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FFCLRP-USP - ALGEBRA LINEAR - Vetores Geome´tricos 1 NOTAS DE AULAS Professor Doutor: Jair Silve´rio dos Santos 1 1. LEMBRETE DA GEOMETRIA DE EUCLIDES RETA Dados dois pontos distintos no espac¸o P e Q, existe u´nica reta que passa por P e Q. Denotaremos esta reta por PQ ou sera´ utilizado uma letra minu´scula para representar a reta, por exemplo s, t, ect... . Diremos reta PQ ou reta s por exemplo. SEGMENTO DE RETA Dada uma reta r e dois pontos distintos sobre ela, o segmento de reta A¯B e´ o conjunto dos pontos da reta r que esta˜o entre os pontos A e B. Dada uma reta r e um ponto P fora da reta r, existe uma u´nica reta t que passa por P que e´ paralela a` reta r. Ainda existe uma u´nica reta s que passa por P que e´ perpendicular a` reta r. 2. SEGMENTOS ORIENTADOS Definic¸a˜o 1. Dado um segmento A¯B, um segmento orientado e´ um par ordenado ~AB de pontos do espac¸o onde deve ser considerado a orientac¸a˜o de A para B . • Se nos for dado um segmento ~AB, tal que o ponto A coincide com o ponto B, diremos que o segmento ~AA ou ~BB e´ o segmento nulo. A retaAB que conte´m o segmento A¯B e´ denominada reta suporte do segmento orientado ~AB . Os pontos A e B sa˜o denominados origem e extremidade do segmento respecti- vamente. Geometricamente um segmento orientado sera´ indicado por uma flexa, veja o seguinte exemplo. Exemplo 1. Dados quatro pontos A, B, C e D do espac¸o como abaixo, podemos considerar os segmentos ~AB e ~CD como segue Aff C Q Q Q Q QQs D B. Segmento Oposto Definic¸a˜o 2. Dado um segmento orientado ~AB, chama-se segmento orientado oposto de ~AB o segmento orientado ~BA. 1http://dfm.ffclrp.usp.br/∼jair 1 Na˜o e´ dif´ıcil ver que a cada segmento orientado ~AB esta´ associado treˆs conceitos geome´tricas importantes que sa˜o COMPRIMENTO, DIREC¸A˜O e SENTIDO. A` partir deste instante, estas propriedades dos segmentos orientados passam a ser o nosso objeto de estudo e veremos que, com argumentos detalhados elas podera˜o nos oferecer uma vizualizac¸a˜o particularmente especial do ”espac¸o que nos cerca”. Estes conceitos geome´tricos, sa˜o aqui denominados importantes por serem conhecidos como Grandezas Vetorias e alguns dos exemplos mais populares sa˜o FORC¸A, VELOCIDADE e ACELERAC¸A˜O. Note que, dois pontos quaisquer A e B do espac¸o, determinam os segmentos orientados ~AB e ~BA, que podera˜o ser iguais se o ponto A coincidir com o ponto B. Igualdade de Dois Segmentos Orientados Definic¸a˜o 3. Dois segmentos orientados ~AB e ~CD, SERA˜O IGUAIS se e somente se, A ≡ B e C ≡ D. 3. COMPRIMENTO DIREC¸A˜O e SENTIDO Comprimento Definic¸a˜o 4. Fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado ~AB podemos associar um nu´mero real positivo ou zero, que sera´ o COMPRIMENTO de ~AB. • Dado um segmento orientado ~AB, a distaˆncia do ponto A ate´ o ponto B sera´ o comprimento do segmento orientado ~AB. • Como a distaˆncia de um ponto qualquer ate´ ele mesmo e´ zero, ao segmento orientado ~AA (segmento nulo) esta´ associado o nu´mero real zero, ou seja o comprimento do segmento orientado nulo ~AA e´ exatamente zero. Direc¸a˜o Definic¸a˜o 5. Dados dois segmentos orientados ~AB e ~CD, diremos que eles teˆm a mesma DIREC¸A˜O se as retas AB e CD forem paralelas. Se dois segmentos orientados ~AB e ~CD tiverem mesma direc¸a˜o, diremos que eles sa˜o paralelos. Note que um papalelogramoABCD determina pelo menos um par de segmentos orientados paralelos que sa˜o ~AB e ~CD, A B � � � � � � � ���� � � � � � � ��� C D 2 Exemplo 2. Considere os dois segmentos orientados ~AB e ~CD, de modo