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FONTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

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FonTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Profª Christiane Passos
Fontes 
Autonomia: Como o processo do trabalho não tem código específico e se utiliza do CPC, logo surge naturalmente à questão: O processo laboral é ramo autônomo ou ramo do processo civil?
Há duas correntes 
 
1ª Corrente minoritária (Teoria Monista): O processo do trabalho é simples desdobramento do processo civil, pois esse não tem princípios próprios, mas apenas deu ênfase à certos princípios que são do processo civil.
FONTES 
2ª Corrente majoritária (Teoria Dualista): O direito processual é autônomo em relação ao processo civil. 
Apesar de próximos, existe clara autonomia entre o processo trabalhista e processo civil pelos fundamentos: 
Campo temático específico;
Teorias próprias;
Metodologia própria;
Autonomias gerais:
Eficácia das normas processuais no tempo e no espaço
O que é eficácia? É a aptidão da norma para a produção de efeitos jurídicos, ou seja, é saber em qual momento e local processual a lei nova produz efeitos.
Eficácia no tempo: No processo laboral temos dois princípios reguladores da eficácia no tempo.
Princípio da irretroatividade das normas processuais e Princípio do efeito imediato ou eficácia imediata
Eficácia das normas processuais no tempo e no espaço
Princípio da irretroatividade das normas processuais: A norma processual trabalhista não poderá retroagir prejudicando o direito adquirido, ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
 
De outra os atos processuais já praticados sob a égide da lei anterior são válidos e produzem os efeitos jurídicos previstos na antiga norma.
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Princípio da oralidade: Não é exclusivo do processo do trabalho, todavia, é mais acentuado na Justiça do Trabalho. 
O sistema processual trabalhista é pautado pela simplicidade, informalidade e celeridade, portanto, o sistema oral em troca da burocracia é uma tendência.
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Neste sentido, art. 840 CLT reclamação oral, art. 847 da CLT defesa oral e art. 850 da CLT razões fiscais orais.
   
     Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
        Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. 
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Princípio da proteção mitigada: esse existe no processo trabalhista, todavia deve ser visto de forma mitigada para não gerar agressão a isonomia processual ou paridade de armas processuais. 
Princípio da simplicidade: o processo laboral deve ser o mais útil e menos burocrático possível com intuito de facilitar o acesso ao judiciário.
Efeito: Desse princípio decorre o jus postulandi (art. 791 da CLT) o empregado e empregador podem ventilar questões sem a presença de um advogado. (A finalidade é facilitar o acesso a justiça laboral).
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P. da Informalidade: o processo não é fim em si mesmo, ao revés, esse deve servir a justiça. Logo o processo não pode ser empecilho para se realizar o direito material, mas deve ser mecanismos para sua satisfação.
P. da Celeridade: o processo deve ter razoável duração, ainda mais na justiça do trabalho que cuida de prestações de natureza alimentar. 
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P. da subsidiariedade: Quando estamos diante de lacuna da CLT, em relação a temas processuais. 
Quando há lacuna? 
1) Omissão da legislação trabalhista: Ausência de norma específica.
Como não temos um código de processo trabalhista nasce a necessidade de um método de preencher tais lacunas por meio de duas regras: 
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Espécies de lacunas:
a) lacuna normativa: não existe a norma.
 
b) lacuna ontológica: existe a norma, todavia está desatualizada, não apresentando mais compatibilidade com os fatos sociais, é o envelhecimento da norma.
 
c) lacunas axiológicas: existe a norma, mas sua aplicação gera solução injusta.
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Questão: Aplicar-se as regras de subsidiariedade nas lacunas axiológica e ontológica?
1 Corrente (Teoria Restritiva): A aplicação subsidiária é só no caso de lacuna normativa.
2 Corrente (Teoria Evolutiva): Se aplica à todos os tipos de lacuna. Neste sentido, o enunciado 66 da jornada de direito material e processual do trabalho.
“APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DE NORMAS DO PROCESSO COMUM AO PROCESSO TRABALHISTA. OMISSÕES ONTOLÓGICA E AXIOLÓGICA. ADMISSIBILIDADE.”
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P. da conciliação: a justiça do trabalho tem por fundamento a tentativa de conciliação. Essa mesmo depois da fase de conciliação poderá ser celebrada: 
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.
Cuidado: A importância é tanta da conciliação que sua tentativa é obrigatória em dois momentos e pode ser realizado depois desta.
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A) após a abertura da audiência e antes da apresentação de defesa (art. 846 da CLT);
B) após as razões finais e antes da sentença ( art. 850 da CLT);
Obs.: se não for tentada a conciliação gera nulidade do processo. 
Cuidado: a homologação de acordo é poder do magistrado, não é obrigação, logo pode haver recusa a homologação.
 P. da verdade real: A justiça laboral busca a verdade real, frente a verdade processual. Essa é derivação da primazia da realidade (fatos x documentos)

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