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Controle de Micro-organismos - Resumo

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Controle de Micro-organismos
Introdução
Vários agentes físicos e químicos podem ser utilizados para manter os micro-organismos em níveis aceitáveis. A escolha do melhor agente vai depender se a intenção é destruir ou remover todos os micro-organismos presentes, destruir somente certos tipos ou simplesmente prevenir a multiplicação daqueles micro-organismos já presentes.
O padrão de morte da população microbiana após exposição a um agente microbicida, as condições que influenciam a eficiência de um agente antimicrobiano e a forma pela qual as células microbianas podem ser lesadas por um agente antimicrobiano se aplicam tanto à classe de agente físicos como à classe de agentes químicos.
Fundamentos e Agentes Físicos
Fundamentos
Entre os procedimentos mais comuns para o controle de micro-organismos empregando agentes físicos, incluem-se o cozimento completo de aves e carnes para matar Salmonella e a pasteurização do leite para destruir as bactérias que podem causar tuberculose e febre tifóide.
Agentes antimicrobianos: substâncias que matam os micro-organismos. Agentes antibacterianos, antivirais, antifúngicos e antiprotozoários.
Agentes microbicidas: agentes antimicrobianos que matam os micro-organismo. Bactericida, viricida e fungicida – micro-organismos destruídos.
Esterilização: destruição de todos os micro-organismos presentes em um material, incluindo esporos (grande resistentes a calor).
Microbiostáticos: agentes que apenas inibem o crescimento dos micro-organismos. Fungistático, bacteriostático.
Padrão de Morte em uma População Microbiana
O critério de morte de um micro-organismo é baseado em uma única propriedade: a capacidade de se reproduzir.
Os agentes antimicrobianos matam os micro-organismo através do contato, em uma relação constante, em um dado período de tempo. -> Morte exponencial.
Condições que influenciam a Atividade Antimicrobiana
Tamanho da população microbiana; 
Intensidade ou concentração do agente microbicida;
Tempo de exposição ao agente microbicida;
Temperatura em que os micro-organismos são expostos ao agente microbicida;
Natureza do material que contém os micro-organismos;
Características dos micro-organismos que estão presentes, se são mais ou menos resistentes ao agente.
Mecanismo de Destruição das Células Microbianas
Conhecendo o mecanismo de ação, é possível predeterminar as condições sob as quais atuará mais efetivamente. 
Os agentes microbianos inibem ou matam os micro-organismos pela destruição de certas estruturas das células, como a parede celular ou a membrana citoplasmática ou substâncias presentes no citoplasma, como enzimas, ribossomos ou material nuclear (DNA).
A perda de uma das funções das estruturas – alteração do estado físico do citoplasma, inativação das enzimas, ou rompimento da membrana ou parede célula – pode levar a morte da célula.
Altas Temperaturas
Um dos métodos de maior eficiência e um dos mais utilizados na destruição de micro-organismos. O calor pode ser aplicado tanto em condições úmidas (vapor e água) quanto secas. O método que utiliza temperaturas extremas para matar os micro-organismo é chamado incineração.
Calor Úmido
Muito mais eficiente que o calor seco, pois causa desnaturação e coagulação das proteínas vitais como as enzimas, enquanto o calor seco causa oxidação dos constituintes orgânicos da célula (“queima” lentamente as células). A desnaturação de proteínas celulares ocorre com temperatura e tempos de exposição menores do que aqueles requeridos para a oxidação.
Endósporos bacterianos são as formas mais resistentes de vida. Por outro lado, as células vegetativas das bactérias são muito mais sensíveis ao calor úmido. Os endósporos necessitam temperaturas mais elevadas que as necessárias para matar células vegetativas, protozoários e muitos vírus.
O calor úmido utilizado para matar os micro-organismos pode ser na forma de vapor, água fervente ou água aquecida a temperaturas abaixo do seu ponto de ebulição.
Vapor d’água: método mais prático e seguro de aplicação do calor úmido. Em um sistema fechado de volume constante, um aumento de pressão permitirá um aumento na temperatura. Vapor d’agua sob pressão fornece temperaturas maiores do que aqueles possíveis com vapor sem pressão ou água fervente. Há uma vantagem também de um aquecimento rápido e maior penetração. O aparelho destinado a esterilizar com vapor sob pressão é a autoclave. É a temperatura, e não a pressão, que mata os micro-organismos. O tempo necessário para matar os micro-organismos vai depender do tipo do material (viscoso, sólido ou fluido), e do volume do material no recipiente.
