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Unidade 6: Granulometria Granulometria 1 Textura dos grãos A Textura de um solo é sua aparência ou “sensação ao toque” e depende dos tamanhos relativos e formas das partículas, bem como da faixa ou distribuição desses tamanhos. Solos granulares: Pedregulhos Areias Solos finos: Siltes Argilas Peneiramento Sedimentação Quanto ao tamanho dos grãos pode ser classificados como: 1 Textura dos grãos 1 Textura dos grãos Quanto a forma dos grãos pode ser classificados como: Tem influência significativa sobre as propriedades físicas de determinado solo. Segundo as dimensões das suas partículas e dentro de determinados limites convencionais, as "frações constituintes" dos solos recebem designações próprias que se identifica com as acepções usais dos termos. Essas frações, estão de acordo com as escalas a seguir 1 Textura dos grãos A.S.T.M - (American Society for Testing Materisls) A.S.S.H.T.O. - (American Association for State Highway and Transportation Officials) M.I.T - (Massachusetts Institute of Technology) ABNT - (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ABNT /NBR – 6502/95 1 Textura dos grãos Principais frações granulométricas de um solo 2 Análise granulométrica O análise granulométrica é o processo utilizado para a determinação das dimensões das partículas do solo e das proporções relativas em que elas se encontram numa massa total, representadas graficamente pela curva granulométrica. Através dos resultados obtidos desse ensaio é possível a construção da curva de distribuição granulométrica, tão importante para a classificação dos solos bem como a estimativa de parâmetros para filtros, bases estabilizadas, permeabilidade, capilaridade etc. A determinação da granulometria de um solo pode ser feita apenas por peneiramento ou por peneiramento e sedimentação, se necessário. 2 Análise granulométrica 2 Análise granulométrica Equipamentos Os principais equipamentos e utensílios utilizados no ensaio, são: Balança; Almofariz e mão de grau; Cápsulas para determinação de umidade; Estufa; Jogo de peneiras (50; 38; 25; 19; 9,5; 4,8; 2,4; 1,2; 0,6; 0,42; 0,30; 0,15; 0,075mm); Agitador de peneiras; Dispersor elétrico; Proveta graduada de 1000ml; Densímetro graduado de bulbo simétrico; Termômetro; Cronômetro. 2 Análise granulométrica Para ROBERTS et al (1996), expressar a graduação como uma porcentagem do volume total é mais importante, porém a graduação como uma porcentagem do peso é mais fácil e já é um padrão tradicional. As graduações pelo volume e peso são aproximadamente iguais. Se existem grandes diferenças nas densidades específicas dos agregados usados para uma mistura em particular, então a graduação deve ser determinada como uma porcentagem do volume total. 2 Análise granulométrica A graduação de um agregado pode ser graficamente representada por uma curva granulométrica na qual a ordenada é a porcentagem total de peso passante em um dado tamanho sobre uma escala aritmética, enquanto que a abscissa é o tamanho da partícula plotada sob uma escala logarítmica. As peneiras que têm designação em polegadas (3/4, 3/8, etc.) significam que a abertura das malhas é aquela referida. Quando a designação é por nº da peneira (nº 10, 4, 40, 80, 200, etc.) significa que existe aquele nº de aberturas por polegada quadrada, levando-se em consideração a espessura do fio usado na malha da peneira. A peneira nº 10, por exemplo, significa que em 25,4mm2 de malha existem 10 orifícios. O tamanho do orifício é menor que 1/10 de polegada, uma vez que a espessura do fio deve ser descontada. 2 Análise granulométrica A graduação de um agregado pode ser expressa como a % passante total, % retida total (ou acumulada) ou % retida (% do total que passa numa peneira e é retida na imediatamente inferior). Usualmente as graduações são expressas como % passante total, que indica o percentual total de agregado em peso que passa em cada uma das peneiras. A % retida total é o somatório do peso retido em cada uma das peneiras. A % retida, de dois tamanhos sucessivos de peneiras ou % individual de cada tamanho é o % retido em peso em cada peneira. 