaração de Escopo a seguir: 1.2 Produto do projeto O projeto deve prover uma solução que permita o recebimento de [ documentos (contas, cartas, faturas, telegramas, propagandas etc.) I dos clientes em meio magnético (e-mail, site dos Correios na Internet I ou EDI - ElectronicData Interchanqes para que estes sejam transmiti- I dos eletronicamente para as agências mais próximas dos destinatários, onde sejam impressos e entregues aos mesmos, com maior rapidez e segurança, reduzindo também o custo para os clientes. ------ Empresa Correios S.A. Nome do Projeto: Correspondência Eletrônica nos Correios Declaração do escopo do projeto (Scope Statement) Elaborado por: Carros Magno da S. Xavier Data: 28/8/2005 Aprovado por: Diretor Executivo Versão: 01 Diretor de TI Diretor de Marketing Gerente do Projeto 1.1 Justificativa do projeto Com a crescente evolução da Tecnologia da Informação (e-mail, chat, videoconferência etc.), associada às telecomunicações (Internet, voz sobre IP, telefonia celular etc.), vem diminuindo, ano a ano, o volu- me de documentos transportados pelos Correios. Para que a empresa acompanhe e se valha dessa evolução tecnológica, é necessário buscar alternativas de serviços aos seus clientes. Desta forma, o serviço de "Correspondência Eletrônica" se posiciona como estratégico para a empresa, tendo sido aprovado pelo Conselho de Administração. 68 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS Faz parte do escopo do projeto, o estudo de viabilidade correspon- dente, em que garanta que o investimento tenha o retorno financeiro correspondente (payback periodi em até 5 anos. Devem ser levanta- dos os documentos envolvidos, possíveis clientes, volumes de doeu- mentos, arquitetura de TI disponível e requisitos legais. A tecnologia utilizada deve ser de ponta, garantindo a integridade, autenticidade e segurança das correspondências. As correspondências para cidades com menos de 10.000 habitantes devem ser impressas na cidade mais próxima com mais de 10.000 habitantes. Os documentos recebidos nas agências não podem ser repassados para o destinatário final por meio eletrônico, sendo de responsabilidade da agência a impressão. 1.3 Premissas (hipóteses) ·Será disponibilizado para a equipe do projeto, em regime de de-dicação exclusiva, um profissional das seguintes áreas: marke- ting; logistica e distribuição. ·Até o dia 28/11/2005 estará concluído o projeto de "Ampliaçãoda Infra-estrutura da Rede de Computadores dos Correios". ·Até o dia 28/2/2006 será regulamentada a correspondênciaeletrônica dos Correios, passando a ter validade jurídica. ·Os Correios e os seus 10 maiores clientes terão suas assinatu-ras digitais criadas e certificadas até 28/11/2005. ·Serão utilizadas as Agências da cidade de Niterói como implan-tação-piloto, de forma a validar a implementação da solução. 1.4 Lista de deliverables principais/marcos do projeto I Fases I Deliverables Marcos , Estudo de viabilidade Estudo de viabilidade Decisão de prosseguir ou não Pesquisa Relatório da pesquisa Aprovação do relatório da pesquisa Seleção Relação de fornecedores selecionados Aprovação do resultado da seleção e tecnologias a serem utilizadas Contratação Contratos Assinatura dos contratos Implementação IAplicativos desenvolvidos Testes integrados Homologação da solução Implantação Marketing do produto Call Center Implantação-piloto Implantação nas demais unidades Teste integrado Inicio da utilização do sistema GERENCIAMENTO DO ESCOPO 69 Fechamento Relatório inicial do desempenho da solução implantada Relatório de lições aprendidas Relatório do projeto Encerramento do projeto i I Aceitação da solução 1.5 Exclusões de escopo Não faz parte do escopo deste projeto: • Obter a assinatura digital da empresa. • Fazer a contratação e o treinamento de pessoal para a operação do Call Center. • Levantar a necessidade de mudanças da infraestrutura de TI da empresa para suportar este projeto, o que é responsabilidade do projeto de "Ampliação da Infraestrutura da Rede de Computa- dores dos Correios". 1.6 Objetivos do projeto Oprojetodeveser implantadoem 6meses,utilizandoaté R$ 10.000.000,00 (dezmilhões de reais). No inicio da operação, deverão estar utilizando o novo serviço pelo menos os dez maiores clientes dos Correios e prontas para impressão de documentos 50% das Agências Postais. 1.7 Ligações com outros projetos Este projeto tem forte ligação com o projeto de "Ampliação da Infraestrutura da Rede de Computadores dos Correios". I1.8 Acompanhamento do projeto ; Será criado, na intranet da empresa, um ambiente que contenha ·Ii as informações necessárias para o acompanhamento do projeto pelos i principais envolvidos. Os Diretores de TI e de Marketing informarão, I até 5 de setembro de 2005, a relação dos usuários autorizados a aces- ,I sar esse ambiente. Serão realizadas reuniões quinzenais, a nível executivo, de acom- I: panhamento do projeto. Nessas reuniões será apresentado um relato do desempenho do projeto, contendo o realizado até o momento, ' comparação de tempo e custo em relação ao planejado e uma projeção I atualizada para o término do projeto. Será utilizada a técnica de Ge- I renciamento do Valor Agregado (EVM- Earned Value Management)J para a medição do desempenho e do progresso do projeto. 