Água fervente: água levada ao ponto de ebulição, matando os micro-organismos vegetativos presentes no líquido. Entretanto, materiais ou objetos contaminados expostos à agua em ebulição não serão esterilizados com segurança, pois alguns endósporos podem resistir por mais de uma hora. Não é considerada um método de esterilização. 
Pasteurização: tratamento pelo calor controlado. Mata as células vegetativas de muitos micro-organismo, mas não esteriliza.
Medidas de Susceptibilidade Microbiana a Altas Temperaturas
Expressa em termos da relação entre tempo e temperatura.
Tempo de morte térmica (TMT): mais curto espaço de tempo requerido para destruir todos os micro-organismos de uma amostra, quando exposta a uma temperatura específica sob condições padrões. Uma temperatura específica é selecionada como ponto fixo. Em vários intervalos de tempo do tratamento pelo calor, amostras da população microbiana são retiradas e cultivadas. Este método determina o tempo mínimo de exposição capaz de destruir todos os organismos.
Tempo de redução decimal (valor D): tempo requerido para diminuir uma população microbiana de uma amostra em 90% a uma temperatura predeterminada. Diferente do TMT que resulta em 0% de sobreviventes, o tempo de exposição que resulta em 10% de sobreviventes é mais bem determinado.
Na determinação do TMT ou do valo D, além da temperatura, a natureza do meio de cultura, o pH e a concentração inicial de micro-organismos podem influenciar sua susceptibilidade ao calor e, por isso, devem ser rigidamente controlados.
Calor Seco
Calor seco ou ar quente em temperaturas suficientemente altas levam os micro-organismos à morte. Entretanto, não é efetivo como o calor úmido e, por isso, precisa de temperaturas muito altas e tempo de exposição maior. Há situações em que um material não pode ser submetido à umidade, e o métodos pelo calor seco é preferido.
Incineração
Prática de rotina de laboratórios, onde alças e agulhas são regularmente colocadas na chama do bico de Bunsen ou em incineradores próprios. É também usado para eliminação de materiais contaminados como swabs e esponjas, bem como carcaças de animais de laboratórios infectados.
Baixas Temperaturas
Algumas bactérias psicrófilas podem crescer a 0 ºC, mas temperaturas abaixo de 0 ºC inibirão o metabolismo dos micro-organismos em geral. O congelamento bloqueia efetivamente o crescimento microbiano. Entretanto, temperaturas abaixo de zero não matam os micro-organismos, o que permite aos pesquisadores padronizar seus experimentos e preservar culturas específicas para experimentos futuros.
Radiações
Energia na forma de ondas eletromagnéticas transmitida através do espaço ou através de um material. Radiações eletromagnéticas são classificadas de acordo com seus comprimentos de onda. Radiações de alta energia incluem raios gama, raios X e luz ultravioleta. Estas radiações podem matar células, inclusive micro-organismo. Algumas formas de radiações eletromagnéticas ionizam as moléculas, enquanto outras não.
Radiações Ionizantes
Raios gamas e raios X têm energia suficiente para causa ionização de moléculas: conduzem elétrons constantemente e rompem as moléculas em átomos ou grupo de átomos. Ex.: a molécula de água é quebrada em radical hidroxila (OH-) e íons de hidrogênio (H+), os radicais de hidroxila são altamente reativos e destroem compostos celulares como proteínas e DNA. As radiaçõesionizantes podem também atuar diretamente nos constituintes vitais da célula, inclusive os micro-organismos.
Além de serem microbicidas, têm a vantagem de ser capazes de penetrar em pacotes e produtos e esterilizar seus interiores. Os raios gama são mais baratos, pois são emitidos espontaneamente, mas são difíceis de ser controlados, pois seus raios são emitidos em todas as direções e constantemente, não podem ser “ligados ou desligados” como as máquinas de raios X. Apesar das desvantagens, os raios eletrônicos de alta energia e os raios gama são muito usados para esterilização de alimentos e equipamentos médicos.
Radiações Não-ionizantes
Em vez de ionizar uma molécula, a luz ultravioleta excita os elétrons, resultando em uma molécula que reage diferentemente das moléculas não-irradiadas. 
A luz ultravioleta é absorvida por muitos compostos intracelulares, mas o DNA é quem sofre o maior dano. Após o DNA ter sido exposto à luz UV, ocorre a formação de dímeros de pirimidina. A menos que esses dímeros sejam removidos por enzimas, a replicação do DNA pode ser inibida ou alterada, causando mortes ou mutações.
