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Faculdade de Tecnologia de Tatuí - FATEC ELETRICIDADE APLICADA À AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL LABORATÓRIO EXPERIMENTO LEI DE KIRCHHOFF Gabriel Nascimento Dearo FATEC - Tatuí / SP Data: 07/05/2016 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Tabela de Cores para Resistores 6 Figura 2- Exemplo de Potenciômetro 7 Figura 3 - Modelo de Circuito para Aplicação da LKT 8 Figura 4 - Modelo de Aplicação da LKC 9 Figura 5 - Exemplo para Aplicação da LKC 9 Figura 6 - Exemplo de Aplicação da Lei de Kirchhoff 10 Figura 7 - Exemplo de Resistor 11 Figura 8 - Fonte Ajustável 13 Figura 9 - Cabos Jacaré 13 Figura 10 - Pilha 9V 13 Figura 11- Circuito com Duas Malhas 14 Figura 12 - Malha A 15 Figura 13 - Malha B 15 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Comparativo de Dados 14 1. Objetivo Saber identificar resistores e efetuar leituras de suas resistências Compreender a aplicação de resistores em um circuito Saber realizar medições com multímetros Ser capaz de associar resistores em série e em paralelo e calcular a resistência equivalente de suas associações Aplicar os conhecimentos adquiridos com as aulas teóricas Comprovar e analisar a lei de Kirchhoff em determinados circuitos 2. Introdução Teórica 2.1 Resistência A resistência nada mais é do que a oposição ao fluxo de corrente em um circuito. Para se aumentar a resistência de um circuito são utilizados componentes elétricos denominados resistores. Resistores é um dispositivo que apresenta certa resistência ao fluxo de corrente e tem um valor conhecido e determinado. A resistência é medida em Ohms (Ω) e é representado pelo símbolo R em equações. Define-se o Ohm como a quantidade de resistência que limita a corrente num condutor ao valor de um Ampére quando a tensão aplicada for de um volt. Como ler a resistência de um resistor Existem duas formas utilizadas para conhecer o valor de um resistor: Medir o resistor com um multímetro (o que muitas vezes não é possível, pois os resistores estão soldados nos circuitos) Ler o valor direto do corpo do resistor pelo código de cores Esta segunda tem se mostrando mais eficaz, portanto é necessário conhecer o código de cores que possibilitará a leitura desses valores. Descrição do Código de Cores O código de cores é a convenção utilizada para identificação de resistores de uso geral. Compreendem as séries E6, E12 e E24 da norma internacional IEC. Tabela de cores Figura 1- Tabela de Cores para Resistores Procedimento para Determinar o Valor do Resistor Deve-se primeiramente: Identificar a cor do primeiro anel, e verificar através da tabela 1 2.1-1 o algarismo correspondente à cor. Este algarismo será o primeiro dígito do valor do resistor. Identificar a cor do segundo anel. Determinar o algarismo correspondente ao segundo dígito do valor da resistência. Identificar a cor do terceiro anel. Determinar o valor para multiplicar o número formado pelos itens 1 e 2. Efetuar a operação e obter o valor da resistência. Identificar a cor do quarto anel e verificar a porcentagem de tolerância do valor nominal da resistência do resistor. OBS.: A primeira faixa será a faixa que estiver mais perto de qualquer um dos terminais do resistor. Potenciômetro Trata-se de um componente eletrônico com funcionamento semelhante ao dos resistores, diferenciando-se em sua resistência que pode ser ajustada conforme a necessidade. Figura 2- Exemplo de Potenciômetro Leis de Kirchhoff Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887) foi um físico alemão que ganhou renome no campo do estudo da elétrica. Com apenas 21 anos após empregar a lei de Ohm em condutores elétricos em rede, criou regras que definem a intensidade da corrente e o potencial elétrico em pontos de rede. Lei de Kirchhoff para Tensão (LKT ou Lei das Malhas) Esta lei de Kirchhoff afirma que: “A tensão aplicada a um circuito fechado é igual a soma das quedas de tensões do mesmo.” A lei acima é expressa da seguinte forma: Analogamente temos que: “A subtração da soma das quedas de tensões da tensão aplicada resultará em zero.” Tensão aplicada – ∑ quedas de tensão = 0 Ou Na resolução de um circuito fechado, atribui-se um sinal (+) para os aumentos de tensões e (-) para as quedas de tensões. Partindo do ponto positivo da fonte para o negativo, tem-se uma queda de tensão ao passar pelos resistores. Para maior clareza analise o exemplo abaixo: Figura 3 - Modelo de Circuito para Aplicação da LKT Portanto ao acompanharmos o circuito no sentido convencional (+ → −) vemos que ao passar pelos resistores a tensão sofre uma queda. Ao aplicarmos a Eq. () da lei de Kirchhoff para tensão, temos: Lei de Kirchhoff para Corrente (LKC ou Lei dos nós) A lei de Kirchhoff para corrente diz que: “A soma das correntes elétricas que entram em determinado nó é igual a soma das correntes que saem dele.” Que equivale a dizer