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Teoria do Crime (1)

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Teoria do Crime
1-)Conceito de Crime:
 A)Conceito Material:
Crime é a conduta que ofende valores sociais relevantes, exigindo intervenção estatal mediante norma proibitiva de cunho penal.
B) Conceito Formal (formalizado na norma):
Crime é a conduta que ofende a norma penal proibitiva
Mera subsunção da conduta ao tipo legal
C) Conceito Analítico (analisado de maneira bipartida)
Crime é todo fato típico e ilícito (Conceito Bipartido de Crime)
Estudo estratificado ou analítico.
	Fato Típico
	Ilícito
	Culpabilidade
	Conduta
	*Causas Excludentes
	*Pressuposto da Aplicação da Pena
	Resultado
	Estado de Necessidade
	Imputabilidade
	Nexo Causal
	Legítima Defesa
	Potencial consciência da Ilicitude
	Tipicidade
	Estrito Cumprimento ao dever legal
	Exigibilidade de conduta diversa
	
	Exercício Regular de Direito
	
OBS: Ilicitude: Anti-Jurídico
Culpabilidade: Contendo essas três regras, não será considerado Fato Típico, assim como as causas excludentes.
Fato Típico- Conduta
Conduta:
1) Conceito Vulgar:
A) Toda ação ou omissão humana, consciente e voluntária dirigida a uma finalidade.
B) Não há conduta;
Movimentos reflexos (relar em algo)
Coação física absoluta (não tinha como reagir de outro modo)
Estado de inconsciência (ex: sonâmbulo)
2) Conceito Jurídico de Conduta:
Conduta penalmente relevante é toda ação ou omissão humana, consciente e voluntária, dolosa ou culposa, voltada a uma finalidade, típica ou não,mas que produz ou tenta produzir um resultado previsto na lei penal.
3) Teorias da Conduta:
A)Teoria Naturalista da Ação – (Franz Von Liszt –século XIX)
Fato típico resulta de uma simples comparação entre o que foi objetivamente praticado e o que se encontra descrito na lei ,sem qualquer indagação, quanto ao conteúdo da conduta, sua lesividade ou relevância. (Objetiva: não necessidade de explicar, dolo ou culpa, praticado o ato será alcançado pela justiça. Não tinha o por que.
Dolo e Culpa, pertenciam ao terreno da culpabilidade.
B) Teoria Finalista da Ação – (Hans Wezel 1930)
Todo Comportamento Humano, que tem uma finalidade. Uma vontade dirigida a um fim.
Dolo e Culpa, estão dentro da conduta, ou seja, a responsabilidade do Direito Penal é subjetiva.
Vem estabelecer as bases da responsabilidade, subjetiva do sujeito, o por que,ex: ter matado se foi em defesa, etc.
Hoje a responsabilidade penal é subjetiva.
4) Ação (comissão):
Movimento corpóreo, um fazer, um comportamento ativo.
Atirar, subtrair,ofender, etc.
5) Omissão (Não fazer de uma coisa, que é devida)
A) Nos crimes de omissão o sujeito não faz alguma coisa exigida por lei.
B)Crime Omissivo Próprio:
O agente simplesmente não faz alguma coisa.Este Não fazer está previsto na lei como crime.
Ex: artigo 135 (omissão de socorro)
Ex: artigo 269 (omissão de notificação de doença)
C) Crime Omissivo Impróprio:
O agente tinha o dever jurídico de agir.(o dever de impedir o resultado)
Artigo 13 parágrafo 2, omissivo impróprio
Garantes (ex:bombeiros, PM, Pais)
Nas três hipóteses do parágrafo segundo do artigo 13 o garante não responde apenas por omissão, mas também pelo resultado:
Hipótese do Dever Legal
Das Relações Concretas da vida
Dever de Ingerência da Norma.
6) Sujeitos da Conduta Típica:
A) Sujeito Ativo:
Pessoa humana que prática a figura típica descrita na Lei isolada ou conjuntamente com outros autores.
