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CASOS CONCRETOS RESOLVIDOS

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DIREITO INTERNACIONAL - CCJ0056
Título
SEMANA 1
Descrição
CASO CONCRETO 1
O DIP e interdependência e cooperação entre Estados “Os Estados Unidos desistiram de
apelar da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que deu vitória ao Brasil
no processo contra as medidas antidumping aplicadas pelo governo americano na
exportação de suco de laranja brasileiro. Com isso, as sobretaxas ao produto nos últimos
quatro anos terão de ser retiradas em um prazo máximo de nove meses, tornando o
produto novamente competitivo." Essa foi a primeira vez que os EUA desistiram de um
processo na OMC antes de esgotar todas as possibilidades de apelação. O fato foi
comemorado pelo Itamaraty como uma inclinação do governo americano de rever uma
prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento".
Com base no texto acima, retirado da página da Organização Mundial do Comércio
(http://www.wto.org/spanish/news_s/news11_s/news11s.htm), discorra sobre a vertente
do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a
relevância da questão na contemporaneidade.
RESPOSTA: 
O caso em tela refere-se a atuação do Direito Internacional Público, que tem como premissa ser uma regra de vida social, aplicável à Sociedade Internacional, objetivando o bem comum e a manutenção da ordem social, que deve reinar no âmbito internacional. Essa fonte de direito prima por tutelar as mais variadas relações entre nações, entre elas as comerciais e politicas. No Direito Internacional, as relações ocorrem entre pessoas internacionais (Estados soberanos, Organizações Internacionais, etc.). As relações internacionais, assim como as relações internas, objetivam a harmonia entre os entes da sociedade, permitindo um justo e adequado desenvolvimento da pessoa humana. A sociedade internacional caracteriza-se por ser: a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre; b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica; c) aberta: significa que todo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; d) descentralizada: posto não existir organização institucional como na sociedade interna dos Estados. Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional; e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico. 
CASO CONCRETO 2
O DIPRI e a globalização.
Convenção de Direito Internacional Privado de Haia Uma organização mundial... Com
mais de 60 Estados membros representando todos os continentes, a Conferência de Haia
de Direito Internacional Privado é uma organização intergovernamental de caráter global.
Mescla de diversas tradições jurídicas, ela desenvolve e oferece instrumentos jurídicos
multilaterais que correspondem às necessidades mundiais. Um crescente número de
Estados não-membros está aderindo às Convenções da Haia. Assim, mais de 120 países
participam hoje nos trabalhos da Conferência. Que estende pontes entre os sistemas
jurídicos... As situações pessoais, familiares ou comerciais que estão relacionadas a mais
de um país são habituais no mundo moderno. Estas podem ser afetadas pelas diferenças
que existem entre os sistemas jurídicos vigentes nesses países (...) (Disponível na íntegra
em http://www1.stf.gov.br/convencaohaia/conferenciaDireito/conferenciaDireito.asp>).
Com base no texto acima, retirado do site do STF, discorra sobre a vertente do Direito
Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da
questão na contemporaneidade.
RESPOSTA: 
 O Direito que regula a relação jurídica acima narrada é o Direito Internacional Privado e para melhor compreender seu papel na contemporaneidade é imprescindível reconhecer que o impacto da globalização sobre o arcabouço jurídico é muito maior do que a realidade interna de cada Estado. Em vista dessa nova ordem internacional que vem sendo alterada pela realidade política construída desde meados do século passado, diversos internacionalistas apontam a predominância de uma visão pluralista no Direito Internacional contemporâneo. Nesse sentido, Cançado Trindade (MELLO, 1999, p. 17) afirma que os antigos paradigmas da soberania irrestrita e ilimitada sucumbiram à necessidade de uma reformulação subjetiva da Sociedade Internacional em torno da pessoa humana e a proteção de sua dignidade. Na formação desta Nova Ordem Internacional, a Segunda Conferência de Haia, de 1907 teve crucial importância. Eram 44 os países ali presentes, dentre os quais o Brasil, representado por Ruy Barbosa. Plasmava-se, então, a semente do que viria a se tornar a Corte Internacional de Justiça. Seriam traçados ali novos e importantes rumos para essa sociedade internacional, como o controle do uso da força, a importância dos Direitos Humanos e a solução pacífica de controvérsias. “Na nova sociedade universal pode-se dizer que se está embaralhando o mapa do mundo”. Nele