que as retas AB e CD sejam paralelas. A B � � � � � �� � � � � � � � ��� D C Pela definc¸a˜o 5 os segmentos orientados ~AB e ~CD, teˆm a mesma direc¸a˜o. Sentido Definic¸a˜o 6. Dados dois segmentos orientados ~AB e ~CD, com mesma direc¸a˜o a : Se as retas AB e CD forem distintas, diremos que eles teˆm o mesmo SENTIDO se as segmentos de retas A¯C e B¯D tiverem intersec¸a˜o vazia. b : Se as retas AB e CD forem coincidentes, tome um ponto A′ /∈ AB e a u´nica reta s que passa por A′ e que e´ paralela a` reta AB, em seguida tome o u´nico ponto B′ ∈ s de modo que os segmentos orientados ~A′B′ e ~AB satisfac¸am a parte (a) desta definic¸a˜o. Diremos que os segmentos orientados ~AB e ~CD teˆm o mesmo SENTIDO se ~A′B′ e ~CD tiverem o mesmo sentido . Exemplo 3. Considere os segmentos orientados ~AB, e ~CD de modo que as retas AB e CD sejam paralelas e distintas, como segue B A � � � � � ��� ```````````` � � � � � � � ��� C D Note que os segmentos de retas A¯C e B¯D teˆm intersec¸a˜o vazia, ou seja pela definic¸a˜o 6 a, os segmentos orientados ~AB, e ~CD teˆm o mesmo sentido. Exemplo 4. Considere os segmentos orientados ~AB, e ~CD de modo que as retas AB e CD sejam paralelas e distintas, como segue B A � � � � � ��� @ @ @ @ @ @ @ @@!! !! !! !! !! !! !! !! � � � � � � � ��� D C 3 Note que os segmentos de retas A¯C e B¯D teˆm intersec¸a˜o na˜o vazia, ou seja pela definic¸a˜o 6a os segmentos orientados ~AB, e ~CD teˆm sentidos contra´rios. 4. EQUIPOLEˆNCIA DE SEGMENTOS ORIENTADOS Definic¸a˜o 7. Dois segmentos orientados ~AB, e ~CD sa˜o EQUIPOLENTES se a : os dois forem nulos. b : os dois sa˜o na˜o nulos e eles teˆm o mesmo comprimento, mesma direc¸a˜o e mesmo sentido. Notac¸a˜o ~AB ∼ ~CD indica que os dois segmentos orientados ~EF , e ~GH sa˜o equipolentes, Exemplo 5. Considere dois papalelogramos ABCD e EFGH suponha que eles esta˜o representados nas figuras abaixo: A B � � � � � � � ��� � � � � � � � ��� C D E F � � � � � � � ���� � � � � � � ��� G H Note que o fato de ABCD e EFGH serem um paralelogramos as definic¸o˜es 4 e 5 nos garante que os pares de segmentos orientados ~AB, e ~CD; ~EF , e ~GH teˆm mesmo comprimento, mesma direc¸a˜o, usando a definic¸a˜o 6 vemos que ~AB, e ~CD teˆm mesmo sentido e portanto sa˜o EQUIPOLENTES. Mas os segmentos orientados ~EF , e ~GH que teˆm mesmo comprimento e mesma direc¸a˜o, usando a definic¸a˜o 6 vemos que eles na˜o teˆm o mesmo sentido, e por isto eles na˜o sa˜o equipolentes. Proposic¸a˜o 1. A relac¸a˜o de equipoleˆncia goza das seguintes propriedades: a : ~AB ∼ ~AB Reflexiva b : Se ~AB ∼ ~CD enta˜o ~CD ∼ ~AB Comutativa c : Se ~AB ∼ ~CD e ~CD ∼ ~EF enta˜o ~AB ∼ ~EF Transitiva A demonstrac¸a˜o sera´ omitida. Exemplo 6. Considere os segmentos orientados abaixo. Suponha que as retas AB, CD, EF e FG sejam duas a duas paralelas e que os segmentos A¯B, C¯D, E¯F e F¯G tenham o mesmo comprimento ver figura abaixo : � � � � � �� A B � � � � � �� D C � � � � � �� E F � � � � � �� G H 4 Usando as definic¸o˜es 4, 5, 6 e a transitividade da relac¸a˜o de equipoleˆncia (ver Prop. 1), podemos verificar facilmente que os segmentos orientados ~AB, ~CD, ~EF , ~GH teˆm mesmo comprimento, mesma direc¸a˜o e mesmo sentido, portanto eles sa˜o equi- polentes (Note que verificamos a equipoleˆncia comparando grupos de dois apenas segmentos orientados). Dado um segmento orientado ~AB podemos pensar nos segmentos orientados que sa˜o equipolentes ao segmento orientado ~AB e estes sera˜o muitos. Por exemplo sabe-se ao arremessar-mos um objeto de massa na˜o nula para o alto, este objeto passara´ por uma quantidade enorme de pontos