Autor, coautor, partícipe.
Pessoa Jurídica como sujeito ativo do crime
Teoria da Ficção ( Savigny)
Para esta corrente a pessoa jurídica tem existência fictícia,carecendo de vontade própria.
Teoria da Realidade (Otto Gierke)
Para esta corrente a pessoa jurídica é um ente real independente dos indivíduos que a compõe e capaz e capaz de praticar ilícitos penais.
CF/88 Artigo 225 parágrafo 3º e Artigo 173 parágrafo 5º
Lei 9605/98 Artigo 3º
A pessoa jurídica poderá ser pessoa praticante de crimes, como multas, ex: crimes ambientais.
B)Sujeito Passivo:
Sujeito Passivo Constante: Estado
Sujeito Passivo Eventual: Pessoa titular do bem jurídico lesado.
7) O Sujeito Jurídico e Objeto Material:
A) Objeto Jurídico:
É o bem jurídico, o interesse protegido pela norma penal
Ex: Vida- no homicídio; Patrimônio – no furto.
B) Objeto Material: 
É a pessoa ou coisa sobre as quais recai a conduta
Ex: Pessoa- no homicídio; Coisa alheia móvel- no furto
Resultado
1) Conceito:
A) De acordo com a teoria do resultado naturalístico, resultado é a modificação provocada no mundo exterior pela conduta. (Comportamento humano voluntário) Ex: 157
B) Nem todo crime possui resultado
Ex: artigos 140,150,233, ex: honra.
C) Quanto ao Resultado os crimes podem ser:
Crimes Materiais
Crimes Formais
Crimes de Mera Conduta
2) Crimes Materiais: é aquele cuja consumação só ocorre com a produção do Resultado Naturalístico (resultado externo) e que se destaca, lógica e cronologicamente da conduta Ex: 121,155.
(Quando há mudança no mundo físico)
Resultado: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal.
3)Crimes Formais: 
A) O tipo não exige a produção do resultado para a consumação do crime, embora seja possível a sua ocorrência.
B) O resultado jurídico previsto no tipo ocorre ao mesmo tempo em que desenvolve a conduta.
Ex: artigos 147,139,158.
C) São chamados de crime de consumação antecipada.
Nexo Causal
1) Conceito:
A) Elo de ligação concreto,físico, material e natural, que se estabelece entre a conduta do agente e o resultado naturalístico.
2) Crimes Omissivos Próprios e Impróprios:
Nesses Crimes não há vinculo naturalístico entre a omissão e o resultado.
3) Teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non) Artigo 13º 
( as forças concorrentes equivalem-se e se uma delas o fato não teria ocorrido)
A) Toda e qualquer conduta, que de algum modo tiver contribuído para a produção do resultado, deve ser considerada sua causa, adotada pelo CP Brasileiro. ( a ação é causa e o agente causador).
B) Critério de Eliminação Hipotética:
Se eliminado um fato, ainda assim ocorre o resultado, é sinal de que aquele, não foi causa deste.
C) É a presença do dolo e da culpa que impede o Regressus ad Infinitum.
D) Nexo Causal dos Diversos Crimes:
O nexo causal somente tem relevância nos crimes cuja consumação depende do resultado naturalístico.
4) Superveniência Causal (que vem depois)
A) Causa:
É toda condição que atua paralelamente a conduta interferindo no processo causal.
B) Espécies de causas:
Dependentes
Independentes
5) Causa Dependente:
A) Encontra-se na mesma linha de desdobramento causal
B) Suprimida qualquer causa desaparece o resultado
C) Dois Fatores Fundamentais:
Origina-se da conduta,sem a qual não existiria 
Atua com absoluta dependência da causa anterior da qual resulta como consequência natural e esperada.
Causa Independentes:
É aquela que por si só produziu o resultado. 