que: “A soma das correntes que entram em um nó é nula.” Suponhamos que existam seis correntes entrando e saindo de determinado ponto, o qual chamamos de nó. Figura 4 - Modelo de Aplicação da LKC Soma de todas as correntes que entram = soma de todas as corrente que saem Analogamente temos que: Para melhor compreensão analise o exemplo abaixo: Figura 5 - Exemplo para Aplicação da LKC ∑ correntes que entram = ∑ correntes que saem As correntes nas Malhas As leis de Kirchhoff podem ser simplificadas utilizando-se as correntes nas malhas. Malha é qualquer percurso fechado de um circuito independente da existência de uma fonte de tensão. Para aplicar este método devemos seguir os seguintes passos: Figura 6 - Exemplo de Aplicação da Lei de Kirchhoff 1º Passo: determinar quais são as malhas do circuito e identificar as corrente I1 e I2, geralmente as mesmas são adotadas no sentido convencional (horário). Indicar a polaridade da tensão através dos resistores, conforme feito na LKT. 2º Passo: Aplicar a LKT (∑ V = 0) em ambas as malhas. Atente-se para o ramo onde há a existência de duas correntes, pois nesse aparecerá dois conjuntos de polaridades. Percorra a Malha 1, no sentido abcda. Teremos as seguintes equações: Percorra a Malha 2, no sentido adefa 3º Passo: Calcular as correntes e resolvendo as equações das malhas. 4º Passo: Após isso, calcular as quedas de tensões nos resistores. 3. Material e Métodos 3.1 - EXPERIMENTO – Comprovação da lei de Kirchhoff Materiais: 2 Multímetros Digitais Resistores: R1 = Marrom, Preto, Vermelho e Ouro - 1 KΩ 5% R3 = Marrom, Preto, Vermelho e Ouro - 1 KΩ 5% R4 = Vermelho, Vermelho, Marrom e Ouro - 220 Ω 5% *Valores Nominais Tabela para leitura dos Códigos de cores dos resistores 1 Potenciômetro R₂ = 560 KΩ 2 Pilhas F1 = 9V F3 = 9V 2 Fontes Ajustáveis F2 = 10 V F4 = 5 V Métodos: Selecionou-se um dos resistores e observaram-se as cores que o compõem. Figura 7 - Exemplo de Resistor Juntamente com a figura , efetuou-se a leitura das cores dos resistores e de seus respectivos valores Colocou-se o multímetro em escala Ôhmica para realização da leitura das resistências Com o multímetro ajustado, aproximaram-se as pontas do multímetro em cada uma das extremidades do resistor Anotou-se o valor medido e comparou-se com o valor calculado através da tabela O mesmo procedimento foi efetuado com todos os outros resistores e as informações obtidas podem ser analisadas mais detalhadamente no tópico 4. Comparativo Teórico e Prático Ajustou-se o potenciômetro para 2 KΩ Após todas as medições realizadas, os resistores foram conectados ao circuito Ajustaram-se as fontes reguláveis e conectaram as pilhas no circuito através de cabos jacaré. Figura 8 - Fonte Ajustável Figura 9 - Cabos Jacaré Figura 10 - Pilha 9V Após montado o circuito foram feitas as anotações necessárias e calculadoo valor das correntes nas malhas através da lei de Kirchhoff Depois de realizar os cálculos, foram efetuadas as leituras nos circuitos para comprovação e coleta dos valores práticos 4. Comparativo Teórico e Prático 4.1 - EXPERIMENTO – Comprovação das Leis de Kirchhoff Na tabela 3 4.1-1 é possível analisar os valores de todos os resistores lidos através da tabela de códigos e os valores lidos pelo multímetro, juntamente com suas respectivas tolerâncias. Cores do Resistor Valor Calculado (Nominal) Valor lido (Multímetro) Tolerância R1 Marrom, Preto, Vermelho e Ouro 1 KΩ 993 Ω ± 5% ± Ω R2 Potenciômetro 2 KΩ 2 KΩ ± 5% ± 28 KΩ R3 Marrom, Preto, Vermelho e Ouro 1 MΩ 982 KΩ ± 5% ± 50 KΩ R4 Vermelho, Vermelho, Marrom e Ouro 6,8 MΩ 6,88 MΩ ± 5% ± 75 KΩ Tabela 1- Comparativo de Dados Para determinar os valores de I1 e I2 no circuito montado, aplicaram-se as Leis de Kirchhoff, do mesmo método como informado na introdução teórica. Segue cálculo abaixo: Figura 11- Circuito com Duas Malhas Analisaremos primeiramente a malha A (abefa): Figura 12 - Malha A Aplicando os métodos ensinados, obteremos as seguintes equações: Agora analisaremos a malha B (bcdeb): Figura 13 - Malha B Obteremos a equação abaixo: Para solução das equações teremos: ____________________________ Fazendo a Eq.2 – Eq.1: Com os cálculos acima obtivemos o valor da corrente da malha B, a partir daí substituiremos na Eq.1 para descobrirmos o valor da corrente na malha A. Abaixo será exibido o comparativo com os dados coletados através dos experimentos práticos e com os dados calculados. Corrente na Malha A I1 Calculada 4,62 mA I1 Medida 4,45 mA Corrente na Malha B I2 Calculada 0,51 mA I2 Medida 0,59 mA 5. Conclusão Com as experiências realizadas pode-se concluir que há pequenas oscilações nos resultados obtidos na teoria e na pratica tanto nos resistores quanto nas correntes . Através deste experimento foi possível aplicar o conhecimento adquirido nas aulas teóricas e comprovar através de cálculos o quão próximo chegam. 17
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