PRAGMATICA DA COMUNICACAO HUMANA ALGUNS AXIOMAS CONJETURAI

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A PRAGMÁTICA DA 
COMUNICAÇÃO HUMANA: Alguns 
Axiomas Conjeturais da Comunicação
Álvaro Rebouças Fernandes
Introdução
• As “propriedades simples da
comunicação têm implicações
interpessoais fundamentais”
(p.44).
• As propriedades são da
natureza dos axiomas
conjeturais da comunicação.
• Os axiomas são de natureza
comunicacionais, relacionais,
pontuais e seqüenciais, digitais
e analógicos, simétricos e
complementares.
Introdução
• Comunicação: “unidade
vagamente definida de
comportamento”.
• Mensagem: “unidade
comunicacional isolada, ou
quando não houver possibilidade
de confusão, uma comunicação.
• Interação: “a série de mensagens
trocadas entre pessoas”.
• Padrões de interação:
“constituem uma unidade de
comunicação de nível
superior”(p.46).
Primeiro Axioma
• Impossibilidade de não
comunicar.
• “Ora, se está aceito que
todo o comportamento,
numa situação interacional,
tem valor de mensagem,
isto é, é comunicação,
segue-se que, por muito
que o indivíduo se esforce,
é-lhe impossível não
comunicar”(p.45).
Primeiro Axioma
• “Atividade ou inatividade,
palavra ou silêncio, tudo
possui um valor de
mensagem; influenciam
outros e estes outros, por
sua vez, não podem não
responder a essas
comunicações e, portanto,
estão
comunicando”(p.45).
Segundo Axioma
• Toda comunicação implica
em uma relação;
• “Qualquer comunicação
implica um cometimento,
um compromisso; e por
conseguinte, define a
relação”(p.47).
• Aspectos de relato e ordem;
• Relato: são as informações
ou conteúdo da mensagem.
• Ordem: é a espécie de
mensagem e como ela deve
ser considerada.
Segundo Axioma
• Metacomunicação:
informação sobre a
informação ou instruções de
um tipo superior aos dados.
Por exemplo, a frase:
Despreze este aviso.
• “Toda comunicação tem um
aspecto de comunicação
(relação) tais que o segundo
classifica o primeiro e é,
portanto, uma
metacomunicação”(p.50).
Terceiro Axioma
• Toda comunicação é uma
interação em que ocorrem
trocas de mensagens;
• “Uma série de
comunicações pode ser
vista como seqüência
ininterrupta de
trocas”(p.50).
• Série oscilantes infinitas.
Terceiro Axioma
• “A natureza de uma
relação está na
contingência da
pontuação das
seqüências
comunicacionais entre
os
comunicantes”(p.54).
Quarto Axioma
• A comunicação possui
dois modos
fundamentais: o digital
e o analógico;
• A comunicação digital
corresponde a
comunicação verbal e
a analógica a não-
verbal.
Quarto Axioma
• “Os seres humanos
comunicam digital e
analogicamente. A
linguagem digital é uma
sintaxe lógica sumamente
complexa e poderosa mas
carente de adequação
semântica no campo das
relações, ao passo que a
linguagem analógica possui
a semântica mas não tem
uma sintaxe adequada para a
definição não-ambígua da
natureza das
relações”(p.61).
Quarto Axioma
• A interação simétrica e
complementar
• “Podem ser descritos como
relações baseadas na igualdade
ou na diferença”(p.63).
• Simétrica: “Os parceiros
tendem a refletir o
comportamento um do outro”.
• Complementar: “O
comportamento de um parceiro
complementa o do outro,
formando uma espécie de
Gestalt comportamental”(p.63).
Quinto Axioma
• “Todas as permutas
comunicacionais ou
são simétricas ou
complementares,
segundo se baseiem na
igualdade ou na
diferença”(p.64).
Conclusão
• A impossibilidade de não comunicar
salienta a existência de contínuas relações
interpessoais entre os seres humanos.
• O dilema da pontuação das seqüências
surge por um desacordo sobre a maneira de
pontuar os fatos provocando uma distorção
na definição compartilhada da realidade.
Conclusão
• Os modos digital e analógico favorecem a
comunicação no que se refere ao conteúdo e
a relação interpessoal humana, mas não
evita a compreensão ambígua entre emissor
e receptor na tradução mútua de um modo
para o outro.
• A relação de simetria-complementaridade
criam igualdades e diferenças em uma
relação de contínua reciprocidade.
Bibliografia
MIERMONT, J. e cols. Dicionário de
Terapias Familiares: Teoria e Prática.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
WATZLAWICK, P., BEAVIN, J. H. &
JACKSON, D. D. Pragmática da
Comunicação Humana. São Paulo:
Cultrix, 2003.