Subespécies de causas independentes:
 *Causas absolutamente independente;
 * Causas relativamente independente;
(Totalmente alheia a conduta do agente) Produz por si só o resultado.
6) Espécies de causas absolutamente independentes:
A) Preexistentes: (Tentativa)
Existem antes de a conduta ser praticada e atuam independentemente de seu cometimento, de maneira que com ou sem a ação o resultado ocorreria do mesmo jeito.
Ex: Genro atira e mata a sogra,sendo que antes a nora já havia a envenenado.
B) Concomitantes: (Tentativa)
Não tem qualquer relação com a conduta e produzem o resultado independentemente desta, no entanto por coincidência, atuam exatamente no instante em que a ação é realizada.
Ex: No momento em que a nora está ministrando o veneno, o genro vem e atira.
C) Supervenientes: ( Tentativa)
Atuam após a conduta.
Ex:Após o envenenamento, mas antes do efeito, o genro vem e atira a na sogra.
D) Consequências ( o agente jamais responderá pelo resultado)
O agente somente responde pelos atos então praticados ( o nexo causal é rompido) responderá por tentativa de homicídio.
7) Espécies de Causas RelativamenteIndependente:
A) Conceito:
Produzem por si só o resultado, não se situando dentro da linha de desdobramento causal da conduta, mas encontram sua origem na própria conduta praticada pelo agente.
B) Preexistentes: (O agente responde pelo resultado)
Atuam antes da conduta, ou seja, o golpe isoladamente não seria capaz de produzir o resultado fatal.
 A desfere golpe de faca em B, que morre em razão da hemofilia.
O estado patológico somente foi deflagrado a partir da conduta
C) Concomitantes: ( O agente responde pelo resultado)
Ex: A atira em B, que se assusta e tem um ataque cardíaco e morre.
D) Superveniente (Tentativa) ( O agente responde pela conduta)
A vítima de um crime é levada ao hospital, mas a ambulância sofre um acidente de trânsito e a pessoa falece em razão do acidente.
Consequência
Nas causas preexistentes e concomitantes fica mantida a relação causal entre conduta e resultado, o agente responde pelo resultado.
Nas causas supervenientes relativamente independentes adotou-se a teoria da causalidade adequada (causa é a condição mais adequada para produzir o resultado) em obediência ao artigo 13 parágrafo 1º que determina a ruptura do nexo causal (responde o agente por tentativa).
Tipicidade
1) Conceito de Tipicidade Formal:
Correspondência exata entre o fato natural, concreto e a descrição contida na lei.(subsunção perfeita da conduta praticada pelo agente ao modelo abstrato previsto na lei penal).
Mera subsunção
2)Conceito de Tipicidade Material:
A) Não basta o fato ser típico formalmente, ele precisa ser típico materialmente, há a necessidade da ofensa a um bem jurídico.(Lesão ao bem jurídico).
 B)Requisitos da tipicidade material:
Mínima ofensividade da conduta
Nenhuma periculosidade social da ação
Reduzido grau de responsabilidade da conduta
Inexpressividade da lesão jurídica
3) Espécies de Tipo:
A) Permissivos ou Justificadores (ex: legítima defesa)
São os tipos penais que não descrevem fatos criminosos nas hipóteses que estes podem ser praticados ex: artigo 23.
B) Incriminadores:
São os tipos que descrevem as condutas proibidas.
4) Tipo Fundamental ( Caput):
É o tipo que se localiza no Caput de um artigo e contém os elementos essenciais do crime, sem os quais estes desaparece ou transforma em outro.
5) Tipos Derivados (Incisos parágrafos aumentam ou diminuem a pena)
São os que se formam a partir do tipo fundamental mediante o destaque de circunstâncias que agravam ou atenuam a pena em abstrato.