2 Análise granulométrica 2 Análise granulométrica A graduação é talvez a propriedade mais importante de um agregado. Ela afeta quase todas as propriedades importantes de uma mistura incluindo rigidez, estabilidade, durabilidade, permeabilidade, trabalhabilidade, resistência à fadiga, resistência por atrito e resistência ao dano por umidade. Por isso, a graduação é a primeira consideração num projeto de mistura asfáltica e as especificações usadas pela maioria dos estados americanos colocam limites na graduação do agregado que pode ser usado numa mistura asfáltica. 2 Análise granulométrica Para ROBERTS et al (1996) a melhor graduação para uma mistura betuminosa é aquela que proporcione um arranjo das partículas mais denso. Com a máxima densidade ter-se-ia aumento na estabilidade, através do aumento dos contatos interpartículas e se reduziria os vazios no agregado mineral. Porém, deverão existir suficientes espaços vazios para permitir que o cimento asfáltico seja incorporado para assegurar durabilidade e para evitar exsudação e/ou afundamento. Misturas densas também são mais sensíveis a pequenas variações do teor de asfalto. 2 Análise granulométrica Preparação da Amostra A. Seleciona-se uma quantidade representativa P1 de material seco ao ar ou úmido; determina-se sua umidade: -10,0 kg para material com pedregulho grosso; - 2,0 kg para material com pedregulho fino; -1,0 kg para material arenoso; - 0,5 kg para material siltoso/argiloso. B. Passa-se a massa P1 na peneira #10 (2,0mm); C. Do material que passar, separam-se 03 quantidades: P2 = 20 g para a determinação do peso específico real das partículas; P3 = 50 a 100 g para a sedimentação; P4 = 200 a 600 g para o peneiramento fino. 2 Análise granulométrica Procedimento Experimental 4.1A. Peneiramento Grosso (material retido na peneira #10) - Lava-se o material na peneira #10 (2,0mm), em seguida coloca-o na estufa; - Peneira-se o material seco, mecânica ou manualmente, até a peneira #10; - Pesa-se a fração retida em cada peneira; 4.2. Peneiramento Fino (material que passa na peneira #10) - Lava-se o material na peneira #200 (0,075mm), em seguida coloca-o na estufa; - Passa-se o material seco nas peneiras de aberturas menores que a #10; -Pesa-se a fração retida em cada peneira; 2 Análise granulométrica Segundo a forma os diferentes. 2 Análise granulométrica Cálculos A. Peneiramento Grosso: PR = (MR/MTS).100 PP = 100 - PR B. Peneiramento Fino: Pr = (Mr/MSPF).100 Pp = (100 - Pr).N Peneiramento - distribuição granulométrica do solo da porção mais grossa (diâmetro até 0,075mm) Sedimentação - distribuição granulométrica da porção mais fina dos solos (diâmetros menores que 0,075mm) baseado na lei de Stokes. 2 Análise granulométrica 2 Análise granulométrica PENEIRA n° mm 1' 25 3/4" 19 1/2" 12,5 3/8" 9,5 4 4,8 10 2,00 16 1,2 30 0,6 40 0,42 60 0,25 100 0,15 200 0,075 2 Análise granulométrica 2 Análise granulométrica Peneiramento da fração grossa Peneiras Massa retida (g) Massa que passa (g) % que passa da amostra total Nº Abertura (mm) 2” 50,00 0 7923,93 100 1 ½” 38,00 253,07 7670,86 96,8 1” 25,00 656,70 7014,16 88,5 ¾” 19,00 482,10 6537,06 82,4 3/8” 9,50 1981,60 4550,46 57,4 4 4,80 1707,5 2842,96 35,9 10 2,00 584,82258,16 28,5 Segundo a forma os diferentes. 3 Graduação do solo Solo bem graduado: Existe uma ampla variação de tamanhos de partículas e todos os tamanhos intermediários estão presentes aproximadamente na mesma proporção. Solo de graduação aberta: Existe uma ampla variação de tamanhos de partículas mas existem tamanhos intermediários faltando ou sobrando. Solos Uniformes: Existe uma pequena variação entre os tamanhos das partículas maiores e das menores que ocorrem em proporção significativa. 