do espac¸o e a estes pontos denominamos trajeto´ria do objeto. Em cada ponto desta trajeto´ria o objeto estara´ sujeito a` Forc¸a da Gravidade, ou seja ele estara´ sujeito a` forc¸a de atrac¸a˜o gravitacional, que aqui em nossa linguagem corresponde a um conjunto de segmentos orientados representado pela letra ~P (Forc¸a Peso). Podemos agora pensar em todos os segmentos orientados que sa˜o equipolentesa` um segmento orientado fixado. • Chama-se Classe de Equipoleˆncia de um segmento orientado ~AB, ao conjunto de todos os segmentos orientados que sa˜o equipolentes ao segmento orientado ~AB. Note que o pro´prio ~AB e´ um segmento orientado deste conjunto. Na verdade se dois segmentos orientados ~AB e ~CD forem equipolentes enta˜o a Classe de Equipoleˆncia de ~AB coincidira´ com Classe de Equipoleˆncia de ~CD. 5. VETOR Definic¸a˜o 8. Um Vetor Geome´trico e´ uma classe de equipoleˆncia. ∗ Cada segmento orientado da Classe de Equipoleˆncia ou do vetor sera´ chamado de representante do vetor. • A forc¸a da gravidade e´ um vetor, pois ela e´ um conjunto de segmentos orientados equipolentes ou seja ela e´ uma Classe de Equipoleˆncia. • Representaremos os vetores por letra minu´scula com uma seta sobre ela ~a ~b, ~u, ~v , ~w etc... ou ainda se o segmento orientado ~AB for um representante do vetor ~u, por exemplo podemos indicar o vetor ~u por ~AB . Definic¸a˜o 9. A` classe de equipoleˆncia do segmento orientado nulo ~AA chamamos Vetor Nulo. Assim sendo podemos ver que (i) O vetor nulo tem comprimento zero. (ii) O vetor nulo tem a mesma direc¸a˜o que qualquer outro vetor. (iii) O vetor nulo tem a mesmo sentido que qualquer outro vetor. O vetor nulo sera´ representado por ~0. Definic¸a˜o 10. Chamamos Espac¸o IE3 ao conjunto de todos os vetores geome´tricos. 5 ∗ Os vetores ~x, ~y na˜o nulos sera˜o paralelos (indica-se ~x//~y) se e somente se um representante ~AB de ~x for paralelo a um representante ~CD de ~y ∗ Chamamos Norma, Mo´dulo ou Comprimento de um vetor ao comprimento de qualquer um de seus representantes. • Dado um vetor ~v podemos tomar um de seus representantes, digamos ~AB e indi- carmos ~v por ~BA. Vetor Oposto Definic¸a˜o 11. Se o segmento orientado ~AB for um representante do vetor ~u enta˜o o segmento orientado ~BA sera´ um representante do vetor −~u denominado Vetor Oposto de ~u ou seja o vetor ~BA e´ o oposto do vetor ~AB. Indicamos oposto de ~AB por − ~AB. • Dado um vetor ~u, existe um u´nico ponto A ∈ IE3 tal que ~u tem um representante com origem em A. Neste instante temos um conjunto muito bem definido que e´ IE3 e a partir deste mo- mento nosso interesse e´ em explorar mais este conjunto, isto e´ saber quais sa˜o seus elementos, como seus elementos se relacionam com nossa vida cotidiana, particular- mente algumas relac¸o˜es dos elementos de IE3 com a elementos da conhecida Geometria de Euclides. 6. ADIC¸A˜O DE VETORES Definic¸a˜o 12. A adic¸a˜o de vetores e´ uma func¸a˜o que a cada par de vetores (~u,~v) de IE3 × IE3 associa um vetor de IE3 que e´ chamado SOMA de ~u por ~v e indicado por ~u+ ~v. A func¸a˜o age da seguinte forma sobre o par (~u,~v): considere um representante ~AB de ~u, e um representante de ~v com origem em B, e extremidade em C, a classe de equipoleˆncia que conte´m o segmento orientado ~AC e´ o vetor ~u+ ~v. Ver a figura abaixo: A - ~u � � � � � �� B ~v ~w = ~v + ~v Q Q Q Q Q Q Q QQs D Esta regra de adic¸a˜o de vetores e´ conhecida como regar triangular. Ha´ outra regra que e´ a conhecida como regra do paralelogramo. ~v Q Q Q Q Q Q Q QQs � � � � � �� ~u A - ~u � � � � � �� B ~v ~w = ~v + ~v Q Q Q Q