6) Elementos do Tipo:
A) Objetivos (todo tipo é objetivo):
Referem-se ao aspecto material do fato (lugar, tempo, meios empregados, objetos do crime etc)
B) Normativos (Diz respeito ao juiz),juízo de valor:
Exigem um juízo de valoração jurídico,social,cultural,histórico,política,religiosa, etc, artigo 59.
C) Subjetivos (Diz respeito ao agente, criminoso), com intuito de... 
 Encontram-se nos chamados “delitos de intenção” ex: artigo 158
O agente além da vontade de realizar o núcleo(verbo) ex: matar, roubar,tem também a finalidade especial descrita explicitamente no modelo legal ex: artigo 158.
7)Tipicidade Conglobante – Raul Zaffaroni
Exclui, a tipicidade e ilicitude, que antes seria só ilícito.
O Direito é um todo (Bloco Monolítico) assim quando o Estado permitir a conduta, o fato será considerado atípico. Ex: boxe. 
O nome conglobante decorre da necessidade de que a conduta seja contrária ao ordenamento jurídico em geral (conglobado) e não apenas ao ordenamento penal.
A tipicidade conglobante pode ser entendida como a junção da tipicidade material com a antinormatividade ( conduta não exigida ou não fomentada pelo Estado).
OBS: O sistema penal brasileiro não adota a tipicidade conglobante.
Dolo
1) Conceito:
A) Dolo vontade e consciência de realizar os elementos constantes do tipo penal.(Consciência e vontade de realizar a conduta e produzir o resultado).
Regra: Todo Fato Típico é Doloso.
B)Todo tipo incriminador é a princípio doloso, porque p dolo está implícito no tipo. (Detalhados no código penal, os Culposos eventualmente, serão expressos.
2) Teorias do Dolo:
A) Teoria da Vontade:
Dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.
Ex: Dolo Direto.
 B)Teoria do Assentimento ou Consentimento:
Dolo é o assentimento do resultado,isto é, previsão do resultado com a aceitação dos riscos. Ex : Dolo Eventual.
Eu não quero, mais se acontecer assumo o risco.Ex: avançar o sinal de trânsito e atropelar alguém.
 3)Espécies de Dolo:
A) Dolo Natural:
É o dolo concebido como um elemento puramente psicológico,desprovido de qualquer juízo de valor. Ex: Ir na cozinha e querer beber água.
B) Dolo Direto:
É a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado (Teoria da Vontade)
Ex: Eu quero!
C) Dolo Eventual ou Indireto:
O agente se coloca indiferente, quanto ao resultado, não obstante prevê ló,mais aceita a possibilidade de produzi ló.
Ex: Não quero, mas se acontecer tanto faz !
D)Dolo de Dano: Vontade de produzir uma lesão efetiva a um bem jurídico.
Ex: artigo 121,155
E) Dolo de Perigo: Mera vontade de expor o bem a um perigo de lesão.
Ex: artigo 132,133
F) Dolo e Dosagem da Pena ( que a lei prevê no caput)
A quantidade da pena abstratamente cominada no tipo não varia de acordo com a espécie de dolo, contudo o juiz deverá levá-la em consideração no momento da dosimetria penal. Artigo 59.
O tipo penal nos crimes culposos
1) Conceito de Culpa ( Agir Negligente Ex: 121 Parágrafo 3º)
A) Quebra do Dever Geral de cuidado
B)Está prevista genericamente no tipo (não esta especificada)
C)É um elemento normativo da conduta
D) é imprescindível que se proceda a um juízo de valor sobre a conduta do agente no caso concreto.
Comparação com a conduta do homem médio.
Na culpa não há consciência, não há o querer.Cometo o fato típico por imperícia, imprudência, negligência.
2) Dever Objetivo de Cuidado:
É o dever normal de cuidado que todas as pessoas devem ter imposto as pessoas de razoável diligência.
3)Tipo Aberto:
O tipo culposo é chamado tipo aberto por que a conduta culposa não é descrita.(o juiz é quem valora)
4)Elementos do Fato Típico Culposo
A)Previsibilidade Objetiva:
É a possibilidade de qualquer pessoa dotada de prudência mediana prever o resultado.