A luz UV tem pouca capacidade de penetrar na matéria, somente micro-organismos na superfície de um objeto são mortos pela radiação UV. Uma camada fina de vidro ou água pode impedir a ação da luz UV, mas ainda assim, essa forma de radiação é utilizada para reduzir o número de micro-organismo no ar (ex.: salas cirúrgicas).
Filtração
Uso de um filtro para remover bactérias de líquido e ar.
Embora não seja um “agente físico” no sentido tradicional, como a temperatura e a radiação, é um “processo físico” que em muitas ocasiões é o método de esterilização de escolha. São utilizados no laboratório e na indústria para esterilizar materiais que não podem ser esterilizados pela autoclavação, como vitaminas ou proteínas termossensíveis.
Membranas Filtrantes
Discos de ésteres de celulose finos, como poros pequenos o suficiente para impedir a passagem de micro-organismos. Poros uniformes, fabricados no tamanho desejado, absorvem pouco o fluido que está sendo filtrado, filtração mais rápida e descartáveis.
Além de esterilização, as membranas filtrantes são usadas para separar diferentes tipos de micro-organismo e coletar amostras microbianas.
Filtros de Partículas de Ar de Alta Eficiência (HEPA)
Cabines especiais de segurança biológica: câmara com abertura frontal por onde o ar é aspirado. Este ar sai da cabine por meio de um filtro de partículas de ar de alta eficiência (HEPA), constituído de acetato de celulose aderido a uma folha de alumínio. Retém 99% das partículas presentes no ar.
Dessecação
Células microbianas vegetativas, quando dessecadas, interrompem suas atividades metabólicas, levando a um declínio na população total viável.
O tempo de sobrevivência dos micro-organismos após a dessecação depende de muitos fatores: tipo de micro-organismo, material no qual os micro-organismos são dessecados, intensidade do processo de dessecação e das condições físicas envolvidas, como a luz, temperatura e umidade.
Agentes Químicos
Certos compostos químicos antimicrobianos matam os micro-organismos enquanto outros inibem o crescimento. Alguns podem inibir ou matar, dependendo da concentração utilizada. Alguns são ativos contra um grande número de espécies, enquanto outros podem afetar somente poucas espécies. 
Definição dos Termos
Esterilizante: composto químico que realiza uma esterilização, processo de destruição ou remoção de todas as formas de vida microscópica de um objeto ou espécime. Algo estéril: totalmente livre de micro-organismos livres.
Desinfetante: substância química que mata as formas vegetativas de micro-organismos patogênicos (normalmente em objetos inanimados), mas não necessariamente suas formas esporuladas. Desinfecção é o processo que utiliza um agente para destruir micro-organismos infecciosos.
Germicida: agente químico que mata as formas vegetativas de micro-organismos, mas não necessariamente suas formas esporuladas. Os micro-organismos mortos não são necessariamente patogênicos.
Antisséptico: composto químico, usualmente aplicado na superfície do corpo humano, que previne a multiplicação dos micro-organismos pela morte ou inibição do crescimento e atividade metabólica. Utilizados em feridas e cortes para evitar uma infecção.
Saneador: agente que mata 99,9% dos micro-organismos contaminantes de uma área. Normalmente são aplicados em objetos inanimados.
Características de um Agente Químico Ideal
Atividade antimicrobiana: capacidade de uma substância de inibir ou matar os micro-organismos.
Solubilidade: deve ser solúvel em água ou outros solventes.
Estabilidade: o armazenamento por um período não deve resultar em perda significativa de ação antimicrobiana.
Ausência de toxicidade: não deve prejudicar o homem ou animais.
Homogeneidade: as preparações devem ser uniformes.
Inativação mínima por material estranho.
Atividade em temperaturas ambiente ou corporal.
Poder de penetração: ação limitada ao local da aplicação.
Ausência de poderes corrosivos e tintoriais.
Poder desodorizante: inodoro ou apresentar um odor agradável
Capacidade detergente: remove mecanicamente os micro-organismos.
Disponibilidade e baixo custo.
Principais Grupos de Desinfetantes e Antissépticos
Fenol e Compostos fenólicos
É também chamado de ácido carbólico, um dos primeiros agentes químicos usados como antisséptico. É um composto padrão como o qual outros desinfetantes são comparados.