Q Q Q QQs C � � � � � ��QQ Q Q Q Q Q QQs D 6 Esta regra se aplica da seguinte forma : Fixamos um ponto A ∈ IE3 e tomamos o u´nico ponto B ∈ IE3 tal que o segmento orientado ~AB seja um representante do vetor ~u, em seguida com o ponto B tomamos o u´nico ponto C ∈ IE3 tal que o segmento orientado ~BC seja um representante do vetor ~v. Analogamente, determinamos o ponto D ∈ IE3 e em seguida um ponto C ′ que por nossa construc¸a˜o coincide com o ponto C. Assim teremos o paralelogramo ABCD, e a soma dos vetores ~u e ~u e´ a classe de equipoleˆncia do segmento orientado ~AC. Note que o segmento AC e´ a diagonal principal do paralelogramo ABCD. Exerc´ıcio 1. Mostrar que a diagonal secunda´ria do paralelogramo ABCD nos da´ a diferenc¸a dos vetores ~u e ~v . Note que o conjunto IE3 (ver definic¸a˜o ) juntamente com a definic¸a˜o 12 torna-se ana´logo ao conjunto R (nu´meros reais) com a operac¸a˜o de adic¸a˜o de nu´meros, ja´ bem conhecida nossa. Mas a operac¸a˜o adic¸a˜o de nu´meros reais no conjunto R • TEM ELEMENTO NEUTRO (ZERO), • E´ ASSOCIATIVA, • E´ COMUTATIVA, • CADA NU´MERO REAL TEM INVERSO (a ∈ R tem inverso −a ∈ R). Uma pergunta importante: A operac¸a˜o adic¸a˜o no conjunto IE3 (ver definic¸a˜o 12) tem as mesmas propriedades que operac¸a˜o adic¸a˜o de nu´meros reais no conjunto R ? ∗ A partir deste instante o espac¸o IE3 sera´ referido como (IE3,+) espac¸o IE3 com a operc¸a˜o de adic¸a˜o 7. PROPRIDADES DE ADIC¸A˜O DE VETORES Dados ~u, ~v e ~w em (IE3,+), PA1 (~u+ ~v) + ~w = ~u+ (~v + ~w) Associativa PA2 ~u+ ~v = ~v + ~u Comutativa PA3 ~u+~0 = ~u Elemento Neutro PA4 ~u+ (−~u) = ~0 Elemento Oposto ou Sime´trico 7 Exerc´ıcio 2. Considere os vetores ~a e~b cujos representantes sa˜o os segmentos orientados ~AB e ~BC respectivamente (ver figura abaixo) e calcule ~a+~b e ~a−~b usando a regar do triaˆngulo e do paralelogramo. Cff A Q Q Q Q Q Q Q QQs B Exerc´ıcio 3. Considere os vetores ~a, ~b e ~e cujos representantes sa˜o os segmentos orientados ~AB, ~CD e ~EF respectivamente (ver figura abaixo) e calcule • (~a+~b) + ~e; • ~a−~b− ~e • ~a− (~b− ~e) usando a regra do triaˆngulo e do paralelogramo. CDff A Q Q Q Q Q Q Q QQs -E F B 8. MULTIPLICAC¸A˜O DE NU´MERO REAL (ESCALAR) POR VETOR Vamos definir uma operac¸a˜o externa em IE3. Definic¸a˜o 13. Multiplicac¸a˜o de nu´mero real ou escalar por um vetor e´ uma func¸a˜o que a cada par ordenado (α, ~u) ∈ R× IE3 associa um vetor ~w ∈ IE3 denotado por α ·~u, (α, ~u) m → α · ~u. • Como a func¸a˜o multiplicac¸a˜o a associa um par ordenado, como na definic¸a˜o , um vetor, se faz necessa´rio saber informar qual e´ o comprimento a direc¸a˜o e o sentido deste novo vetor. ∗ Se α = 0 enta˜o (0, ~u) m → ~0 ou 0 · ~u = ~0 . ∗ Se ~u = ~0, enta˜o (α,~0) m → ~0 ou α ·~0 = ~0. ∗ Se α 6= 0, e ~u 6= ~0, enta˜o a : ‖α · ~u‖ = |α|‖~u‖ b : α · ~u // ~u ; (os vetores α · ~u e ~u sa˜o paralelos). c : α · ~u e ~u tera˜o o mesmo sentido se α > 0 e tera˜o sentidos contra´rios se α < 0. 8 Note que a multiplicac¸a˜o de vetor por escalar (nu´mero) pode aterar o comprimento e o sentido do vetor, mas na˜o altera a direc¸a˜o . Exemplo 7. Dado um vetor ~v ∈ IE3 com segmento orientado (A,B), tomemos retas CD, EF e GH de modo que ass retas AB CD, EF e GH sejam duas a` duas paralelas e os comprimentos dos segmentos C¯D, E¯F e G¯H satisfac¸am a relac¸a˜o comp(C¯D) = 2comp(A¯B) = comp(E¯F ) e comp(G¯H) = 5 2 comp(A¯B). (1.2) Usando a definic¸a˜o 5 podemos ver os segmentos orientados (A,B) (C,D), (E,F ) e (G,H) teˆm mesma direc¸a˜o, usando (1.2) e a definic¸a˜o 13 (Note que α 6= 0), podemos ver que • segmento orientado ~CD e´ representante do vetor 2~v (α = 2) , • segmento orientado ~EF e´ representante do vetor −2~v, (α = −2) • segmento orientado ~GH e´ representante do vetor 5 2 ~v, (α = 5 2 ) e com isto construir a figura abaixo. � � �� A B ~v � � � � � �� D C 2~v � � � � � �� −2~v E F � � � � � � � ��� 5 2 ~v H G Vejamos agora como as duas operac¸o˜es dadas nas definic¸o˜es 12 em IE3 × IE3 , e 13 em R× IE3 se relacionam. PROPRIEDADES DE MULTIPLICAC¸A˜O POR ESCALAR Dados ~u,~v ∈ IE3, α ∈ R β ∈ R, enta˜o M1 α(~u+ ~v) = α~u+ α~v. M2 (α+ β)~u = α~u+ β~u. M3 1~u = ~u. M2 α(β~u) = (αβ)~u = β(α~u). ∗ A partir deste instante o espac¸o IE3 sera´ indicado por (IE3,+, ·) onde leˆ-se espac¸o IE3 com as operc¸o˜es de Adic¸a˜o e Multiplicac¸a˜o por Escalar (Nu´mero real)∗ As quatro propriedades de adic¸a˜o juntamente com a quatro propriedades de Multi- plicac¸a˜o por escalar (nu´mero real) fazem uma estrutura especial dentro do conjunto IE3 9 chamada Estrutura de Espac¸o Vetorial e por isto de agora em diante nos referiremos ao conjunto (IE3,+, ·) como um Espac¸o Vetorial ∗ Se α ∈ R e ~v ∈ R com α 6= 0, sera´ utilizado apenas a notac¸a˜o 1 α ~v , de modo algum sera´ permitida a notac¸a˜o ~v α . Exerc´ıcio 4. Prove a regra dos sinais a (−α)~v = −(α~v) para todo α ∈ R e ~v ∈ IE3. b α(−~v) = −(α~v) para todo α ∈ R e ~v ∈ IE3. c (−α)(−~v) = α~v para todo α ∈ R e ~v ∈ IE3. Prova a : Note que pela definic¸a˜o 11 a igualdade (a) nos diz que o vetor oposto de (−α)~v e´ (α~v) ou seja, devemos provar que (−α)~v + (α~v) = ~0. Mas (−α)~v + (α~v) M2 = (−α+ α) = 0~v Def 13 = ~0 Prova b: Agora devemos provar que α(−~v) + (α~v) = ~0. Mas α(−~v) + (α~v) M1 = α(~v − ~v) = α~0 Def 13 = ~0. A prova de c e´ deixada como exer´ıcio. Proposic¸a˜o 2. Dado α, β ∈ R e ~u ∈ IE3, • se α~u = ~0, enta˜o α = 0 ou ~u = ~0. •• se ~u 6= ~0 e α~u = β~u, enta˜o α = β. Prova : Primeiro vamos provar •. Suponha que α 6= 0, enta˜o existe α−1 ∈ R tal que α−1α = 1. Multiplicando α~u = ~0 de ambos os membros por α−1 teremos αα−1~u = α−1~0 = ~0, enta˜o ~u = ~0. Vamos provar agora ••. Como α~u = β~u, enta˜o α~u− β~u = ~0 enta˜o pela Def 13 α~u+ ((−β~u)) = ~0, Mas, α~u+ (−β~u) = ~0 enta˜o (α− β)~u ver M2, pela Prop 2 • (α− β = 0) ou ~u = ~0. Portanto, por hipo´tese ~u 6= ~0, portanto α = β. 10 Exerc´ıcio 5. Considere a figura abaixo (o so´lido ABCD e´ um tetraedro), e os vetores ~m, ~n e ~p cujos representantes sa˜o os segmentos orientados ~AB, ~AC e ~AD respecti- vamente. AC B D � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �� @ @ @ @ @ @ ff � � � � � � � ��+ A A A A A A A A A AK (i) • Encontre os vetores ~u, ~v e ~w cujos representantes sa˜o os segmentos orientados ~CB, ~CD e ~BD respectivamente, como func¸a˜o de ~m, ~n e ~p. (ii) • Seja M ponto me´dio do segmento de reta CB, exprima o vetor ~a com um representante dado pelo segmento orientado ~AM em func¸a˜o de ~m e ~n. 9. SOMA DE PONTO COM VETOR Neste momento no´s temos dois conjuntos muito bem definidos que sa˜o o espac¸o no qual ”vivemos”que denotaremos por IE ou o conjunto dos pontos do espac¸o e o conjunto de Vetores Geome´tricos (ver Def. 6) que estamos indicando por IE3. Poder´ıamos dizer que o conjunto IE e´ o conjunto de dos pontos do espac¸o. Em verdade podemos definir uma correspondeˆncia entre estes dois conjuntos que e´ uma func¸a˜o . Veja definic¸a˜o a seguir. Definic¸a˜o 14. Dado um ponto P em IE e um vetor ~v em IE3, seja Q o u´nico ponto em IE tal que o segmentos orientados ~PQ seja um representante para o vetor ~v. Este ponto Q ∈ IE e´ denominado a Soma do Ponto P com o Vetor ~v, e denotamos por Q = P + ~v. PQ ~vff Dados P ∈ IE e ~v ∈ IE3, Q = P + ~v ou Q = P + ~PQ • Usaremos a notac¸a˜o P −~v para indicar a soma do ponto P com o vetor −~v, e assim teremos P − ~v = P + (−~v). 