B)Quebra do Dever Objetivo de Cuidado:
Por meio da negligência, imprudência ou imperícia.
5)Modalidades de Culpa:
A)Imprudência:
É a culpa de quem age sem o cuidado necessário. Ex:ultrapassagem proibida.
B) Negligência:
É a culpa na sua forma omissiva.
Abstenção de um comportamento que era devido
C)Imperícia:
Demonstração de inaptidão técnica em profissão ou atividade. Ex:Restaurar quadros.
6) Espécies de Culpa:
A) Culpa Consciente ( é a regra):
É a culpa sem previsão, em que o agente não prevê o que era previsível.
B) Culpa Consciente:
O agente prevê o resultado, embora não o aceite.Acredita que sua habilidade impedirá o evento.
Diferença entre Culpa Consciente e Dolo Eventual:
Dolo Eventual: o agente prevê o resultado, mas não se importa que ele ocorra.
Culpa Consciente: o agente prevê o resultado, mas repudia essa possibilidade. Tem certeza que é capaz de impedir o resultado. 
C) Culpa Imprópria (Culpa por extensão/assimilação/equiparação)
É aquela que o agente por erro de tipo(sempre exclui o dolo)indesculpável supõe estar diante de uma causa de justificação(artigo 23º)que lhe permita praticar,licitamente, um fato típico.
Exclui o dolo mais permanece a culpa
Tipo hibrido: há um pouco de dolo e um pouco de culpa
7) Culpa nos delitos omissivos impróprios:
É possível
8) Excepcionalmente do Crime Culposo:
O crime culposo deve ter expressa previsão legal
OBS: Espontâneo: parte do agente por vontade própria
 Voluntário: parte do agente mesmo sendo aconselhado por terceiro.
Crimes Qualificados pelo Resultado
1) O Crime qualificado pelo resultado possui duas etapas:
A) Prática de um crime completo com todos os seus elementos (fato antecedente)
B)Produção de um fato agravador alémdaquele que seria necessário para a consumação (fato consequente)
2)Espécies de Crimes qualificados pelo resultado:
A) Dolo no Antecedente e Dolo no Consequente:
O agente quer produzir tanto a conduta,quanto o resultado agravador.Ex: artigo 129 III.
B) Culpa no Antecedente e Culpa no Consequente:
Incêndio culposo e homicídio culposo.
C) Culpa no Antecedente e Dolo no consequente:
Ex: artigo 303 parágrafo 3º.
D) Dolo no Antecedente e Culpa no Consequente: ( crime preter doloso ou preterintencional)
Artigo 129 parágrafo 3°
(Obs: o latrocínio será crime preterdoloso somente se a morte não for intencional)
3) Conceito de Crime Preterdoloso ( artigo 19º)
A) é aquele em que a conduta produz um resultado mais grave que o pretendido pelo sujeito, ou seja, o dolo é menos que o resultado
Dolo menor que o Resultado
Crime Consumado (Artigo 14,I)
1)Conceito:
A) é aquele em que foram realizados todos os elementos constantes de sua definição legal.
Ex:155 furto, quando o objeto sai da esfera de proteção da vítima.
2) Diferença entre Crime Consumado e Crime Exaurido:
A) Crime Exaurido: é aquele no qual o agente, após atingir o resultado consumativo, continua a agredir o bem jurídico.
Ex: artigo 316
Exigir a vantagem: consumação
Receber a vantagem: exaurimento
B)O exaurimento agrava as consequências do crime influenciando na dosagem da pena.
3) Iter Criminis ( é o caminho do crime):
 Etapas:
1)Cogitação: o agente apenas idealiza, planeja, representa mentalmente a prática do crime.