70 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS Serão realizadas reuniões semanais, com a equipe, para acompa- nhamento do projeto. 1.9 Equipe do projeto A equipe de planejamento do projeto é constituída por: • Gerente do Projeto. • Representante da Diretoria de Marketing. • Representante da Diretoria de Tecnologia da Informação. • Consultor contratado em Gerenciamento de Projetos. • Consultor contratado em Gestão Eletrõnica de Documentos. Aprovação: Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2005. ASSINATURA DO GERENTE DO PROJETO ASSINATURA DO DIRETOR EXECUTIVO ASSINATURA DO DIRETOR DE TI ASSINATURA DO DIRETOR DE MARKETING Comentário: Ajustificativa do projeto e a descrição do produto da declaração de escopo, foram copiadas do Termo de Abertura do Projeto. A declaração de escopo não pode alterar o que foi estabelecido naquele documento, podendo, no entanto, detalhar mais o seu conteúdo. As premissas cons- tantes no Termo de Abertura do Projeto foram validadas e acrescidas du- rante o processo de Gerenciamento de Escopo. As restrições de tempo e custo, estabelecidas no Termo de Abertura do Projeto, passaram a fazer parte dos objetivos na Declaração de Escopo. Foi acrescentado também um objetivo restringindo a implantação do novo serviço, quando do iní- cio da operação do sistema, aos dez maiores clientes dos Correios e a 50% das Agências Postais. ----- ------------------ ~ GERENCIAMENTO DO ESCOPO 71 Próximo passo: Após os principais interessados terem assinado a Declaração de Escopo, o escopo deve então ser detalhado através da elaboração da EAP, que definirá a base de referência para o escopo. Empresa Correios S.A. Nome do Projeto: Correspondência Eletrônica nos Correios Estrutura Analítica do Projeto (Work Breakdown Structure) Elaborado por: Car105 Magno da S. Xavier Data: 10/9/2005 Aprovado por: Diretor de TI Versão: 01 Diretor de Marketing Gerente do Projeto 1. Projeto "Correspondência Eletrônica nos Correios" 1. 1. Gerenciamento do projeto l. l. l. Plano de gerenciamento do projeto l. l. l. l. Escopo 1. 1. 1. 1. 1. Declaração de Escopo l. l. l. l. 2. EAP l. l. l. l. 3. Dicionário da EAP 1. 1. 1.2. Cronograma l. 1. 1. 3. Orçamento l. l. l. 4. Plano de Gerenciamento de Recursos Humanos Matriz de Responsabilidades Plano de Gerenciamento de Riscos Plano de Gerenciamento da Qualidade Plano de Gerenciamento das Comunicações Plano de Gerenciamento das Aquisições Plano Integrado de Mudanças Apresentação do Plano de Gerenciamento do Projeto l. l. l. 5. l. l. l. 6. l. l. l. 7. l. l. l. 8. l. l. l. 9. l. l. l. 10. l.1.l.1l. l. l. 2. Controle l. l. 2. l. l. 1. 2. 2. l. 1. 2. 3. Reuniões Relatórios Site na intranet 72 COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS1. 2. Estudo de Viabilidade 1. 2. 1. Estudo viabilidade 1. 2. 1. 1. Relatório da pesquisa com os clientes 1. 2. 1. 2. Medida dos impactos nos negócios 1. 2. 1. 3. Restrições legais 1. 2. 1. 4. Definição Agências centralizadoras 1. 2. 1. 5. Avaliação do custo 1. 2. 1. 6. Payback Period 1. 2. 1. 7. Relatório consolidado 1. 2. 2. Apresentação do f7studo de viabilidade 1. 2. 3. Decisão de prosseguir ou não (Marco) 1. 3. Pesquisa 1. 3. 1. Opções de tecnologia 1. 3. 2. Benchmarking 1. 3. 3. Fornecedores potenciais 1. 3. 4. Relatório consolidado 1. 3. 5. Apresentação do relatório da pesquisa 1. 3. 6. Aprovação do relatório da pesquisa (Marco) 1. 4. Seleção 1. 4. 1. Avaliação 1. 4. 2. Relatório da avaliação 1. 4. 3. Relação de tecnologias e fornecedores selecionados 1. 4. 4. Aprovação do resultado da seleção (Marco) 1. 5. Contratação 1. 5. 1. Contratos 1. 5. 2. Negociação contratos 1. 5. 3. Parecer juridico 1. 5.4. Assinatura dos contratos (Marco) 1. 6. Implementação da solução 1. 6. 1. Instalação hardware e softuiare para desenvolvimento Aplicativos desenvolvidos Integração aplicativos Testes integrados Preparação Call Center Plano de contingência Apresentação da solução Homologação da solução (Marco) -." 1. 6. 2. 1. 6. 3. 1. 6. 4. 1. 6. 5. 1. 6. 6. 1. 6. 7. 1. 6. 8. GERENCIAMENTO DO ESCOPO 73 ASSINATURA DO DIRETOR DE TI 1. 7. Implantação da solução 1. 7. 1. Marketing do produto 1.7.2. Call Center 1. 7. 3. Implantação-piloto l. 7. 3. 1. Instalação hardware e softuiare para operação 1. 7. 3. 2. Migração de dados 1. 7. 3. 3. Documentação 1. 7. 3. 4. Treinamento l. 7. 3. 5. Teste-piloto 1. 7. 4. Implantação das demais unidades l. 7. 4. 1. Instalação hardware e software para operação l. 7. 4. 2. Migração de dados 1. 7. 4. 3. Documentação 1. 7.4.4. Treinamento l. 7. 4. 5. Teste l. 7. 5. Teste integrado 1. 7. 6. Início da utilização do sistema (Marco) 1. 8. Fechamento -1.8. l. Relatório inicial do desempenho da solução implantada l. 8. 2. Aceitação da solução implantada (Marco) l. 8. 3. Encerramento de contratos 1. 8. 4. Relatório do projeto l. 8. 5. Relatório de lições aprendidas 1. 8. 6. Encerramento do projeto (Marco) Aprovação: Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2005. ASSINATURA DO GERENTE DO PROJETO ASSINATURA DO DIRETOR DE MARKETING
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