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Sistema, Uso e Norma

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Sistema, uso e norma 
 
1- Sistema 
O sistema de uma língua ou linguagem é o conjunto de signos e códigos, é a organização 
de elementos interdependentes e suas regras (restrições). Um sistema é um conjunto de 
possibilidades verbais. 
A gramática é um sistema, composta por: 
a. Gramática internalizada. 
Podemos observar esse tipo de gramática em bebês que estão começando a falar. 
Embora ainda não saibam formar frases seguindo o padrão formal, os bebês conseguem 
entender que falar é o caminho para se expressarem. 
A fala é um traço exclusivamente humano, tendo uma dupla articulação: combinações 
fonológicas em conjunto com combinações entre unidades de sentido. Desta forma, pode-se 
falar que a fala não precisa ser composta por palavras, o choro sendo uma forma de se 
comunicar. O choro de um bebê, por exemplo, é um modo dele se expressar de que precisa de 
algo; assim como seus murmúrios são tentativas de interação da criança. 
Porém, quando cresce e começa a falar, mesmo sem ter tido contato com regras 
gramaticais, a criança entende que deve montar suas frases em determinada forma. Há regras 
que as crianças, ao começar a articularem frases, sabem e seguem mesmo sem ter consciência 
disso. Por exemplo, sabem que, na língua portuguesa, deve-se falar “o menino”, artigo seguido 
do substantivo, e não “menino o”. 
A gramática internalizada não precisa ser ensinada, nascendo com todos os falantes de 
uma determinada língua que entram em contato com esta língua. 
b. Gramática descritiva (científica). 
A gramática descritiva não é o padrão formal, mas tem suas próprias regras. Este tipo 
de gramática leva em questão o contexto da fala. Desta forma, há várias gramáticas descritivas 
dentro de uma língua. 
Por exemplo, na internet, onde há a criação de novas palavras (e, até mesmo, apropriação 
de palavras de outras línguas), há regras que se adaptam apenas naquele contexto. Há gírias que 
serão faladas apenas se a pessoa estiver usando a internet, não importando como a pessoa fala 
estando fora da plataforma virtual. 
A linguagem está em constante estado de mudança e a gramática descritiva estuda como 
a língua muda em determinados contextos sociais. 
c. Gramática normativa. 
A gramática normativa segue as regras do padrão formal, regras baseadas na modalidade 
escrita. É, muitas vezes conhecida como a linguagem das “pessoas cultas” ou o “jeito certo de 
se falar”. Porém, mesmo seguindo regras da norma culta, a gramática normativa aceita algumas 
mudanças, também. Há variantes que são aceitas, como, por exemplo, dialetos regionais. No 
entanto, essas mudanças são consideradas desvios da regra até que entrem no dicionário. 
Vários linguistas discordam com a gramática normativa, por não acreditar que a língua 
possa ser julgada como certa ou errada. Assim como, não aceitam que a gramática normativa 
possa definir se uma pessoa é culta ou não. 
 
2- Uso 
O uso é a comunicação, a concretização do sistema. 
A língua é usada como forma de expressão, instrumento de comunicação e interação, 
entre outras utilizações. O uso dessa língua requer a prática sociocultural, pois utilizar uma 
língua requer o entendimento da cultural por trás do sistema. 
O uso de uma língua também é uma ação padronizadora. Como mencionado antes, a 
lingua(gem) está em constante mudança e, como é uma convenção social, a comunicação entre 
duas pessoas gera um padrão. Por exemplo, duas pessoas, interagindo com o auxílio de uma 
língua, podem cometer um erro (de acordo com a norma culta) várias vezes e acabar tornando-
o padrão. Várias mudanças ocorrem por causa de vícios de linguagem que acabam se 
padronizando. 
 
3- Norma 
A norma de uma língua pode ser padrão – por exemplo, a norma culta da língua 
portuguesa – ou uma norma dentro de uma comunidade específica. 
A norma culta é/foi criada por linguistas e gramáticos, contendo regras estritas, 
principalmente, na linguagem escrita. 
Há, também, o caso em que a norma é criada por/para uma determinada comunidade. 
Nesse caso, a norma é algo que uma comunidade fala tanto que acaba se padronizando e virando 
uma norma para aquele grupo. 
A norma é composta por vários aspectos, sendo um conjunto de realizações fonéticas, 
morfológicas, lexicais e sintáticas que é produzido e adotado mediante um acordo tácito pelos 
membros de uma comunidade. Essa norma tem que ser adequada de acordo com o uso da língua 
por determinado grupo. 
As normas podem ser: regionais, sociais, étnicas, familiares, profissionais, etárias, 
situacionais, por escolaridade, entre outros.

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