2)Preparação:
 a)Prática dos atos imprescindíveis a execução do crime
 b)o agente ainda não começou a realizar o verbo do crime, logo o crime ainda não pode ser punido.
 c)Existem duas exceções a esta regra;
 Previsão autônoma da conduta do ato preparatório como tipo específico na legislação. Ex art 288,291 e art 14 – lei 10.826/03 atos são puníveis.
Concurso de pessoas. 
 3)Execução:
Teoria Objetivo Formal- Há inicio da execução a partir do momento que o infrator começar a realizar o verbo do núcleo do tipo penal
O crime já se torna possível
Teoria da Hostilidade ao bem jurídico: há inicio da execução quando o bem jurídico passa a sofrer situação concreta e efetiva de perigo
Teoria Subjetiva: há inicio da execução quando, de acordo com o plano interno do autor, é perfeitamente possível identificar que ele já está iniciando a execução do crime.
 4 ) Consumação:
Todos os elementos que se encontram descritos no tipo penal foram realizados.
A) Iniciada a execução do crime podem ocorrer quatro hipóteses:
1)A execução não se consuma por circunstâncias contrárias a vontade do agente. Tentativa
2) A execução não se consuma por vontade do agente.
Desistência voluntária
Arrependimento eficaz
 3) A execução não se consuma por que é absolutamente impossível a consumação
Crime impossível
 4) Iniciada a execução o crime se consuma
Tentativa Artigo 14 II
1) Conceito:
A) Não consumação de um crime cuja execução foi iniciada por circunstâncias alheias a vontade do agente.
2) Elementos da Tentativa:
Inicio da execução
Não consumação
Interferência de circunstâncias alheia a vontade do agente.
3)Critério adotado pelo Código Penal:
A) Objetivo Formal
B)somente se caracteriza o inicio da execução o ato idôneo e inequívoco para a realização do verbo.
4) Formas de Tentativa:
A) Imperfeita:
A à interrupção dos atos executórios .Ex: arma com 6 tiros e só atira 2
B) Perfeita:
 O agente prática todos os atos da execução, mas não consuma, por circunstâncias alheias a sua vontade.
C)Tentativa Qualificada:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz. (Inicia a execução e desiste)
D) Tentativa Branca ou Incruenta:
A vítima não é atingida e nem vem a sofrer ferimentos.
5) Infrações Penais que não Admitem Tentativa:
Infrações culposas (não há dolo)
Crimes omissivos
Crimes habituais
Obs: a conduta somente ganha relevância penal, quando se torna um hábito.
6) Critério para Redução da pena:
A pena do crime tentado, será a do consumado diminuída de 1/3 a 2/3.
Quanto mais próximo o agente chegar da consumação, menor será a redução da pena e vice versa.
Tentativa Abandonada
1)Conceito:
A) Diz respeito ao comportamento do agente, que pretendia produzir o resultado consumativo, mas acabou por mudas de ideia, vindo a impedi ló pela sua própria vontade.
2) Elementos da Tentativa Abandonada:
Inicio da execução
Não consumação
Interferência da vontade do próprio agente
3) Diferença com a Tentativa:
Na tentativa o agente deseja o resultado que não se produz por circunstâncias alheias a sua vontade.
4) Espécies de Tentativa Abandonada:
A) Desistência Voluntária:
 O agente interrompe voluntariamente a execução do crime, impedindo a sua consumação.
B)Arrependimento Eficaz:
O agente após encerrar a execução do crime impede a produção do resultado
Crimes formais não admitem arrependimento eficaz, uma vez encerrada a execução o crime já está consumado.
Só é possível nos Crimes materiais.
5) Consequências da Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz:
 Em ambos os casos,o agente não responde por tentativa, mas sim pelos atos até então praticados, ex: artigo 129 parágrafo 1º.
6) Ponte de Ouro:
A tentativa abandonada é assim chamada por que provoca uma reação típica mais benéfica para o autor.