Aplicações práticas do fenol e de deus derivados: uma solução aquosa de fenol a 5% mata rapidamente as formas vegetativas do micro-organismo, mas os esporos são resistentes. O fenol não é muito usado como desinfetante ou antisséptico por ser tóxico e apresentar um odor desagradável. 
 Lysol: desinfetante de solução de sabão com substâncias derivadas do fenol. Utilizado para desinfetar objetos inanimados.
 Hexaclorofeno: atua como um bacteriostático em bactérias Gram-positivas, particularmente em estafilococos. Aplicações prolongadas são tóxicas.
Mecanismo de ação do fenol e seus derivados: lesam as células microbianas pela alteração da permeabilidade seletiva da membrana citoplasmática, causando uma perda das substâncias intracelulares vitais. Também desnaturam e inativam proteínas como as enzimas. Dependendo da concentração, podem ser bacteriostáticos ou bactericidas.
Álcoois
Em concentrações entre 70 e 90%, as soluções de álcool etílico (etanol) são eficientes contra as formas vegetativas dos micro-organismos. Porém, o álcool etílico não pode ser usado para esterilizar um objeto, pois não mata os endósporos bacterianos.
O álcool metílico (metanol) não é utilizado como agente antimicrobiano. É menos bactericida do que o álcool etílico e é altamente tóxico.
Os álcoois propílico e isopropílico, em concentrações de 40 a 80%, são bactericidas para as células vegetativas e são frequentemente utilizados no lugar do álcool etílico.
 Aplicações práticas dos álcoois: álcool etílico e isopropílico são usados como antissépticos de pele e como desinfetantes de termômetros clínicos de uso oral e certos instrumentos cirúrgicos. O tratamento com álcool é o método mais utilizado para limpar a pele antes de coletar amostras de sangue. Comparado com outras soluções antissépticas, o álcool etílico é o mais eficiente na destruição das bactérias. O álcool etílico em concentrações entre 60 e 90% é eficiente contra vírus. Entretanto, a presença de outras proteínas diminui a eficiência contra o vírus, pois o álcool combina-se com elas, impedindo a ação sobre as proteínas virais.
Mecanismo de ação dos álcoois: capazes de desnaturar proteínas. São também solventes de lipídios, lesando as estruturas lipídicas da membrana das células microbianas. Ação detergente em parte, auxilia na remoção mecânica dos micro-organismos.
Halogênios
Agentes químicos antimicrobianos, particularmente o iodo, cloro e bromo. São fortes agentes oxidantes, reativos e destroem os componentes vitaisda célula microbiana.
Iodo e compostos iodados: pouco solúvel em água, mas altamente solúvel em álcool etílico e em solução aquosa de iodeto de potássio ou iodeto de sódio. Tradicionalmente utilizado como antisséptico. O iodo também é utilizado na forma de substâncias denominadas iodóforos (complexos de iodo com compostos que atuam como carreadores e agentes solubilizadores do iodo), que possuem a vantagem de não corar e não irritar a pele.
Aplicações práticas do iodo e seus compostos: o iodo tem alta eficiência contra todas as espécies de bactérias, é também esporicida, fungicida, viricida e amebicida. A velocidade em que os endósporos são mortos pode diminuir com a presença de material orgânico. Preparações de iodo são usadas principalmente para antissepsia de pele, é também usado para desinfetar pequenas quantidades de água e para sanificar utensílios de alimentação. Os Vapores de iodo podem ser utilizados para desinfetar o ar.
Mecanismo de ação do iodo e seus compostos: destruí compostos metabólitos essenciais dos micro-organismos por meio da oxidação. A habilidade do iodo em combinar-se com o aminoácido tirosina resulta na inativação das enzimas e de outras proteínas.
Cloro e compostos clorados: na forma gasosa ou em combinações química, representa um dos desinfetantes mais utilizados. O gás comprimido em forma líquida é, com poucas exceções, a escolha universal para a purificação das águas de abastecimento público e piscinas. O cloro gasoso é difícil de ser manipulado, tornando sua aplicação limitada em operações de larga escala. Hipoclorito de sódio e hipoclorito de cálcio são utilizados como alvejantes domésticos e são mais fáceis de serem manuseados. Cloraminas são compostos estáveis e orgânicos em que um ou mais átomos de hidrogênio da amônia ou do grupamento amina são substituídos pelo cloro (Ex.: monocloramina). 