as principais forças produtivas “compreendendo o capital, a tecnologia, a força de trabalho e a divisão transnacional do trabalho, ultrapassam fronteiras geográficas, históricas e culturais, multiplicando-se assim as suas formas de articulação e contradição. O Direito Internacional Privado é classicamente visto como o ramo do direito interno que regula, direta ou indiretamente, as relações privadas internacionais. Seu desafio é dar respaldo eficiente e justo a esta crescente internacionalidade das vidas privadas, das relações civis, comerciais ou de consumo, dentre outras. Para Pimenta Bueno, o Direito Internacional Privado atenderia aos interesses recíprocos de dignidade, bem estar, civilização e justiça universal, ao tempo em que preserva a independência, a jurisdição e a soberania de cada Estado. As circunstâncias atuais da Sociedade Internacional, marcadas pelos signos da globalização econômica (velocidade, ubiquidade e liberdade) apontam para a necessidade da cooperação entre os Estados soberanos, especialmente porque o atributo da soberania deixa de ser considerado em sua forma absoluta e ilimitada, por força da consagração de outros sujeitos de Direito Internacional, como os organismos internacionais, as empresas transnacionais e, principalmente a pessoa humana, cuja dignidade constitui o eixo epistemológico do Direito Internacional Contemporâneo, consagrado pela convergência dos ramos do Direito Internacional Público, do Direito Internacional Privado e de todas as áreas correlatas ao estudo da complexidade da vida internacional. Conforme se pode constatar, o direito contemporâneo é marcado pelo dinamismo das instituições, incrementado pelo aumento da circulação das construções jurídicas carreadas nos variados fluxos das atividades cotidianas que extravasam as fronteiras dos Estados soberanos. Reafirma-se, nesse contexto, o Direito Internacional Privado como importante ferramenta para compreensão da realidade jurídica contemporânea em visão convergente, entre o público e o privado, em vertente inspirada em um direito cosmopolita. Portanto, a análise do conteúdo do Direito Internacional Privado revela-se de importância estratégica para o domínio do conhecimento jurídico nesse Terceiro Milênio cuja primeira década acaba de ser superada. Reitera-se aqui o apelo à comunidade jurídica brasileira a fim de sintonizar-se com a necessidade de abertura e recuperação do atraso na internalização de importantes tratados e convenções internacionais, bem como a atualização das normas de Direito Internacional Privado. Esperam os autores que estas páginas contribuam para a releitura da disciplina primando por uma abordagem dinâmica, pragmática e, sobretudo, pluralista.  
QUESTÃO OBJETIVA
Sobre o direito internacional privado pode-se afirmar: (XI CONCURSO JUIZ FEDERAL 2006 1ª REGIÃO)
a) Direito internacional privado trata basicamente das relações humanas vinculadas a
sistemas jurídicos autônomos e convergentes;
b) Direito uniformeespontâneo resulta de esforço comum de dois ou mais Estados no
sentido de uniformizar certas instituições jurídicas;
c) O direito internacional uniformizado é fruto de entendimento entre Estados e que se
concentram nas atividades econômicas de natureza internacional;
d) A uniformização de normas disciplinadoras de comércio internacional é realizada por
meios de acordos bilaterais, multilaterais, tratados e convenções, até onde isto seja
aceitável para os países interessados.
Controvérsias Internacionais: Soluções Pacíficas e Coercitivas
O presente estudo busca expor as principais modificações dos relacionamentos entre os entes do Direito Internacional Público ao longo da história contemporânea, enfatizando o período posterior ao fim da segunda guerra mundial. A fim de não repetir as atrocidades das guerras, e já apontando uma tendência de aproximação entre as nações, a comunidade internacional constitui um órgão intergovernamental intuindo manter a paz e a segurança internacionais. Surgem também organismos regionais, estreitando e acelerando relações de Estados próximos. Com essa maior presteza e complexidade de contato entre as nações emerge a necessidade de se regular as controvérsias que inevitavelmente eclodirão. Procura-se, sucintamente, examinar os meios de soluções de controvérsias internacionais classificados pela doutrina como: diplomático, político e jurisdicional; além de verificar as fontes de resolução de controvérsias internacionais, os sujeitos do Direito Internacional Público, o princípio da soberania dos Estados, e os meios coercitivos de resolução de Controvérsias Internacionais, hoje severamente combatidos pelos princípios gerais que regem a Carta da Sociedade das Nações, em muitos pontos dando ênfase não só a questão jurídica, mas, concomitantemente, à situação humanitária, histórica e econômica envolvidas.

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