Arrependimento Posterior Artigo 16° (Contra o patrimônio)
1) Conceito:
Causa de diminuição de Pena, que ocorre nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça, a pessoa em que o agente, voluntariamente repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento de denúncia ou queixa.
2)Objetivo:
Estimular a reparação do dano nos crimes patrimoniais cometidos sem violência ou grave ameaça a pessoa.
3) Diferença entre Arrependimento Eficaz e Posterior:
A) Arrependimento Eficaz
Aplica- se aos crimes cometidos com violência ou grave ameaça a pessoa
O agente responde apenas pelos atos até então praticados
É anterior a consumação
B) Arrependimento Posterior
Crimes cometidos sem violência ou grave ameaça a pessoa
É uma causa de diminuição da pena 1/3 a 2/3 prevista no artigo 16 CP
Pressupõe a produção do resultado
Incide sobre crimes patrimoniais
4) Requisitos do Arrependimento Posterior :
A) Crimes contra o patrimônio ou sem violência ou grave ameaça a pessoa
B) Reparação do dano ou restituição da coisa (reparação integral)
C) Voluntariedade do Agente
D) Até o recebimento da denúncia ou queixa ( se posterior é circunstância atenuante art 65. III b)
Classificação dos Crimes
A) Crime Comum:
Pode ser praticado por qualquer pessoa. Ex : Homícidio
B) Crime Próprio:
Somente pode ser cometido por determinadas pessoas ou categorias de pessoas.Ex: como o infanticídio, ou crimes contra a administração pública(peculato). Ex: 123,312.
C) Crimes de Mão Própria:
Somente pode ser cometido pelo sujeito em pessoa. Ex: 342, falso testemunha.
D)Crime de Dano:
Exige uma efetiva lesão ao bem jurídico atingido.Ex: 121,155
E) Crime de Perigo:
Basta a possibilidade do Dano Ex: Contágio Venério, 132
F)Crime Comissivo:
Praticado por meio de ação. Ex:121,129
G)Crime Instantâneo:
Consuma-se em um dado instante, sem continuidade no tempo.Ex: Homicidio.
H)Crime Acessório:
Depende de outro Crime para existir. Ex: 180
I)Crime Simples:
Apresenta um tipo penal único. Ex:129
J) Crime Complexo:
Resulta da fusão entre dois ou mais tipos.Ex:157 parágrafo 3º.(Latrocínio)= roubo+ homicídio.
K)Crime Progressivo:
Quando o sujeito para alcançar a produção de um resultado mais grave, realiza outro menos grave.Ex:129+121= homicídio.
L)Crime Putativo:
O agente pensa que cometeu um crime, mas na verdade cometeu um irrelevante penal.Ex:mulher que toma substância abortiva sem estar grávida.
M)Crime Unis subsistente:
É o que se perfaz com um único ato, não sendo possível tentativa. Ex:140
N) Crime Plurissubsistente:
Exige mais de um ato.Ex: 171,121
O)Crimes de Opinião- Lei 5250/67
Consistem em abuso de liberdade dopensamento, seja pela palavra, pela imprensa ou qualquer meio de transmissão.
P)Crimes de Concurso Necessário:
São os que exigem mais de um sujeito Ex:228
Q)Crimes Vagos:
São os que tem por sujeito passivo entidades sem personalidade jurídica(família, moralidade pública, etc) ex:233
R)Crimes Pluriofensivos:
São os que lesam ou expõem a perigo de dano mais de um bem jurídico. Ex: 157 parágrafo 3º.
S) Crimes Hediondos- Lei 8072/90
São delitos repugnantes que pela forma execução causam intensa repulsa. Ex: extorsão qualificada por morte.
T) Crime Plurilocal 
É aquele em que a conduta se dá em um local e o resultado em outro, mais dentro do mesmo país.
U) Crime a distância (teoria da ubiquidade):
A execução do crime acontece em um país e o resultado em outro.
V) Crime Funcional:
Praticado por funcionário público.

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