11 10. PROPRIEDADES DA SOMA DE PONTO COM VETOR Dados P,∈ IE, ~v, ~u ∈ IE3, temos PS1 P +~0 = P , Esta e´ uma decorreˆncia do imediata da definic¸a˜o 14, pois ~PP = ~0 (ver Def. 9) enta˜o P +~0 = P . PS2 Se P + ~v = P + ~u enta˜o ~v = ~u. Note que se Q = P + ~v = P + ~u, ent ao da defnic¸a˜o14 ~PQ = ~v e ~PQ = ~u, portanto ~u = ~v. Esta propriedade permitem um tipo de Cancelamento do ponto P na igualdade P + ~u = P + ~v. PS3 (P + ~v) + ~u = P + (~v + ~u). Sejam Q = P + ~u, R = Q+~v,(ver figura abaixo) enta˜o R = (P + ~u) +~v. Ainda, segue da definic¸a˜o 14 que ~PQ = ~u, ~QR = ~v. Realizando a soma de ~PQ com ~QR teremos ~PQ+ ~QR = ~v+~u, mas ~PQ+ ~QR = ~PR. Novamente pela definic¸a˜o 14 R = P +(~u+~v) agora pela propriedade PS3 tem-se (P + ~u) + ~v = P + (~u+ ~v). P - ~u � � � � � �� Q ~v ~w = ~v + ~v Q Q Q Q Q Q Q QQs R PS4 Se P + ~v = Q+ ~v, enta˜o P = Q. Como P + ~v = Q+ ~v ⇒ (P + ~v)− ~v = (Q+ ~v)− ~v PS3 ⇒ P + (~v − ~v) = Q+ (~v − ~v) ⇒ P +~0 = Q+~0 PS1 ⇒ P = Q PS5 (P − ~v) + ~v = P Esta propriedade decorre de PS3 e PS1. Pois (P − ~v) + ~v = PS3 = P + (~v + (−~v) = PS1 = P +~0 = P. • Neste caso se o vetor ~u tem como representante o segmento orientado (A,B), e´ comum representar o vetor ~AB por −→ B − A. ∗ A soma de ponto com vetor e´ uma relac¸a˜o muito importante entre os conjuntos IE e IE3, porque ela relaciona o conjunto de pontos do espac¸o com o conjunto de Vetores Geome´tricos. Esta relac¸a˜o sera´ utilizada para descrever subconjuntos de pontos do espac¸o, por exemplo Retas, Planos, Semi-retas, Semi-planos, e posic¸o˜es entre eles. 12 Exerc´ıcio 6. Na figura ao abaixo os pontos M , N e O sa˜o pontos me´dios de PQ, QR e RP respectivamente. Exprima ~RM , ~QO e ~PN como func¸a˜o ~PR e ~PQ. P M � � � � � � Q • N• O• Q Q Q Q Q Q Q QQ R Resoluc¸a˜o • E´ fa´cil ver que ~RM = ~RP + ~PM , isto porque M e´ ponto me´dio de PQ, e pudemos nos valer da definic¸a˜o 12. Mas com a definic¸a˜o 13 podemos ver que e novamente que M e´ ponto me´dio de PQ, vemos que ~PM = 1 2 ~PQ. Enta˜o, ~RM = ~RP + 1 2 ~PQ. (1.3) Encontramos a func¸a˜o de ~PR e ~PQ que procura´vamos. • Vamos escrever ~PN em func¸a˜o de ~PR e ~PQ. Use a defic¸a˜o 12 e note que ~PN Def.12 = ~PR + ~RN,N ponto me´dio de QR nos da´ 2 ~RN = ~QR Def.12 = ~RP + ~PQ, Enta˜o, ~PN Def.12,13 = 1 2 ( ~PQ+ ~RP ) + ~PR MS1 = 1 2 ~PQ− 1 2 ~PR + ~PR. Logo, ~PN = 1 2 ~PQ+ 1 2 ~PR. (1.4) • Fica como exerc´ıcio provar que ~QO e´ func¸a˜o ~PR e ~PQ. A conclusa˜o do exer´ıcio 6 e´ va´lida mesmo quando os pontos M , N e O escolhidos na˜o forem pontos me´dios, ver o exerc´ıcio abaixo : Exerc´ıcio 7. Na figura abaixo a medida de PX e´ a metade da medida de XR. Exprima ~QX em func¸a˜o de ~QP e ~QR. P� � � � � � Q X Q Q Q Q Q Q Q QQ R 13 Resoluc¸a˜o O enunciado do exerc´ıcio nos diz que ~PX = 1 2 ~XR, enta˜o ~QX − ~QP = ~PX = 1 2 ~XR = 1 2 ( ~QR− ~QX ) MS1 = 1 2 ~QR− 1 2 ~QX Observe a primeira e u´ltima igualdade, elas no da˜o, ~QX − ~QP = 1 2 ~QR− 1 2 ~QX Def. 11 ⇒ 3 2 ~CX = 1 2 ~QR + ~QP Def. 13 ⇒ ~CX = 1 3 ~QR + 3 2 ~QP . (1.5) Exerc´ıcio 8. Seja ABC um triaˆngulo, e M e N pontos me´dios de AC e BC respec- tivamente. Mostre que ~MN = 1 2 ~AB. Exerc´ıcio 9. Prove que se os pontos me´dios dos lados de um quadrila´tero convexo forem ve´tices de um segundo quadrila´tero, este sera´ um paralelogramo. 