3 Graduação do solo 4 Curva granulométrica CURVA GRANULOMÉTRICA: pode-se identificar várias características do solo através dos diâmetros que tem um determinado percentual em peso de tamanho inferior a ele. dn - Representa o diâmetro que tem n% em peso de material de tamanho inferior a ele. d₁₀ = Diâmetro efetivo – correlação com a permeabilidade do solo. Será menos permeável o solo que tiver menor d₁₀. Obs.: Análise restringe-se a faixa entre d₆₀ e d₁₀ . D₆₀ = corresponde ao diâmetro que possui 60% da massa total menores que ele. D₁₀= corresponde ao diâmetro que possui 10% da massa total menores que ele. 4 Curva granulométrica COEFICIENTE DE UNIFORMIDADE: Mede a variação proporcional entre os maiores e menores tamanhos das particulas de um solo. COEFICIENTE DE CURVATURA: Mede a proporção de ocorrência de partículas intermediárias entre d10 e d60 de um solo. 4 Curva granulométrica 4 Curva granulométrica Solo bem graduado: Cu ˃ 4 para pedregulhos Cu ˃ 6 para areias 1 ˂ Cc ˂ 3 Solo de graduação aberta: Cu ˃ 4 para pedregulhos Cu ˃ 6 para areias Cc ˃ 6 ou Cc ˂ 1 Solo uniforme: Cu ˂ 4 para pedregulhos Cu ˂ 6 para areias 5 Granulometria por sedimentação O ensaio de Sedimentação tem como base o princípio da sedimentação dos grãos de solo na água. Quando uma amostra de solo é dispersa na água, as partículas sedimentam em velocidades diferentes, dependendo de sua forma, tamanho peso e da viscosidade da água. Consiste portanto, em medir a velocidade de deposição das partículas num meio liquido, associando-se os valores ao diâmetro dessas partículas (Lei de Stokes). Dessa forma, quanto maior a partícula, mais rapidamente ela irá se depositar no fundo da proveta de ensaio. 5 Granulometria por sedimentação Para os solos finos, siltes e argilas, com partículas menores que 0,075mm (#200), o cálculo dos diâmetros equivalentes será feito a partir dos resultados obtidos durante a sedimentação de certa quantidade de sólidos em um meio líquido. A base teórica para o cálculo do diâmetro equivalente vem da lei de Stokes, que afirma que a velocidade de queda de uma partícula esférica, de peso específico conhecido, em um meio líquido rapidamente atinge um valor constante que é proporcional ao quadrado do diâmetro da partícula. O estabelecimento da função, velocidade de queda - diâmetro de partícula, se faz a partir do equilíbrio das forças atuantes (força peso) e resistentes (resistência viscosa) sobre a esfera, resultando: 5 Granulometria por sedimentação 5 Granulometria por sedimentação 5 Granulometria por sedimentação 6 Agregados 6 Agregados 6 Agregados 6 Agregados 7 Influência do agregado na pavimentação Em todas as especificações de pavimentos asfálticos de mistura a quente é estabelecido que as partículas de agregado devam estar dentro de uma gama de tamanhos e que cada tamanho de partícula esteja presente em certa proporção. Esta distribuição dos vários tamanhos de partículas do agregado é conhecida como graduação do agregado ou graduação da mistura. Para se determinar se uma graduação satisfaz ou não às especificações, é necessário compreender como é feita a medição do tamanho das partículas. 7 Influência do agregado na pavimentação 7 Influência do agregado na pavimentação Quanto ao tamanho: . 7 Influência do agregado na pavimentação Quanto a granulometria: A granulometria ainda influencia na composição do tipo do revestimento: • Concreto asfáltico (CBUQ ou CAUQ). • Tratamentos superficiais. 7 Influência do agregado na pavimentação 7 Influência do agregado na pavimentação • Concreto asfáltico (CBUQ ou CAUQ): 7 Influência do agregado na pavimentação • Tratamentos superficiais: 7 Influência do agregado na pavimentação • Resistência a abrasão: . 7 Influência do agregado na pavimentação • Textura superficial: 7 Influência do agregado na pavimentação • Forma das partículas: 4 Influência do agregado na pavimentação • Tendência de partículas esféricas e outras de formato sub-angular, características estas, consideras bastantes prejudicais às misturas asfálticas, pois as frações mais esféricas constituem pontos de menor resistência aos esforços de cisalhamento ao serem solicitadas pelas cargas transientes dos veículos, devido resultar um menor ângulo de atrito interno. • Forma não esférica dos grãos, sendo bastante caracterizados por possuírem arestas vivas e faces ásperas, e principalmente, por apresentarem uma microtextura rugosa, em que os grãos podem ser encontrados em forma cúbica, auxiliando no intertravamento dos grãos nas misturas asfálticas 8 Bibliografia • Braja M. Das. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. • Caputo, P. H. Mecânica dos Solos e suas aplicações. Editora LTC Volume 1
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