Aplicação prática do cloro e seus compostos: cloro gasoso liquefeito é usado para desinfecção de água potável, piscinas e esgotos. Para ser efetivo, deve atingir um nível de 0,5 a 1,0 ppm mL/l. Produto contendo hipoclorito de cálcio são usados para a sanificação de utensílios de restaurante e equipamentos de lacticínios. Solução de hipoclorito a 1% usado para higiene pessoa, de 5 a 12% como alvejantes e desinfetantes.
Mecanismo de ação do cloro e seus compostos: quando adicionados à água, sofrem hidrólise, dando origem ao ácido hipocloroso que reage, originando oxigênio nascente, um poderoso agente oxidante que pode destruir substâncias celulares vitais. O cloro pode também combinar diretamente com proteínas celulares e destruir suas atividades biológicas.
Metais pesados e seus compostos
Metais como mercúrio, chumbo, zinco, prata e cobre. Capacidade de quantidades pequenas de exercer efeito letal sobre as bactérias (ação oligodinâmica).
Aplicações práticas com metais pesados e seus compostos: merbromim, timerosal e nitromersol são compostos orgânicos contendo mercúrio e são utilizados para o tratamento de pequenos cortes, feridas e infecções na pele. 
O nitrato de prata tem sido substituído por antibióticos como penicilina ou eritromicina, mas a 0,5% tem sido utilizado para prevenir infecções em queimaduras. 
O sulfato de cobre é efeito como um algicida em reservatórios abertos de água e piscina. Tem também ação fungicida e é usado no controle de infecções de plantas. Compostos de zinco são também fungicidas e são usados em unguentos e pós para o tratamento de pé-de-atleta.
Mecanismo de ação dos metais pesados e seus compostos: inativam as proteínas celulares combinando-se com algum componente de proteína.
Detergentes
Compostos que diminuem a tensão superficial e são utilizados para limpar superfícies. São também denominados surfactantes. São compostos anfipáticos.
Sabões são exemplos de detergentes. Eles são sais de sódio ou potássio de ácidos graxos de cadeia longa, solúveis em agua. Possuem a desvantagem de precipitar facilmente na presença de água alcalina ou ácida. Por isso, os detergentes sintéticos têm sido desenvolvidos.
Quimicamente, os detergentes são classificados em três grupos:
Detergentes aniônicos: a propriedade detergente reside na porção aniônica ou no íon da molécula, carregando negativamente.
Detergentes catiônicos: a propriedade detergente do composto reside na porção catiônica da molécula, carregando positivamente.
Detergente não-iônicos: não ionizam quando dissolvidos em água. Não são antimicrobianos
Compostos quaternários de amônio: bactericidas para bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Apresentam atividade bacteriostática em concentrações mais baixas.
Aplicações práticas dos compostos quaternários: além de sua atividade germicida e ação detergente, os compostos quaternários de amônio caracterizam-se pela baixa toxicidade, alta solubilidade em água, alta estabilidade em solução e não são corrosivos. São aplicados em assoalhos, paredes etc. e usados como agentes sanificantes.
Mecanismo de ação dos compostos quaternários: há a desnaturação de proteínas das células, interferindo com os processos metabólicos e lesão da membrana citoplasmática.
Avaliação do poder antimicrobiano dos desinfetantes e antissépticos
Possibilita a escolha de desinfetantes e antissépticos apropriados. Um único método laboratorial NÃO pode avaliar todos os componentes químicos microbicida.
Técnica de diluição em tubo
Várias diluições do agente químico e distribui um volume igual de cada diluição em tubos de ensaios esterilizados. Adiciona-se uma quantidade da suspensão do organismo-teste em cada tubo. Em intervalos de tempo, o material é transferido para outros tubos contendo caldo nutritivo estéril.
Os tubos inoculados são incubados por 24-48 horas e, então examinados quanto ao crescimento microbiano. Se houver crescimento, o caldo apresentação turvação, caso não haja (caldo límpido) indicará que a diluição com o agente químico matou o organismo no período em que foi exposto.
 
Técnica da inoculação em placa
Uma placa de ágar nutriente é inoculada com o organismo-teste, e o agente químico é colocado no centro da placa. Após a incubação de 24-48h, a placa é observada buscando-se uma zona de inibição (ausência de crescimento) ao redor do agente testado.
Pode-se também incorporar o agente químico ao ágar nutriente, que é então distribuído na placa. O meio é inoculado com o organismo-teste, incubado e então examinado para avaliar o crescimento microbiano.