11. DEPENDEˆNCIA E INDEPENDEˆNCIA LINEAR Observe que em (1.3), (1.4) e (1.5) temos os vetores ~RM , ~PN e ~CX foram exprimidos como func¸a˜o de outros vetores, em verdade, a func¸a˜o que aparece no lado direito de cada uma das expresso˜es de (1.3), (1.4) e (1.5) e´ uma Func¸a˜o Linear dos vetores envolvidos. Este tipo de expressa˜o e´ denominado COMBINAC¸A˜O LINEAR ou seja, ∗ em (1.3) o vetor ~RM aparece escrito como COMBINAC¸A˜O LINEAR dos vetores ~RP e ~PQ; ∗ em (1.4) o vetor ~PN aparece escrito como COMBINAC¸A˜O LINEAR dos vetores ~PQ e ~PR; ver em (1.5) qual a COMBINAC¸A˜O LINEAR que aparece. Definic¸a˜o 15. Dadas (α1, α2, · · ·, αn) sequeˆncia de nu´meros reais (n-upla ordenada), e (~u1, ~u2, · · ·, ~un) sequeˆncia de vetores (n-upla de ordenada de vetores), dizemos que um vetor ~u ∈ IE3 e´ COMBINAC¸A˜O LINEAR dos vetores ~u1, ~u2, · · ·, ~un, se ~u = α1~u1 + α2~u2 + · · ·+ αn~un. (1.6) 14 Exemplo 8. Tome na expressa˜o ~CX = 1 3 ~QR + 3 2 ~QP . Observe que α1 = 1 3 , ~u1 = ~QR, α2 = 3 2 e ~u2 = ~QP e se ~u = ~CX, temos a sequeˆncia de nu´meros reais (α1,α2) = ( 1 3 , 3 2 ) e a sequeˆncia de vetores (~u1, ~u2) = ( ~QR, ~QP ) e ~u escrito como COMBINAC¸A˜O LINEAR dos vetores (~u1, ~u2) = ( ~QR, ~QP ). Exemplo 9. Seja ~PN = 1 2 ~PQ+ 1 2 ~PR como em (1.4). Note que se α1 = α2 = 1 2 e ~u1 = ~PQ, ~u2 = ~PR, enta˜o se ~u = ~PN teremos ~u escrito como COMBINAC¸A˜O LINEAR de ~u1 e ~u1. ∗ Diremos que a COMBINAC¸A˜O LINEAR ~u = α1~u1 + α2~u2 + · · ·+ αn~un. (1.7) e´ a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA se ~u = ~0 for o vetor nulo. • Dada uma sequeˆncia de vetores (~u1, ~u2, · · ·, ~un), ha´ uma maneira muito fa´cil, digamos trivial, de se obter a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA destes vetores, que e´ escolher todos os elementos da sequeˆncia de nu´meros (α1, α2, · · ·, αn) = (0, 0, · · ·, 0), e assim teremos a COMBINAC¸A˜O LINEAR 0~u1 + 0~u2 + · · ·+ 0~un = ~0. Exemplo 10. Considere os vetores ~u, ~v e ~w com segmentos orientados (P,Q), (Q,R) e (R,P ) respectivamente, como na figura abaixo: Pff ~u � � � � � �� Q ~v ~w Q Q Q Q Q Q Q QQs R Segue diretamente da definic¸a˜o 12 que ~0 = ~u+ ~v + ~w ou seja, o vetor ~0 e´ combinac¸a˜o nula de ~u, ~v e ~w e neste caso a sequeˆncia (α1, α2, α3) = (1, 1, 1). Teorema 1. Se dois vetores ~u e ~v forem paralelos existira´ um nu´mero real α tal que ~u = α~v. Prova Como ~u e ~v sa˜o paralelos e simultaneamente na˜o nulos, ~u e ~v teˆm mesma direc¸a˜o. Ainda na˜o e´ dif´ıcil ver que existe α ∈ R tal que ‖~u‖ = |α|‖~v‖. Como { |α| = α, se α > 0, |α| = −α, se α < 0, 15 enta˜o ~u = α~v e α = ‖~u‖ ‖~v‖ ,. Se um dos vetores ~u e ~v for o vetor nulo, por exemplo ~u = ~0, enta˜o tomamos α = 0 e poderemos escrever ~u = α~v. Note que o vetor nulo e´ paralelo a` qualquer outro vetor. Nas condic¸o˜es da observac¸a˜o 1 podemos concluir que ~u e ~v tera˜o mesma direc¸a˜o se α > 0 e sentido contra´rio se α < 0. Tambe´m nas condic¸o˜es da observac¸a˜o 1 pode-se obter a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA dos vetores , ~u e ~v ( ~u − α~v = ~0). Note que a sequeˆncia de nu´meros (1,−α) e´ na˜o nula. Vejamos qual e´ a relac¸a˜o de depeneˆncia entre α e e ~u e ~v, indnependente do valor de α. Ca´lculo do valor de α. O comprimento de α~v e ~u sa˜o iguais, enta˜o ‖~u‖ = ‖α~v‖ Def. 13 =⇒ ‖~u‖ = |α|‖~v‖; • se os dois vetores forem na˜o nulos, enta˜o ‖~v‖ 6= 0 e assim, α = ‖~u‖ ‖~v‖ , ou seja α e´ unicamente determinado. ∗ Dada uma sequeˆncia de vetores {~u1, ~u2, · · ·, ~un}, tal que um deles e´ o vetor nulo, enta˜o existira´ pelo menos uma sequeˆncia de nu´meros reais (α1, α2, ···, αn) 6= (0, 0, ···, 0) que torna poss´ıvel a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA de {~u1, ~u2, · · ·, ~un}. Vejamos e´ poss´ıvel encontrar uma sequeˆncia de nu´meros reais (α1, α2, · · ·, αn) ’na˜o nula. Suponha que ~u1 6= ~0. Enta˜o existe a sequeˆncia de nu´meros reais (α1, α2, · · ·, αn) com α1 6= 0 por exemplo α1 = 2, e todos os outros αs nulos, enta˜o a sequeˆncia de nu´meros reais toma a forma (2, α2 = 0, · · ·, αn = 0), e como ~u2 = ~0, ~u3 = ~0, · · ·, ~un = ~0 a COMBINAC¸A˜O LINEAR dos vetores dados sera´ dada por 2 ·~0 + α2 · ~u2 + · · ·+ αn · ~un = 2 ·~0 + 0 · ~u2 + · · ·+ 0 · ~un Def. 13 = ~0. Definic¸a˜o 16. Uma sequeˆncia de vetores {~u1, ~u2, · · ·, ~un} sera´ Linearmente Inde- pendente e indicaremos LI, se a u´nica possibilidade de se obter a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA dos vetores {~u1, ~u2, · · ·, ~un} for escolher (α1, α2, · · ·, αn) = (0, 0, · · ·, 0). Definic¸a˜o 17. Uma sequeˆncia de vetores {~u1, ~u2, · · ·, ~un} LINEARMENTE DE- PENDENTE, indicaremos por LD se e somente se ela na˜o for LI. Teorema 2. Dado uma sequeˆncia com um vetor {S}1 = (~u), ela sera´ Linearmente Independente se e somente se ~u 6= ~0. 16 Prova Suponhamos que o u´nico elemento da sequeˆncia {S} dado por ~u seja na˜o nulo. Devemos mostrar que a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA da sequeˆncia {~u} isto e´, α~u = ~0 somente e´ possivel se α = 0. Mas, pela Proposic¸a˜o 2•, α~u = ~0 implica que α = 0 ou ~u = ~0, como a ~u e´ na˜o nulo, α = 0 ou seja a u´nica sequeˆncia poss´ıvel de nu´meros reais que produz a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA α~u = ~0, e´ (α) = (0). Isto prova as duas afirmac¸o˜es . • Dada uma sequeˆncia de vetores {~u1, ~u2, · · ·, ~un}, se houver pelos menos uma maneira de se obter a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA destes vetores utilisando-se uma n-upla ordenada na˜o nula isto e´ (α1, α2, · · ·, αn) 6= (0, 0, · · ·, 0), diremos que a sequeˆncia de vetores {~u1, ~u2, · · ·, ~un} e´ LD. ∗ Uma sequeˆncia com dois vetores {~u,~v} e´ LD se e somente se ~u e ~v forem paralelos. Prova Se ~u e ~v forem paralelos, os comenta´rios logo apo´s a Obsevac¸a˜o 1 nos assegura que existe α ∈ R tal que ~u = α~v, ou seja ~u − α~v = ~0 e isto implica que a sequeˆncia (1,−α) poder ser utilizada para se obter a COMBINAC¸A˜O LINEAR NULA de ~u e ~v. Como (1,−α) 6= (0, 0), independentemente do valor que α assumir, a definic¸a˜o nos diz que a sequeˆncia {~u,~v} e´ LD. Se ~u e ~v forem LD enta˜o existe α ∈ R tal que ~u−α~v = ~0, enta˜o ~u = α~v = ~0. A definic¸a˜o 13 assegura que ~u e ~v teˆm msma direc¸a˜o˙ Exerc´ıcio 10. Considere a figura abaixo (o so´lido ABCD e´ um tetraedro), e os ve- tores ~m, ~n e ~p cujos representantes sa˜o os segmentos orientados ~AB, ~AC e ~AD respectivamente. AC B D � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �� @ @ @ @ @ @ ff � � � � � � � ��+ A A A A A A A A A AK (i) • Encontre os vetores ~u, ~v e ~w cujos representantes sa˜o os segmentos orientados ~CB, ~CD e ~BD respectivamente, como func¸a˜o de ~m, ~n e ~p. (ii) • Seja M ponto me´dio do segmento de reta CB, exprima o vetor ~a com um representante dado pelo segmento orientado ~AM em func¸a˜o de ~m e ~n. 17 (iii) • Seja G o encontro das medianas do triaˆngulo BCD. Exprima o vetor ~f com um representante dado pelo segmento orientado ~AG em func¸a˜o de ~m, ~n e ~p. (iv) • Seja H o encontro das medianas do triaˆngulo ABC. Exprima o vetor ~g com um representante dado pelo segmento orientado ~DH em func¸a˜o de ~m, ~n e ~p. (v) Mostre que qualquer vetor ~u do espac¸o E3 pode ser expresso como combinac¸a˜o linear dos vetores ~m, ~n e ~p. 18
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