Técnica do coeficiente fenólico
Utilizado extensivamente para testar desinfetantes. Utiliza cepas específicas de Salmonella typhi ou Staphtlococcus aureus. Procedimento:
É preparada uma série de tubos de ensaio contendo 5,0 ml de diferentes diluições do desinfetante a ser testado.
Também é preparada uma série de tubos de ensaio contendo várias diluições do fenol.
Os tubos de ambas as séries são inoculados com 0,5 ml de uma cultura da bactéria-teste de 24 horas de cultivo.
Em intervalos de 5, 10 e 15 minutos, uma amostra de cada tubo é retirada com uma alça de semeadura calibrada e transferida para outros tubos de ensaio contendo meio de cultura estéril.
Os tubos da subcultura são incubados por 24-48 horas e examinados quanto ao seu crescimento.
A maior diluição do desinfetante que matar o organismo-teste em 10 minutos, mas não em 5 min, é dividida pela maior diluição de fenol que apresenta o mesmo resultado. O número obtido é o coeficiente fenólico para o desinfetante em questão. 
Esterilizantes Químicos
São utilizados para a esterilização de materiais médicos sensíveis ao calor como bolsas de sangue para transfusão, seringas, plásticos etc. Também são utilizados para esterilizar ambientes fechados, incluindo câmaras assépticas utilizadas para procedimentos que devem ser livres de micro-organismos. Os principais esterilizantes químicos utilizados são óxido de etileno, glutaraldeido, formaldeído e beta-propiolactona.
Óxido de Etileno
Líquido em temperaturas abaixo de 10,8 graus, mas acima desta temperatura, torna-se gás. Seus vapores são altamente irritantes aos olhos e mucosase é inflamável mesmo em baixas concentrações e isso pode ser melhorado com a mistura do óxido de etileno com dióxido de carbono e Freon, gases não-inflamáveis. Mata as células vegetativas e endósporos.
Tem grande poder de penetração, atravessa e esteriliza o interior de grandes pacotes com objetos, roupas e plásticos. Entretanto, tem baixa velocidade de ação contra micro-organismos, necessitando de várias horas de exposição.
Aplicações práticas do óxido de etileno: a utilização eficiente requer controle preciso da concentração, temperatura e umidade. Algumas autoclaves são equipadas para manter condições ótimas para a utilização. Além de ser usado rotineiramente para a esterilização de materiais médicos e laboratoriais, tem sido utilizado para a descontaminação dos componentes das naves espaciais.
Mecanismo de ação do óxido de etileno: inativa as enzimas e outras proteínas que possuem átomos de hidrogênio lábeis, como em grupos sulfidrilas (alquilação). O anel da molécula do óxido de etileno se rompe para formar -CH2CH2O-, que se insere entre os átomos de enxofre e hidrogênio do grupo sulfidrila.
Beta-propiolactona
Líquido incolor, não é inflamável como o óxido de etileno, mas causa bolhas quando em contato com a pele e irritação nos olhos. É bactericida, esporicida, fungicida e viricida. Não apresenta o poder de penetração do óxido de etileno, mas é consideravelmente mais ativa contra os micro-organismos. Em virtude do baixo poder de penetração e de sua provável propriedade carcinogênica, sua utilização como agente esterilizante foi restringida.
Glutaraldeido
Líquido oleoso e incolor. Efetivo contra vírus, células vegetativas e esporuladas de bactérias e fungos. Utilizado na medicina para esterilizar instrumentos urológicos, lentes de instrumentos, equipamentos respiratórios e outros equipamentos específicos.
Formaldeído
Gás que se mostra estável somente nas concentrações e temperaturas elevadas. Extremamente tóxico e seus vapores são intensamente irritantes a mucosa. Em temperatura ambiente, polimeriza-se, formando uma substância sólida (parafomaldeido). É também comercializado em forma líquida (formalina). O metanol é usualmente adicionado para prevenir a polimerização do formaldeído.
Utilizado para desinfecção e esterilização de instrumentos. Na forma gasosa pode ser usado para desinfecção e esterilização de áreas fechadas. A umidade e a temperatura têm grande influência sobre a ação microbicida do formaldeído. Uma desvantagem é a capacidade limitada de penetração dos vapores em superfícies coberta.
É um composto químico extremamente reativo e sua atividade microbicida parece dever-se à capacidade de inativar constituintes celulares, como proteínas e ácidos nucléicos. As células vegetativas são destruídas mais rapidamente como o formaldeído do que as formas esporuladas.

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